Então vamos lá pessoal, boa noite tudo bem, sejam bem-vindos. Eu queria aqui voltar um assunto que eu já tratei, mas eu queria ser um pouco mais explícito, vou tentar detalhar um pouco mais, porque é uma importância essencial para vocês, na verdade para o país inteiro, mas sobretudo para os meus alunos, tem essa questão da linguagem, tem um testinho aqui que pode ser a vida de introdução para nossa aula e na segunda parte nós hoje não teremos perguntas, porque tem aqui um cidadão do movimento, como é que chama? movimento liberta pernambuco e vai fazer uma entrevista, vocês assistem a essa entrevista, mas vocês não farão perguntas, perguntas serão as dele, tá bem? Então vamos aqui ao nosso texto. Confusso dizia que se tivesse o poder de melhorar a vida no seu país, a primeira coisa que iria reformar-se era a linguagem, para que as palavras voltassem ao seu sentido próprio. Não conseguirei fazer o que o velho sábio nem tentou, posso apenas indicar onde está a raiz da linguagem que se rompida, que quanto mais fala, mais corrompe o país inteiro. A unidade mínima da linguagem é o famoso Triângulo de Pierce, assim chamado, pelo nome do seu descobridor, o filósofo Charles Sanders Pierce, 1839, 1914. Os elementos deste triângulo são signo, significado e referente. O signo é qualquer elemento visual, sonoro, etc., que no discurso, sirva de indicador e substituto mental de algum objeto, ou fato, ou ideia, aqui o falante deseja se referir. Significado é a definição, geralmente a definição dicionalizada, que torna explícita a intenção significativa que o falante tinha em vista. Referente é o objeto, fato, qualidade, ou qualquer outra coisa do mundo real que corresponda, no entender do falante, a essa definição. O signo e o significado conhecemos pelo simples uso da linguagem. Para ter acesso ao referente precisamos saltar de dentro do mundo linguístico para um universo maior da realidade e da experiência. Por exemplo, a palavra elefante significa a ideia que o falante tem de um determinado bicho. Lendo o dicionário, obtendo a definição da palavra que designa esse bicho, isto é, aquilo que supomos estar nas intenções do falante quando ele usa essa palavra. Mas o elefante propriamente diz, não existe nem na nossa fala, nem no dicionário, ele está em alguma floresta ou no zoológico. Então, no mundo linguístico não existe elefante, só existe o signo elefante e o significado atribuído a esse signo. Para saber o que é elefante, precisamos saltar para além do mundo das palavras e ir para o mundo das coisas reais. Preste bem atenção, essas operações são totalmente diferentes, uma não pode ser reduzida a outra. Quer dizer, é impossível por meio os linguísticos você conhecer uma coisa. A coisa você só conhece pela experiência. Ou se não tiver acesso direto à experiência, você pode tentar imaginá-la. Mas imaginar uma coisa não é a mesma coisa que entender uma palavra. Por exemplo, eu te digo a palavra reinoceronte e dou a definição de reinoceronte, então você entende o que eu estou querendo dizer com essa palavra. Mas cadê o reinoceronte? Se você não tiver acesso ao reinoceronte, você pode olhar talvez uma fotografia, ou pode pedir para alguém te descrever um reinoceronte, ou assistir um filme. Não é uma operação linguística em hipótese alguma. Essa breve explicação basta para mostrar que a veracidade ou falsidade de um discurso não se encontra nele mesmo, nem qualquer outro discurso, mas é algum dado da realidade externa. Ver? Tem uma época em que os linguistas dizem que tudo no discurso é só o discurso. O discurso indica outro discurso, indica outro discurso, indica outro discurso. Ver? Isso é uma impossibilidade pura e simples. Porque você vê. Como você tem conhecimento da conexão entre vários discursos? Você precisa ou ouvi-los. Agora, audição não é a mesma coisa que discurso. Audição é um procedimento corporal, físico, ou lê-los, ou olhar. Então, você precisa de um papel, uma coisa impressa, uma tela. Então, se não existisse nada além do discurso, seria impossível você ter acesso a discurso. Então, isso é uma coisa de uma estupidez, tão imensa. Que o sujeito que falou isso aí deveria ser proibido de ensinar até a escola primária, até no prezinho. Mas, os caras vivem, tem um lugar na academia francesa assim por dentro. Ou seja, ver a cidade ou falsidade de um discurso não se encontra nele mesmo, nem qualquer outro discurso, mas é algum dado da realidade externa. O elefante, o bicho elefante é o juiz final e supremo de tudo quanto nós ou o dicionário digamos sobre ele. Agora, pode haver o caso de que a experiência que nós nos referimos seja uma experiência mental. Por exemplo, um estado de espírito. Digamos, a tristeza. Dizem, bom, eu posso ter a palavra tristeza, tenho a definição da palavra tristeza, mas isso não significa que eu sei o que é a tristeza. Eu sei apenas que o falante está querendo dizer quando vencer a palavra. Então, eu preciso alter a experiência da tristeza, ou preciso que alguém me descreva a experiência. Ou seja, é uma operação que já não é linguística, embora possa usar também a linguagem. Por exemplo, uma pessoa que está triste, ela está chorando e está explicando. Ah, meu marido me largou, meu namorado me bateu, sei lá, minha mãe morreu, qualquer negócio assim. Então, existe um elemento linguístico, mas ele não é a substância da tristeza. A tristeza é um sentimento, portanto, um elemento psiquicamente complexo, que inclui um pouquinho de linguagem, mas não é a linguagem. Se porém, toda vez que usamos uma palavra, precisássemos olhar ou exibir o referente, a comunicação se tornaria demorada e muito trabalhosa. Por isso, na maior parte dos casos, passamos rapidamente sobre o referente, dando-o por tão óbvio e reconhecido, que nos entendemos perfeitamente bem, usando simplesmente os substitutivos linguísticos que os desigram, o que nos dispensa de, cada vez que usamos a palavra elefante, precisamos ter um elefante na sala para mostrar a visita. Na verdade, a capacidade de produzir essa menção implícita e abreviadíssima ao referente é a força essencial de toda a linguagem humana. Nenhum bicho tem essa capacidade. Tudo o que você diz para um cachorro, ele já sai procurando em torno. Por exemplo, se você diz o nome de uma pessoa que ele conhece, eu digo aqui para o Amel, cadê a mamãe? Ela sai procurando da rochane. Para ele, ou o referente está fisicamente disponível, ou não existe de maneira alguma? Isto é assim para todos os animais. Mas justamente essa força da linguagem humana é a sua principal fraqueza. O falante espertalhão, sabendo que automaticamente a simples dimensão de um signo, evocando o seu significado, dará uma impressão de presença e realidade do referente, bem pode induzir ouvinte a tomar um simples significado como se fosse prova dessa presença e realidade. Ou seja, porque você entende uma palavra, você acredita que sabe a qual coisa está se referendo. Então você está girando apenas no mundo das palavras, acreditando que está falando de coisas, a coisa não entrou em consideração. Para você ter acesso a qualquer referente, você precisa saltar para além do mundo da linguagem, entrar no mundo da experiência real. Claro que esse mundo também, se não fosse as palavras, você não poderia falar a respeito dele, mas ele não se confunde com as palavras. Quando o sujeito entende a fala, ele dá propreensuposto, normalmente, que também entende as coisas das quais o discurso fala. Ou seja, se você sabe o significado da palavra elefante, você acha que sabe o que é um elefante. Ora, existem zólogos que estão estudando elefante há décadas, eles não sabem direito o que é um elefante, porque eles entendem que a realidade do bicho elefante vai além do seu mundo de informações psíquicas. Conhecendo esse truque, todos os mais perversos e criminosos usuários da linguagem podem transportar o ouvinte para um mundo de ben das palavras que ele tomará como se fosse o mundo real. Na linguagem do atual jornalismo brasileiro, bem como dos debates políticos e dos discursos oficiais em geral, incluindo as falas de professores universitários sobre uma variedade de assuntos, esse truque sólido se tornou praticamente a regra fundamental da linguagem. Ou seja, nunca é preciso usar o referente, nunca é preciso conhecer o referente, as pessoas se contentam com o significado. Preso num mundo de ben das palavras que ele toma como se fosse o mundo real, o ouvinte ou o leitor nunca se lembra de dar uma espiada no mundo extra-linguístico para ver se o referente existe e se ele corresponde ao que estão lhe dizendo a respeito. Ou seja, quando se diz qualquer coisa, você não se sabe o que está falando, qual é esta coisa? Se ele começar a usar muita palavra para explicar, ele já está na cara que ele não sabe o que está falando. Porque eu estou dizendo que o referente é algo que vai para além do mundo linguístico. Ora, nós vivemos todos no mesmo mundo, o mundo real. E portanto, quando nós apontamos o referente, em geral, todos nós temos o referente. Mas não quer dizer que ele esteja presente à nossa consciência de modo pleno. Às vezes ele está muito remoto e você sabe apenas o significado e o signo. Do objeto real você não sabe nada. Você pensou que o que eu sei de elefante? Eu sei muito pouco, eu nunca vi um elefante. Aliás, eu vi no zoológico durante breve minutos. Agora, o zoológico que observa esse elefante saindo, sabe um pouco mais do que eu. Então isso quer dizer que o meu elefante não é mesmo o elefante dele. O meu elefante é genérico, esquemático. O dele não é o dele, é o real. Estão entendendo a diferença? Então, por exemplo, um dos livros que eu mais me encantaram quando eu era adolescente, era o John Hunter, que se chama The Hunter. Ele viveu a vida interna África e ele descreve os hábitos, tá certo? E as ações de vários tipos de animais. Leopardo, leões, elefantes, renocerontes, etc. É tão viva. Por quê? Porque ele esteve lá, ele viu. E não só ele viu como se estivesse no zoológico, ele conviveu com esses bichos, eles os estavam caçando. Portanto, ele podia caçar o bicho e o bicho poderia caçá-lo. Ele conta a história do empregado dele, que saiu correndo do búfaro e subiu na árvore. Para se salvar, o búfaro veio por baixo e comeu o saco dele. Arrancou e comeu. E daí, o cidadão caiu no chão, ficou ali sangrando, dias e dias, lavando a ferida com a água do reachinho e foi encontrado, no finalamento, o John Hunter o encontrou lá semi-morto. E levou ele para casa. E quando o empregado ficou bom, ele o julgou que ia matar aquele elefante e comeu o saco dele. E ele fez isso 20 anos depois. Então, você imagina a realidade desse búfaro para esse cidadão. O que que eu sei de búfaro? Não sei, quase nada. Meu búfaro é de papel, gente. Mas o dele era outra coisa. Está entendendo a diferença? Então, nós, para sabermos do que nós estamos falando, nós temos que ousa apelar para a experiência ou temos que fazer um esforço de imaginação tremendo. Porque a maior parte dos objetos nós não conhecemos por experiência. Nós conhecemos, nós chamamos de experiência vicaria, quer dizer, experiência emprestada dos outros. Eu não vi, mas o cidadão me contou. Quer dizer, ele me contou de boca ou eu li o que ele escreveu. E com a imaginação nós preenchemos, então, a palavra com o seu referente. Uma parte das pessoas não faz isso. Eles não são capazes de imaginar nada, porque não tem imaginação tremada. Só tem habilidade linguística, gente. Então, sempre tem elicápito significado, ele acha que sabe do que está falando e isso é o pior de tudo. Porque se você testar um pouquinho, você vê que ele não sabe. Hoje mesmo eu estava ouvindo, tenho um rapaz marxista e faz um programinha. Tem dois ou vinte, né? Ele também fala um monte de bestia, mas vê que quando ele acerta. Porque a coisa que ele fala e estudou, o tal do marxismo ele estudou. Não estudou mais nada, nada, nada, nada, nada, nada. Ele não sabe somar dois mais dois, mas de marxismo ele entende. E ele pegou uma entrevista lá do rapaz da mamãe Caguei, que dizia assim, dando bronca nos comunícios, comunícios ignorantes, sabe nada. Porque tudo o que o Marx fala é baseado na mais valia. Tem aqui o valor do produto, que é feito pelo esforço material do proletário, e daí vai lá o capitalista e acrescenta um outro valor e vende por esse valor. E daí o rapaz da honetação marxista fala, pera aí, pera aí, pera aí, pera aí, veja. Estudei Marx, ele nunca falou isso, ele diz o contrário disso. Ele diz que todo o valor da mercadoria é produzido pelo trabalho. Quer dizer, não existe o valor desta, que o jeito... É que tem um óbvio, o marxismo começa com isso. Agora, o outro lá, ele entendeu o sentido da palavra, tal como ele estava dizendo, ele está indicando o sentido que ele deu a palavra, e que ele talvez tenha encontrado, ele disse que encontrou na Wikipedia, sei lá, em qualquer lugar, encontrou no cu dele. Então a maior parte das pessoas falam dessa maneira, inclusive legisladoras, juízes, cientistas, médicos, professor universitar, não têm consciência das dificuldades da linguagem, não têm consciência da dificuldade do conhecer humano. E isso é a pior coisa, quer dizer, se você não tem consciência da sua ignorância, você não é capaz de medir o valor do seu conhecimento. Isso que eu digo desde o início aqui, é o mapa da ignorância. O que é o mapa da ignorância? É a lista das coisas que faltaria você saber para você entender aquilo que você já sabe. Então, se você não tem o mapa da ignorância, você não tem a ideia dos limites, do perfil do seu conhecimento, você não sabe onde ele começa e onde ele acaba. Portanto, se confunde o seu conhecimento com o objeto conhecido. Você pensava, o que é que eu sei sobre búfalo? E eu sei um monte de coisa, posso falar três horas sobre búfalo, só com a coisa que eu li. Mas esse sujeito que o búfalo comeu sábado dele, certamente sabe algo que eu jamais saberei do búfalo. Então, assim, como é que você sente na mordida do... Vê, todo mundo pensa no búfalo, pensa na chifrada, ninguém pensa na mordida. E daí, ele descobriu que o búfalo usa os dentes como arma, tanto quanto um leão usaria. Eu contei quantas pessoas no mundo pararam para pensar nisso. Mas, evidentemente, você imagina a força da mordida do búfalo, dá para arrancar um braço do leão. Ele não usa o dente porque, porque ele tem uma arma melhor, mas faz de usar, ele faz assim para o outro, joga o leão para cima. Mas, se ele quiser apelar para a mordida, ele aperta. Outra coisa, ele comeu, o búfalo comeu o saco do homem. O búfalo é carnívoro, só de sacanagem. Ele não é um apreciador da carne, ainda é carne humana, mas, em caso de sacanagem, ele come. Tudo isso, o cara sabe, eu fiquei sabendo porque li a história dele. Agora, o meu búfalo continua sendo de papel. O dele não. Ele foi atrás e ele, ele jura que o búfalo que ele localizou e matou, foi o mesmo que comeu o saco dele. Levou anos e anos para chegar lá. Você imagina o conhecimento que esse cara tinha de búfalo. Lendo o livro do outro caçador, o Jim, agora eu esqueci como é, esse saco. Está atrás de você, bem atrás. Esqueci o nome dele. Jim não sei o que. Jim Corbett. Jim Corbett, agora é. Os livros dele são maravilhosos, maravilhosos. Só que a diferença é o John Hunter na África e ele é na Índia. E o John Hunter caçava lião e ele caçava tigre. Então, ele descrevendo como é que ele fazia para localizar o tigre, através de indícios, assim, uma folhinha que está quebrada no chão, ele viu onde o tigre pisou. Se o passarinho dava um pil, ele percebia se o pil era do passarinho fugindo do tigre, indicando o tigre para o outro, está certo? Ou tranquilizando o tigre que já foi embora. Esses anos e anos e anos de expiência. O que esse cara sabe sobre o tigre? Bom, eu posso até ler o que ele escreveu, e eu sei que fica sabendo, mas esse conhecimento, para mim são as palavras dele, aqui, aqui, vou mostrar até os livros. John Hunter, John Alexander Hunter. Isso na Coda do Olicê, era o meu livro para ele leto. E aqui, o Jim Corbett, aqui tem três livros do Jim Corbett. Então, o Jim Corbett na Índia é constado no santo, por que as pessoas que ele salvou dos tigres. Então, eu sei desses bichos as coisas que eu li nesses dois. Você pode comparar o conhecimento que eu tenho através da língua arrendelhes, com o conhecimento que eles tiveram. O conhecimento que eles tiveram foi da realidade física, vista, sentida, ouvida, e assim por diante. Então, o nosso conhecimento só adquire consistência quando você faz um esforço para transcender a sua linguagem. Só quando você tenta saltar da sua linguagem para o que existe de indisível no conhecimento, aí você sabe alguma coisa. E quando você capta esse indisível, e daí você faz um esforço para dizê-lo, aí você ampliou o limite da sua linguagem. E aí você está dizendo alguma coisa efetiva. Ou seja, você está transmitindo um conhecimento que a sua linguagem antes não possuía, e que você enxertou na linguagem através da sua memória visual, aditiva da sua imaginação. Estão entendendo como é importante isso aqui. Por isso é que eu faço um apelo, pelo amor de Deus, leio muita literatura para ampliar a sua imaginação. Porque a maior parte das coisas nós não conheceremos fisicamente jamais, nós só conhecemos por imaginação. Se a sua imaginação é estreita, você nunca vai entender coisa nenhuma. Agora, tem isso de jeito que nunca leu a literatura nenhuma, despreza a literatura, e isso é só a historinha. E daí ele vai estudar matemática, física, sem social, e acha que sabe alguma coisa. Meu filho, sem cultura literária, ninguém tem cultura nenhuma. O aprendizado começa com literatura, começa com historinha, gente. Porque por isso você existe em número ramos da ciência, que nas comunidades primitivas não existem. Você não vai encontrar uma única comunidade primitiva que não tem a narrativa. Todas têm. Narrativa e poesia. Todas têm. Então é ali que começa a inteligência humana. Então basta uma palavra, tornar-se de uso geral e frequente, e os usuários se esqueçam da necessidade de buscar o referente e acreditem que a mera compreensão do significado já lhes dá o conhecimento da realidade mencionada. Um exemplo que eu tenho citado, que você tem até no vídeozinho que eu gravei ontem, é se você pega a palavra democracia, eles vão falar das instituições democráticas, se você pensar um pouquinho, tentar imaginar o que é uma democracia, você vê que instituições por si jamais são democráticas ou anti-democráticas. Ela pode, por exemplo, a redação que você deu a uma constituição pode expressar uma intenção democrática, mas lendo a constituição você vai saber se aquele país é uma democracia ou não? Nunca na vida. Então, uma democracia não existe como instituição, nem como sistema de instituições, e não existe como coisa. Ela só existe como um desejo, como um ideal. Um ideal que nunca está pronto, que você tem todo dia buscar de novo e de novo e de novo e de novo, e que ao menor sinal de uma bala se aparece. Então, as pessoas que usam essa expressão instituições democráticas, não têm consciência do que é a democracia. E chegam ao ponto, vamos dizer de ser tão absurdo naquilo que falo, que a gente desconfia que é um caso de retardamento mental, ou a ser pior de psicopatia. Eu vou dar um exemplo. Esse seu Alexandre Morais tem uma gravação dele de uns anos atrás explicando maravilhosamente bem o que é o direito à livre opinião, e mostrando que ele é inteiramente favorável o direito de livre opinião. E passa um anos, ele nega totalmente o direito de livre opinião de qualquer pessoa que tenha ideia diferente dele. Ora, isso aí o que é a hipocresia? O ignorante pode chamar de hipocresia, mas eu não chamo disso aí. O que ele mostrou com essa explicação e esse procedimento, é que ele é insensível à diferença entre palavras e atos. Ele teve algum drama de consciência de que, não, eu expliquei esse sistema de valores e agora eu estou negando. Ele não tem nenhum drama de consciência. Você está tranquilo no primeiro caso e tranquilo no segundo caso. O que significa o seguinte? Isto é um sintoma claro de psicopatia. Isso não é hipocresia. Hipocresia é você fazer um fingimento proposital. O fingimento proposital, se você tem que fazer um fingimento proposital, porque você sabe que está fingindo. Então você tem a consciência de que está mentindo. Então não é possível que você minta com tanta desenvolutura e tanto bem-estar. Mas você vê que ele fala no segundo caso com a mesma naturalidade do caso anterior. Ou seja, ele não sente a diferença entre uma coisa e outra. É um cafézinho. Isto é um dos traços mais característicos de psicopatia. Portanto, o que eu sugeriria é submeter a esse seu Alexander a uma junta médica de especialistas em medicina forense, antes de qualquer coisa. Porque o seu sujeito é realmente um psicopata. Ele não tem condição de julgar uma partida de futebol, de botão, da segunda divisão. Eu acho que é exatamente o caso dele. Então, é um<|pt|><|transcribe|><|pt|><|transcribe|> e ele tem que ser removido não apenas do STF, mas de qualquer tribunal. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. Ele não tem conceito, só tem figuras de linguagem. A União Soviética desfez mais nacionalismo e mais patriotismo do que qualquer outra força no mundo. Você viu o que que era? A Hungria ou a Czechoslovakia sob domínio soviético era uma nação independente, mas nada. Então acabou o nacionalismo ali, né? O nacionalismo não serviu para quê? Para jogar o país contra o imperialismo americano, francês ou inglês. A partir da hora que virou comunista acabou o seu nacionalismo. Será que o senhor Luiz Ramos não sabe disso? Não, as respostas as pessoas não sabem. Eu não tenho a menor ideia. Ele acredita que o outro é realmente nacionalista e patriota. Ou seja, perguntou. Seu Luiz Ramos, o senhor que é teu amigo do Aldo Rebelo, alguma vez tiver curiosidade de perguntar aí, ele dão um divinho o dinheiro do Fora de São Paulo? O Fora de São Paulo custa um dinheirão. Nunca ninguém investigou. E o senhor nem perguntou. Não quer saber. Os comunistas podem pegar o dinheiro que eles queiram, dar fonte que eles desejam e gastar isso. Não tem problema. O homem que está lá é um nacionalista, um patriota. Que palhaçada é essa, o general? Sortei que se arrepender disso aí da sua levendade. Por que isso é coedigente levianã? Na década 90, eu mil vezes falando para plateias de militares, eu digo, vocês fazem essa porcaria desse ministério da defesa, vocês vão acabar batendo contineza para comunista. Desde o Rio. Quer dizer, eu. O ignorante está aqui o paisano querendo dar lição e ensinar o pai nosso, obrigado. Não é o pai nosso e você não é obrigado. Outra coisa, isso não é um problema de ser militar. O Ministério da Defesa por si não é uma instituição militar, uma instituição civil que tem poder ser os militares. Se fosse uma instituição militar, então o suede chegaria à Ministra da Defesa pela escala de promoções do exército da marida, era ou não? Mas não, ele é nomeado por um político, que é o presidente. E vem para vir de fora. Quantos dos militares foram militares? Só agora para que tem um. Então não é uma instituição militar. Então quer dizer, você entende tanto disso quanto eu. Ela é gente do mais, porque eu estudei você não. Tá certo? Então depois, não é que veio um ministro da Defesa comunista, vieram cinco. Não apenas comunista, no sentido ideológico. Não, membros de partidos que pertenciam foram São Paulo. Portanto inimigos da nação. Portanto membros de uma organização ilegal, porque Fora de São Paulo comportava ali uma aliança íntima entre partidos legais de organização criminosa. O Lula presidiu assembleias do Fora de São Paulo junto com o Manuel Marolanda, que era o comandante das FARC, meu Deus do céu, que tinha quase um monopórdio narcotráfico no continente. E o seu Luiz Ramo está totalmente inocente? Não. Aqui não discutimos ideologia. Escuta, pera aí, discutir narcotráfico e ideologia? Pô. Além disso, se você é contra a ideologia, você alguma vez reclamou que o Aldo Rebello tivesse uma ideologia? Você alguma vez incomodou não? Você não pode ser marxista, você não pode ser ideológico, você tem que ser tecnocrático, pragmático, que nem nós. Tem que ser neutro. Alguma vez você disse isso para ele, não. Você concentra que o comunista tem a sua ideologia. Mas se tem alguém contra o comunista, você não quer que esse tenha ideologia. O direito à uma ideologia é monopórdio dos comunistas. E você ajudou a montar isso, Luiz Ramo? Você foi um dos culpados disso. Um dos milhares de culpados, portanto a culpa não é toda sua, mas você fez isso. Agora, é essa gente que o povo, aí, pediu isso ao Corro. Você não pode ter uma política decente baseada na mentira, sobretudo baseada na mentira pueriu. E essa história de que os militares libertaram o Brasil dos comunistas 64 e a mentira pueriu. Eu já demonstrei, não preciso voltar a isso. Mas se você lia o livro do Mauro Abranches, 1974, o Elho Perdido, você vai ver o seguinte, que durante 30 anos, os comunistas repetiram que o golpe militar foi dado pelos americanos. E da KGB não se falava. E hoje está provado que ali, no meio do governo gulá, havia pelo menos 3 mil agentes da KGB. Quantos desses foram presos? Não faz nenhum. Então, falar da KGB foi proibido. Uma vez eu fiz essa pergunta ao Silo Bocanera, que foi correspondente do Globo na Europa. O que você soube a respeito de correspondentes estrangeiros trabalhando para KGB? Não, isso aí, nunca ouvi falar, mas acho que não tem um enorme cabelo. Perguntei ao embaixador Lincoln Gordon. Ele quase se cagou de medo. Dizem, não, nós não temos informação sobre isso. Pula fora, ele está medo. Ele não sabia quem eu era. Não tinha motivo a confiar em mim. Então, tudo isso aí, esses efeitos políticos são efeitos políticos da ignorância, a ignorância criada por uma linguagem corrompida, gente. E a linguagem corrompida é a linguagem que só tem signo e significado. E o significado se substitui ao referente. Na verdade, se você considerar a linguagem em si mesmo, a função do significado é justamente substituir psiquicamente a referência, mas não quer dizer que vai substir realmente. Não quer dizer que conheça o significado, uma palavra que você conhece a coisa respectiva. Isso é a mesma coisa que você conhece, mas na coisa que você conhece o nome de uma pessoa, você conhece a pessoa. Agora, tem alguma escola que ensina isso aí? Não, portanto, não ensina a ler. Isso quer dizer o seguinte, todos os brasileiros são analfabetas da segunda ordem. O analfabetismo funcional é endênico. Mesmo os melhores leitores sofrem disso, porque nunca pararam para pensar nesse abismo que existe, dentro o significado de uma palavra e a realidade do objeto designado. E eu tomei referência apenas a objetos de ordem física, como elefante, linocelo, antibúfalo, lagartixa, laranja, etc. Mas e se forem coisas mais complexas, como por exemplo democracia, inflação ou mais valia? Aí, só quem conhece esses referentes é o estudioso especializado disso, mas eles só conhecem e esses referentes o resto não conhecem. O menino lá da orientação marquista sabe que é mais valia porque ele estudou marquista. Mas como ele estudou mais coisa nenhuma? Tá certo? Vai parar por ali mesmo. Então esse é outro problema brasileiro. Todos brasileiros de instrução superior acreditam que a ciência que ele estudou é a ciência suprema e que ela tem jurisdição geral. O sujeito do físico, então ele acha que a física pode resolver questões de musicologia de sociologia, de psicologia, de medicina, todos são assim. Não sabem sair do seu universo linguístico profissional. Você lembra o debate com o Paulo Roberto Almeida? Eles estudam relacionais internacionais. Não existe o conceito de globalismo. O que é isso? O conceito macro histórico que escapa do âmbito dos estudos do diplomata. Então ele não sabe que isso existe. Agora hoje é impossível qualquer pessoa que isso superior a 12 negar que existe o globalismo. Mas apenas dois anos atrás podia chegar um diplomata, professora e diplomacia e negar. Vocês entendem que até o mundo chega a corrupção da linguagem? Aqui nos Estados Unidos ninguém nega que existe o globalismo, mas ninguém, ninguém, ninguém, ninguém. Nem crianças de 12 anos. Mas no Brasil você pega um professor, um universo profissional, um cara de boa reputação no meio intelectual, como Paulo Roberto Almeida, e ele juja para você que não existe, que é teorea da conspiração. Não é isso? Não é incrível? Agora você pega o termo pandemia. De pandemia o negócio é muito pior do que uma epidemia. A pandemia é um negócio que se alasta ilimitadamente. Se alasta quer dizer o quê? Qual é a contaminação, o nível de contaminação? E qual é o nível de mortalidade? Você pega, se o número de mortos nos Estados Unidos alcançar o número máximo que se calcula com uma conjetura infática será um terço de um milésimo da população americano. Você pode chamar de epidemia? Acho que não. Também hoje eu vi um médico. E o pessoal está falando que o tal de cloroquina oferece riscos para a saúde. Ele tem efeitos colaterais. Ele lê que eu vou mostrar os efeitos colaterais de um remédio e dá uma lista de efeitos colaterais absolutamente perificantes. Quando você ouve, é que ele só nunca mais toma a ajuda dele, porque não sabe qual é o nome desse remédio? Dorflex. E aí se você é esse o sujeito quando toma o dorflex. Agora a cloroquina pode ter o efeito colaterais, porque tudo no mundo pode ter o efeito colaterais. Água pode ter o efeito colaterais. Você está entendendo? O ar pode ter o efeito colaterais. Tudo pode ter o efeito colaterais. Então, mas o pessoal espalha isso, não tem efeitos colaterais. E o pessoal aceita porque eles aceitaram o significado da expressão como se fosse o referente, ou seja, a realidade da coisa. Ou no efeito colaterais não é uma palavra, meu filho. É uma coisa real que acontece com o corpo humano real. Então, isso é, você pausar essa expressão, você tem que saber o que é esse efeito colaterais, saber pesar a gravidade desse efeito comparado com o efeito colaterais de outro remédio. Aí sim. Mas quem faz isso, meu filho? As palavras têm um efeito mágico. É o que dizia o James Brice, um embaixador inglês, que disse no Brasil que a pessoa da elite tomava as palavras como se fosse realidade. E é assim até hoje, gente. Agora, hoje é muito pior do que quando eu era jovem. O que quando eu era jovem, o pessoal, pelo menos, tinha alguma cultura literária. Hoje não tem mais. Também quando você pensa... Os pessoal, nós temos que defender a civilização cristã. Eu falo, escuta, pera aí, para mim. Civilização cristã acabou, mais ou menos entre os séculos 15 e 17, acabou. Existe agora a civilização tecnomidiática, ou teclocentífica, se você quiser. Ela não é a civilização cristã. Nesta nova civilização, há vários séculos, o cristianismo só subsiste como um resíduo. Resíduo que alguns toleram, outros não toleram, mas tem que aguentar um pouco, porque o povo não acredita, o povo ignorou e não tem que acreditar. E é assim por diante. Então, como é que você vai defender uma civilização que não existe? Como é que você vai proteger uma civilização que não existe, que já morreu? O que você tem é que restaurá-la, sem começar de novo. Ora, quem inaugurou a civilização cristã? Foi Jesus Cristo. Você acha que você é capaz de fazer outra igual? Não, não é. Portanto, nós estamos diante de um problema que só Jesus Cristo vai resolver. Então, isso que nós podemos fazer, nós podemos pedir e implorar a Jesus Cristo. Diz, olha, nós queremos tanto a volta da civilização cristã que nós morreríamos por isso. Como você morreu? Não, é morrer também, porque é demais, né? Tá querendo muito e pô. Eu posso até dar um dinheiro, né? Pois é, eu exagero, mas se o cristão não morre pela civilização cristã, ela não existe. Então, tudo o que se chama civilização cristã é só dar boca pra fora. E ninguém entra na profundidade da coisa, percebe por que que acabou? É um pouco... Então, de hoje em diante, quando vocês ouviram qualquer discurso ou qualquer coisa, tente imaginar o referente ou conhecê-lo por experiência. Não se conforme com o mero significado que você lê no dicionário até na Wikipedia. A situação do Brasil é muito grave, gente. Não é hora de ficar brincando de palávora, entendeu? E também você vira... Outro dia eu li um negócio que chamava assim, a fraternidade maçônica. Então, eu escrevi, fazi um discurso lindo, a fraternidade maçônica. Mas eu perguntei, mas peraí, como é que se exerce na prática essa fraternidade maçônica? Porque pela história que eu li, os maçônicos vêm se matando uns aos outros. Eu vi isso na Romênia, porra. Eu conheci o grand mestre da maçônica, depois foi expulso da maçônica, depois voltou. Por ter detado o monte de maçôn pro ditador xalxisco. Então, como é que é esse negócio? É a mesma coisa. É assim, aqui na fraternidade cristã, os cristãos também não vêm se matando uns aos outros. Então, peraí, você precisa entender que a fraternidade cristã é uma fraternidade maçônica, é um ideal. Ela não existe. Ela é apenas um desejo humano, ela é um valor e não uma coisa. Existem pessoas que transformam esse valor numa realidade a duras penas. Uma realidade que é sempre incerta, sempre instável. Por exemplo, eu acho que eu tenho muito amor à minha família. Eles também acho que eu tenho. E eu tenho certeza que a família também tem amor a mim, mas é sempre assim. Não é. Nem o mais profundo amor familiar é constante e estável e imutável. Não é. Amor assim só Deus tem por nós. Por quê? É o que diz Cristo, perfeição do amor é morrer pelos seus amigos. Você está entendendo? Então, se você não está disposto a morrer pela sua família, então o amor que você tem por lá é muito imperfeito. Ele é apenas um desejo que você tem e não uma realidade. Ora, se nós não somos capazes de disser ele de desejos e realidades, pô, nós não distinguimos entre elefantes e a furbiguinha, meu Deus do céu. Então, isso aí é a lição número um para o Brasil. Não confunda desejos com realidades. Não confunda, portanto, palavras com coisas. É a lição que, olha, dois caras observaram a melhor coisa. O James Bryce e o Condi Kaisalem. Condi Hermann von Kaisalem, né? Os dois no começo do século. Passaram pelo Brasil, eram amigantos, muito inteligentes, muito insensíveis, percebeu uma coisa na hora. No Brasil tem gente que está vivendo aí há quase 100 anos, não percebeu isso até hoje, porque ele próprio é vítima do negócio. Tá bom? Então, gente, por hoje é só. Eu vou dar uma entrevista aqui para o Movimento Liberto da Pernambuco. Vocês podem assistir, mas as perguntas serão só as dele. Tá bem? Nós vamos sair do ar por 10 minutos e voltamos daqui 10 minutos com a entrevista. Se quiser ir assistir, assista. Não que ver, então até semana que vem, me dobra. Olá, pessoal, tudo bem? Eu quero que você esteja aqui para ver o que é Cavalcante mais uma vez, só que dessa vez de uma forma mais especial. Todos sabem, todos acompanham o Movimento Liberto da Pernambuco, o Hílquero Alessandro e toda a equipe, e sabem da importância que é esse momento para a gente. Nós só conhecimos o Olavo da internet, o Olavo da TV e o chamado Gurudo Bolsonaro. Mas hoje nós tivemos a honra de sermos recebidos aqui na casa dele, nos Estados Unidos, para um papo muito rápido, para esclarecermos algumas coisas a respeito a nível estadual e a nível nacional também. Então, tenho o prazer de estar com o nosso professor, escritor, filósofo e autor de 2Bets Sellers. O professor de Carvalho, professor, muito obrigado por receber. Muito obrigado pelo oportunidade. Poucas pessoas têm essa oportunidade, fico muito feliz. Então, já vou começando, fazendo uma pergunta para o senhor. Vamos embora. A respeito do caso de Pernambuco. Aqui o senhor atribui um povo como o Pernambuco, famoso por Outrora Simpor, contra abusos e desmandos, protagonizando diversas guerras para defender seu território, onde na famosa batalha dos Guararapes, que deu origem ao exército de Caxias, que posteriormente se tornou o glorioso exército brasileiro, hoje ser completamente dominado por uma oligarquia, familiarcracia, Campos e Arrais, que há mais de 40 anos se apossoa do Estado, rebaixando o Pernambuco a viver como capitania hereditária, em pleno ano de 2020, sem sentir essa realidade. Para contextualizar para o senhor, em Pernambuco nós temos a seguinte realidade. Temos a família Arrais, que é do Miguel Arrais, que foi exilado depois retornou e se tornou governador de Pernambuco, e temos a família Campos, do Eduardo Campos, falecido em 2014, no acidente Arrais. Hoje, essas duas famílias mandam um Pernambuco e tem o governador Paulo Câmara, carinhosamente chamado por nós, Paulo Mentirinha, Paulo Enosto, Paulo Câmara Lenta, e que está transformando de vez Pernambuco no seu corral, de fato. Se eu posso chamar assim, o que a gente pode fazer? O que a população Pernambucoana pode fazer? Do ponto de vista de lutar, de guerriar e correr atrás, de recuperar os dias de glória do nosso país. Então, em primeiro lugar, a batalha de Guararapes não deu nascimento só ao exército, não deu nascimento ao Brasil, que foi o primeiro momento em que houve um sentimento de unidade nacional contra o invasor estrangeiro. E também foi a famosa... as batalhas foram empreendedas por representantes das três raças, branca, negra e índia, a primeira vez trabalharam juntos para defender o interesse comum. Então, ali nasce realmente o Brasil. Eu trabalhei no livro O Exército, na história do Brasil, e isso foi muito claro. A primeira vez que eu entendi uma coisa importantíssima na nossa história, se você estudar a história americana, você vê que os Estados Unidos se formaram sempre em torno das suas igrejas. O primeiro jeito que ia para o lugar era o pastor protestante, porque você não tinha uma igreja, tinha um montão de igrejas diferentes. Então ia lá o pastor com o seu burrinho e ia lá montar uma igreja e daí em torno da igreja aparecendo o resto. E daí com o tempo também se formava a delegacia, a polícia, etc. Bom, no Brasil foi o contrário. No Brasil se formou... o país se formou em torno dos fortes e dos destacamentos militares. O primeiro que ia no aeropostor protestante nem o Pádio Católico era o Exército. Então o Exército foi a espinha dorsal da formação brasileira. Por isso é que eu digo, o Exército se verga ao país inteiro que se curva. É uma coisa terrível. Agora, o que aconteceu? Por que justamente o Estado que deu origem ao Brasil e que deveria ter mais consciência nacional do que todos os outros? Viu cair nessa situação? Por causa da aliança do casamento entre a elite financeira e os comunistas. Que é uma coisa que começa mais ou menos na década de 50 e que na década de 60, em dentro, se torna o principal mecanismo de formador da política brasileira. Se você olhar, e isso se torna o pior ainda, porque foi reforçado por um fator internacional. O que é o fator internacional? A famosa escola de Frankfurt. Os filósofos chamaram da escola de Frankfurt. O que eles fizeram? Deprimiram o papel do proletariado como agente da revolução e enfatizaram o papel de outras forças sociais emanadas não de um papel econômico definido como proletar, mas definido por insatisfações vagas. Por exemplo, o pessoal gay, o pessoal negro, as mulheres, são isso, mas aqui são vários grupos de insatisfeitos. E removiam o proletariado. Então, você vê que tanto na França, o pessoal do antigo Partido Comunista que era o pessoal proletário, ficou contra o movimento do estudante de 1968. Certo? E sabiam por que estavam contra. Isso vai ser a morte da revolução. Quer dizer, o linguajar revolucionário vai servir agora, vai se tornar instrumento na mão de grandes fortunas que financiam esses movimentos. Elitistas, abortistas, feministas, gaysistas, negristas, etc. Então, hoje, o chamado esquerdo mundial, a comunistada toda virou um exército a serviço do que? Do capitão monopolista, meu Deus do céu. E por isso a direita também mudou, a direita virou populista. Então agora tem gente que ainda acredita na conversa antiga dos comunistas, que os próprios comunistas mais inteligentes sabem que a coisa não é assim. Então, o que se passou no Pernambuco foi uma expressão local de um fenômeno universal, que foi colocar, vamos dizer, toda militância esquerdista a serviço desses grupos milionários. Foi só isso que aconteceu. Você vira, quem financia a esquerda no mundo? São os grandes bancos. Agora, você pega o candidato conservador da direita, quem financeu a campanha do Bolsonaro? Ele mesmo e o povo. Agora, tem gente que ainda acredita que a esquerda é o proletarado, é o povo. Meu Deus do céu, esse pessoal está no mundo da lua, está no mundo da lua, faz muito tempo. E vive, como é que se diz, homenajando o pessoal da Escola de Franca, ele diz, meu Deus, se não precisa de Escola de Franca, isso acabou. É a morte da revolução. O filósofo italiano, Augusto Del Norte, ele pegou isso muito bem, isso foi a morte da revolução. Então, não tem uma revolução, agora só tem revolta social, grupos insatisfeitos. Nenhum deles é definido economicamente, é definido pelo sexo, pela raça, por alguma insatisfação pessoal. E o proletarado? Não tem nada a ver com isso, o proletarado não é representado. Quem representa o proletarado no Brasil? O Bolsonaro. Ele tem a linguagem que fala o que eles estão sentindo, porque eles sentem no bolso. Como combate, professor? Eu acho em primeiro lugar, restaurar o sentido da identidade de classe, que antigamente era importante para os marxistas, mas agora é importante para os anti-marxistas. Ou seja, nós estamos falando em nome do povo, do povo, vamos trabalhador, e essas camaradas são da elite. E hoje mesmo eu estava lendo a memória do Jorge Gustov, que é um filósofo francês, um homem inteligentíssimo. Eu vou até ler um pedacinho aqui para você, para você ver que coisa impressionante. Ele está lembrando o tempo da guerra? Como é que eu pus aqui? Corraios. Espera aí, tem que achar aqui que isso não pode perder, isso é muito bom. Então a gente vê que os papéis se inverteram, né? Inverteram, os papéis se inverteram. Completamente. Deixa eu ler aqui para você. Ele conta do tempo que ele prestou serviço militar, ele ficou sete anos como soldado, né? São sete anos de uma vida, de certo outros foram mais infelizes, foram mortos em combate, ou mutilados para sempre, deportados, fusilados da resistência, eles pagaram muito mais caro o preço da sua sobrevivência, o preço da sobrevivência do país. Mesmo se eu tive melhor sorte, eu não posso me impedir de jogar com tristeza, com reprobação a atitude dessa juventude que acha hoje em dia que ela não deve nada à nação e que a nação lhe deve tudo. O homem que sofreu, ele pô conta como é, talvez o pior arano do século XX, o pior inverno, eles não tinham, eles tinham que dormir no ar livre, não tinham coberto suficiente, a comida eles tinham que roubar na verdade. Então foi uma vida horrível na verdade, mas eu tenho muito mais sorte que muita gente que morreu ali. Mas e esse pessoal da juventude de hoje que deve a sobrevivência a nós, nós morremos para aquele sobreviver, e a qual eles acham que nós aqui devemos tudo para eles? Toda a juventude filha da revolução 68 é tudo assim, um bando de vaidosos metidinhos, da seguir não tem o menor respeito pelos pobres que trabalham para eles, são todos exploradores do proletariado, são exploradores dos caras da pobreza e acham que são libertadores da humanidade, quer dizer, é uma monstruosidade, é uma inversão tão psicótica que a gente não tem porque tolerar essas pessoas. O senhor é todo esse, outro dia aquela menina da mighteproensa reclamando da regina do arte, imagina a regina do arte pega um cargo público e ela não lembra a dívida que ela tem para com a classe dela, o que é com a classe? Quer dizer, você acha que é uma mulher por ser milícius da cultura, secretária da cultura? Ela tem uma dívida para com a classe profissional dela? Não, ela tem uma dívida com o povo que paga o salário dela, é o mesmo que paga todos vocês, porque vocês não pagam nada, vocês não estão facilitando a vida de ninguém, vocês não estão contribuindo para o país. Então, o pessoal acha que os interesses daquele grupo privilegiado são superiores ao interesse do povo, e para eles é natural pensar assim, eles já nascem com crédito, agora porque eu sou artista, eu penso assim, você é artista, você faz o seu showzinho na esquina, se alguém pagar pode ser muito bem, se não pagar, foda-se, agora não, nós fazemos um negócio que ninguém quer assistir, o público não quer, então não é preciso dinheiro do governo, nos artistas de verdadeiro sucesso de antigamente, nunca precisar de dinheiro do governo, você pega o Dorival Caim, o Hori Barroso, checa o Alves, algum dia precisa de dinheiro do governo? Não, o povo dava dinheiro para eles, porque gostava desses, agora pega esses caras tipo, checa o Boarque, Caetano Veludos, então aquele outro Santos, como é que chamava? Lululu Santos, meu Deus do céu, ninguém quer assistir essa pocarinha, então tem que ter a governo do governo, mas ter polência, ninguém quer assistir você, você é apenas uma mulher bonitinha, você como atriz, não significa nada, talvez até a Regiandora significasse, ela tenha algum talento, mas olha, eu estudei teatro da minha juventude, estudei com o Eugenio Kuznard, que era um discípulo do Stanislavski, que era o grande criador da técnica teatral moderna, e o Eugenio Kuznard já é totalmente dedicado à arte, ele nunca saiu pedindoia para ninguém, e não tinha vaidade nenhuma, ele só trabalhava, e ali ele formou atores de primeiríssima ordem, de Raul Cortez, de Rosa Maria Mortinho, de Aita Lanande, eu vi o que era ator da fase aúria do teatro brasileiro, isso já acabou para esse tempo, e esse do dinheiro, não, viveu morrido e fompo, agora depois que veio na era do Rio de Janeiro de Globo, e todo mundo deixou o cu do dinheiro, maravilha, e agora que é mais dinheiro do governo ainda. O resto a gente já sabe como se deu, né? Claro, claro. Então, o movimento de Bertha Pernambuco foi criado de fato no dia 15 de fevereiro de 2019, mas esse movimento da direita já se iniciou lá de trás. A Dani Golveia, que é uma da nossa lá de Pernambuco, ela foi a primeira a levar o senhor em Recife. Daniela Cavalcanco, minha amiga, minha amiga. Aí ela mesmo, ela mandou um abraço, um beijo. Um beijão para ela. E Dani, para você, viu? E assim, lá atrás, em 2014, 2013, com a Sandra Queiroz, Sandra foi para Brasília, estava lá, invadiu o Congresso, foi presa pela Polícia Federal, e elas começaram, esse levante lá em Pernambuco, e depois chegou eu, chegou o Alessandro Sarmento, que é de Olinda, líder do movimento também, veio o Coronel Meira, que hoje é o maior nome da direita no estado, estamos com o Coronel, e conseguimos começar a juntar uma gama de jovens dispostes preparados para a guerra, de fato, mas existia sempre aquela lacuna. Olha, a guerra não é somente você pegar em armas, mas é também você se preparar intelectualmente para poder debater, para poder saber a estratégia do inimigo e, a partir daí, traçar os seus romos. Então, nesse sentido, professor, qual a importância hoje dos movimentos sociais de direita do nosso Brasil, nesse combate, nessa guerra ideológica? Primeiríssima coisa, você tem que começar na guerra cultural, porque só depois de você ganhar a guerra cultural, é que a outra guerra pode começar. Se você estudar hoje, por exemplo, a história do nazismo e fascismo, nos anos 30 ou 40, você vai ver que eles ganharam metade da opinião europeia, quer dizer, não era um negócio que tinha dois ou três? Não! Tem um documentário, não lembro o nome que mostrou o tempo do governo de Vichy, na França, você viu um entusiasmo popular para aquele negócio, que era um negócio monstruoso. Isso quer dizer, os nazistas e fascistas estavam numa exposição cultural vantajosa. Pessoal pensa que nazistas e fascistas eram tudo idiota, que não tinham intelectual, isso é não, eles tinham intelectualmente, muito mais brilhante do que os comunistas. Hoje você fica espantado, como é que eles foram aceitar essa porcaria? Sabe que intelectual engole qualquer coisa? Não é por ser intelectual que deixa de ser um trouxa, entende? Mas quer dizer, foi só quando a guerra cultural estava vitoriosa, praticamente vitoriosa, que daí eles chegaram a tomar o poder. E os comunistas, é a mesma coisa. Quer dizer, primeiro você ganha os corações e mentes, só depois você pode ter o poder material. Agora, no Brasil, você quer inverter, quer eleger um presidente conservador, antes de você ter, se quer, uma cultura conservadora? Não dá para fazer isso. Então, uma vez que eu expliquei, na origem de todo o movimento político, você tem uma sequência de etapas que não são trocáveis. A primeira etapa é a formação dos intelectuais, e isso leva uma geração. Então, lê os livros do Dostoevsky, as histórias dos livros que passam ali, mais ou menos de 1840, em diante, na Rússia. São intelectuais que eles passam a noite inteira bebendo vodka, roxá e discutindo. Só discutem, discutem, discutem, discutem. Não tem ação política nenhum, durante meio século. E isso, 60 e tantos anos antes da revolução comunista. Quando você tem uma intelectualidade formada, portanto você tem uma espécie de uma linguagem comum entre todos os intelectuais, aí você começa a formar militância política. Daí você pode formar militância política, daí você pode formar até tropas, sei lá se for preciso. Mas você não pode saltar essas etapas. Então, no Brasil, não houve etapa da formação dos intelectuais. O único esforço para formar intelectuais foi o meu. O meu está só no começo, meu Deus do céu. Eu vi os primeiros resultados com esse pessoal do Instituto Borborema e outros. Pouquinha gente. Eu falei, isso ainda não é preciso, aí precisa mais 20 ou 30 anos. Então, de repente o pessoal vota num presidente. O presidente não tem uma militância a favor dele, não tem mídia a favor dele, não tem intelectualidade a favor dele. Então, sei o que, entregou o homem aos leões. Porque se ele ia botar ele lá para os caras matá-lo, tentar até matá-lo. Então, até hoje, o Bolsonaro tem o cargo, mas não tem os meios de governar. Porque se ele não tem uma força política organizada na sociedade, não no Congresso, não no Parlamento, não no STR, mas na sociedade, se organizada para o sustentado, ele não tem nada. Agora o pessoal está começando a organizar. Porque você tem, mas é uma simpatia popular. Que o povo teve simpatia por ele desde o primeiro dia. É o que ele tinha no começo e é o que ele tem agora. Agora o pessoal está começando um pouco a organizar a militância. Veja, eleitoral é uma coisa, militância é outra. O eleitor vai lá uma vez em cada quatro anos e dá um votinho. O militante oferece a sua vida todos os dias. Eu sei, bicho, eu vi a formação da esquerda brasileira nos anos 60. O número de pessoas ali que estavam dispostas a morrer pelos ideais dele era imenso. Todo mundo corria a risco e fica orguloso de correr a risco. Hoje em dia não. Então, você tem uma massa popular que está disposta no máximo aí para a rua. No domingo, militante não é isso. Quantos pixadores tem na direita? Nenhum. Você quer fazer um piquete na porta de uma fábrica? Quantas pessoas tem para ir lá? Não tem ninguém. Então, não tem militância. Não existe militância direitista. Existe um público direitista. Bolsonarista, para ser mais preciso, bolsonarista. Quer dizer, é como se fosse... O público está para uma militância. Como os torcedores estão para o time de futebol. Torcedor não joga, meu Deus do céu. Só fica lá aplaudindo. Tem gente que pode aplaudir, vai. É um público simpático. Está certo? Mas militância não tem até hoje. Ninguém formou. Por exemplo, eu conheci o militante na época dos anos 60. Gente treinada, para ser torturado e não confessar nada. Eu vi o Rui Falcão, não tem nenhuma apreciação, o Rui Falcão subou outros aspectos. Mas eu vi o Rui Falcão enfrentar sozinho, tiroteio contra 10 camaradas na escadaria da faculdade direita. Então, era um homem treinado, um homem capaz. Se você pega o Zed Hercel, o Zed Hercel é um oficial do serviço secreto militar cubano. O que você acha? Foi o treinamento dele. Foi assim, levar porrada, ficar quieto, se chorar, põe a mais. É assim, porra. Então, e o treinamento que eu tive foi de mosquito comparado com esses outros. Mas eu vi camaradas que foram... Era de uma coragem que hoje em dia é inimaginável. Tinha isso na direita e tinha na esquerda. Na direita tinha o CCC, comando e caça aos comunistas. Entravam 12 caras do comando e caça aos comunistas. Num assembleio de 3 mil, os 3 mil fugiam de medo. Os caras viram com porreto, com corredo, batindo todo mundo. Imagina isso hoje. Quem é capaz de fazer isso? Hoje só a esquerda bate na direita, na direita não faz nada. A direita não pode abrir o bico. Ela só existe para apanhar. Já elegeu um presidente e não tem poder ainda, como é possível? Você trocaram a ordem das coisas. Naquela apitada que estava fazendo Campanha do Bolsonaro, ela falou que não era importante eleger um presidente. Você tem que eleger o quê? Um presidente de sindicato. Você tem que botar um pastor conservador na igreja da esquina. Você tem que botar um diretor conservador na escola das suas crianças. Você tem que tomar o gremio da escola. O reitor da faculdade. É isso, porra. Ah, mas isso demora. Eu lembro que eu sei que tem a frase do Ghetto que eu adoro. É urgente ter paciência. Você está com pressa. Então a primeira vez tem que fazer é ter paciência. O pessoal não quer ter paciência, quer ter o efeito fácil. Vai demorar, gente. Vai demorar. O Bolsonaro, o coitado dele, não consegue governar até agora. Porque um cargo não é poder. Cargo é apenas o nome de um poder. Ele é o presidente, mas ele pode presidir. Não, não pode. Eu disse que isso ia acontecer. Mas antes dele ser eleito, eu disse, o senhor Bolsonaro, o senhor foi eleito. A primeira coisa que eu tenho que fazer é tirar as armas do nome dos seus inimigos com o senhor até poder. Ele não fez isso, ele quer direto resolver os problemas do Brasil. Vamos resolver o problema da economia, da agricultura, da medicina, da saúde. E você não vai conseguir fazer nada, porra. Eles vão bloquear tudo. Por que? Você deixou eles, você deixou o poder na mão deles. Você pegou o cargo, mas o poder está na mão deles. Então a primeira coisa que precisava fazer, foi dar as partidas do Foro de São Paulo e processar todos os dirigentes por complicidade com o narcotráfico. Porque o narcotráfico é membro do Foro de São Paulo. Estou falando, o Lula presidia as emblemas de Foro de São Paulo junto com o Manuel Marolano daquela comandante da Asfarto. Enquanto isso, o Fernandio Beramar contava que todo ano ele trazia armas contra bandias do Líbano e tocava por 200 toneladas de cocaína das farcas para distribuir no Brasil. Você está entendendo o tipo de poder que eles tinham? Como é que você vai comparar isso com o poder do Jair Bolsonaro? Os caras estão armadas de seu dente, podendo matar quem eles queiram e com dinheiro ilimitado. E daí vem o seu Zé Mané lá, ele tem o que? Popularidade, o povo ama, sem dúvida, votará nele. Mas ele não tem poder. Então tem que dar as poderes para ele. Dá um altar ao poder, poder estar na mão do inimigo, vamos tirar da mão dele e passar para cá. Está entendendo? Vamos tirar esse dinheiro desses partidos e dar para o partido dele. Porque esses partidos obtiveram esse dinheiro ajudando o narcotráfico, ajudando as Farc, colaborando com o morticínio. As Farc mataram mais de 30 mil pessoas na Colômbia. Eu vi o que eles fizeram lá, já foi para a Colômbia várias vezes, adora a Colômbia, adora, tem muito amor pela Colômbia. É como se fosse uma segunda patria para mim. Então, eu vi lá coisas do seguinte tipo, tem uma região que eles lá conseguiram expulsar as Farc, as Farc é o que domina 3% do território. Mas nesses 3%, eles expulsaram um monte de camponeses e os camponeses foram pedindo esmola na capital. Então a gente via aquelas famílias. Então eu dava um dono de CV, vim de tal lugar, para que CV as Farc me expulsaram. E tinha um sujeito que se ofereceu para ser advogado deles. Várias vezes tentaram matar esse cara, soltaram uma bomba no carro dele e matou. Ele e o filho escaparam, mas só matou o motorista dele. E já era o inésimo atentado. As Farc faziam isso, gente. Então, e essas são parceiras do PT, parceiras do PSOL, parceiras do PCW. Do PCW, que agora chama-se cidadania. Enquanto isso está lá, o homem do PCW, o seu áudio rebelo trocando beijinho com o general do exército. E eles dizem que ele é patriota. O Vilaço Boas. O Vilaço Boas disse isso, disse não, nossas concepções da Segurança Nacional são idênticas, ele disse isso. Mas o Luiz Braga diz pior, ele é um nacionalista e patriota. E como é pusveja, até que pontas e pessoal dominou. A cultura, dominar a cultura é dominar a mentalidade. Você sabe que o general Luiz Braga é comunista? É claro que não. Mas acontece que o esquema mental dele foi moldado pelos comunistas e ele não tem iniciativa intelectual própria para sair disso. Eu tenho. Por quê? Porque eu estudei isso durante 50 anos. Porque no Brasil é o seguinte, o senhor ele largou a esquerda, ele acha, agora eu vi a luz, agora eu estou entendendo tudo. Não está entendendo nada. Quer dizer, você foi educado pela esquerda, você tem que se reeducar, leva 20 anos. É como se fosse uma psicanálise, você tem que examinar a profundidade da sua alma. Para daí você trocando esses elementos gradativamente. Você veja, quando eu escrevi a nova Revolução Cultural, Minas 93, e eu ainda acredito, ainda, eu já tinha me levado como o rio do Marxismo, ainda acreditar na unicidade do Lula. Não é incrível. Depois de décadas. Foi aos poucos que eu fui entendendo o esquema financeiro, como é que funcionava. Porque você não se livra desses esquerdidos, desse comunismo, do dia para a noite. Então, primeiro tem que ter a higienização intelectual, leva muito tempo. Depois esse intelectual, que se limparam assim mesmo, pode começar a limpar os outros, leva tempo. E no fim do processo, você pode criar os intelectuais, criar a minha... Daria o seu elejo, um presidente, e você o apoia. Hoje está difícil, você tem que fazer passeata toda semana. Se tivesse uma militância organizada, não precisava isso. Tem tempo que a militância organizada, pelo menos tem uma linguagem própria. Nós até hoje não temos sequer uma linguagem, usamos uma linguagem da esquerda ainda. Falando em impés intelectual, a gente já começou a fazer isso de certa forma, de certa modo. Queria até mandar um abraço para a nossa querida Sara Winter, que está passando por uma fase difícil. Mas nós, do Libertas Pernambuco, junto com os 300, nós já começamos a fazer essa questão de preparar, de fato, uma militância bolsonarista, uma militância de direita. Essa militância não existe, a Sara Winter estava ensinando para elas algumas técnicas de passeata, de as longas que ela aprendeu, não lembro se não bugaram na Ucrânia, quando no tempo que ela estava no Femme, que é um órgão, evidentemente, do Comunista da KGB, ela aprendeu tudo lá, e ela tentando trazer um pouco disso para o outro lado. E imediatamente aparecem os tipos como esses seus morais, fazer a militância armada, olha o assassino, tudo mentira, rapaz. Só quem tem militância armada no Brasil é os comunistas. Quem foi que matou o Céu Tânial, quem foi que matou o Toninho do PT, quem matou todas as estibunhas desses inquéritos, são vocês. Quem é que está associado com as FARC, que é um narcotráfico e morticínio? É a direita que está aliada com a Sara, então são vocês, vocês são todos assassinos, comunistas é assassino por natureza. Quem tentou matar o Bolsonaro? Quem tentou matar o Bolsonaro foi eu. Então agora eles fazem, como é que chama a festa da FACADA FEST? FACADA FEST, se festeja a tentativa de homicídio, isso é direta a apologia do crime, a apologia de crime para ver um movimento de massa. Tem algum general preocupado com isso? Tem nada. Estão lá trocando beijinho com a Amigo Fora de São Paulo, e o pessoal confia nas forças armadas, apelando as forças armadas. Por quê? Porque acredita que as forças armadas são as menos de 50 anos atrás, não são gente. Sobretudo no governo Sarnay o negócio mudou profundamente, as forças armadas já não são o mesmo. Elas estão muito enfraquecidas, sobretudo ideologias, eles não se permitem ter uma ideologia, eles acham feio ter uma ideologia, só que importa ideologias comunistas. Vê se alguma vez reclamou, algum general reclamou que o Aldo Rebeiro é ideológico, nós não falamos com ele, ao contrário, vem cá, nós estamos trocando beijinho. Agora, se aparece uma ideologia de direitos, não podemos ser ideológicos, temos que ser tecnocráticos, pragmáticos. Vê, esse pragmatismo também, você sabe para quem serviu o pragmatismo, comércio pragmático à China, para fortalecer uma ditadura genocida que está ameaçando fazer uma guerra para dominar o mundo. Não sou eu que estou dizendo isso, são eles que dizem. Todos esses comerciantes pragmáticos, apolíticos, ajudaram a fazer isso. Você esqueceu que nos anos 30 tem o mesmo problema. Nós temos que ter um comércio pragmático com a Alemanha. E daí, ajudar a Alemanha a enriquecer para depois que ela domina a Europa. Só que depois, se acontece, eles não se falam mais disso. Quando as pessoas se lembram de que teve essas cacanadas, vão cobrar 50 anos depois, que nem cobrar do pai do Kennedy. Você encheu de dinheiro comercendo a corrida, o pessoal da Ford, da Fundação Ford, e o M&M, um mundo em que... Ah, não era pragmático, não era ideológico. E isso é um negócio... política não ideológica, futebol sem bola, meu Deus do céu. É um motivo que não faz o menor sentido. Esse pragmatismo, os seus genais, é uma ideologia. E é uma ideologia das mais perversas que existem. Quando é que eu vou acordar? As pessoas não entendem nada política. Para o Brasil, tem cientista político. Tem um cientista político, sou eu. Os outros não estão... Não, tem dois ou três dentes dos meus alunos hoje em dia. Então, a gente pode contar quem sabe futuramente com o professor Olavo, nos orientando cada vez mais nessa questão de militância. Não, eu não posso orientar a militância. Isso é muito simples. Eu posso ensinar ciência política. Isso é o que eu posso fazer. Eu há distância, eu não posso orientar a militância nem a ser o fim da picada. O senhor tem que orientar a militância, ele tem que estar ali no dia a dia. Não é o lado estratégico, é o lado tático. Portanto, são as ações concretas. E a distância, se eu meter a fazer isso, seria um charlatão. Então, no lado estratégico, as análises estratégicas gerais, dá mais ou menos o rumo das coisas. Isso é o que eu estou fazendo. Mas dá as instruções precisas sobre o que fazer no dia a tal, o que... Tem que ser alguém que está aí, porra. Está entendendo? Nossa penúltima pergunta. O senhor falou sobre ter que apoiar e fortalecer cada vez mais o presidente, tirar da esquerda todo esse poder e de fato trazer para o presidente... Partido do presidente hoje, o Aliança pelo Brasil, ele está sendo formado, ele está em formação. E no caso especial de Pernambuco, falta muito pouco para se tornar um novo PSL. Só falta mesmo o Luciano Bivahi entrar no Aliança para que ele se torne um novo PSL. E hoje, a direita Bolsonaro, a direita raiz de fato do Estado, não está no Aliança por causa dos líderes que foram escolhidos para estarem no comando. Será alguma falha do presidente ou das pessoas que estão ao redor dele influenciando? É muito simples. Pernambuco, quanto tempo levou para formar a esquerda brasileira? Você era começando a trazer ideia comunista para o Brasil na década de 20. Quando chegou nos anos 50 você tinha já uma intelectualidade comunista, que era uma mente poderosa. E eles ganharam a amizade do presidente da República. Mas eles não tinham militância suficiente para sustentar isso. O que aconteceu com eles? Caiu do cavalo. Eles tinham só uma penetração no elite. Popularmente eles não tinham nada. Então, os movimentos de 64 chegaram lá de 2 tapas e ele acabou a história. Eles entenderam esse erro que eles tinham feito. E entenderam que precisava uma política de massas, está certo? Mais lenta, mais gradual, para poder um dia chegar à presidência. Então eles começaram nos anos 60 a repensar toda a estratégia e tática. Quando que eles chegaram ao poder? 50, meio-cérculo depois. A esquerda teve a paciência de se organizar. Na direita, na direita se informou da noite para o dia, já que ela tinha um presidente. Não sei se ele tão doido. Se você não é um presidente, você vai voltar a vítima. Vocês estão colocando o cara para ser um mártir. Não é um herói, é um mártir. Porque ele está lá para morrer. Se eu não diga que já tentaram afacar, você não tem a campanha. Ele não pode nem chegar a ser eleja, tem que matar o cara antes. Como é possível isso? Você vê, eu acho o Bolsonaro mais do que um herói, um mártir. Ele é um homem santo. Eu não tenho dúvida disso aí. Eu acho que Deus o ama muito. Porque ele fez aquilo que o Cristo disse. A perfeição da amizade é dar a vida pelos seus amigos. E ele fez isso. Ele se salvou porque Deus quis. Mas ele ofereceu a vida. Quanto ofereceram mais? Eu estou só oferecendo meu tempo, meu trabalho, meu pobre cérebro. Não é nada comparado com a vida. Eu lembro perfeitamente do dia da afacada. Perfeitamente. Foi um dos dias mais marcantes da história do nosso país e de todos nós que estamos desde o começo envolvidos. E esses pessoas, eles são amigos da... Donar Contrapo, são amigos das FARC, meu Deus do céu. Agora, ninguém faz nada para fechar o Fora de São Paulo e para punir os partidos que pretencem. Na lei dos partidos, o político proíbe a existência de partidos associados ao organismo internacional. Proíbe existência. E todo mundo se conforma com isso. Você está entendendo? Isso aí pode matar pessoas, pode. Pode matar os seus danéis, matar todas as testemunhas do processo. Pode matar o Bolsonaro. Pode comerciar cocaína. Pode se associar com FARC, etc. Pode trocar cocaína com o Fernandio Barramar. Você viu o Fernandio Barramar? Ele confessou tudo para a polícia colombiana. Quando chegou no Brasil, levaram ele no Congresso, ele deu um esporno, o deputado humilhou todos. Não tem um homem de verdade para obrigar ele a dizer alguma coisa. Daí botar num presidente de segurança máspio, ele nunca mais tem que falar nada. Vir a diferença entre o Colômbio e o Brasil. Isso de... olha, militares colombianos são pessoas humildes e estudiosas. Os brasileiros são gente sem empáfia, que não quer aprender nada. É só se fazer de gostosão. Que é homenagens, que é hinos, emblemas, etc. É isso que gostam. As nossas gloriosas forças armadas, nós somos bons da Guerra Nacional. Guerra Nacional contra o quê? Traminhoca, tatubola, tatuprego, macaco prego. Vamos parar de palhaçar da gente. Vamos ser humildes. Reconheçam a Força Armada não nos livrando o comunismo 64. Eles deram um abalo, momentando o comunismo. Eles não deram o comunismo, a voltar ao poder. Quando acabou o governo militar, com a única força política que restava, os comunistas. Os comunistas dominavam tudo, dominavam os dois partidos. Então, pelos frutos conhecerem-se, vocês não eliminaram o comunismo, vocês o fortaleceram, embora não quisessem fazer isso. Então, vocês têm que fazer uma é culpa. Dizem, olha, nós não entendíamos disso. Veja, eu comecei a falar da Negó da Guerra Cultural em 1993, quando publiquei o meu livro, Nova Era Revolução Cultural. A primeira reação militar, ao meu livro, veio 8 anos depois, com o artigo do general José Fábrica, no Ronald Militar. Daí o general Sergio Coutinho começou a trabalhar comigo, escreveu dois livros importantes também sobre a guerra cultural. Morreu amargurado, porque os colegas dele não prestava atenção. Até hoje, vocês não disseram, nós cometemos um grande erro, nós abandonamos a guerra cultural, meu Deus do céu. Nós achamos que, só na violência física, a violência que foi desnecessária, não serviu para nada, só comprometeu você, só que imou a emarda, foi jamais. E o que precisava fazer, que era a guerra cultural, se não fizeram? Me mostro um filminho anticomunista que vocês tenham feito, nenhum nunca. Tá entendendo? Então, é assim, vocês não sabem que é nem a pô. A guerra cultural já, veja, a ofensiva cultural soviética começou antes do que o pessoal ouvi falar, de Antonio Gramsci. Começou na década de 30, eu tenho livros americanos aí sobre a ofensiva cultural soviética nos anos 30. Quer dizer, Stahlia orientava pessoalmente os seus agentes no cinema americano, John Howard Lawson. Dava a instrução, fala, olha, você esqueça aí os proletários, vocês têm que ganhar os milionários e formadores de opinião. John Howard Lawson criou a escola de roteiristas de Hollywood, influencia até hoje. Então, o cinema americano foi monstruosamente infectado por ideias comunistas. Foi mais do que uma infiltração, foi uma ocupação. Muitos depois se arrependeram, como Hans Friedbogert. Não foi, não era propriamente comunista, era pelo sumo idiota. Vários, Sterling Hayden também confessou, Gary Cooper. Muitos confessaram e se arrependeram, voltar atrás. Mas aí você avalia o poder da influência da KGB no Ocidente, era um negócio monstruoso. Agora você fala isso, pessoa que nunca estudaram na vida, que nunca lê algum outro dia, mulher da milha da BBC, que eu chamei de Bebo Ceta. Eu fui aqui me entrevistar e achou exagerado que eu estava falando da KGB, eu falei, o que lê? Você lê só uma KGB? Nenhum. Quer dizer, então vai a merda, porra. Quer dizer, a sua ignorância lhe dá autoridade e contesta o que eu estou falando. É isso que você quer dizer? Eu estou estudando esta merda, faz 50 anos, porra. Fora do meio comunista, o único que argui tudo da comunidade, 50 anos. E esse é o problema. Agora, quando eu comecei a falar, nos anos 90, os militares tinham que ter reagido ali. Não precisa intervenção militar, porra. Era só os militares processarem aqueles que mentiam contra as forças armadas. Teria um desarmado à mídia comunista já naquela época. Quando se ele processava, nenhum nunca. Tá, viu? Não dá. Deixa eu se criar. Não deixou eu criar. E que lá está trocando beijinho com a do Ribeiro. Ele fala assim, não dá. Quer dizer, você quer perder a guerra intelectual, espiritual. Depois continua ganhando na outra guerra. Até até é louco. Então é isso. Para a última pergunta, e eu já peço o senhor que, na sua resposta, eu já posso comentar também sobre o atual cenário que a gente vai falar do fake news agora, sobre os recentes acontecimentos a respeito do tema. A pergunta foi feita pelo Ed Nelson Oliveira, lá de Recife. Antônio Grannis não previo a internet e as redes sociais, e isso fez com que o seu plano se tornasse falível. Considerando o contexto do marxismo cultural, a internet, principal arma contra esse sistema, foi criada com o objetivo original de fortalecer as ideias gramacistas, se sim, a luta para enfraquecer a internet usando o conceito das fake news, com prova que o tiro saiu pela colata? Não, não, não. O criador da internet, o que se chama Tim, não sei o que, era um ilíndez. Ele não era um sujeito político. Ele achou que a internet ia facilitar a liberdade de expressão, como de fato acabou funcionando. Então ele não tinha intenção política, mas ele sabia que isso ia fortalecer a liberdade de expressão, e isso quebrou o poder de grandes impérios de comunicação de marcas. Se você pegar, olha, eu tenho mais leitores do que o Globo, sabia? Mais leitores que a Folha. Então, é um lor que eles têm medo de mim, e eu não tenho medo de nenhum deles. Na época, quando eu saí do Globo, falei, vocês não brilham comigo, vocês perdem. Porque eu sei falar com o povo, e com o povo que vocês não sabem. Vocês são de outra época. Agora, por isso que eles estão tentando hoje quebrar a internet. E para isso, vocês não têm, na concorrência, jornalistas que eles perdem. Então tem que apelar para quê? Para autoridade, tem que apelar para a polícia. Os dois falando? Claro, você não viu o debate que eu tive com o João Pedro Estede na Bienal do Livro Porto Alegre. Faz muito tempo. O cara saiu de lá de 4, dizendo assim, se eu soubesse que ia ser tratado assim, eu não vinha. Então, acabei com ele. Então, em matéria de argumento, ele não vai ganhar. Na discussão, ele não vai ganhar, eles vão perder. Então tem que pedir o cara de falar, porra. Só que agora para impedir, eu falei, agora já falei. Se eu quero chegar aqui agora, me vou matar o lado de cavalo, chega agora e me dão um tiro na cabeça. Meu filho, você tem ideia de quanto eu já falei? Repreendido. Quando eu já falei, quando já publiquei, é infinidade de textos inéditos que eu tenho. Textos e vídeo inéditos, um negócio monstruoso. Então, olha, a média eu já fiz. Pô, bata o autor que a obra está aí. Eles não vão parar com isso. E vai acabar todos os partidos, por exemplo, quando todos esses ministros do STF foram, pô, pois só não vai estar lendo meus livros, pô. Você está entendendo? É por isso que o sr. Geniça dizia, um grande escritor é como se fosse um segundo governo. Como se fosse? É uma analogia. Entende? Agora, ele é um segundo governo, se ele não se metê no governo. Se eu pegar um cargo de governo, eu deixo-lhe ser um escritor e sou apenas mais um funcionário do governo. Perco o meu poder próprio, que é o poder da literatura, o poder da palavra, e ganho o poder duvidoso da burocracia. Tanto que sr. Geniça, algum dia, aceitou cargo público, nunca. Dostoevres receitou cargo público, mas nem cagando. No enteiro, Dostoevres tinha mais gente do que no processão dos santos. A tal mãe é a influência do cara. O sr. Geniça derrubou o sistema soviético. Ele mais me aduzei a meio dos escritores. Nenhum deles era político. Então, eu aprendi com eles. Aprendi com Dostoevres, que sou geniça. É assim que se faz. Tem que ser um escritor verdadeiro. Não pode pertencer a partir do político. Não pode se associar com ninguém. Não pode ter grupo. Não pode ter conexão. Quando o pessoal diz, ah, ele é o guru do governo Bolsonaro, você é um louco. Eu conversei com o Bolsonaro quatro vezes. Por telefone. E uma vez, durante dois minutos, do jantar aqui da embaixada. Então, não... Mas se eu vou discutir com alguém as ideias que eu vou publicar. Você tá louco? Eu sou um escritor. Eu tenho muito orgulho de ser um escritor. Eu escrevo as minhas ideias. Não vem me dar palpite. Não vem querer me pautar, que eu já mando você pra puta que eu paro na mesma hora. Você pensa que falta político que tentando me pautar? Não falta não. Eu bando tudo a merda. A minha obra é 100% original. Eu escrevo o que eu pensei. Eu não pertenço a grupo. Não tenho ligação política com ninguém e jamais terei. O dia que eu fui, eu não sou mais o Lávio Carvalho. Eu serei mais um deputado, sei lá, do PFR, do PQP. Assim. Eu sou um escritor muito... Olha, eu sou... Eu me lhe uma frase, eu falei assim, vice-presidenta, o Léon Chávez. Olha, a minha cadeirinha é pequenininha, mas nela sento eu. Ninguém me dá palpite aqui. Isso aí, professor, não pare. Jamais. Isso tá bom. Vou parar, não. Depois de eu morrer, não vou parar. Tem muita coisa inédita pra ainda ser publicada. Não adianta nem matar mais. Agora é tarde. Já devia ter matado antes. Eu espero voltar daqui a dez anos aqui novamente e conversar. Quando quiser. Eu estarei gaga, mas conversa demais. Meu pai sempre fala que podem lhe roubar da roupa do corpo, seus bens materiais, tudo que você veste, mas jamais roubarão o seu conhecimento. Então, enquanto o Lávio Carvalho estiver entre nós, e até mesmo depois de sua partida, tenho plena convicção que sua obra, professor, ela vai perpetuar se Deus quiser. Pelo menos tem dois ou três livros, meu que vão durar mais do que eu. Falando em livro, o professor vai assinar que um livro tá certo e a gente vai... sorte aí pra vocês. Professor, agradeço demais que você ter recebido a gente. Eu vim como... tentando entrevistar o senhor, mas eu terminei como um aluno. Mano, é lá uma abração pra todos os amigos lá em casa. Um aprendizado fantástico. Eu gosto muito ali do Recife, viu? Eu gosto demais ali. Pois é. Não vou convidar porque o senhor não vai. Não vou, eu tô muito velho quando fica viajando. Mas quem sabe futuramente, se o senhor permitir, não vem uma comitiva boa lá de Recife. Ah, vem visitar, sempre bem-vindo. Sandra Queiroz, o coronel Mira. Traz a Daniela, será muito bem-vindo. Valeu, senhor Sampson. Tenho muita saudade. Gente, professor, eu só quero dar uma palavrinha final pros nossos jovens pra direita. Não, é isso aí, fique com Deus meu irmãozinho. Corado e sangue-fret, ó. Muito aprendizado, galera. Valeu, forte abraço pra vocês. Seu tchau. Eu sou Alav Carvá.