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Estão vendo a Vizem Pellucet. Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Estão vendo a Vizem Pellucet? Olá pessoal, tudo bem? Boa noite e sejam bem vindos. Hoje eu queria em primeiro lugar contar para vocês que está aqui o meu amigo Daniel Bertorelli, com o qual nós estamos planejando um curso sobre cinema, sobre os grandes filmes do passado. O Daniel tem a longa experiência de cinema, trabalhou com o Silvestre Stallone, é profissional da área, e eu, se me interessei muito por isso, fiz o curso de cinema, antigamente, como ciência total de cinema, cheguei a participar da elaboração no filminho de 8 milímetros que ganhou um prêmio, mas era apenas uma curiosidade, nunca pretendei ser um cineasta. Eu aprendi muitas coisas que eu não tinha interesse profissional, inclusive estudei teatro com o Eugene Ocusnatt, e um dia ele chegou para mim e declarou que eu era o pior aluno que ele já tinha tido, e eu para grande alívio dele informei que eu não pretendia ser ator, que era apenas cultura geral que eu estava adquirindo, então daí ele acarmou. Então, quando tiver o programa do curso pronto, apresentarei aqui para vocês. Mas hoje temos uma outra novidade que é o seguinte, o professor Vohkern Smith me honrou com um convite para escrever o prefaço do seu novo livro, que ele diz que deve ser o último, é compreensível, porque ele já está completando 90 anos, e já escreveu uma coleção de livros absolutamente memoráveis. Eu considero os livros mais importantes de filosofia científica que publicaram nos últimos 50 anos, de longe, e esse aqui é o principal de todos, vocês vão ver por quê. E o prefaço vai ser publicado em inglês, então eu acho que não tem nenhum problema de ler para vocês em português. Então eu vou ler e se for preciso comentar alguma coisa, se eu entender algo do que vocês estão vendo eu comento. Há inumeráveis estudos sobre evolução dos conhecimentos, mas nenhum ou quase nenhum que eu sábado sobre a evolução da ignorância. No entanto, basta um leve exame para comprovar que os conhecimentos que perdemos são pelo menos tão numerosos e valiosos quanto aqueles que adquirimos. Os homens que dispuseram em círculos aquelas pedras de estonente sabiam por que estavam fazendo isso, mas até hoje nos perguntamos em vão qual o objetivo dos seus esforços. Temos mil teorias sem provas sobre a finalidade e as técnicas de construção das pirâmides do Egito, mas quanto mais lemos sobre a ciência dos faraós, no monumental Letomple de Loma do arqueólogo polonês Chvala de Lubici, mais temos de confessar que no fim das contas não a compreendemos. O homem neandertalenses sabia por evidência imediata se era um tipo de antropóide ou de homem, mas nós até hoje não temos muita certeza de uma coisa ou da outra. E quanto mais louvamos a autoridade da ciência, mais se multiplica com as fraudes científicas e pouco a pouco vão minando a credibilidade pública de todo o cientista. O desempenho patético da Organização Mundial da Saúde perante o Covid-19 transformou a ideia mesmo de autoridade médica mundial num objeto de chacota igualmente mundial. Pior, não há certeza nenhuma de que o celebrado progresso do conhecimento não consiste unicamente do aumento do número de registros materiais cada vez mais inabarcáveis por qualquer inteligência humana, mesmo superior. Às vezes me pergunto se o reservatório de conhecimentos mineralógicos guardado nas bibliotecas, arquivos, microfilmes e vídeos de mineralogia não constituiu um cabedal de dúvidas e perguntas tão vastos quanto o conjunto mesmo dos minerais ainda não estudados. A própria ciência da organização dos registros de conhecimento, por meios eletrônicos ou quaisquer outros, supostamente destinada a facilitar o seu manuseio, já se tornou um ramo de conhecimento tão amplo e inabarcável que uma vida de estudos não dará ninguém a certeza de haver-lo dominado. Quando eu era jovem eu fiz um estudo da legenda e foi publicado sobre sistemas de arquivamento e naquela época eu já fiquei aterrorizado com a complexidade desses sistemas, quer dizer, você arquiva as coisas e cria os índices suposamente para facilitar, mas o índice em si mesmo é um problema inabarcável. Por que nenhum cientista é honesto bastante para confessar que não somente o universo da sua ciência, mas o próprio índice desse universo transcende infinitamente a sua capacidade de visão? Eu me lembro de um livro chamado Sonho de Descartes, que ele estudava o Progresso das Matemáticas e dizia que aquela altura o livro já tem mais de 20 ou 30 anos, naquela época o número de trabalhos originais que se publicavam anualmente, só sobre matemáticas puras, era tão grande. Que os chefes de departamento de matemática nas universidades não conseguiam entender as novas propostas de investigação, então eles soltavam ou negavam verbas no escuro. Isso quer dizer, eles não tinham menor controle sobre o conjunto da sua ciência e, note bem, não era mais complexa da ciência, era mais simples, que era matemática pura. E como é possível levar a sério um profissional que parece não ter consciência dos limites mais óbvios da sua capacidade de exercício profissional? Segundo todas as indícios e evidências, progresso do conhecimento, por mais que tantas pessoas acreditem nele, não é o nome de uma realidade palpável e descritível, é uma metonímia, o nome de uma profissão de fé ou melhor, de um problema. De um problema até agora insolúvel. De fato, não podemos medir o quanto aprendemos, se não sabemos o quanto esquecemos. Isso também parece a coisa mais óbvia do universo. Se você perde um conhecimento e adquire outro, o quanto você ganhou? Nada. Você não sai do lugar. Então, é óbvio que o repertório da ignorância é a única medida que você tem, o único instrumento de aferição que você tem para saber se você era de fato progredido no conhecimento ou não. A impressão que nós temos de progresso do conhecimento é, em parte, vamos dizer, uma impressão visual causada pelo número de aparatos técnicos que apareceram. Isso é evidentemente uma metonímia, porque tudo aquilo é conhecimento, falando não, não, não. Aquilo é um aspecto ou um pedacinho do conhecimento. Você não pode medir o conhecimento pelo número de equipamentos que ele está gerando. Isso é inteiramente absurdo, não é? Então, a única noção que nós podemos ter de progresso do conhecimento depende da aferição da ignorância, aferição dos conhecimentos perdidos. E basta um pouquinho de estudo da história antiga para você ver que a quantidade de coisas que os antigos sabiam que nós não sabemos mais é um negócio assombroso. Mas não precisa nem recuar 5 mil anos se você pegar, vamos dizer, os vitrais das catedrales medievais hoje nós não sabemos como eles eram feitos. E os caras sabiam fazer tanto que fizeram. Quer dizer, era algo que, durante muito tempo, foi a propriedade pública. Muita gente sabia e apagou. Então, quando você pega às vezes alguns textos que também não precisam ter 5 mil anos, textos de 500, 600 anos, você vê que às vezes você tem dificuldades insolúveis na interpretação desses textos. Bom, então, por esses dados você obtém uma medida do esquecimento e daí você vê que o progresso do esquecimento é tão grande quanto progresso, provavelmente tão grande quanto progresso do conhecimento, ou mais, ou maior. Quer dizer, eu não estou usando essa expressão progresso da ignorância. Assim, aí, mesmo, não é uma figura de linguagem. Eu estou falando de um conceito material, que são dados perdidos. Sem a história da ignorância, a crença no progresso do conhecimento é apenas um síndrome de Donald Krueger universal. Donald Krueger é aquela teoria mais de comprovado de que, quanto menos você sabe uma coisa, mais você acha que sabe. Justamente porque não sabendo nada, você não tem dúvidas a respeito. Mas o caso mais grave se dá quando não apenas um conhecimento é perdido, mas a negação de que ele houvesse algum dia existido, se consaga na opinião da massa e da elite acadêmica como uma certeza inquesionável, fundamento de todo o senso da realidade. É de um caso desse tipo que trata esse livro do doutor Wolfgang Smith. O autor já havia abordado o assunto em suas obras anteriores, mas aqui ele o esmiúse em detalhes tão dramáticos que se torna impossível ao leitor honesto deixar de perceber que o episódio não é apenas um engano, mas um escândalo epistemológico de proporções colossais, trágico e intolerável. O doutor Smith dá esse fenômeno o nome de bifurcação. Trata-se da distinção pretensamente irredutível, estabelecida por Descartes, Newton e outros cientistas no ingresso da Idade Moderna, entre qualidades primárias e qualidades secundárias dos objetos materiais. As primeiras seriam os traços matematizáveis, extensão e peso, por exemplo, e constituiriam a única realidade objetiva das coisas. As segundas, como a cor ou o cheiro, seriam apenas alterações ocorridas no corpo e na mente do observador humano e jamais poderíamos ter a certeza de que existem no mundo externo. A ideia é mesmo de que as qualidades mensuráveis existem no próprio objeto percebido e não na mente humana, que as medes já é bastante estranho de vez que, primeiro, os próprios termos mensurar e mensuração vêm do lado imenso, que quer dizer a mente. Segundo, toda a medição é a comparação entre dois objetos, ou entre um objeto e um padrão imaginário, sendo inconcebível com um objeto isolado solto no espaço vazio, que vésseis medidas em si mesmo. Isto eu estou dizendo o seguinte, nada tem medidas em si mesmo, tudo tem medidas em comparação com alguma outra coisa. Quer dizer, medida em si mesmo é expressão autocontraditória. Em segundo lugar, enfatiza corretamente o professor Smith, com base em estudos mais recentes, como o de James Gibson, de Ecológica, do Approach to Visual Perception de 1986, que, se existe uma coisa absolutamente impossível e o ressaltar absolutamente impossível, é que as qualidades sensíveis percebidas nos objetos estejam no nosso cérebro, em qualquer outra parte do nosso corpo ou da nossa alma, e não nos objetos mesmos. Aliás, se essas qualidades dos objetos existissem apenas no nosso cérebro, isso aqui é fundamental, se essas qualidades dos objetos existissem apenas no nosso cérebro, também estariam aí necessariamente as medidas deles. O mundo das pretensas e qualidades primárias seria tão subjetivo quanto das secundárias. Não sei se tudo que você está medindo só existe na sua mente, aonde você capta esses objetos para medí-los. Só pode ser na sua própria mente, e portanto a medição também está na sua mente. Não tem escapatória. Agora, como é que sabe... Ninguém vai dizer que Descartes era um idiota ou que Newton era um idiota? Claro que não. Como é que sábios dessa envergadura caíram neste negócio? No caso do Newton eu estudei, não conheço suficientemente a biografia de Newton para entender isto. O que eu sei do Newton é que 90% do trabalho dele foi elaborar uma nova teologia. Ele queria criar uma nova religião, um novo cristianismo, sem atrindade. Quer dizer, um cristianismo reduzido à unidade absoluta, mas como se fosse um islamismo cristão. Isso foi o grande assunto da vida dele. O resto foi apenas detalhes, como se diz, partes da demonstração que ele queria fazer. Então, esquece que a visão que o tesouro tem do Newton, como cientista por já é totalmente errada. Aliás, eu já dei uma aula sobre este outro assunto que, popularmente, mas também nos meios acadêmicos, o pessoal tem a ideia de que a entrada da modernidade, que foi, assim, o evento da ciência pura, a ciência tal, como a entendemos hoje, que afastou, então, do mundo as superstições medievais, como a astrologia, alquimia, etc., etc., etc. E isto é exatamente o contrário da verdade histórica. Veja, durante a idade média, em geral, os autores escolásticos aceitaram a ideia, por exemplo, da influência dos planetas sobre a vida humana, mas influência material, o santo mais que é, os astros são corpos e, por exemplo, eles só podem influenciar corpos, eles não podem influenciar almas nem intelectos, etc. Mas, materialmente, eles podem influenciar o nosso corpo, através do corpo, podem produzir as nossas... a nossas pachões, nossas neurosas, etc., etc., etc. Isso era uma ideia corrente, mas ninguém ligava para isso, quer dizer, santo mais, dizia isso, mas era um passar o tempo ledoróscopo, então ninguém fazia isso. Fui, entre o século XV e XVI, vem a onda moderna de astrologia alquimica, um negócio absolutamente avassalador. Se você pegasse os grandes astrólogos e alquimílicos que apareciam na história, eles são todos do renascimento, não são da idade média, e, ao contrário, quando aparece mais tarde uma segunda onda científica, começa no Descartes e Newton, eles estão tentando amenezar o impacto desse negócio mágico alquímico e fazer um negócio mais controlável, mas a idade moderna começa com uma onda de ocultismo que existiu na história, e as pessoas têm ideia exatamente oposta. Quer dizer, também é o caso de perguntar como é que um erro histórico tão monstruoso pode ter se universalizado? Como é que uma criança tão, obviamente, falsa, comprovada, historicamente falsa por milhares de historiadores, se espalha no mundo? Então, você vê uma coisa, uma coisa é a ciência, outra coisa é a imagem pública da ciência. A imagem pública da ciência é criada em parte por cientistas interessados, em parte por grandes empresas que precisam disso, e em parte pela mídia, em parte por um monte de professores imbecis que põem me óculos na cabeça dos alunos, nas universidades, escolas secundárias. Mas, bom, o nosso assunto não é isso, não podemos investigar isso agora, é certo? Apesar da sua absurdidade intrínseca, ou antes por causa dessa absurdidade, a bifurcação serviu de pretexto a mais ambiciosa reivindicação de autoridade que já se viu no mundo, desde aqueles dias festivos em que Júlio César se declarava descendente carnal da Deusa Vênus. Pois, só as entidades medidas pelos físicos são objetivamente reais, e tudo mais só existe na mente fantasiosa da humanidade ignara, a conclusão é inescapável. Só os físicos conhecem a realidade e podem distinguir a fantasia, dito de outro modo, ou você obedece aos físicos ou é um doido varrido. Poucos profissionais da física são, por sua vez, doidos varridos ao ponto de declarar essa ideia em público, mas no segredo dos seus corações e do seu grupo de colegas, muitos acreditam nela piamente. Aguarda-se o dia em que se proclamarão descendentes carnais de Vênus. Acreditam tanto que tomam em geral o consenso científico como a palavra final em todos os assuntos, não só científicos, como também filosóficos, morais, religiosos, políticos, psicológicos, etc. Sem notar que no fim das contas, consenso é apenas um número de votos, e não tem mais confiabilidade do objetivo do que qualquer argumento retórico. Aliás, consenso é um argumento retórico. Qual é a definição do discurso retórico? É aquele que toma como premissas as crenças geralmente admitidas pelo auditorium. Você não vai mais fundo do que isso. Quer dizer que se todo mundo acredita que as coisas são assim assadas, você toma isso como premissa do seu argumento, e se você conseguiu demonstrar que o seu argumento é confirmado por essa premissa, não se discute mais ao assunto. Ao passo que, já se você pega o discurso dialético, ele é o contrário, ele examina a validade das premissas. Ele discute as premissas, o discurso retórico não. A crença do público é, como é que se diz? É a validade de Deus, é a norma básica do discurso retórico, e essa é a validade de Deus. Então, a opinião, a opinião do auditorium, nunca é desafiada. Já o discurso dialético é o contrário, o discurso dialético consiste em você pegar vários discursos retóricos, compará-los uns com os outros e discutir as premissas. Então, como foi possível que Descartes, o príncipe da racionalidade moderna, desse origem a tantos disparados? Desde logo, não creio que Descartes fosse tão racional quanto se diz. No seu livro mais importante, Meditações de Filosofia Primeira, ele promete contar experiências cognitivas reais sucedidas ao seu eu pessoal histórico. Mas, de repente, sem perceber, salta dessa narrativa de fatos psicológicos concretos para a pura análise de um eu filosófico genérico-abstrato, acreditando piamente que ainda está falando do seu eu real biográfico. Isso é notável, assim. Eu me pergunto como é que alguém pode ter lido as Meditações de Filosofia Primeira sem perceber que lá na metade, Descartes mudou de assunto sempre, que ele mesmo não percebeu. No meu livro, Visões de Descartes, demonstrei que a experiência da dúvida radical, tal como a fórmula Descartes, é uma total impossibilidade psicológica. Dito do outro modo, é impossível você duvidar o que quer que seja sem você afirmar alguma outra coisa. Toda dúvida é baseada em algo que você toma como certeza, certo ou errado? Você tem que ter certeza, certo? Se você não tem nenhuma certeza, você não pode ter dúvida alguma. Ou seja, o reino da dúvida universal é um mito, é uma impossibilidade. E é isso que eu estava conversando agora mesmo com o Daniel, a respeito do filme sobre a Matrix, quando os caras vieram cagar o negócio de um mundo totalmente falsificado. O insulita mostra aqui uma coisa que parece banana, tem casca de banana, tem gosto de banana, nasce como nascem as bananas, mas é uma falsa banana, isso não existe. A falsificação, por definição, é falsificação de detalhe. O pop diabo não pode falsificar tudo. Por que ter o famoso ditado, o diabo diz 9 vezes a verdade para poder mentir melhor na décima? Se ele não tivesse de poste nenhuma verdade, ele não poderia mentir, porque ele mesmo não saberia o que está se passando. Por exemplo, se o diabo quer enganar você, algo da sua psicologia ele tem que saber, tem que saber de verdade. Se tudo que ele pensa na sua psicologia é falso, ele é que foi enganado e não você. Então, o engano total não existe, a dúvida total não existe. E o como é possível que as pessoas tom a ideia da dúvida total como ponto de partida da filosofia, meu Deus do céu. Quando um pouquinho de experiência da vida mostra que essa dúvida total não existe. Ela não é pensável. Só existe dúvida parcial e sempre a dúvida é um ponto mínimo. Então, demonstrei que a experiência da dúvida radical, tal como a fórmula Descartes, é uma total impossibilidade psicológica. Quando o homem conta que realizou algo e notamos que esse algo é impossível, temos que concluir que, ou ele não realizou nada, ou realizou outra coisa dando-lhe um nome errado. Ele fez uma coisa de um nome da outra. Se Descartes não pode realizar da experiência que ele alega, cala a experiência que efetivamente realizou em lugar dela. Esse foi o meu assunto no Livrinho Visão de Descartes. Nenhum estudioso de Descartes parece ter notado o paroxígeno de desatenção com que o filósofo salta do seu eu biográfico para o conceito abstracto do eu filosófico. Mas também nenhum levantou sequer a hipótese de que o famoso Gênio Mál, talvez não fosse um melhor artifício literário inventado pelo filósofo para facilitar a exposição de um ideia abstracto, e sim o relato de uma experiência interior perfeitamente real, uma obsessão religiosa autêntica. O Gênio Mál é o seguinte, o Descartes é um certo ponto. Ele disse, então suponhamos que o mundo todo foi criado por um Gênio Mál para me enganar, para me levar a conclusões erradas, certo? Ele disse, bom, ainda assim eu teria certeza do meu próprio eu, porque eu estaria na confusão, é a confessar que estou confusa, tenho confusão. Confesso que eu existo. Portanto, a certeza da existência do observador humano é irredutiva, não podemos escapar dela. Então o pessoal imagina que esse hipótese do Gênio Mál foi um artifício literário inventado pelo Descartes para explicar a sua teoria. Mas quando vemos os famosos sonhos que Descartes teve durante os famosos três sonhos de Dona Eugiarre, você vê que a obsessão do Gênio Mál está ali, já está no próprio sonho, meu Deus do céu. É uma coisa muito profunda nele. Ele está sendo conduzido por uma ventania que eu estou levando, uma ventania que eu suponho que é uma coisa muito má que eu estou levando, de repente ele tem essa obsessão do Gênio Mál e está dentro dele. Em favor dessa hipótese, claman, áutdos, brados, o fato de que após proclamar o ego córdio transguiu o pensante como fonte de toda certeza, o filósofo acaba por reconhecer que esse ego não funda certeza nenhuma, exceto da sua própria existência, só podendo escapar dessa prisão subjetiva mediante o apelo a Deus. Existe algum meio? Eu adquirei a certeza de que eu existo porque estou pensando. Muito bem, ninguém discute isso. Porém como é que eu vou partir desta certeza interior subjetiva para a certeza dos objetos do mundo externo? Não existe essa ponte. O único meio que o Descarto tem de sair dessa é dizer Deus é bom, ele não ia me enganar, Deus não é o Gênio Mál, Deus é o Gênio Bom, então ele não pode ter criado o mundo inteiro só para me enganar, então acredito no mundo exterior. Mas onde é que tirou esse Deus? Deus não tinha entrado na história, pô, não é como o Deus de Santa Agostinha, porque no Deus de Santa Agostinha, a dúvida interior, o eu-pensante, ela tem a presença do próprio Deus no eu-pensante. O Descarto não, o eu-pensante é independente de tudo. Não tinha Deus nenhum, o eu-pensante não precisava de Deus, de repente o eu-pensante precisava de Deus, não para ele existir, mas só para ele pular da sua certeza subjetiva para o mundo exterior. Então não é um negócio tão profundo quanto o eu, o ego córgito do Santa Agostinha. Em vez de uma pura questão teórica de epistemologia, temos aí um drama teológico, resolvido por meios teológicos. Ele está com medo do diabo e ele apela a Deus, fala que é uma coisa mais simples do que essa, mas você fica com medo do diabo porque você vai pedir sua cor para o outro diabo, não, você vai pedir para Deus. E foi isso que ele fez. Então, você vê que este drama estava presente dentro dele, aparecia até no sonho, meu Deus do céu. Então, esta aqui é um dado real da psicologia de Descarto. Então, temos aí um problema de drama teológico resolvido por meios teológicos. Resolvido por meios teológicos, mas disfarçado em pura epistemologia teórica. O que não é nada surpreendente no Homem que adotou com mordega de vida, a máxima é o caminho disfarçado. Depois, uma nota aqui. Quem não lhe o Magistral Biografia de Descarto Maxim La Roi, Descarto Filosofo Masque, Descarto Filoso Rumiáscar, de 1929, não tem ideia de quanto o fingimento da camuflarem foram fatores decisivos na vida e na produção escrita do filósofo. Dito de outro modo, Descarto era um verdadeiro embrulhão, enganou todo mundo. Por exemplo, quando ele estava na Holanda, que era um país protestante, ele casou com a moiasinha na Igreja protestante, embora ele fosse católico. E por que ele fez isso? Porque ele queria ter boas relações com os protestantes. Por que? Ah, suspeita de que ele fosse um espião jesuíte infiltrado no meio protestante. Porque das duas, o ele era o espião jesuíte e estava enganando o protestante, ou ele fingia que era católico, mas casava na Igreja protestante. Ou ele sacanou os protestantes do sacanuloso católico, não tem outra explicação. Então, o cara era um óbida filósofo de máscara. Muito nele é coisa de fingimento. Por que esse fingimento? Não sei. Não adianta você ver com a teoria do Léu Astralis de que não, ele escrevia de maneira camufrada porque tinha medo da autoridade. É que nada, ele não tinha medo de nada, o homem... Veja, o Decatur fisicamente é um homem do acoraj extraordinário. Ele uma vez conseguiu parar, um motim dentro do navio, ele sozinho puxou a espada e freddou todos os marinheiros, fez o caso desistir do motim. Ele ia ter medo de fofoca, mas vai nunca. Se ele fez essa coisa, ele tem algum motivo que nós jamais saberemos. Ou ele era realmente espião, ou ele era um falso católico. Não tem outra explicação. Nos dois casos ele estava mentindo. Então, e de fato ele adotou esse lembro, o caminho disfarçado. Veja que coisa impressionante. É igualzado que os intérprete de Decatur não mencionam isso. Eu só descobri isso nessa biografia do Maxime Léu Astralis, que eu nunca mais fui reeditada. Eu descobri essa edição de 1929. Até aqui. Como? Essa biografia é genial. Por que que não reeditaram? As pessoas às vezes esmiusam detalhes na vida dos filósofos e dos escritores, os detalhes mais comprometedores. E ninguém se interessa por essa coisa do Descartes. Não sabia se ele era um espião que estava enganando os protestantes, ou era um falso católico que estava enganando o Jesuita. Se, ao longo dos séculos, a bifurcação cartesiana, ao afirmar-se como certeza absoluta, compartilhada por boa parte da classe acadêmica, chegou a produzir tantas absurdidades, e este livro tornará evidente algumas das piores, isso talvez tenha a ver com os disfarces e fingimentos que estiveram presentes na sua origem. Um amigo meu já falecido, que era um gênio da psicologia clínica, me disse, neurósima mentira esquecida na qual você ainda acredita. A experiência da vida ensina que, quando as coisas se tornem inestricávelmente confusas, é porque alguma falsidade esquecida continuativa sobre pilhas de sombras e camuflagens. A bifurcação é a maior, mais ativa e mais letal dessas falsidades. O Dr. Smith já examinou em obras anteriores, mas no presente livro ele vai além do exame crítico e constrói toda uma teoria alternativa a totalidade tripartite, como ele a chama, para libertar a ciência de uma neurose de quatro séculos. Não creio que na presente geração de cientistas intelectuais acadêmicos haja muitas criaturas capaz de perceber a dimensão da reforma científica, da reforma que o professor Wilcox Smith fez por meio de seus livros, e que nesse leva a sua conclusão irrecusável. Mas é inevitável que os próximos séculos vêm admitir que aquilo que o professor Smith fez com a ciência foi mais do que uma reforma, mais até do que uma cura psicanalítica, foi um exorcismo. Então, está aí apresentado o livro, eu não quis mexer muito no conteúdo do livro, como diz o spoiler, não vou fazer isso, estou a contar o conteúdo do livro antes de você ler o livro, não vou fazer isso, estou apenas anunciando o livro e atraindo os leitores para ele, espero que eu tenha conseguido despertar a curiosidade do leitor. Em vez de ler o livro, ele irá ler o prefacinho para saber se vale a pena, ele vai saber, vale a pena você tem que ler esse livro. Então, eu acho que a finalidade do prefaciador é esse, não é tomar o lugar do autor, está certo, mas atrair a atenção para o que ele tem a dizer. Então, daqui a pouco nós voltamos com as perguntas. Legendas pela comunidade do Amara.org Legendas pela comunidade do Amara.org Legendas pela comunidade do Amara.org Legendas pela comunidade do Amara.org Legendas pela comunidade do Amara.org Legendas pela comunidade do Amara.org Então, vamos lá. Hoje tem uma nenezinha aqui, se ela der um palpite de vez em quando é a opinião dela. Então, vamos lá. Aqui, Pedro Eduardo Gomes pergunta, o repertório de ignorância, possui alguma relação com a ideia da adulta ignorância proposta por Nicolau de Cusa? Eu acho que não, acho que o objetivo dele era completamente outro, é uma coincidência de termos, né? Bertone Barbosa de Oliveira. O conhecimento por presença, intuito pelo sujeito em fácil do objeto, seria uma refutação das alegações da bifurcação, sem sobredúvida. Já que antes de exprimir, se é uma gama de informação na consciência do mesmo sujeito, é óbvio, quer dizer, a presença do objeto é um conhecimento que você tem dele. Tá certo? Você não precisa ter o conceituado, você não precisa nem ter o percebido ainda. Se você só pode perceber no ambiente aquilo que está presente, no ambiente, e que está presente antes de você ter o percebido, meu Deus do céu. Quer dizer, esta presença anterior é a condição da possibilidade da percepção. Isso quer dizer, nós sabemos muito mais coisas do que a nossa consciência registra. Vocês devem se lembrar nas primeiras aulas do curso, aquele experimento que eu pico com o baralho. Não é isso? Você tem duas pilhas de cartas, tá certo? E você tem que adivinhar-se a um negócio positivo ou negativo. E bota um eletrodo na sua cabeça, e eles veem que quando é a carta negativa, o seu cérebro já registrou a coisa antes de você virar a carta. Então quer dizer, existem, mas se você presta uma premonição, sem essa premonição, não tem percepção nenhuma. O Dr. Miller descrevia um quadro que a gente chama Desperso Analisação Epiléptica, caracterizado pela perda da capacidade de adivinhação. E mostrar o conceito com isso aí fica totalmente desorientado. E se você não tem alguma premonição, você não tem percepção também. Então vamos lá. Por isso, quase os livros mais... aqui, marcos, câmbos, quase os livros mais importantes do Wolfgangsmeit, além do mencionado hoje. Olha, o primeiro livro... Ele tem livros muito importantes, sobre a mitologia da ciência, sobre os mitos científicos, livros sobre cosmologia cristã, tem um monte, não é isso? Claus Werner, a física tem alguma coroelação importante? Com a filosofia, obviamente tem. Mas não nesse sentido que os caras estão querendo fazer, que a física resolve todos os problemas, fala impossível. Mas a próxima pergunta esclarece mais aqui. Veronica Santos Oliveiro, por que não podemos dizer que as dimensões espacias dos objetos da natureza são caracteristas, é um pimaradelo? Nós podemos dizer, desde que nós admitamos que esses objetos existem, num mundo físico, fora de nós, se não, não. Se os objetos... Vamos dizer, a presença dos objetos só existe na minha mente, onde está a medição deles? Também na minha mente. É certo, para que você tenha acesso ao objeto reais, é preciso que eles existam fora da sua mente. Quer dizer que a distinção de qualidades primárias e secundárias, é válida até certo ponto, desde que você não estabeleça entre essas duas, uma hierarquia de realidade. Quer dizer que essas qualidades são mais reais do que as outras, isso não faz menor sentido. Para que essa distinção seja possível, é necessário que as duas qualidades existam realmente e fora da minha mente. Se não, não. Se os objetos percebidos estão... Vamos dizer, na minha mente eu só posso medir objetos mentais. Não há possibilidade de você medir fisicamente. Você pega o objeto e tira dele todas as qualidades secundárias. Não é isso? Não sobra nada. É como é que você vai medir esse objeto vazio? Então, as qualidades secundárias são as que me mostram na presença do objeto. Um objeto que fosse constituído... Lámenes já observavam, um objeto que fosse constituído apenas das suas medições, não poderia existir jamais. Ou seja, as qualidades matemáticas não podem dar realidade a um objeto. Para ter realidade é porque ele seja algo, ou seja, ele tem que ter uma substância, algo que ele é, um cuide que ele é. Lámenes já observou isso aí. Ou seja, claro que existem as qualidades matemáticas, é evidente, mas elas estão no objeto real que está fisicamente presente a mim. Se não, as qualidades primárias são apenas secundárias. Estevam ao creio. Esse óculos está ruim. Esse tipo de crescitação de Cáetico, ano desfarçado, pode ser uma atitude involuntária do filósofo da nova geração e da idade moderna, que tem uma formação distorcida, que destorma os pensamentos socares, é possível que todos eles... Quanto mais eu leio o Filosofio Moderno, eu mais vejo que o elemento de fingimento é muito grande. O Leandro Strauss tem aquela teoria de que ele escreve em linguagem, em linguagem cifrada, porque ele tem medo da autoridade. Eu acho que não é isso. Não é isso. Então se você leu o Maquiavel, leu o meu Librim, seu Maquiavel, o elemento de fingimento e de mentira, ali é monstruoso, a monstruoso. E eu não vejo que na versão com essa linguagem disfarçada, ele se torna mais defendido da autoridade, de jeito nenhum, ao contrário, quanto mais ele disfarçou, ficou mais ofensivo ainda, tanto que todo mundo se revoltou com o livro dele. Então o que é raio de disfarça? Parece coisa do Sir Hugo, mas, entende? Quanto mais ele disfarça, mais está visível. Então a hipótese do Leandro Strauss, você me desculpe, mas eu acho totalmente furada, de que todo escrevesse assim para se disfarçar, para não ser alvo de perseguições, você está jogando a culpa nos outros. Eu acho que o cara mente porque ele é mentiroso. Então se você quisesse realmente dizer coisas que poderiam ser perseguidas pela autoridade, de bom, a melhor maneira de você escapar de exploração, é você ir para um país onde aquela autoridade não manda, como o próprio Descartes, você está com medo dos católicos, você vai para a Holanda, você está com medo dos protestantes, você volta para Itália, para a França, qual é o problema? Então essa camuflagem da linguagem, não. Essa explicação do Leandro Strauss nunca me convenceu. Eu acho que o elemento de fingimento, ele está presente mesmo a partir dessa época. Você não pode esquecer que o advento de Istituto veio junto com um progresso extraordinário do teatro. Por exemplo, se você pega as dissecações de corpos, é não feito num teatro. Em um auditorio. É, em um auditorio. Então o elemento teatral está muito presente ali. Além disso, existe um estudo incrível de um autor espanhol que mostra que a ideia da dúvida metódica, o Descartes tirou de uma peça antiga, peça romana, mas que havia um elemento teatral na dúvida metódica. Então tudo isso tem que ser estudado pela história deste período. É estudado, de fato, mas a pessoa não relaciona uma coisa com outra. Por exemplo, o cara que está estudando a influência do teatro de Pláuto no Descartes, ele não está estudando ao mesmo tempo esse elemento da física, da bifurcação. Então sou eu que estou juntando essas coisas. E eu não sou um historiador, ciência, historiador, filosofia. Eu para elucidar isso aqui, eu precisaria anos de dedicação a este assunto específico. O que eu posso fazer? Eu como um filósofo informal, um ensaísta, eu posso sugerir. Existe esse problema, se você é estudado alguém que tem mais tempo do que eu, por favor, vova lá e resolve esse negócio. Então o elemento teatral é muito importante em todo o pensamento deste período. Quando você lê, por exemplo, as obras de Michel de Montagne, que o pessoal acha um primor de sinceridade, eu não, mais recentemente existe estudo sobre o elemento retórico nos ensais de Michel de Montagne. Então, não é que ele está sendo sincero, ele está fingindo ser sincero para obter um efeito literário X ou Y. Não me interessa discutir agora. Também existe essa autora Denise Bonhomme, que estudou os elementos ocultistas na filosofia, no pensamento de filósofos iluministas, como Voltaire. E depois, no elemento de filósofos, na obra de autores, francamente materialistas e científicistas, como ela foi, devinha. Nós podíamos fazer a mesma coisa, porque este dia eu estava pensando no Graça Aranha. Graça Aranha, o senhor ele foi educado na Igreja Católica, ele conheceu o Tobias Barret, o Tobias Barret devastou com a fé dele, ele virou materialista e depois ele escreve aquele livro dele, o Canan, e no Canan você vê, tem um elemento profético no Canan, porque ele... frota dois alemães, Milcau e Lenz. E o Milcau é um alemão clássico, britânico, humanista, etc. e o Lenz já é um protonazista. Mas isso não veio acontecer realmente na Alemanha? Veio? Então, da onde ele tirou isso? Foi do materialismo que ele podia concluir? Não é de jeito nenhum. Então, tem lá um elemento, que aliás, o Gilberto Freire, em Fátima, tem um elemento místico ali, não sei de um místico ou cultista, como que era chamado. Então, tudo isso aqui é uma multidão de problemas e temas. Você vê aqui no meu livro, Jarniz Afleções, eu expliquei que eu botava muitas notas de roda a pé para sugerir tésis universitários que precisavam ser feitos sobre isso, centenas de estudos. Eu não sei a solução desse plano, alguém tem que estudá-lo para resolver. Um problema que eu sugeri e que até hoje ninguém estudou, seria assim como existe a religião comparada, de vez em vez de a ciência do ateísmo comparado, porque eu vejo com o sujeito que é um ateu de origem católico, é diferente de um ateu de origem protestante, de origem judaico, de origem musulmana. Então, você tem uma tipologia do ateísmo, não foi feito até hoje, que é um assunto mais interessante do que esse. Então, eu espero que um aluno meu falasse, não, aquele negócio de estudar, eu vou estudar até o fim. Quer dizer, são tésis universitários inexistentes, mas que têm de existir. Se as universidades fossem sérias, elas estudariam tudo isso. Mas na verdade, pessoal, sua estuda, aquilo que o chefe do departamento já disse, você repete o que ele disse e daí te dá uma boa nota. Lino Miguel Falcão, Saudações Luzitanas, professor Lavas, Saudações. Dá para explicar melhor o que é bifurcação, segundo o professor Wolfgang Smith. Quando é que sai o livro sobre o canto? Bom, quando sai o livro sobre o canto, eu não sei. Eu estou escrevendo ainda, eu não escrevi nem a metade, e tem outro livro que eu também comecei, o Marxa dos Abires, o que eu também estou na metade. A bifurcação é simplesmente a divisão do mundo entre dois tipos de qualidades. As qualidades primárias, que são as qualidades mensuráveis, que Descartes e Newton tomam, com as qualidades objetivas, que existem nos objetos em si mesmas. E aquelas qualidades que dependem da parada de percepção humana, dependem do nosso corpo. Por exemplo, você perceber a cor ou o cheiro do negócio, o que você tem. Porém, o fato de ser uma reação física sua, quer dizer que existe apenas dentro de você, pensa bem. Imagine se todo mundo das sensações existe somente dentro de nós, e não no mundo exterior. Quer dizer, você suprime o mundo, e o mundo inteiro continua ali, porque está dentro do seu cérebro. É concebível uma coisa dessa? É absolutamente inconcebível, é absurdo, é estúpido. Quer dizer, você supor que o nosso cérebro tem este poder? E você diz, olha, já aconteceu para você de você acordar do sono, de repente você não sabe onde você está? Quer dizer, se o mundo e volta fosse constituído apenas das suas recordações, isso jamais poderia acontecer. Mas você esqueceu do mundo, mas você abre os olhos, você está no mesmo quarto onde você dormiu, na mesma cama, com as melhores pessoas, etc. Isso restaura a sua memória. Quando nós usamos vamos dizer, os objetos como elementos mnemônicos, você pega, sei lá, você faz uma marca qualquer num papel, para te lembrar de alguma coisa. Você está usando o mundo externo como suporte do mundo interno, nunca o contrário. Quando o cante diz tudo, como o mundo externo nos dá, são elementos caóticos, que ele não se organiza, eu falo, ah, eu vou botar ordem nas estradas, nos prédios, na construção, etc. O contrário, eu vou me apoiar nisso tudo para botar ordem do meu pobre mundo interior. Quer dizer, é claro, agora o cante, o seguinte, o cante nunca saiu da casa dele, ele devia no mundo fechado da cabeça dele. Eu que já viajei, já vivi 20 vidas em uma, eu sei que não está tudo na minha mente, eu sei que sem o mundo externo, eu esqueceria tudo. Existe esse experimento de privação sensorial. Você põe o sujeito no escuro, isolado de maneira que ele não tenha sensação nenhum, o cara fica desesperado. Não aguenta. Isso. Então, tudo que nós percebemos, depende de um suporte no mundo exterior, meu Deus do céu. Viu? Inclusive o nosso próprio corpo. O meu corpo não é exterior em relação à minha mente. Será que o meu corpo também é imaginário, só existe dentro do meu cérebro? E onde está o meu cérebro? É o corpo que está no meu cérebro ou o cérebro que está no meu corpo? O que eu chamo de cérebro se não um elemento material entre outros? Você pode pegar um cérebro e pegar na sua mão. E aonde está aquele cérebro? Está na sua mão ou está no seu cérebro? Quer dizer, essa ideia da bifurcação leva a tantos absurdos que eu não vejo nem meio motivo para alguém levar essa porcaria a sério. E não entanto, há três ou quatro séculos o pessoal acredita nisso. Então, o professor me tem toda razão ver isso precisa ser destruído já. Isso aí é a origem de toda loucura contemporânea. Quem assinalou isso, já foi o próprio Edmund Russell, se assinalado isso no livro A Cris da Censura Europeia, e o professor melhora o livro dele. Outros filósofos também mexeram nisso, mas ninguém com a profundidade e a exatidão do professor Smith. Muito bem, então vamos parar por aqui. Hoje já foi demais. Vocês aguentaram bem sobreviveram. Então, até a semana que vem. Muito obrigado.