Então vamos lá, boa noite a todos e sejam bem-vindos. Hoje eu queria comentar alguns acontecimentos da semana, primeiro lugar, esclarecer alguma coisa sobre essa entrevista que eu dei ao Globo. Parece que tem uma parte ali que, para mim estava muito clara, mas o Globo não perde uma única oportunidade e não entendeu alguma coisa. Então ele destacou o termo que os militares vivem encostadinhos. O termo foi usado ocasionalmente ali, não é o termo altamente significativo, e sai muito fora do centro do significado que eu estava tentando dizer. Uma das experiências mais marcantes que você tem quando você vem morar no Estados Unidos é você ver a unipresença dos militares aqui. Todo lugar que você vá, os militares estão lá. Todo o restaurante que você entra tem lá um anúncio de desconto para militares. Toda loja tem desconto para militares. Onde quer que os militares aplaudirem, são aplaudidos. Tudo quanto é escola, tem lá um militar fazendo discurso de Paranífo, tudo que tem é clube, tem um militar apoiado, e assim suma, os militares são unipresentes. Anualmente você vê milhares de livros populares aparecendo nas Alivarias sobre a vida militar americana, e filmes, e programas de televisão o tempo todo. Nada disso existe no Brasil, filho. Quantos livros sobre a vida militar brasileira apareceu no ano passado em bibliotecas populares? Nenhum. Isso quer dizer que as forças armadas no Brasil são desconhecidas, são conhecidas como entidade global, mas não são uma presença viva na sociedade. E isso é um dos elementos mais marcantes da sociedade brasileira. Os militares brasileiros são um grupo social isolado. Inclusive, se vê no Rio de Janeiro, morava tudo ali na urca. Todos eles. Era o bairro militar. Então, esse isolamento da classe militar faz com que os militares percam traquejo social. Isso quer dizer que quando eles são confrontados com a plateia civil, eles ficam sem jeito, eles não sabem falar, eles perdem da naturalidade. Então, o falerado, o que você gagueja, se atrapalha todo, ou então apela para aquela solenidade, aquele formalismo, tipo o general Morão, né? Sempre parece que está fazendo o discurso do grão mestre da maçonaria. Então, não é uma coisa natural. O militar que fala com naturalidade só conhece o Bolsonaro. Por quê? Porque o Bolsonaro passou, acho que 20, 3 anos, no Congresso Nacional. E ali ele aprendeu a falar como uma pessoa do povo. Coisas com os nossos militares definitivamente não sabem falar. Nenhum dos polísteres militares sabia. Único sabia falar como um jeito do povo, eram javas passarinhos, foi militares de educação. Aliás, cá entre nós, eu acho que péssimo ministro, mas que ele sabia falar como o povo sabia. Por quê? Porque ele era um escritor, meu Deus do céu. Ele tinha habilidade literária, então ele sabia modular o seu discurso conforme o público ao qual ele estava se dirigindo. Ora, essa relação entre conteúdo do discurso e a situação do discurso, por causa do que você está falando, o objetivo do discurso, a tonalidade exigida, etc. É uma coisa que você só aprende com anos de prática da literatura. Não tem outro jeito. Agora, eu vejo aqui nos Estados Unidos, o pessoalzinho no ginágio já tem que aprender a falar em público. Com 12 anos, você já tem que fazer um discursinho, explicar e participar de debate, então você aprende, a convivência social. Isso não existe no Brasil, sobretudo não existe dos militares como o resto do povo. E isso, veja, esse problema no Brasil tem que acabar. Por isso que eu acho bom trazer os militares para ocupar cargos. Assim, eles são obrigados a enfrentar, a dizer, a vida civil, a vida política civil. Isso vai fazer muito bem para eles e vai fazer bem para o país inteiro. Agora, no Brasil, se coloca militares nos cargos, vira militarização, fala, que raio de coisas é essa? Quer dizer que militar não carga o civil e militarização? Ei, o que que tem na cabeça esse pessoal? Então, que destaquei ali nos Estados Unidos, tudo que até presidente teve carreira militar. Todos, o que teve menos carreira, foi o Jorge Boche, porque o Jorge Boche entrou na Guardia Nacional. Tá certo que ele me feria de sub-exércitos, mas era carreira militar de qualquer maneira. Só quem não teve carreira militar foi o Clinto e o Baraco Bão. Não, porque o incidente foi preferido dos comunistas. E foram os caras que mais fizeram desgraça em materia de política internacional, porque de vida militar, não tem coisa nenhuma. Então, a presença dos militares nos cargos civil, é boa para todos, é boa para os militares, é boa para os civis, é boa para o país inteiro. E sobretudo, vai dar a esses militares, a experiência que na Escola Militar não tiveram, que era da convivência direta com a vida civil. Vai fazer bem para todos. Então, é por isso que eu quis dizer. Eu não estava criticando os militares, porque eles já vivem encostadinhos. Não, isso é uma situação social, que é deles, não foi uma escolha deles. Ah, nós vamos nos isolar, não queremos conversar com eles. Não, é coisa que simplesmente foi acontecendo assim naturalmente por mídias administrativas, programas escolares, etc., etc. E acabou dando nisso. Então, eu convivi muitos militares brasileiros na década 90, quando nós estava escrevendo o livro, O Exército na História do Brasil, uma obra enorme, quatro volumes, na qual eu fui editor final de texto. E convivi muito com eles nessa época, não só por causa do livro, mas fazendo conferência e tudo quanto é lugar. E eu notava que o simples fato de um civil estar entendendo o que eles estavam fazendo, os commovia profundamente, porque isso não era simplesmente não acontecia. Toda a sociedade civil estava contra eles. A sociedade civil estava contra eles e eles, por uma vez, se isolavam ainda mais. E eu falei, tudo isso aí está errado, isso aí está criando uma situação neurótica. Isso tem que acabar. E o único jeito de acabar é isso, pegar os militares e botar os caras em cargo, se vispores, aprender a conviver como todo mundo. Quer dizer, não é porque você é o general, você é o que está no... sei lá, botamos você no ministro de alguma coisa, não é porque você é o general que nós vamos ter tolerância maior com você. Não, você vai ter que se virar no cargo como qualquer outro. E isso vai fazer muito bem para todos. Muito bem. O segundo ponto, e foi esse negócio do Carlos Nogue, ou Carlos Ninguém. Devo declarar para vocês, o problema do Carlos Nogue é uma incultura literária monstruosa. Monstruosa, gente. O cara que considera os contos policiais do Chesterton, do Padre Brown, superiores à divina comédia e ao rome do Manzón e os novos, ele realmente é semianalfabeta em matéria literatura. E por isso ele não tem o senso do gosto literário. Se não tem o senso do gosto literário, ele também não tem o senso da situação de discurso. Ele lê tudo chapado. E como ele gosta de ler doutrina da igreja, ele julga tudo o que ele lê, como se fosse doutrina da igreja, se fosse no mesmo plano. Então, se você diz alguma coisa, que aparentemente não está combinando com a doutrina da igreja, ele supõe que você está propondo uma outra doutrina. Quando na realidade existem inúmeras situações de discurso que não têm absolutamente nada de doutrina da igreja, não têm absolutamente nada a ver com doutrina da igreja. Mas ainda, existe uma diferença entre doutrina da igreja e qualquer outro discurso, que é uma diferença, assim, abissal, abissal. Então, eu nunca discuto a doutrina da igreja e nunca, evidentemente, não proponho doutrina cristã nenhuma, nunca fiz isso na minha vida, mas sempre declarei o seguinte, eu entendo a doutrina cristã, a doutrina da igreja católica, como sendo parte da realidade mesma, não como sendo um discurso. Por quê? Em todo discurso você tem o seguinte elemento, você tem o signo, que é o elemento material, visual, auditivo, o significado, que são outras palavras que esclarecem a intenção com que aquela palavra foi pronunciada, e você tem o referente, que são os objetos, fatos ou coisas do mundo real extra-verbal, ao qual o discurso está se referindo. Por exemplo, se eu escrevo um livro sobre a vida dos elefantes, eu sei lá, tem uma série de palavras, o sentido de cada uma dessas palavras pode ser explicado por outras palavras que estão no dicionar, e você, além disso, vai ter os elefantes. Os elefantes não são um tipo de discurso, os elefantes não estão no dicionar, os elefantes visitem no mundo físico real. Então, eles não são parte do discurso, isso é algo que o discurso se refere, algo que o discurso indica para fora e para além dele. Tudo que se escreve no mundo é assim, só uma coisa não é assim. O discurso, a doutrina sagrada, só ela não é assim, por quê? A doutrina sagrada está falando sobre a existência, as ações de Deus, e a doutrina sagrada é uma dessas ações de Deus. Portanto, ela não é um referente externo. Deus, quando fala de si mesmo, ele, quando fala da sua atuação na realidade, quer dizer, a sua atuação de Deus sobre o mundo, ele está com esta mesma palavra e está agindo sobre o mundo. Então, não há um referente externo. Estão entendendo? Essa é uma diferença brutal. Isso quer dizer que a doutrina sagrada não pode ser discutida no mesmo tempo das outras doutrinas. Por isso eu acho a palavra doutrina execravel. Porque se você chama uma coisa de doutrina, quer dizer, existem várias doutrinas, doutrina é um nome genérico, onde tem várias espécies, da sede doutrina, essa briga dentro do mesmo jeito. A doutrina certa, a doutrina errada, a doutrina verdadeira, a doutrina falsa, a doutrina mentira, tem tudo isso misturado, tudo isso é doutrina. Digo, escuta, pera aí. A fala de Deus não é uma doutrina nesse sentido, porque a doutrina é um fenômeno verbal que se submete à regra do signo significado e referente. E no caso de Deus, vamos dizer, a fala de Deus é a ação de Deus. No princípio era o verbo, a coisa que Deus mais faz é falar, e o que Ele fala vira realidade. Dizem, são tomada aqui. Nós falamos como palavras e Deus fala como palavras em coisas. Isso quer dizer que muitas das palavras de Deus são coisas também. O que Ele está falando na Bíblia é ação divina. Não é uma coisa a respeito de Deus. Não, é o próprio Deus falando, ou diretamente, ou através dos seus enviados, seus profetas, e os papas, os santos, os doutores da igreja, etc. Tudo isso aí é presença direta de Deus. Então não tem como se tratar este discurso, no mesmo modo que você trata os outros discursos. Por exemplo, se você for aplicar a Doutrina Bíblica, a teoria dos quatro discursos, não funciona. Porque a teoria dos quatro discursos é feita para o discurso humano. Ou seja, discursos onde há diferença entre signos, significado e referente. Como no discurso divino não há essa diferença, então fica difícil você aplicar os quatro discursos ali. Está entendendo? Um outro elemento importante aí é o seguinte, a doutrina da igreja não veio pronta, ela vai sendo produzida ao longo do tempo. E isso torna impossível. Isso que diz que este sujeito está de Leonardo do Brum, que a menina chama de Leonardo do Pum, ele acha que era um superpapa, ele diz o seguinte, que sem a fé é impossível agradar a Deus e basta um único erro contra ela para que apercamos totalmente. Aqui está o índice, esse livro do Densiger, é o índice dos dogmas da igreja, não é os dogmas, é o índice dos dogmas da igreja. São 2333 que foram sendo emitidos progressivamente ao longo da história. Se foram emitidos progressivamente, quer dizer que houve discussão, antes de ser promulgado do dogma houve uma discussão. Portanto, se ele pudesse um dizer a, outro dizia não a. Esse que disse o não a, perdeu a fé completamente. Quer dizer, o erro é assim, antes ou depois da promulgação do dogma. Quer dizer, uma coisa que não era falsa, começou a ser falsa depois que foi promulgado do erro, não é possível isso. Uma coisa que não é falsa não é. Você pode tomar consciência do erro, depois mas você não pode estar completamente no erro, e depois deixar de estar porque foi promulgado. Ou então estar fora do erro e entrar dentro dele porque foi promulgado. O que é isso aqui? Ele está errado do alternariamente? Não, ele está defendendo da igreja tal como ele entende. Só que ele não sabe ler. Ele foi educado dentro do sósicostrutivismo. Então ele não tem essa compressão da sutileza entre os vários níveis de discurso. Um terceiro ponto, esse negócio de uso e abuso da palavra heresia. Uma coisa só pode ser heresia, quando ela se apresenta como doutrina da igreja, como doutrina cristã. O negócio não é doutrina cristã, não pode ser ereto, pode ser errado, tem totalmente falso, mas não é heresia. Entendeu? Existe até uma parna na internet, muito interessante, deixa eu ver se ela está aqui. Ah não. Ah, esse mesmo, isso mesmo. Obrigado. A parna são respostas bíblicas. É uma parna feita por autores protestantes, para estar muito correta, historicamente. E ela é que explica aqui, a heresia é um ensino que vai contra uma religião estabelecida. Portanto que está concorrendo com essa, com essa religião estabelecida. Você está falando de outra coisa, não pode ser heresia, pode ser um hermo, mas não é heresia. E esse pessoal usa essa palavra heresia, assim, como no Brasil se usa tudo. Eu estou com o saco cheio disso, eu coloco as termos científicos em circulação, o pessoal começa a usar esses termos como insulto e elogio. Por exemplo, psicopata, por exemplo, por exemplo, o quê? O alfabeto funcional, a paralaxia ou inetiva. E assim, por dentro, até o imbecil coletivo. Esse termo é cômico, mas é um termo cômico que designa um conceito de descritivo científico. Quer dizer, o imbecil coletivo não é constituído de pessoas imbecis, são pessoas de inteligência normal até superior, que no curso da sua atividade social, se imbecilizam umas às outras. Isso tem uma descrição científica do que, de fato, se passa com os estudios esquerdistas do Brasil na época. Então, eu coloco esses termos em circulação, daqui a pouco eu vejo o pessoal usando isso como porrêntico para conspitar na cara dos outros. Isso aí é prostituir a linguagem, gente. Quem faz isso? Uma vez, já perdeu o direito de ser considerado um intelectual respeitado, não é apenas um demagogo, ou então um jornalistinha de merda. E quanta gente não está fazendo isso? Esses pessoas, assim que diz que está defendendo a Doutrina da Igreja, todos eles fazem isso. Então, em primeiro lugar, se eu declarei que a Doutrina da Igreja não é um discurso como os outros, mas que ele é parte da própria realidade, está certo? Se não for, vamos dizer, a estrutura total da realidade. Então, é claro que o que quer que eu diga não pode ser confrontado com a Doutrina da Igreja, meu Doutor Celpo, porque eu estou tomando essa Doutrina, dizendo. E é claro que tudo que eu digo não se aplica à aquilo que a Doutrina da Igreja está dizendo. Quem sabe ler percebe isso, claramente. Agora, se você vai pegar um artigo de jornal do Olavo de Carvalho, confrontar com a Doutrina da Igreja, só um analfabeto faz isso, um analfabeto funcional grave. Então, também, se eu começo a achar, às vezes, semelhanças fortuitas, então, se o sujeito insiste na importância do conhecimento, ah, ele é agnóstico. E um homem, o filho, você não sabe o que é agnosticismo, porque o agnosticismo não era qualquer conhecimento que, segundo os agnósticos, levava a sua razão, era o conhecimento da preexistência terrestre. Ou seja, entre nós, nós tivemos uma preexistência terrestre, e lá aconteceu certas coisas, e este conhecimento, que, segundo os agnósticos, leva a salvação, quando que eu falei desta merda de preexistência? Nunca na minha vida. Então, qualquer apologia do conhecimento é agnosticismo. Claro, o ignorante só pode achar que o conhecimento é maligno. E esses caras são ignorantes mesmo. É muito grave o que está acontecendo, gente. O Silvio Gremal tem toda a razão de dizer que o que o escandaliza não é o que esses caras dizem. O que o escandaliza é a pretensão do Carlos Nogueira, de ser um grande escritor, um grande filósofo. Ele não é escritor nem filósofo nem coisa, nem um professorzinho de português. Muito inculto, e muito incapaz, muito burro, ele não sabe ler. E começa a fazer essa produção assim. Pô, eu já... Uma vez eu tive um aluno que produzia uma coleção inteira de livros baseadas nas minhas aulas. Ele me trouxe o livro pra eu fazer o prefácio. Quer dizer, o livro, na verdade, era meu. Eram as minhas aulas estragadas, colocadas numa coleção de... Ele pediu pra eu fazer o prefácio, eu disse, então você me traz o livro pra eu ler, eu faço o prefácio. Ele disse, não, não precisa ler, não. O Brasil está cheio de tipos assim, você está entendendo? É tipo o seu do culto, caipira, bobo, metido, e geralmente pessoas fracassadas, que nunca obtiveram nenhum reconhecimento, que mereceram esse reconhecimento, e que precisam uma compensação psicológica. Então, exagera na megalomania. Apareceu no Guedesame que superou a Aristóteles, São Tomás da Quinta, superou oitenta, e aí, espera aí, agonização não, pô, vamos parar com isso. Você ver, São Tomás, algum dia diz que superou a Aristóteles? Nunca diz. Só falava de Aristóteles que é uma maior reverência. Foi ele que inventou esse processo, o filósofo, ele chamava o cara de o filósofo. Ele não era um filósofo, era o. Agora, de repente, aparece o cara no Guedes, supera os dois juntos. Não é possível um treco desses, gente. E você vê que querê que eu responda a isso, que eu entre no debate com esse cara, escuta, não posso debater com esse jeito, que não entendo o que ele está dizendo. Eu não posso debater com esse jeito, que eu vou ter que explicar pra ele, cada linha do que ele disse. Não dá, eu precisaria dar um curso pra ele, eu precisaria realfabetizá-lo. Tem muitas pessoas que, eu não posso defiar pra um debate também. Faz um desafio, esqueci o nome dela. Eu sei lá. Quem? Não me é como é ver ver um desafio. O desafio? O debre-a-dinê. O desafio já era autocontradiutório, não dá pra fazer um debate assim, minha filha. Então, vamos fazer uma proposta que é realizável, isso aí não dá. Ninguém faz a mesma coisa, porra. Outra vez, eu dou... pateta querendo fazer... me desafiar... Ah, vamos discutir o que? O Olavo de Carvalho. Eu vou ser ao mesmo tempo um dos debatidores, o assunto do debate, não vai dar, meu filho. Outra coisa, isso aí vai ser um debate ou vai ser um processo judicial? Eu estou debatido, estou sendo acusado. É totalmente impossível um treco desse. Quer dizer, esse pessoal não sabe se quero ser um treco legal, ou se quero ser um treco legal, quer dizer, esse pessoal não sabe se quero sentir da palavra debate. Eu dou um exemplo de como se faz um debate no caso do Dugin. Você tem que pegar duas pessoas, mais ou menos do mesmo nível cultural, ou seja, pessoas que têm acesso ao mesmo corpo de informações. Os autores que eu li, o Dugin também leu, quase todos, né? Mas quase todos. Então, as referências dele eu conheço e as minhas ele também conhece. Então, nós sabemos do que nós estamos falando. E nós divergimos não nesse do que, mas no o que estamos dizendo, né? Então, a partir do mesmo corpo de informações eu tiro as conclusões e ele tirou as conclusões opostas. Então, podemos confrontar para ver quem tirou a conclusão certa. Mas, esse indivíduo não leu o que eu li, se ele não conhece o que eu conheço, se ele não entende o que eu entendo, não dá para discutir. Como é que eu vou discutir com o sujeito que acha que se você errar num ponto de doutrina, você está fora da religião, pior, que diz aqui. Professor integralmente da doutrina é muito mais importante do que missa e terço diárias. Ora, as pessoas estão fazendo missa e terço há muito tempo. A doutrina foi se formando ao longo do tempo. Quer dizer que muita missa e muito terço antecederam essas dogmas, né? Então, se a missa e o terço valem menos que a proclamação do doutrina, não. Toda missa e o terço que rezaram, eles não valem nada. Isto é intrínseicamente absurdo, o cara escreve como se fosse uma coisa normal. Porque ele tem ideia da importância hierárquica dentro da hierarquia lógica das coisas. Mas não da importância existencial real. É... Se se quer saber se alguém é católico ou não, parêntese, o que é diferente de saber se alguém é santo deve se verificar sua ortodoxia na fé e não seus atos exteriores de piedade. Então, ele está admitindo a hipótese de que haja algum santo que não seja católico. E ele se escrevia e se não percebe que ele disse isso. O que? Ele não sabe escrever, ele não entende a língua portuguesa. Ele entende assim. A língua escolar, mas a verdadeira a linguagem, a língua real que se une a sociedade, não entende. Então, são analfabetos funcionais, mesmo não estou xingando analfabeto funcional, estou descrevendo científicamente a coisa. Então, este tipo de teratologia intelectual isso tem que acabar, gente. Isso é feito, vamos dizer, de 50 anos de deformação do nosso ensino desde o primário até a universidade. Por isso que eu digo, os ministros da educação, todo decisão, de que está toda na cadeia. O que eles fizeram? E essas entidades, que tem os projetos educacionais, badados assim, projetos de ponta, etc. Tudo isso tinha que estar na cadeia. Eles imbecilizaram 3 ou 4 gerações de brasileiros. E ficaram todos assim, hoje em dia todo mundo escreve assim, todo mundo pensa assim, meu Deus do céu. É difícil você explicar algo para pessoas assim. Porque você tem que, no curso da discussão, você tem que realfabetizá-las, reexplicar para ela o sentido e cada palavra que elas estão usando. E que elas não percebem. Por isso que diz um negócio absurdo aqui. Está dizendo que existem santos não católicos. Foram declarados santos mas não são católicos. E depois eles dizem, então eu estou aqui empugnando a beatificação de fulano, fulano, fulano, fulano. E dizem, bom, você você está empugnando isso com autoridade e quem não entende, não entende a coisa nenhuma. Talvez se até tem razão, talvez algumas beatificações que tem sido inválidas mesmo. Não vou discutir isso, não tenho nem qualificação para discutir. E pior, não estou interessado. Eu não estou na porta do céu abrindo e fechando para as pessoas que estão na porta. A você pode entrar, você não pode. Não é essa minha função. A função sua, seu pun. Você está lá fazendo isso, eu não. Então, esse pessoalzinho é imensamente ridículo e não percebe. Todos nós podemos correr o risco de fazer coisa ridícula. Não tem obrigação de perceber em seguida e pelo menos dar uma risadinha de nós mesmos, no mínimo isso aí. Mas esses caras se levam infinitamente a sério. O Nugui acredita que é um escritor e que é um filósofo. Não é nenhuma coisa nem outra. Ele escreve, ele é do mal gosto, do entorjamento assim. Em digesto. Não tem uma pessoa que fala com tão pouca naturalidade quanto o Nugui. Porque ele não está à vontade na linguagem comum. Ele não sabe transitar em vários estilos, né? Que orácio dizia era um estilo nobre, elevado, um estilo simples, estilo vulgar. Eu jogo entre os três. Inclusive uma coisa que eu tenho um prazer enorme em fazer dar ao estilo vulgar um uso erudito que o eleva. Eu adoro fazer isso. Tem da impressão que eu estou só te engano falando de palavra? Não, não, não. Mas eu estou lá fazendo autos raciocínios filosóficos no meio de palavrão. Isso é uma brincadeira linguística. Eu gosto de fazer. E isso funciona. Porque você atinge, na mesma medida, o público culto e o público enculto. Você eleva um e você diverte o outro. Agora, eu vou esperar que um Carlos Nugui entenda um jogo linguístico desta sutileza mas nunca na vida. Então, você já a crise na igreja o pessoal pensa que a crise na igreja é assim, então o pessoal que foi pra esquerda escolhamos tudo, não. O pessoal da esquerda escolhamos assim mesmo e escolhamos o seu adversário também. Você vê a decadência da igreja, não é na esquerda, você vê na esquerda na direita igualzinho. Os diretistas de hoje foram moldados pela esquerda. Eles estão no mesmo nível. Quem sai disso aqui é muito pouca gente. E você vê que, em geral, o despreparo das pessoas pra lidar com a situação é um negócio monstruoso. Porque esse esquerdismo é um movimento político, é o único movimento político que existe em escala mundial há mais de 100 anos. O pessoal não leva isso em conta. Elas, quando falam da esquerda, que é a esquerda que elas conhecem no lugar onde elas vivem e penso que é tudo assim. Então, se você vai estudar a história do negócio, você vai ver a amplitude intelectual do esquerdismo, sobretudo do marxismo, é uma coisa monstruosa, gente. Não, é brincadeira isso aí. Quando eu fiz aquele projeto de estudar, de falar, tendo isso em conta, mas os pessoas não levam isso, não dão importância a isso. Elas querem ter sua opinião. E acham que a esquerda é tudo bestalhão, né? No meio militar, quanta gente eu não encontrei que se achava infinitamente superior? Um minuto na frente de um autor comunista ele destrói você. Então, o cara não chega perto e a distância fica se achando muito superior. Esse pessoal liberal é uma mesmíssima coisa, gente. Quando você leu lá 3 argumentos do fome contra a economia marxista, você acha que você superou aquilo? Você não está sabendo de coisa nenhuma, pô. Então, o marxismo é todo uma cultura. Não é assim uma simbologia de ideologia, é toda uma cultura, gente. É um negócio monstruoso. E, para enfrentá-lo, você tem que ter conhecimento abrangente do que ele tem e conhecer mais alguma coisa que ele não conhece. Então, você tem que superar, não é você ficar contra, você tem que ser maior. Você tem que fazer bombardeio aéreo, você tem que atacar o cara desde cima. Não é no mesmo nível, muito menos desde baixo. Então, se você quer fazer algo contra a esquerda, bom, você vai ter que preparar intelectuais que se sobreponham a capacidade dos caras da esquerda. Agora, se você pega isso, sei lá, o pessoal que lê Michel Foucault, tem aí na esquerda algum sujeito mais inteligente que o Michel Foucault no Brasil? Tem nenhum. Então, estão todos abertos no Michel Foucault. E na direita? Também não tem. Então, não dá, meu filho. Você pega o Duguin. Tem na esquerda, brasileira, alguém capaz de superar o Duguin? Não tem. O único nego que superou o Duguin foi eu. Porque os caras nem entendem como eu fiz isso. Porque eu estudei, o que eles estudam tem mais algum negócio que ele não sabe. E pior, eu sou muito menos preso um solo do que ele. Quando ele capta alguma coisa, ele já acha que descobriu assim, ah, quarta teoria política. Que quarta teoria política? É uma conversa mole, pô. Esse negócio de tudo que você está falando é mais velho do que andar para a frente. Então, o entorjamento, a coisa pernóstica, é característica da subcultura, gente. Nós temos que parar com isso. Esse negócio assim, estilo solene, o cara fala em estilo solene 24 horas por dia. É estilo solene você usa, sei lá, não inteiro do herói nacional, né? Você fala assim, estilo elevado, né? No Brasil, assim, sei lá, em inaugurado do campeonato de futebol, de botão, o nego fala em estilo solene. Está inaugurando o posto de gasolina na esquina, fala em estilo solene. Os militares são muito culpados disso, e os políticos também. Quando você vê um presidente americano falando, gente, pelo menos tem dois políticos americanos que fizeram carreira na barra da piada. Abram Lincoln e Ronald Reagan, sucesso deles, era devido às piadas. Que presidente brasileiro faz piada, imagina, vai descer do seu pedestal para fazer uma piada? Nunca. E quando a gente desce dele, não, isso é, é fogar. De que que é? Quanta frescura, gente, quanta pose, isso é subcultura. Apose o entorjamento é o substituto pequeno burguês da cultura. E é isso que nós vemos para tudo... Então vamos lá. Como sempre tem mais perguntas do que eu conseguiria responder, aqui José Paulo Monteiro pergunta um imaginário pobre pode levar uma distorção da realidade como o senhor apontou no Nogue a distorção da realidade pode levar alguma doença psicológica com certeza. Quer dizer, um imaginário pobre, não surreito que se mete a opinar sobre assuntos de envergadura mundial, é claro que é. Já é uma falha de percepção da realidade. Se isso pode, não acredito que isso leve propriamente a uma doença mental, mas acredito que isso é sintoma de uma doença mental preexistente. No caso do Nogue, eu conheço o Nogue, há 30 anos, e sempre vi que ele teve um conceito de si mesmo enormemente mais alto do que a realidade dos seus valores. Isso não foi de agora que começou, mas agora o negócio piorou. Ter aquela tradução que eu ofereci para a COSERTAT e a produção estava no estilo bedonho, e daí ele respondeu, o Olav não sabe se o que eu sou. Se alguém oferece para corrigir uma tradução, eu peço para as pessoas corrigir minha tradução, pô. De repente, cara, ninguém pode me corrigir. No jornalismo, eu trabalhei anos como copi-desk, e eu sei que eu corrigo os textos outros. No começo do jornalismo, até os anos 50 e 60, o reporte é por definição de um texto próprio. Daí começou a hora que tornar obrigatório o diplomatório no jornalismo, e eu conheço a virgem das universidades, e a todo mundo está no alfabeto. Então o jornalista precisava contratar copi-desk para corrigir o texto dele. O copi-desk tinha um salário 20 vezes maior que o reporte. Eu, felizmente, era um desses no jornalista tarde. E tinha aqueles carinhas de reporte metidos a escritura, e chegassem, você mutilou o meu texto. Eu mutilei mesmo. Eu sou pago para isso. Cara, eu não tenho ideia de como eu escrevi o mal, pô. Eu vi cada coisa no jornalismo. Uma vez um cara na gazeta mandaram fazer uma matéria sobre o metrô. E ele voltou com o título, o nosso metrô já tem nome, é o metropolitano. Fazer o que? É grave, né? Então... A coisa dessa eu via assim, milhares e milhares e milhares, e eu vivia de corrigir essas coisas durante anos a fio. Aí eu peguei muita prática com essas coisas, e eu sempre perguntava, o que que leva essas pessoas a errar desse jeito? Era um problema, a vanda da falta do referente. Ela só se vivia no mundo de palavras. Tinha signo e significado. Nunca parava para ver o abismo que existem de significado e o referente. Por mais que você conheça o significado, uma palavra, o referente não é ela. O referente é uma coisa real. É uma palavra, não é um elemento do discurso, é um elemento extra-verbal. E entre o extra-verbal e verbal tem, vamos dizer, um abismo. Você ver... Por exemplo, se você tem uma dor, uma dor que você tem no corpo, descreve essa dor, expresse essa dor. Você não consegue. Só se você treinar muito, virar um enorme escritor, alguma coisinha você consegue. Então, o abismo entre o mundo não-verbal e verbal é imenso. E tudo que nós dizemos só funciona por quê? Porque as pessoas com quem nós falamos têm a mesma experiência do mundo não-verbal que nós temos. Então, elas entendem o que nós dizemos por que elas sabem, por causa daquilo que elas sabem, para muito além daquilo que nós dizemos. Então, é por isso que eu digo, o mundo é o intermediário em toda a comunicação. O que já basta para pegar. O adessocio, o construtivismo e Michel Foucault e eu estou a jogar tudo no lixo. Você acha que não há referentes. Então, referentes são discursos que se referem a outros discursos que se referem a discursos. Isso aí não é só errado, isso é impossível. Porque o discurso, meu filho, ou é um pedaço de papel, ou é um som. E o pedaço de papel não é uma palavra. O som também não é uma palavra. É uma palavra que é muito importante. É uma palavra que é muito importante. Porque o mundo é um mundo que faz uma comunicação humana. E é um mundo que faz uma comunicação humana sem comunicação humana. É um mundo que faz uma comunicação humana sem comunicação humana, com ou sem comunicação humana. Não há comunicação humana sem um mundo físico. E é ele que coere tudo. Então, é porque nós estamos instalados nele que nós entendemos o que as pessoas falam. Nós temos mais ou menos a mesma experiência de espaço tempo, e aquilo que nós dizemos, expressa sempre só um pedacinho ínfimo desse mundo. E esse pedacinho ínfimo pode ser conferido com o resto que você sabe e você percebe que isso é verdadeiro ou falso. Mas, em geral, as pessoas não... No Brasil não tem esse treino, porque, por um lugar, não são... não são treinados para falar em público. Então vive cada um num diverso de discurso próprio. O discurso dele não é testado na confrontação com os outros. Se é testado, significa assim, você vê as coisas, você as descreve de uma maneira e daí vem outro cara e descreve de uma maneira completamente diferente. Então, houve algum problema e não houve? Então você tem que fazer isso mil vezes para você aprender que a expressão linguiça, que ela não é produzida por si mesmo, é com facilidade. Ah, sim! Desculpe. Existe uma... uma transmutação da experiência sensível em discurso. Essa transmutação é um problema, é um abacate, isso é uma alquimia. Não é um negócio fácil e é isso que as pessoas têm que aprender a fazer. Para antigos livros de Aprendizado e Redação, tinham isso. Olha, descreve esta sala. Por exemplo, ou descreve esta pessoa. Então você não aprende se quer fazer a descrição, meu Deus do céu. Não é isso? Então, a descrição é um teste de literatura. Porque é uma das coisas mais difíceis, se você consegue fazer uma descrição, você praticamente vence qualquer dificuldade. Mas o indivíduo não consegue se orientar nem naquilo que você refere ao mundo físico, que está dentro do zório dele. Como é que ele vai se orientar no mundo de puro signos? Ah, estou aqui lendo Santo Médio Aquino, não sei o que falar. Você está brincando, porra? O Santo Médio Aquino está falando do que? De que coisas ele está falando? Quando o Santo Médio Aquino diz nós falamos com palavras, Deus fala com palavras e coisas, isso tem uma coisa para entrar na sua cabeça e nunca mais sair. Tudo que tem no mundo é Deus falando. Tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo. Portanto, aquela parte que Deus falou como verbo, como expressão verbal, tem que ser inserida dentro do mundo que Ele criou, meu Deus do céu. Todo o mundo é um discurso divino. E dentro do discurso divino, existe um pedacinho do discurso divino que é discurso em palavras. Então, a sua vida, sua vida física é escrita por Deus, meu Deus do céu. Deus fez você nascer, crescer, se desenvolver e morrer. Ele fez tudo isso e isso é um discurso, meu Deus do céu. É um discurso de Deus. E o outro tem que ser jogado por este. Agora, se você está obcecado com a fórmula verbal da doutrina só e não confronta, ela com referente, você vai virar um caro no guia, meu Deus do céu. Você vai ter aquele mundo de certeza idiota, e vai vivendo um mundo da lua. Eu não quero que isso aconteça para ninguém. Não queria que acontecesse para o caro no guia. Se tivesse dependido de mim, não aconteceria para ele. Eu não queria que ninguém passasse por esse ridículo. Você acha que eu estou feliz aqui de que o cara foi meu amigo? Não quero desgraça dele. Muito bem. Aqui, José Paulo Monteiro, para o senhor ministrar um curso presencial de 2020, com certeza. Com certeza, logo vou anunciar. Fique tranquilo aí. Rafael Augusto Telles, além da boa literatura, o senhor tem alguma sugestão prático, exercício para que nós, seus alunos, possam identificar, sanear, em nós mesmos, o analfabetismo funcional. Este mesmo que eu estou dizendo, confira o que é falado com o que é percebido pelos sentidos. Faça do seu discurso uma parte do mundo real. Não o substitutivo do mundo real. Não uma coisa que encobre o mundo real e o envolve. Não, não, não. É uma coisinha que acontece dentro do mundo real. É um mundo real que está falando consigo mesmo através de você. Então, por exemplo, esse exercício de descrição que eu estou falando, são coisas absolutamente fundamentais. É um exercício de que eu estou falando. É um exercício de que eu estou falando. São coisas absolutamente fundamentais. Mas como é que o Sr. pode fazer um discurso descritivo se ele não sabe se quer descrever o tom no qual ele está falando? O Sr. que fala não percebe que ele é pernóstico? Ele não percebe nada no mundo. Nada, nada, nada. Está fora da realidade. Ele não pode falar assim, meu Deus do céu. A aula está ótima. Poderia aqui, Alexandre Becerre Souza, Aula está ótima. Poderia falar sobre o estilo literado do Otto Maria Carpou. O Otto Maria Carpou era eminentemente um historiador, portanto um feito empenhado, na descrição de situações de fato. Situações de fato que se desenrolam no mundo literar, no mundo das ideias, etc. A preocupação dele era sempre montar o problema do qual se trata. Se dado uma obra literária, para ele, essa obra literária coloca um problema. E ele tenta formular esse problema. Ele não tenta resolver. Então, muitas vezes, o Otto Maria Carpou é obviamente inconclusivo e você não sabe no que ele acredita realmente. Mas isso não tem importância, porque não é isso que ele está falando, está tentando equacionar o problema. Quando ele escreve a história da literatura, ele está escrevendo uma história de uma sucessão de problemas que foram aparecendo e se desenvolvendo ao longo da história. E entender isso é entender a vida humana. E isso, sem dúvida, era um mestre. Eu imagino, por exemplo, o Carlos Nogueira, Leandro Otto Maria Carpou, nunca vai entender. Porque o cara de mentalidade do outro não, nunca vai entender o homem de mentalidade histórica. Nunca. É muito caótico. Alexandre Diogo Gonçalo. Gostaria de saber se o relativo com o assinante ao status com a mediática está relacionado a desinformação introduzida pela KGB durante todos esses anos. Olha, e uma vez que ele viu um artigo chamar-se a mão de estado, quer saber se o relativo que agora é no meio mediático está relacionado a desinformação introduzida pela KGB. Uma vez que ele viu um artigo chamado a mão de Stalin está sobre nós. As pessoas não medem a extensão da influência da KGB na mídia, no cinema, na literatura, na alta cultura, na educação. Eles realmente não medem isso. Quando você começa a investigar, você vê que é um negócio monstruoso. Por quê? Porque o comunismo é o único movimento político que existe continuamente há mais de 100 anos. Não existe em escala mundial, não tem nenhum outro. Todos os movimentos policial locais e duram menos. Se você pensar, ah, tem o conservadorio do Britânico, o conservadorio do Britânico só existe na Inglaterra, já mudou mil de mil vezes. Que influência ele tem, sei lá, na França? Nada. Nem a França que é ali do lado, quanto mais no Brasil. No máximo, você pode ter algum escritor que copia alguma coisinha, mas não é um movimento organizado que está atuando na Inglaterra e no Brasil. Então, por ter essa unipresença geográfica, por assim dizer, o comunismo acaba tendo uma força monstruosa. Você vê, não existe uma cidade no mundo por pequeno e significante que você não tem, pelo menos, um comunista. Você pode dizer isso, sei lá, da maçonaria, da guerra católica, do protestantismo. Não pode. Então, só o comunismo tem essa unipresença. O comunismo, a KGB, teve a sua disposição um orçamento ilimitado, nem o Congresso soviético sabia qual era o orçamento da KGB. Até hoje ninguém sabe quanto dinheiro tinha KGB. Você fala KGB, a qual KGB e CIA? Pera aí, pera aí. Não tem comparação possível. A KGB, você acha que era um órgão de inteligência como a CIA? Não. A KGB controlava tudo, controlava educação, a economia, a indústria, o comércio, o vestuário, a educação infantil, a psiquiatria. Tudo. É uma entidade de tamanho monstruoso, gente. Não existe, não creio que exista um estudo ainda que dê ideia do tamanho da KGB. Ninguém conseguiu fazer isso até hoje. Então, justamente a coisa é tão imensa, que se torna invisível. A imernação não alcança. Quando você começa a estudar, você percebe, fala, olha, esse pessoal vulgar que acredita, assim, ou que como ele não acabou, ou que, ah, você está vendo como ele se barca a câmbita, você está sumbando ignorantes, não tem menor ideia do tamanho da coisa. Nunca estudar, não sabe nada. Eles querem julgar as coisas pelas impressões usuais que a pequena burguesia tem. Conversa de pequeno burgues em casa, que ele é um mundinho deles. E eles julgam tudo com base naquelas crenças usuais de pessoas que nunca estudaram e quer que eu levo a sério isso? Quantas vezes eu não via essa... veja, uma vez eu não furo a liberdade, não sei, falou, não, você está vendo como ele se embarca, um desses são empresários metidos, a besta. Você está vendo como ele se embarca na câmbita, não estou vendo em cima da câmbita, ele estava lá, já comeu você e você nem percebeu. Veja, quando dei meus conselhos para o homem da Udebrecht, não se meta com o PT que eles vão acabar com sua vida. Foi mais de 20 anos atrás, pelo décor de 90. Uma pessoa que presteu atenção, não, onde está o filho dele hoje? Pessoal não estuda e tem opinião por que ele recebeu um dinheiro do pai, então ele acha que ele é um gênio por causa disso, porque ele herdou um dinheiro. Falei assim, não dá a gente. Uma vez eu estava jantando no Paraná Curitiba, estava eu, um amigo meu, e o doutor Ahmad Yusuf Eltaça. Não chinês que foi admitido na Academia de Ciência da China, você imagina o que é esse cara, gênio, monstro, um cara que escreveu livros, escreveu a tese, corrigindo erros de 8 séculos na história da ciência chinesa, né? É autor do dicionário chinês, tradutor oficial de congresso científico, chinês etc. Estou ali conversando que a pouco chegou um rapaz que esteve 5 dias na China com Lula, e chegou ali cantando os louvores da China, uma maravilha, e daí eu falei, não é bem assim, perguntei para o doutor Ahmad, e ele não deixava o doutor Ahmad falar, deixa eu ver o que dá o muro, é a mesma daquela boca, as idiotas, que a queda, o Brasil está fudido com a gente como você, é um filho do banqueiro, né? E ganhou o dinheiro do pai, acha que é um gênio, e tem lá, o mal-entendendo do assunto, ele veio de aproveitar a presença do outro, não, ele quer humilhar o outro, quer bancar o gostosão, no Brasil todo mundo quer bancar o gostosão, sabe? Se vê essa mulher do Globo, o telefone pergunta sobre tudo, eu tenho que saber tudo agora, porra, o Ministério da Educação, Ministério da Cultura, Ministério das Raisas do Exteriores, o Nixlonezone, o Ernesto, o Vaintral, eu tenho que saber tudo, porra, eu não sei nada disso, cara, é só isso que eu estou ensinando para vocês, né? Mas no Brasil, todo mundo tem que ter opinião sobre tudo, você não pode não ter opinião sobre alguma coisa, lembra-se que no começo eu pedi para vocês, voto de pobreza e matéria de pobreza, só dei opinião sobre coisas que são do seu real interesse, é o qual vocês se dedicaram a algum tempo, não que você precise saber tudo a respeito, mas ver o seu direito de opinar é comproporcional ao tempo que você dedicou o assunto, de jeito que ficou lá dois anos estudando o assunto, não, ele tem algo a dizer, mas o outro que acabou de ouvir falar, também tem opinião pronta, isso aí, direito de ter opinião, essa é uma conclusão, direito de opinar é proporcional, ao dever de conhecer o que você está falando, ou de tentar conhecer pelo menos, é? Bom, eu acho que vou parar por aqui hoje, tá bom assim? Então tá, até a semana que vem, muito obrigado.