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criou uma filosofia totalmente nova, mas inventou uma nova maneira de filosofar, de maneira que o próprio sentido da palavra filosofia se modificou a partir dele. E essa mudança consiste essencialmente de que a tarefa que o Kant assinalou a si mesmo, a tarefa que ele assumiu e que, portanto, passa a ser copiada pelos filósofos seguintes, é a de descobrir as condições profundas que determinam toda a estrutura do conhecimento humano, se não a estrutura da história mesma e de toda a visão que temos do universo. Aquilo que Kant chama de condições a priori são determinações básicas da racionalidade humana que estão por trás de tudo o que nós percebemos e pensamos e essas condições a priori tinham parecido despercebidas até então e o Kant revela. Então ele está mostrando que toda a visão que todos os seres humanos tinham de tudo estava errada até aquele ponto, porque todos acreditavam que estávamos descrevendo um universo objetivamente existente, quando, na verdade, estavam apenas projetando sobre este universo as determinações anteriores dadas na estrutura do conhecimento humano, estrutura da cognição humana, é o que ele chama as condições a priori e determino a nossa sensibilidade e a nossa razão. De modo que a ciência já não, a partir deste ponto, já não é válida pela sua objetividade, ou seja, pela sua concordância com as condições externas que ela descreve, mas pela sua harmonia com essas condições básicas do pensamento humano, as quais, segundo Kant, são universais. Então, já não se pode propriamente falar de uma ciência verdadeira, porque a verdade seria coincidência com o ser objetivo, mas se fala de uma ciência válida, ou seja, ciência que está de acordo com as determinações fundamentais da razão e do nosso esquema de percepção. A partir deste momento, a ambição dos filósofos se eleva a um nível que nenhum filósofo anterior conhecia antes disso. Na partir daí, todo o filósofo que aparece, ele tem de descobrir um novo apriorio, um novo condição básica que estava no fundo de tudo, ignorada por toda a humanidade. Eu vou dar vários exemplos, por exemplo, Karl Marx fala da luta de classes, ninguém tinha percebido que o assunto da história era a luta de classes, ele achava que era, por exemplo, o conflito entre valores, a luta entre religiões, entre estados, etc. Karl Marx diz tudo isso é apenas um véu de aparência, tudo isso apenas um discurso de olor. Por parte de tudo, existe o interesse de classes, a luta de classes. O Dr Freud vai dizer, olha, vocês estão todos enganados, onde vocês pensam que existe a luta de religiões, não sei o que, e a luta de classes, existe apenas o conflito entre o ídio, o ego, o super ego, está tudo no inconsciente humano. Karl Jung vai dizer, não, isso é o que está no fundo de tudo, são os arquétipos do inconsciente coletivo. Ou seja, são novas condições fundamentais que permanecer ignoradas de toda a humanidade até o advento do grande revelador, que é o filósofo, o psicólogo, o sábio que vai revelar isso. E o primeiro desta série é o Reggae. É importante assinar lá que de todos esses novos descobridores de condições apriores, nenhum deles é um discípulo exprofesso do Cante. Por exemplo, discípulos do Cante, foram Augusto Cumpr, Marcos Weber, Harry Schraker, muitos foram discípulos do Cante. Esses camaradas, nos quais você vê a repetição do desafio canteano, eles é descoberta do apriore, do desconhecido apriore, nenhum deles é um discípulo de Cante. A começar porque ele, que não apenas não é um discípulo, mas é um inimigo, ele está em confronto aberto com o Cante. Então, com relação ao reggae, eu não vou precisar detalhar muita coisa porque o principal trabalho já foi feito e eu apenas vou resumir brevemente, eu vou dar algumas indicações sobre os três trabalhos onde vocês encontrarão toda a explicação do que foi o esforço fundamental de reggae. Esses três trabalhos são, na verdade são quatro trabalhos aqui. Existem dois capítulos do livro Ensaios Publicados, 1976, 1975, do Eric Vögel, o primeiro Ensaios é Hegel, um estudo de feitiçaria, Hegel, a estada em Sorsage, e o segundo é a resposta ao professor Altizel, uma nova história e um novo, mais antigo deus. Esses dois capítulos estão neste mesmo volume. A segunda fonte é este livro de um estudioso vogueliniano, Glenn Alexander Magy, Hegel e a tradição hermética. Este livro é de importância fundamental porque várias teses que o Vögel anunciou aqui apenas brevemente, esse sujeito foi aos textos e provou que as teses estavam absolutamente certas. As teses não são do Magy, são do Vögel, mas o Vögel anunciou por alto a coisa, sobre forma ensaística. Esse camada fez um estudo e fez um tratado sobre a herança hermética no pensamento de Hegel. E o terceiro livro é este autor Jack Don't Hegel Secreto sobre a influência maçônica em Hegel. O que está no meio tudo isso é o Magy. O Magy é o mais importante para quem quer tomar um primeiro contato com isto. Ele é o livro do Magy, onde ele mostra que o pensamento do Hegel já estava todo prefigurado na tradição hermética e que, vasculando os papéis de Hegel, você encontra rascunhos repletos de simbolismos herméticos, alquímicos, astrológicos, esta coisa toda. Inclusive, a famosa Tese Anticintis é um tríango hermético. E o Magy prova isso aí. Eu falei, o idiota que ele falou para mim, o Olavo Nenpená de Hegel, estudo Hegel há seis anos, e ele disse que falou de Tese Anticintis, não existe no Hegel. Tá bom, vai pastar. Não apenas existe como está formulado realmente com o diagrama do triângulo, com todos os símbolos herméticos e alquímicos, símbolos de Saturno, de Marte, símbolos do fogo, etc. Tudo ilustrado aqui no... Incluindo a capa depois aqui, o triangulinho. Então, a diferença fundamental entre um filósofo e um pensador hermético é o seguinte, o filósofo, segundo a tradição inaugurada dizem por Pitágoras, mas personificada ali por Sócrates, Platão e Aristóteles, o filósofo não se apresenta como um sábio, como um portador de um conhecimento, mas como um buscador da sabedoria. Ou seja, ele está investigando e tentando chegar a um objetivo que escapa. Quanto mais ele avança, mais esse objetivo, esse maior perfeito, como numa síntota, né, a curva que vai se aproximando de uma reta, mas nunca chega lá. Isso quer dizer que a filosofia parece uma atividade permanente e permanentemente renovada. Ela não se distingue, ela não se destina a alcançar um objetivo, alcançar um conhecimento, mas a permitir a continuidade da busca. Ou seja, ela se destina basicamente a destrar e fortalecer a inteligência humana para que a busca da verdade não cesse, tá certo? E o rei, ao contrário, ele se apresenta como um portador de um saber definitivo que realiza o objetivo da filosofia, portanto, ela soprime e apresenta como sendo o último filósofo, ou seja, ele matou a filosofia. Então, o Maddie dá aqui a... Deixa eu ver se eu acho aqui a citação. Não estou achando aqui a parada, mas não tem importância. Depois eu acho que... Vou imprecitar o nosso texto, né, onde o rei afirma que, taxativamente, olha, acabou a filosofia, nós chegamos ao objetivo, agora aqui, o que eu estou revelando é um saber. Quer dizer, ele se apresenta como se fosse um novo rejuice Cristo, ele trouxe uma nova revelação. Ora, antes dele, o que que fez o Kant? O Kant se gava de ter feito a nova revolução copernicana. O que é a revolução copernicana? É o seguinte, todos vocês estão enganados sobre a forma do universo, só eu conheço o universo verdadeiro e eu vou revelá-la a vocês. Na verdade, Copernicus não fez nada disso, Copernicus apenas inventou um novo modo de calcular as posições e os movimentos dos atos. As pretensões de Copernicus eram bastante modestas quando você vai ler os textos dele. Ele não achou que estava revelando a verdadeira estrutura de tudo. Quem tinha um pouco disso na cabeça era o Galileu, mas Galileu é maluco. Quando o Kant se desautor de uma nova revolução copernicana, as ambições deles estão infinitamente acima das ambições de Copernicus, porque ele vai não apenas modificar a imagem do mundo, mas ele vai invertê-la. Tudo aquilo que vocês achavam que era o universo objetivo é a nossa mente. Não é a mente subjetiva de cada um, não é, é a mente de todos os homens, a mente da espécie humana, por tanto, ele não é um céteco, ele não diz que o conhecimento não existe, ao contrário, ele não diz que o conhecimento objetivo existe, mas ele é válido porque ele, não porque ele coincide com o objeto exterior, mas porque ele coincide com as exigências fundamentais da nossa percepção e da nossa razão, as famosas condições a priori. A priori quer dizer aquilo que é anterior a experiência. Então, a partir daí, o número de reveladores de condições a priori se multiplica. Quando você vê toda a história anterior, nenhum filósofo tinha tido esta ambição, a nenhum, nem mesmo só que a explatão era histórica. O primeiro que se apresenta como revelador de um mundo verdadeiro por baixo do engano universal é o Cante, e o segundo é o Regio. Só que o mundo do Regio não é o mundo do Cante, o que ele vai dizer é o seguinte, tudo que o Cante está errado, esse negócio de ver as condições a priori do conhecimento é uma besteira, porque você tem que ir direto para o objeto, você não pode ficar, antes de que antes de buscar o conhecimento dos objetos, nós temos que investigar as condições do nosso conhecimento primeiro. E eu disse, isso aí é besteira, porque você não pode investigar o conhecimento se você nada conhece. Porque é observação, óbvia, óbvia. Primeiro conhecer e depois, se necessário, investigar as condições que permitiram você conhecer aquilo. Agora você investigar formas a priori do conhecimento, antes do conhecimento realmente não faz sentido. Mas o que o Regio se propõe a fazer é mostrar a trajetória inteira da humanidade sobre a Terra como sendo o reflexo do Espírito, do Espírito do Regio. A dialética que ele descobre no conjunto do acontecer universal é a que está na mente dele e ele é o revelador. Bom, mas se ele é o revelador, ele é o primeiro que conhece isso e isso é o próprio desenrolar da realidade, é a realidade que não apenas está dentro de nós, mas também está dentro, por fora, em torno, arredando a qual nós contemos. Então, o Regio não pode ser só o revelador, ele é o próprio Deus, ele é o próprio autor disso. É por isso que o Bolsonaro, o Eric Veiglen, tenta notiço o Bolsonaro, ele acaba ficando doido. Por isso que o Eric Veiglen chama a filosofia do Regio de um exercício de feitiçaria. Agora, essas coisas evidentemente eu mostro no meu livro, na parte anterior, que eu vou cantar, eu mostro que o canta é infinitamente mais anticristão do que qualquer autor que o antecedeu e até mais anticristão do que os seus sucessores. Porque, em geral, o pessoal tenta amaciar, amansar a figura do canto, o canto era o senhor de Mozinho, o futebol era o Cristão. Hora muitos professores, aqueles três indios que moram, acho que dois moram em Paris, já não é isso, lá, o Nintendinho canta, fala um monte de besteira. Um dos pontos é esse aqui, né? Frente não era anticristão, não é, você vai ver. Por que você diz isso? Porque você tem uma imagem de canta, essa imagem está consolidada no clima de opinião. Portanto, está consolidada na, como dizem, na mídia, no falatório geral. Então, quer dizer, quando você negra esta imagem, as pessoas se sentem ofendidas, porque é um ponto que elas acostumaram, se acostumaram a se apoiar nele para a sua segurança psicológica, né? Então, acreditar no canto se transformou para muitos acadêmicos, não é coisa tão importante quanto para o camponeiro medieval, acreditar na agricatória, né? Se cair em agricatória, o campo iria ficar louco, né? Então, se cair o canto, o acadêmico moderno fica louco, né? Bom, acontece o seguinte, acontece que, por que que cante, reggae, e marques de outros estão tão errados? Porque as doutrinas deles vão contra a doutrina católica? Não, não pode ser só isso. Porque, e este é um ponto que muitos católicos têm falado, besteiras, assim, besteiras monstruosas a respeito disso aí, né? Outro dia mesmo, o pessoal doquele grupo, esqueci até o nome, só meio discípulos do Carlos Mingueira, me acusa de estar seguindo os ensinamentos do Maurício Blondeiro, e dizer que assim, a experiência é mais importante do que a doutrina. Ele diz, bom, depende do que você entende, por experiência. A minha experiência, a experiência nossa aqui, certamente, não é superior à doutrina, nós temos que aprender com a doutrina, e temos que modelar a nossa experiência, pelo que a doutrina, o degreja, ele dizia, isso é uma coisa mais nova do mundo. Porém, e se nós nos referimos às experiências dos apóstolos? Eles tiveram a primeira doutrina ou a primeira experiência? Ou seja, o primeiro eles receberam a formulação doutrina, o pronta, e depois eles viram a Jesus Cristo? Não é possível. Mesmo o ensinamento do próprio Jesus Cristo, não, eles foram dados todo uma vez, foram dados ao longo do tempo, e eles tinham que encontrar fisicamente, então não estou me referindo a que experiência mística. Claro que existe, nos evangelhos existe, experiência mística também, por exemplo, a transfiguração de Cristo no mundo de Tábor, aquilo é evidentemente uma experiência mística, porque eles estão vendo coisas que não estão propriamente neste mundo, estão vendo coisas que estão no além, não é? Mas a maior parte das experiências descritas nos evangelhos e nos ácidos apóstolos são experiências físicas reais, experiências banais da vida, são coisas que as pessoas, como diz o próprio Cristo, vão e contem a João aquilo que vocês viram e ouviram, eles não desvão e contem para as suas visões místicas que vocês tiveram, as intuições místicas, não, desculpa, vocês viram com seus olhos e ouviram com seus ouvidos. Então, é evidente que todo o edifício da fé cristã e católica em particular, se baseia na autenticidade dessas experiências, essas experiências são falsas, a reedienteira é falsa. Os evangelistas, toda hora, eles lembram que eles estão contando as coisas de acordo com aquilo que eles viram, ou que eles receberam de estimunhas fidedignas que tinham visto e ouvido alguma coisa. Então, quer dizer, a massa de experiência é o conteúdo inicial dos evangelhos e nos átios apóstolos, meu Deus do céu. E o que que é a doutrina? A doutrina é uma formulação doutrinal destinada a proteger essa experiência original para que ela não seja deformada nem trocada por uma falsa experiência como, por exemplo, a experiência dos gnósticos, porque os gnósticos acreditam que eles viram um não sei o que, tá certo, é transmitido por entidades do outro mundo, que já ele contaram para eles, não, assim, todo o mundo aqui foi criado por um Deus malígimo, o Deus bondoso não criou de mundo nenhum, né, este mundo foi criado assim por um engano, e foram, quem contou isso para vocês? Ah, foram entidades, né, então, essa é a falsa experiência, eles não viram nada disso, eles inventaram, hein, ora, qual é a experiência de Cantre Regal, hein? Cantre percebeu mesmo essas condições a priori que estão antes de toda a experiência? Não, não, ele se inventou, porque o que ele fez? Ele as obteve por análise da experiência, e ele diz, de fato, obtivem por análise da experiência, mas eu demonstro que elas são prévias à experiência, não, elas não são prévias, são anteriores nem posteriores, elas são a estrutura da experiência, e a estrutura não pode ser anterior nem posterior a nada, essa consideração de anterioridade e posterioridade é totalmente fora de esquadro, quando Cantre fala das condições, ele chama de condições a priori, são a estrutura do conhecimento humano e a estrutura da razão, a estrutura da percepção é coexistente com a percepção, e a estrutura da razão é coexistente com a razão, não é anterior, estão entendendo? Então isso quer dizer que quando o menininho nasce, a primeira percepção que ele tem, não for uma estrutura a priori da percepção que determinou aquilo, não, a estrutura entra em funcionamento da primeira percepção direto, portanto a anterioridade, a priori, chama isso de anterior e posteriori, é um absurdo, né? Quer dizer, aquilo que se revela na experiência não é anterior a experiência, é estrutura da própria experiência, então ele está confundindo uma prioridade lógica, ele está tomando como se fosse uma prioridade temporal, o que é um total absurdo, eu nem sei se ele teve essa intenção claramente, eu já procurando os textos dele, não cachei, pode ser que isso que eu estou dizendo, pode ser que ele estivesse consciente desta coisa, mas ele não explica as direitas em parte alguma, ele continua usando a priori e a posterior, olha, só dois termos que ser, referem a uma ordem temporal, se ele percebesse que a alusão temporal é descabida, ele usava outros termos, né? Então, por sua vez, a experiência do reggaeu, do espírito que vai se revelando na história do mundo, até chegar se revelando de maneiras parciais e incompletas, até chegar a sua revelação completa na cabeça do reggaeu, reggaeu teve essa experiência, não, ele inventou, tá entendendo? Então, a finalidade do dogma é proteger a experiência originária e não permitir que as pessoas apelem a experiência falsas ou deformem a experiência originária que tá ali, não só nos evangelhos, mas também no tistemôio oral dado pelos apóstolos aos evangelistas, meu Deus do Céu, porque os evangelistas dizem assim, nós coletamos depoimentos de muitas pessoas, olha, coletou depoimento, o quê? De ouvido, não é só o que tá escrito no evangelho, né? Então, eles mesmo que estavam escrevendo evangelho, então não podia pegar depoimento do evangelho, porque tá escrevendo, né? Ele não pode ler antes de escrever, então, é o conjunto dos depoimentos dos primeiros cristãos, dos depoimentos considerados fidedignos e válidos, que é o que? Vida, paixão, morte e a ressoleção de nosso Senhor Jesus Cristo, eu conjunto de promessas que ele fez, é isso aí que a doutrina preserva, a doutrina inteira é pra preservar isso aí, portanto, é óbvio que a experiência, não a nossa experiência insisto, não a, sobretudo, não a nossa pretensa, experiência mística como o Bruno Brondel, tá certo? Não a nossa experiência, mas a experiência dos primeiros cristãos e dos evangelistas, essa experiência tem prioridade sobre o dogma, porque o dogma existe para expressá-la, e formalizá-la e defendê-la, o dogma não tem autonomia, isso é importante, né? O dogma, pra dizer verdade, o dogma não inventa nada, você acha que algum papo inventou algum negócio? Não, ele apenas tentou transmitir melhor aquilo que já estava dado na tradição desde o começo, esse contou pro outro, que contou pro outro, que contou pro outro, chegou aqui até, até mim, né? Então, o dogma vale na medida da, da autenticidade da experiência originária, então uma coisa de experiência que aconteceu historicamente para os primeiros cristãos, que está registrada na Bíblia, né? E tu vá também para um tipo de testamento elórico, Moisés viu alguma coisa, aconteceu alguma coisa, ou será que ele inventou tudo, né? A travessia do Mar Vermelho ele inventou, a fuga de Egito ele inventou, é tudo doutrina, não é história, né? Existe a realidade histórica da Bíblia, sobretudo, a que eu tô me refinando, a realidade histórica do novo testamento, né? E tudo mais depende disso, se você não acredita que aqueles acontecimentos realmente aconteceram, você está negando o estimulho dos apóstolos, mesmo que você concorde com a doutrina, tá entendendo? Então, a doutrina existe para defender e proteger a autenticidade da experiência fundadora, não tô falando da experiência mística do seu José Manel, do seu Moisés Blondel, ou do seu Jack Maritão, de qualquer um, nada disso, não tô falando nem de experiência mística, tô falando de experiência histórica, física, é o que diz o Jesus Cristo, vão e contem para João com o que vocês viram e ouviram, tá entendendo? Então, quando você vê que existem pessoas e pessoas que são sinceramente católicas, que acreditam que o dogma predomina sobre a narrativa originária, eles confundiram tudo, isso não quer dizer que eu tô concordando com o Lutero, que tudo só da escritura, falo claro que não, porque a própria escritura diz que nós usamos o depoimento de outras pessoas, então não pode ser só o que tá escrito, porque para escrever aquilo eles tiveram que ouvir o depoimento de outras pessoas, eles escreveu tudo, eles não dizem que não, eles dizem que se fosse escrever tudo, não ia terminar nunca, então o certo em vez de dizer só a escritura é só um fato, só o fato, o fato predomina, o fato da vida de nosso Jesus Cristo, o fato dos milagres, o fato da pregação que ele fez, o fato da morte, do sacrifício, o fato da ressurreição, e isso aqui predomina, não é nem o dogma posterior e nem a só a escritura, tá entendendo? Quer dizer que isso é uma discussão que não faz o menor sentido, quer dizer, é só a escritura ou vale o depoimento da tradição da igreja, não, se a tradição da igreja não poderia haver escritura, porque os caras iriam tirar, eles mesmo dizem que pegaram a narrativa da ordem da tradição do que os outros estavam contando, tá entendendo? Então, como você veja quando aparece o pessoal, se ver aquele texto do Pad Calderon que ele cita, o Pad Calderon só leva em conta dois tipos de experiências, uma experiência mística ou a lógica do dogma, meu Deus do céu, isso tudo é muito secundário em relação à experiência originária, o fato histórico acontecido, quer dizer, na famosa, famosa, quatro interpretações da Bíblia, a primeira é a interpretação literal, ou seja, o fato que tá narrado, tá entendendo? Ora, a partir da hora que os próprios cristãos estão confusos a este ponto, que eles já perderam o que é a noção da experiência originária e acreditam que ou nós temos que ficar na sola escritura do ruteiro ou nós temos que nos apegar apenas ao dogma, então isso é entrar numa confusão dos demônios e é possível explicar isso de maneira muito melhor e eu acredito que com a ajuda aqui do Eric Vergren, do Glenn Alexander Maddie e do Jack Don, a gente pode desclarecer todo isso de negócio que tá acontecendo. Deu-me a ideia?