Mas, vamos ver o que tem que fazer com que isso não se engane. Então, vamos lá. Boa noite, sejam bem-vindos. Então, hoje eu queria explicar um pouquinho o seguinte assunto. Toda hora nós vemos debates que pretendem ser científicos e onde se chama o testemunho das ciências em favor disso, toda aquilo. Por exemplo, tem esse debate do terraplano, terraisferica. Cada um acredita estar falando de uma vida de ciência. Mas, uma coisa que geralmente se esquece, é, em primeiro lugar, as pessoas começam a estudar ciências naturais ou sociais sem jamais ter sido submetidos a uma meditação a respeito do que é a busca da verdade. O que você está buscando? Um treco chamado de verdade. Mas o que você entende por verdade e quais são os meios de atingi-la? Se não há uma meditação séria sobre isso, tudo que você tem à sua disposição são fetiches, são símbolos acompanhados de uma valorização social, ou seja, no fundo é de um argumento de autoridade. O ensino da filosofia deveria avisar antes de tudo a isto. Mas, se nós vemos nas faculdades, se estuda a filosofia exatamente do jeito que se estuda as ciências. Ou seja, você vai pegar a filosofia de canta, a filosofia de Schelling, a filosofia de Hegel, etc., etc., e você nunca vai lidar com nenhum problema filosófico em si mesmo, sobretudo com este assunto da verdade. Em geral, você, nas faculdades de filosofia, até você usar a palavra verdade, as pessoas dão um sorrisinho, porque elas acreditam que não existe verdade, e elas acreditam isso porque elas jamais viram uma e jamais pensaram no assunto. Então, quando dizem que não existe verdade, é sério isto? Para elas não existe mesmo. Não tem a menor distinção entre a verdade e o erro. E, na verdade, isso não lhes interessa. O que interessa é conhecer a filosofia de Fulano e a filosofia de Ciclano e poder falar a respeito. Ou seja, trata-se do desempenho de um papel social. E isso não tem absolutamente nada a ver com a filosofia, embora tenha a ver com a profissão filosófica tal como conhecida hoje. O mesmo se dá em todas as ciências. Em todo o ensino científico, seja de ciência natural, seja de ciência social, sempre tem este problema na base. O ensino visa a ensinar a você o desempenho de um determinado papel social, que o tornará um membro da comunidade científica respectiva. E isso é tudo o que interessa. Então, isso não tem absolutamente nada a ver com o conhecimento. Embora uma certa quantidade de conhecimento seja necessária para o desempenho do papel social, de modo que os seus companheiros da sua classe, do seu grupo reconheçam em você um membro, quer dizer, os que estão informados das mesmas coisas que ele está informado. E isso é tudo. Isso é assim, no mundo inteiro, que pega os maiores centros, os centros ditos de primeiro mundo é assim e nos de terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo o mundo é pior ainda. Então, toda a cultura contemporânea está afetada por este problema do profissionalismo. É o problema que estudado no livro de Randall Collins, este grande social americano de Credential Society, quer dizer, você está estudando não para alcançar um conhecimento, mas para adquirir uma credencial que lhe permita ganhar dinheiro como membro de uma determinada comunidade. Então, isso quer dizer que o problema da verdade, mesmo quando o problema da verdade chega a ser colocado, ele é colocado não em si mesmo, mas também como um certo desempenho que você precisa adquirir no trato deste problema para ser reconhecido como membro da comunidade. Ou seja, nós temos o problema da verdade em Platão, Aristóteles, no Raico Parta, mas se você pegar os fretos pela Goéli Sakudim, mas e para você mesmo? Que raio de coisa esta verdade? Você vai ver que ele não está de maneira alguma interessada nisso e sim interessada em adquirir os conhecimentos à linguagem, quer dizer, que lhe permita ser identificado como membro da comunidade. Dito de outro modo, um amigo meu que eu considero um gênio, ele disse, os maiores problemas começaram quando criaram os estatutos da Universidade de Paris. Eles criaram a profissão universitária e daí para a frente tudo virou uma bagunça. Então, esses estatutos criam uma identidade profissional. E a identidade profissional é algo de qual você precisa, ou para você subsistir materialmente, ou para você subir na vida. Não tem absolutamente nada a ver com a busca da verdade. Você pode ler os estatutos da Universidade de Paris que existem na internet, você acha, tem uma tradução inglesa. Focura para a verdade ali, ela não é mencionada. O assunto é um outro. Então, a constituição das profissões universitárias foi feita teoricamente, idealmente, em vista da busca do conhecimento. Mas não podemos esquecer aquela distinção do escritor ruso. Agora esqueci o nome dele. Quer dizer, tem qualquer profissão, você tem dois tipos de conhecimentos que você precisa. De que ele é primeiro aqueles que dizem respeito ao assunto da profissão, por exemplo, o médico tem que saber algo de medicina, o cientista político tem que saber algo da política. Em segundo lugar, existe o conjunto de conhecimentos que você precisa ter para ser reconhecido no meio profissional e poder ser respeitado e subir na vida. E esse segundo grupo de conhecimento chega a ser mais complexo do que o primeiro. Qualquer pessoa em qualquer profissão pode comprovar isso aí. Você pode chegar, por exemplo, se tem na fábrica de sabonete, se ela entenda tudo de sabonete. Se você não souber como lidar com o seu chefe, com seus colegas, não conhecer o regulamento, os hábitos da empresa que você está lascado por mais de 20 anos de sabonete. Então é um conjunto de conhecimentos que nós podemos dizer que é de ordem sociológica. Então essa sociologia de cada profissão, esse elemento sociológico de cada profissão, ele ocupa um lugar muito grande na formação. Quando as pessoas se queixam, por exemplo, da chamada doutrinação esquerdista na faculdade, elas não têm a entender direito o que se passa, porque o que se faz ali não é bem uma doutrinação. Então nós vamos ensinar os princípios do marxismo, do leninismo, assim, ninguém faz isso. Pode ter um outro que faz, mas em geral não é assim. O que acontece ali é a transmissão de um conjunto de regras de comportamento que você precisa seguir para ser admitido no meio. Nessas regras de comportamento adquirir uma especial importância, regras de linguagem, como você precisa falar para você ser admitido como um membro do grupo. Então não se trata tanto da convicção íntima. Convicção íntima você não sabe quais são. Às vezes o próprio sorriso não sabe quais são as convicções íntimas dele, mas ele tem que falar como os membros do grupo. Você, agora, dito isto, vocês calculem a imensidão do desperdício de tempo, de energia, de dinheiro que existe na aquisição dessas coisas. Se isto tudo fosse dedicado a busca do conhecimento, nossa, o mundo seria um paraíso. Por isso é que nós vemos que a maior parte das descobertas científicas não vem das universidades e sim da pesquisa militar. Porque a pesquisa militar é muito grave e você precisa realmente ser eficiente, porque nós estamos lascados. Então, a pesquisa no ensino militar, a coisa é muito mais séria. Nesse sentido, o nosso presidente, Bolsonaro, tem razão de que as escolas militares são melhores que as outras. É claro que são. Está certo? Mesmo num país que há muito tempo não tem guerra nenhuma, o ensino militar é um pouco mais sério do que as outras, porque o ensino militar não visa, ninguém vai subir na profissão militar pelo seu simples desempenho acadêmico, ninguém vai subir. Quer dizer, você tem lá o quadro da profissão militar, tem uma série de escolas que você tem que passar com o tempo, você precisa de ser tempo num determinado posto, depois você sobe assim por dentro. Tem uma série de critérios que não tem nada a ver com o seu desempenho acadêmico. E por isso mesmo que o ensino militar funciona melhor, porque ele por si mesmo não é um meio de ascensão social. Claro que o sujeito ter sido um bom aluno na academia militar ajuda um pouquinho na carreira, mas não é uma coisa decisiva. Então tudo isso é uma imensa perda de tempo e é uma imensa deformação da inteligência humana, onde a quantidade de energia dedicada à busca da verdade e a eficiência no procedimento científico é muito pequeno, na verdade. É sumisto mesmo entre os grandes. Se você observar, vamos dizer, as discussões que existem entre grandes cientistas, ainda aí você vê uma profunda falta do senso da verdade e um tremendo desejo de ter um desempenho que impressione a profissão. Então um exemplo é isso. Por exemplo Einstein disse que a coisa mais veloz que existe é a luz. Todo mundo aceita isso. Einstein é o príncipe dos físicos, embora a Nikola Tesla tenha criado uma partícula que é mais veloz do que a luz. Todo mundo sabe disso. Todo mundo sabe que existe essa partícula que o Tesla inventou. Então o Tesla morra na miséria, abandonado, esquecido. Enquanto Einstein continua sendo comemorado como o grande cientista. Claro que ele é um grande cientista sob certo aspecto. Mas o fato de ele ser um grande cientista, de ele ser respeitado, não quer dizer que a sua teoria será verdadeira. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, meu Deus do céu. Até essa semana mesmo eu estive discutindo isso no Facebook, discutindo que eu fiz um post que Isaac Newton calculou a gravidade e calculou certo, esse calculo já foi conflito milhão de vezes. E de fato a matéria é a matéria da razão direita das marcas, da razão inversa do quadrado das distâncias. É assim que as coisas se passam. Mas isso é uma explicação causal de jeito nenhum. Isso é apenas a descrição de um fenômeno. E o próprio Newton, num acarto ao amigo dele, ele diz assim, se alguém me atribui à ideia de que os objetos se atraem uns aos outros pela sua simples massa sem a interferência de uma terceira força, está me ofendendo. Então isso quer dizer o seguinte, que todos puxam sacos do Newton, há quatro séculos o estão ofendendo, atribuindo a ele uma explicação causal que ele disse que não tinha. Ele mesmo explicou, olha, se tem uma outra força, qual é essa outra força, isso depende da opinião de vocês. E a maior coisa que eu ia dizer, eu não sei. Então o que ele fez foi a descrição matematicamente exata de um fenômeno e não o lançamento de uma explicação causal. Se você abrir qualquer livro de física, hoje você diz que vai ver que existem quatro forças fundamentais no universo. Ele tem eletromagnetismo, a gravidade, força nuclear forte e fraca, e isso aí teoricamente explicaria o universo inteiro. Mas como você botou lá, entra as forças, causais um treco cujo próprio descobridor disse que não é uma explicação causal de jeito nenhum. Então isso é a discussão no mais alto nível. Está assim hoje. E se você lembrar isso aí, os caras vão ficar muito ruins, porque eles vão dizer mas isso é apenas um fator histórico. Ora, em que medida a história de uma ciência não tem nada a ver com o conteúdo da ciência? Eu respondo em medida nenhuma, porque qual que é o experimento científico? Como é que você atesta a verdade do experimento científico? Em primeiro lugar, você precisa relatá-lo, você precisa contá-lo pela ordem connolórica, nós fizemos disto, mais disto, mais disto, mais disto. Então isso quer dizer que o elemento histórico é o primeiro elemento de qualquer experimento científico. Houve uma sequência de ações, de uma sequência de conclusões que você tirou dali e você expor o seu experimento, você vai usar uma narrativa histórica. Em segundo lugar, qualquer ensino de qualquer ciência também segue o método histórico, porque você vai ter que relatar também esse experimento pela sua ordem, pela ordem do seu desenvolvimento histórico. Em qualquer lugar você vai ver que isso usa o tempo todo a expressão progresso científico. Que sentido tem essa impressão fora do contexto histórico? Nenhum. Quer dizer, se não existe uma história, se não existe um desenvolvimento histórico, se não existe uma narrativa histórica, você não pode falar nem de progresso, nem de retrocesso, nem de coisa nenhuma. Portanto, o conjunto das ciências é determinado, moldado e forjado por uma ótica histórica. Portanto, sem a narrativa correta da história dos descobrimentes, você não entende esses descobrimentes. Então, a origem das teorias é muito importante. Mas você saber se algo apareceu, por exemplo, no curso de um experimento, ou se é anterior ao experimento, se for uma hipótese anterior ao experimento, faz uma diferença brutal. Uma vez eu tive uma discussão com um professor de física universitária, quer dizer, você não entende nada de Newton. Tudo que Newton disse foi por experiência. Ele disse, ah, e onde que Newton teve a experiência? Das primeiras noções que ele coloca lá no livro, no princípio Matemática da Ciência Natural, da filosofia natural. A noção de espaço absoluta e tempo absoluto. Ninguém jamais teve a experiência disso. Não existe a experiência do espaço absoluto e do tempo absoluto. Portanto, é uma noção a priorística, uma noção metafísica. Essa noção vai determinar o conjunto da teoria do Newton e também vai determinar o tipo de experimento que ele fez. A respeito. Mas como o senhor ele aprendeu que a ciência, baseado no experimento e tudo que é mero conceito, obstrato, é filosofia, não é ciência, então ele não é capaz de entender o que Newton estava fazendo. Mas pode passar a vida ensinando física Newtonianos. Ele não vai ensinar errado, porque ele só vai ensinar, vamos dizer, os resultados. Ele não vai explicar para a pessoa como o Newton obtive isso. Se você perguntar para ele como o Newton obtive isso, obtive essas conclusões, ele provavelmente fica com a história da maçã que caiu na cabeça dele. E isso é tudo que ele sabe a respeito da origem da teoria Newtonianos. Mas nós sabemos que a teoria Newtonianos é teoria exotérica. Ele pegou no John D. ou qual disse que obtivem conversando com os anjos, que nós sabemos que são demônios. Esta é a origem e o Newton, vamos dizer, não modificou essa teoria. Ele é... Tudo o que ele fez foi obter uma descrição matematicamente exata de um determinado fenômeno. Isso foi tudo o que ele fez. Contando a história assim, tudo começa a ficar bastante diferente, porque nós entendemos se a gravidade não é uma explicação de nada. E entendemos que quando falamos em gravidade, nós não sabemos do que estamos falando, porque o próprio Newton confessava que não sabia. Ora, você explicar uma coisa por algo que você não sabe, você está explicando o conhecido pelo desconhecido, que é exatamente o contrário do que a ciência faz. Assim você explica o desconhecido pelo conhecido. Então você está apelando a explicação. Eu não posso nem chamar de mística, porque eu estaria usando o palavra mística, não é sentido pervorativo, isso não é mística, isso é nem macumba, isso é sub-macumba. Você apela a um negócio desconhecido para explicar fatos conhecidos. Isso não é uma explicação, isso é o contrário. Isso é um encobrimento, isso é um disfarce, isso é uma camufragem. Então os exemplos, vamos dizer, de discussões toscas a respeito de assuntos, ou científicos, ou sociológicos, ou oposição. É uma das coisas que mais me impressiona na vida. Por que? Eu nunca tive que desempenhar um ofício universitário para agradar os meus colegas e mostrar para o meu chefe que eu sou bacana. Eu estudo exclusivamente para obter conhecimento. Durante muito tempo eu trabalhei em outra coisa e estudava por conta própria. Claro que eu não sozinho, sempre tive bons instrutores, na verdade eu formei para mim mesmo um corpo docente bem melhor do que encontrar em qualquer universidade. Quer dizer, com a ajuda de homens sábios eu adquiri um conhecimento que não tinha finalidade profissional alguma. E por isso mesmo, eu nunca me deixei enganar por esse tipo de conversa mole. Eu percebo que as pessoas estão apenas desempenhando um papel social e que estão mais interessados nesse desempenho do que no objeto do qual estão falando. Eu não quero ouvir mais, porque eu sei que vai sair só a bestia. Mesmo que saia algo certo, o certo está misturado com a rada de tal maneira que eu jamais vou conseguir me orientar no momento, então eles vão apenas me confundir. Bom, vocês sabem que durante algum tempo eu me interessei muito por essa questão astrológica. E essa questão foi discutida por inúmeros cientistas profissionais físicos, astrônomos, temáticos e também astrólogos profissionais e filósofos, muita gente mexeu com esse assunto. Mas ao longo do tempo eu fui percebendo que os rudimentos da questão, os elementos mais básicos, mais elementares estavam sendo ignorados. Ou seja, eles estavam querendo discutir as consequências de coisas que os jascaldes não sabiam. Então, eu vou ler aqui para vocês um negócio assim, que eu escrevi uma breve anotação sobre isso. Está um pouco compacto, eu vou descompactar no meio. Um sintoma da confusão mental contemporânea é a rede de mal-entendidos que cresce junto com o debate da questão astrológica, isso desde o início do século XX. A quase totalidade das ideias a respeito que circunam na classe letrada e acadêmica se construí de erros elementares que denotam a mais radical incompreensão do problema. Um que já assina lei outras vezes é que é absolutamente impossível discutir se a astrologia aspas funciona ou não funciona, antes de haver esclarecido, por meio não astrológicos, se alguma relação, causal ou de outra ordem, existe ou não entre os movimentos dos astros e os fatos terrestres de humanos. Aqui, os astros se movem e isso, segundo os astrólogos, corresponde a determinados fatos que acontecem no mundo terrestre, terrestre e humano. Pode ter a ver com o clima, com as crises econômicas, com as guerras, com o caráter das pessoas, com o desenvolvimento da vida delas, com a biografia de cada um, pode ter a ver com milhões de acontecimentos terrestres. Ora, se o único meio de estudar isso é os meus que os astrólogos propõem, então nós não temos como julgar se esse negócio funciona ou não. Nós já estaremos enquadrados dentro da cosmografia astrológica desde o início e nós teremos como sair de dentro dela para julgar. Portanto, ou existe algum meio não astrológico de investigar o mesmo assunto para saber se esta relação existe ou não ou então não há mais nada o que dizer sobre astrologia, ou você aceita ou você não aceita. Então a discussão era determinada aí mesmo. Se essa relação não existe, astrologia enquanto o corpo de conhecimentos não existe se não como a mão toa de erros, ou seja, a relação nem um, as movimentos dos astrólogos e os acontecimentos terrestres. Então tudo que os astrólogos disseram a respeito da besteira desde o tempo da babilônia até agora é tudo besteira. Então o único problema que teria estudar, arrestaria para ser estudado, é que como foi possível a humanidade dizer tanta besteira ao longo dos milênios. Teria aí um problema histórico-socialórico, histórico-cultural, ou histórico-psicológico, monstruoso, se você pensar bem, esquecer, é o estudo dos erros e dos varios. É a mesma coisa que será o estudo das bruxas. Eu lembro do livro do Michelet, la socière, la feiticeire. Michelet não acreditava na eficácia da feitisserie, então ele só tinha que explicar como essas mulheres foram tão loucas a poder acreditar nisso. Isso é o único problema que restou. É claro que as explicações que ele dá são falsas, a psicologia dele das bruxas é falsa. Assim como praticamente toda explicação sociológica ou sociopsychológica que se dê para uma montanha de erros, em geral ela é também errada. Está certo? Por que? Não existe a expressão sistema de erros é do Carlos Dumont de Andrade. Está no poema maravilhoso, poema, a máquina do mundo. Eu pensava como um do fôs um sistema de erros. Um sistema de erros não existe, erros não tem sistema, não tem coerência, não tem unidade e eles não podem ser estudados como conjunto. Então você teria que remeter o sistema de erros a alguma verdade da psíquia humana. Eu sei como funciona a psíquia humana e sei que ela pode produzir erros assim e assim, mas isso não existe, nós não temos esse conhecimento. Se algum meio psicológico de você distinguir entre o que é a atividade mental que lhe traz a verdade e a que lhe traz erros, não existe. Isso simplesmente não existe. A própria distinção entre verdade e falsidade não é uma distinção psicológica, não é possível adquirir isso por meio psicológico. Se você tem alguma dúvida, leia as investigações lógicas de Mundo Rússer que é uma longa discussão sobre o psicologismo em lógica. Uma teoria do século XIX é lançada sobre o Dúrbler John Stuart, segundo o qual as leis da lógica são as leis do pensamento humano. Como eu digo, é o funcionalmente cerebral e o Mundo Rússer demonstra, eu considero, a melhor refutação que ele já se fez de qualquer coisa. Ele destrói o psicologismo assim, mil por cento. Então se o psicologismo está errado, isso quer dizer que da distinção entre, meio de alcançar a verdade e meio de chegar ao erro, a psicologia não tem nada a dizer. Portanto, se o conjunto do que os astróglicos falassem foi o mundo de besteira, ele seria tão inexplicável quanto à existência do céu do inferno. Mas se você perguntar para o próprio Deus, Deus por que o Satanás rebelou e fez aquela miséria toda? Talvez ele explique, mas você não vai entender. Então isso estaria além do entendimento humano. Então isso seria uma das possibilidades. Se aquela relação não entanto existe, existe alguma relação entre os acontecimentos celestes e terrestres e nós conseguimos ligar um modo averiguado por meio não astrológicos, aí temos um segundo problema. Se não há nenhum meio não astrológico de estudá-la, nenhuma quantidade de conhecimento que temos a adquirir a respeito poderá nos servir de critério para o julgamento da astrologia enquanto ciência ou pseudocincia. Se a relação existe. Mas nós não temos um meio não astrológico de estudá-la. Acabou, não há mais nada que nós possamos dizer sobre a astrologia. E esses problemas aqui nunca foram levantados ao longo de 100 anos de debate astrológico. Pode ser levantado nos últimos 10, 15 anos que não tem acompanhado, mas enquanto eu acompanhei, estava assim o negócio. Como ao longo de um século de debates astrológicos, a questão jamais chegou a ser colocada nesses termos, é como se o debate não tivesse sequer começado e as toneladas de papel que se imprimiram a respeito tivessem servido apenas para camuflar a inexistência do debate. Ora todo mundo tem alguma opinião a respeito, né? Ele mais, veja, as questões iniciais das primeiras e mais indispensáveis que não foram colocadas, pô. Então tem uma coisa, o que todos os pessoal sabem a respeito? Ninguém sabe nada. Se porém a tal relação existe e há algum meio de comprová-la fora e independentemente dos canones da astrologia, então seria preciso começar por distinguir entre a unidade objetiva do fenômeno e a variedade inesgotável do que os astrógios disseram a respeito dele. Porque não existe uma astrologia, existem milhões de astrologias diferentes. Se você pega que tem astrologia chinesa, astrologia hindu, astrologia ocidental, astrologia... Se você pega o livro do Nicholas Campion, história do astrologia ocidental, bem do acidente, uma variedade enorme de coisas, os astrógios não se entendem uns com os outros, um diz uma coisa, diz outra, completamente diferente. Então como é que eu posso pegar tudo isso, botar o nome de Astrologia e ter uma opinião a respeito? Não dá. Isso quer dizer que o estudo sério disse, não começou a ser feito. Então estou dando esse exemplo da astrologia só para mostrar para vocês que o mundo científico é mais confuso que o mundo da política. É mais fácil você entender o jogo político do país do que entender o debate científico. O simples fato, você vê aqui para você juntar lá o Richard Dawkins e o John Lennox. Os dois são cientistas. Estamos juntos exatamente do contrário do outro. Eu disse, mas, cuido, vocês não são representantes da ciência. O que vocês estão apresentando são verdades científicas, ou é apenas uma filosofia que cada um tem, não conjuntam opiniões. Na verdade, se você pegar um pouco desse debate terra plana, você vai ver o seguinte, nós não sabemos o que é o formato da terra. Isso aqui é verdade. O pessoal globista não sabe e o pessoal da terra plana também não sabe. Porque se você fala, ah, terra plana, como é a terra plana? De um tipo de esqueda, de um jeito ou de um tipo de esqueda, do outro? Então nós estamos vivendo nesse planeta aqui a milênios. E ainda não sabemos qual é a forma da coisa. Não sabemos onde estamos. Por um lado isso é decepcionado, por outro lado é maravilhoso. Porque você vê que ainda tem muita coisa para você estudar, ainda tem muita coisa para você descobrir. Nós estamos num mundo que tem cano nas científicas fechadas. Não, está tudo em aberto e nós podemos descobrir milhões de coisas. Então por exemplo, na idade meia dava seu colôdor. Então com um tempo a ideia de que a terra era de fato um globo. Então o globo era assim, embaixo é pedra, pedra e terra. E lá dentro tem o inferno, o cheioal. E daí tem uma cúpula transparente, em cima dela tem as águas celestes. E no meio tem uma chapa na qual nós vivemos. Então a terra esférica é plana. Ela é esférica e plana. Essa era a teoria que tem na idade meia. Não todo mundo, mas alguns aceitavam isso. Então quando você vê o Terra Planista de hoje, cada um explica o formato da Terra Plana de um jeito. Se você vê esse pessoal da Terra, chamada Terra Convexa, é uma coisa, os outros são outras. E no fulinho ninguém sabe. E é o pessoal globista. Também não sabe o que é esse globo. É um globo esférico, regular, é um geóide, é uma pedra, é uma pedra, é o que que é. Ele também não sabe. Então esta é a situação real. Mas por que o pessoal não confessa a situação real? Nós não sabemos o formato da Terra. Ninguém sabe. Um acha que é assim e outro acha que é assado. Não há provas capazes de nada. Absolutamente nada. É isso. Então nós entendemos, eu já entendi, por exemplo, que a água, a superfície da água é sempre nivelada, plano. Aí isso acabou. Mas para mim não tem mais dúvida. A hora que o homem mostrou o edifício mais alto do mundo, que é no Dubai, e ele mostra que ele consegue ver o prédio inteiro desde o Irã, está mais de 100 quilômetros de distância, portanto, o prédio deveria estar 1.600 metros abaixo e ele mostra o prédio e fala, então, é claro que aquela superfície da água é plana. Agora, a superfície da água é plana, significa que a Terra inteira é plana. Não sei. Se a superfície das águas é plana, você acabou de criar um segundo problema. O problema é ir o resto. Então, pode ter uma mistura das duas coisas. E o fato é o seguinte, em pleno de 2019, não sabemos onde estamos. E, no entanto, pessoas têm certeza de milhões de coisas. Por exemplo, com a maior facilidade das redes, não há luz que você vê da estrela, não existe mais, porque essa estrela já acabou há, não sei quantos milhões de anos. Como é que você sabe? Se você pega, por exemplo, esse sistema de datação do carbono 14, a margem de erro desse negócio é de milhões de anos, ou seja, nem a idade de uma pedrinha você sabe, meu Deus do céu, mas você sabe a da estrela que está lá, é muita prisão. As pessoas só chegam a isso porque é porque é um negócio que dizia o Nicola Tesla. A ciência moderna trocou a realidade pela matemática. Ora, a matemática tem uma estrutura 100% lógica. É a ciência paradigmática. Lá, matemáticas e lógicas são exatamente a mesma coisa. Nada você pode fazer sem ela. Só que, o seguinte, ela não diz respeito a nada. Ela não tem assunto. Ela não fala a respeito de nada. É você que tenta pegar os dados nebulosos e confusos da sua percepção sensível, direto através de aparelhos e colocar matemática em cima e formular matemáticamente. Mas é você que está juntando as duas coisas. Você quer uma coisa mais subjetiva do que uma medida? As coisas não vêm com medida. O terceiro elemento chamado ser humano que vai lá, pega uma régua e mede. Então quando você diz, sei lá, você dá a concep... A composição química, determinado mineral, mas ele tem essa composição em si mesmo. O foi você que disse a Anil, ali, estes componentes e pesou a quantidade de cada um. Foi você que fez isso, pode ter um outro componente lá que você não percebeu, não pode. Sempre pode. Isso quer dizer que a fórmula é sempre provisória, temporária. Ela pode mudar amanhã ou depois. Portanto, a forma não está no próprio mineral, está na sua cabeça. Então, eu pensei qual é o maior depósito de conhecimentos mineralógicos do mundo, o conjunto dos minerales existentes. Eles sabem infinitamente mais do que todos os mineralógicos do mundo. E os mineralógicos ainda tem muita coisa para descobrir lá. Provavelmente a maior parte do que há para descobrir ainda não foi descoberta. Então, qualquer cientista sério tem que ter noção dessas coisas. E tem que ter noção de que o seu conceito de verdade pode ser muito deficiente. Pode ser apenas um arranjo profissional feito numa certa época para poder haver uma discussão entre os membros daquela coletividade. É isso? Muito bem. Desde as plaquinhas de barro babilônicas, até as especulações psicanalíticas e estruturalistas semióticas do século XX, os astrólogos inventaram milhões de teorias desse tipo, essa variedade assume as proporções do oceano inabarcável, mostrando que quem quer que use a palavra astrologia no singular provavelmente não sabe o que está falando, porque existem astrologias. Existe num número inabarca... num número de uma variedade inabarcável de modo que até a comparação de uma coisa com outra se torna impossível. Um exemplo peculiarmente interessante das questões sugeridas por essa variedade é saber se no estudo daquela relação os astros entram como causas ou signos. Esse é o primeiro problema que aparece. No ponto que existe a relação, você descobriu por outro meio, por exemplo, um meio estatístico como o Michel Gauquelin, ele disse, bom, existe uma relação. Então agora vamos estudar. Os astros são causas dos acontecimentos, ou seja, o astrólogo está... não é que eu estou perguntando se os astrólogos são, o astrólogo pretende que os astros são causas dos fenômenos ou são apenas signos de processos causais criados por outro fator. Então, por exemplo, se você pega esses astrólogos Jungianos e teóricos Jungianos, os astros são signos, há uma linguagem cósmica aí que nós precisamos decifrar. Mas se você pega Santo Maidaquino, Santo Maidaquino diz, Deus move os corpos inferiores pelos corpos superiores. Portanto, os astros são causas dos movimentos terrestres, de todos movimentos terrestres. Deus só causa movimentos de um corpo pela ação de outro corpo. Então tudo o que acontece no mundo terrestre, inclusive os movimentos dentro do nosso corpo, são causados pelos movimentos dos astros. Isso é Santo Maidaquino, e a teoria é Santo Maidaquino é essa. Então, bom, mas daí ele pergunta, mas os astros podem determinar a conduta de um ser e ele fala, não, não podem. Por quê? A conduta tem de passar pela inteligência, pelo espírito, o qual não é uma parte material e, portanto, não pode ser afetada por nenhum ser material. Os astros podem criar, por exemplo, as suas paixões, pode fazer seu corpo doer, pode fazer você sentir medo, mas não pode mexer com a sua inteligência, não tem jeito. A inteligência humana é livre nesse aspecto. Bem, acontece a seguinte, a maior parte das pessoas, a conduta da maior parte das pessoas é determinada pelas paixões ou pela inteligência. Um pouco de espinais de desarraspaixões pesam muito mais, portanto, os astros, segundo o Santo Maidaquino, estão até certo ponto, determinando a conduta delas. Essa é uma hipótese. Mas, o Siverio Leandro Noolivro do David Berlinsky, Sickness of the Vaulted Sky, que é um livro sobre astrologia, ele pega as plaquinhas da babilônia e vê os caras fazendo previsões sobre as coisas que podem acontecer para o reino. Então, ele diz que isso não parece ser uma explicação causal, que eles estão lendo sinais. Isso quer dizer que com o terceiro fator, não astrológico, produziam os acontecimentos e tem um sinalzinho daquilo no céu, que o astrólogo, teoricamente, pode ler. Bom, alguém tem resposta para isso? Os astros são causas ou signos. Os astrógons sabem. E os inimigos da astrologia também não. Agora, é possível averiguar este assunto, vamos ver. A astrologia é uma coisa, se os astros entram nela como sujeitos agentes que determinam o acontecimento terrestre humanos, ou como sinais deixadas no céu por um outro agente que determina, ao mesmo tempo, os movimentos celestes e os acontecimentos terrestres. É claro que esta ação está subentendida na explicação de Santo Maedekin, porque ele disse, Deus move os corpos inferiores pelos corpos superiores. Então os corpos superiores não são por si causas, eles são elos de uma cadeia causal que começa com Deus, e na qual eles não têm autonomia. Já o negócio já complicou mal pouco. Nunca há astrologia ou estudo de causas, mais ou menos no sentido que essa palavra pode ter em qualquer ciência moderna. No outro caso, ela é um estudo de uma linguagem cósmica ou intencionalidade divina. Podemos resolver esses dois assuntos pelo mesmo método. Se algum método que lhe permita fazer um estudo de forças causais e descifrar uma linguagem cósmica, subentender, não. O abismo entre essas duas coisas é imensurável. Existe, por exemplo, alguma explicação física de por que tal palavra significa tal coisa e não tal outra. Existem explicações, a ciência física pode me explicar porque a palavra elefante quer dizer elefante não é um formiguinha. Quem isso ela pode. É evidente que a segunda hipótese, a hipótese Sinais, não tem como ser estudado do ponto de vista da ciência moderna. Isso é o primeiro ponto. Para qual? O que a ciência moderna entende por realidade? A ciência moderna do ponto de vista de quem acredita nela como topo do conhecimento humano. Não admitem nada acima dela. Isso é um projeto de alcanza. O projeto de alcanza, Daniel Dennett, esses tipos de gente. Ciência moderna, para a qual a totalidade do acontecer cósmico consiste apenas de forças mudas impessoais e inconscientes. Totalmente desprovidas de significado e intencionalidade. A ciência física faz abstração da intencionalidade. Por que as partículas se movem desse jeito daquele jeito? Se movem porque elas querem, porque alguém está movendo, ou porque tem uma outra... Essa pergunta não faz sentido para a ciência física. Ou seja, para a ciência física moderna só existe o acontecer físico. Mesmo assim que não é tão físico assim. Por que o negócio da mecânica? Quanto? Você não sabe, ela tem matéria naquele... Aquilo que tem aqui é matéria ou é outra coisa. Quanto quer dizer? Um quanto? Um quanto de alguma coisa? Quanto do que? Então, só existe isso. A ideia de uma intencionalidade cósmica está totalmente fora. Então quer dizer, se você pegar a totalidade da ciência moderna, o que elas têm a dizer a respeito dos astros como signos do acontecer? Não tem nada a dizer. Não tem como estudar. Agora acontece que nós chegamos num momento em que esta ciência que só confia, que só acredita num mundo de forças materiais inconscientes, por assim dizer, forças desprovidas de intencionalidade, em geral dizem tudo movido pelo acaso, ou você tem um acaso ou você tem uma necessidade meramente física. Esse tipo de ciência já chegou a um estado de crise, porque atualmente nós sabendo que pelo menos num mundo seres vivos, tudo acontece através de signos. Quando nós falamos, por exemplo, percepção sensível, um urso ver um viado, ele viu o viado inteiro, não, ele só viu a superfície do viado, se mexendo. Ele não viu o estômago, os músculos internos, nada disso, mas essa forma externa do viado para ele o signo do seu próximo almoço. Tudo na natureza dos centros seres vivos assim, nenhum ser vivo jamais viu o outro ser vivo inteiro, nós só vemos signos de tudo, tudo que nós vemos são signos. Portanto a história do Kant, de que nós não temos experiência da coisa em si, por um lado está certo, mas por outro lado é uma frase que não quer dizer nada. Porque tudo que nós vemos são signos. E você fala coisa em si, eu dei, pera aí, o urso vê o viado, mas que informação o viado está passando por urso? Ele está mostrando o seu estômago, o seu pulmão, o urso, não está mostrando. Então o movimento do viado é para o urso um signo de que é um ser vivo, mas ele só vê o signo. Mas essa é uma limitação do urso? Não, o próprio viado também está limitado, porque ele só pode emitir esse signo, ele não pode se mostrar inteiro, nada no mundo pode se mostrar inteiro, absolutamente nada, tudo só se mostra por signos. Portanto ser uma coisa significa ser um emissor de signos. E você fala coisa em si, o que é coisa em si? É o emissor dos signos. Se não emitir signos nenhum, não tem coisa nenhuma, nem coisa em si, nem coisa para o outro. Portanto a noção de coisa em si não quer dizer absolutamente nada. Então chegamos a este ponto, a sexta moderna inteira, não tem nada a dizer sobre a ação do taxologico. E não entanto estão dizendo o tempo todo. Tem um sujeito chamado Percy Seamor, ele criou uma teoria científica da taxologia, o outro vem e refuta essa teoria, mas esses problemas estão tratados lá? Não. Então, isto para você ver, o nível de inconsciência que pode haver numa discussão científica de qualquer coisa, inclusive as coisas que eu tenho observado, sobre a discussão da terra plana, tudo me parece ter este problema. Eu acho que na parte da Planície da das Águas, já que os terraplanites já ganham a discussão, aí não tem mais conversa. A água é plana e acabou. Quando eu vi o naviozinho que está subindo no horizonte, ele falou, o velho Aristóteles se enganou assim como ele se era, se enganou a contar os dents das mulheres, dizer que as mulheres têm mais dents do que os homens. Um grande gênio pode se enganar, ele também se enganou nisso aí. A história do Heratóstenes, dos pauzinhos, que um projeto, um projeto assombrou, outro projeto que um está assim ou outro está assim, isto está errado, porque teve especial de Incar, que foi lá em Medio, pegou um prédio em Porto Alegre, do prédio lá, sei lá, em Belém do Pará, no Raico Pártar, e viu que a distância entre a base desses dois prédios, ele identica a distância entre o topo dos dois prédios, eles não estão assim, eles estão exatamente assim. Isso há mil quilômetros de distância. Agora você imagina os pauzinhos lá do Heratóstenes. Então eu falei, nem precisa discutir a questão da sombra, porque a questão da sombra é uma questão derivada. Em geral quando a pessoa começa a discutir o Heratóstenes, eles já vão logo na sombra, e peraí, mas a sombra é um efeito da posição dos pauzinhos em relação ao sol, e depende da posição do sol, então depende da distância do sol, depende que os raios do sol caem na terra, paralelamente ou de modo divergente, qualquer pessoa que vê o sol, entre as novas, vê que os raios são divergentes, não são assim. Portanto Heratóstenes pode ser se enganado nisso, mas para ele se enganar com relação a sombra, ele precisa ter se enganado com relação aos pauzinhos, e a medida que ele tirou, como é que ele tirou, ele botou um exército para andar e contou os passos, daí foi o cara do íncra lá, com os aparelhinhos, mede direitinho e vê que a distância é a mesma entre as duas bases e os dois topos, então acabou essa conversa. Aí não tem mais o que discutir. No entanto, isso resolve o problema da formada da terra, não resolve de maneira alguma. Para mim, isso cria um outro. Tudo que se descobre em ciência cria mais problema do que resolve isso, por definição, porque você tem um mister embaixo do outro mister, e de outro, e de outro, e de outro. E de outro, e de outro. E é bom, vocês em século, tomando com isso. Tá bom? Até o próximo vídeo. Então vamos lá, aqui temos várias perguntas interessantes, mas eu vou começar por esta aqui. Edgar Gurgel do Amaral Arduino. Seria algum livro para indicar sobre a questão do Newton exoterível? Olha, hoje em dia existem centenas de livros sobre esse negócio, né? Quem descobriu esse negócio do Newton foi o economista John Maynard Keynes, que estava no leilão de manuscritos antigos e comprou uma montanha de papéis do Newton. E foi ele e descobriu que era tudo negócio de alquimia, astrologia, magia, teologia, né? E descobriu que o projeto verdadeiro do Newton era refazer o cristianismo, eliminando a trindade, reduzindo o cristianismo, doutendo a unidade absoluta. A unidade absoluta é a teoria da Mouridini e do Nárab, que explica o Islam, baseada na ideia da unidade absoluta. Eu não sei o que deu o projeto, eu não li, eu só conheço por referência de terceiros. Mas de qualquer modo é um universo inteiro de pensamentos. Bom, aqui eu vou mostrar alguns livros que saíram a esse respeito. Vou levantar isso aqui para tornar mais claro o negócio. Está dando para ver ou está trapalhando? Está. Então, é isso aqui. Rob Aleph, prista da natureza, dos mundos religiosos de Isaac Newton. Claro que não tem daí. Gale Christensen, no presença do criador Isaac Newton e seus tempos. O mundo metafísico de Isaac Newton, John Chambers, ao que minha profecia e a busca do conhecimento perdido. Ele não era um pouco macumbiano Newton. Isaac Newton, o último sorsador. Acho que este existe em português. O último feito de ser Michael White. Alain Bauer, os origens da maçonaria. Esse camarada é um superor maçonico da França. Evidentemente ele faz a louvação da maçonaria, das origens maçonicas da Royal Society. Temple at the center of time. Newton's Bible Codex Discipled in the year 2012. David Flynn. Esse aqui é o mesmo do Alain Bauer traduzido para o inglês. A maçonaria de Isaac Newton. A alquimia da ciência e do mistricismo. É um nada comparado com o que existe sobre esse assunto. Tem bibliotecas inteiras. Sem contar o que saiu em revistas científicas. Aí o negócio acaba mais. Tá bom, então é aí. Tá bom. Alessandro Cabral, um pergunta. Líu o futuro do pensamento dos líderes, me chama a atenção que os sôos refiram a mania do povo latino de esperar que o estrangeiro lhe dê uma identidade. O senhor conseguiu algum progresso no trabalho rastrear a origem dessa ideia? O povo latino não é especificamente o povo brasileiro, que eu me lembro que eu estava falando do brasileiro em particular. E o problema da identidade brasileira, na verdade, não é um problema muito simples, a identidade nacional é a memória dos feitos realizados em comum. Se você não tem memória, você não tem identidade nenhuma e não adianta você tentar buscar uma identidade na base de constantes históricas. Quer dizer, pegar os elementos constantes e traçar um caráter nacional brasileiro. Tem um livro do Dante Morel Alete, o caráter nacional brasileiro, que ele escolhamba com essa ideia e tem razão de escolhambar. Por outro lado, a nossa identidade nacional fica nublada pela inexistência da memória histórica. O pessoal não liga para isso no Brasil. Aqui no estado de Rio, qualquer livraria que você entra, o assunto que mais tem é a história americana. No Brasil não, tem livros de autoajuda, administração e comunismo. É isso que tem, é isso. É livrezotérico que também tem. Aliás, quando eu tinha livraria, o meu sócio, Luiz Pereguinho, um dia chegou para mim e falou, quero comprar a sua parte. Eu falei, por que? Ele disse, porque você é o pior sócio do mundo. Eu disse, por que? As pessoas acham que eu devo ler sobre teusofia. Você não responde nenhum. Que livro você devo ler sobre a astrologia? Nenhum. Que livro eu devo ler sobre o espiritivo? Não vai dar. Eu falei, tenho toda a razão. Vendi minha parte para ele. Nunca mais fui livrer. Então, esse desprezo pela memória histórica, a cidade de São Paulo, por exemplo, os traços históricos da cidade de São Paulo foram sendo apagados. Quando eu era criança, ainda tinha muito. Você ainda havia. Sobrou o Pátrio do Colégio, em São Paulo. E o Museu de Piranha, que não é um negócio histórico, é um edifício construído muito depois. Não é um marco histórico, é aquela casa, onde os caras se hospedavam, é o caso do Bandeirante. Só aqui, sumiu tudo. E esse pessoal não dá um valor para isso. Quando eu mudei para o Rio, eu fiquei enormemente satisfeito, porque ali você ainda havia as marcas. Olha a minha emoção. Eu estava caminhando ali na praia, onde os caras morreram, perto do Forte Copacabana. Você via todas essas marcas ainda. O Rio, por isso, ainda tinha identidade. Assim como o Rio Grande tem identidade. A identidade do Rio Grande está clara, no livro do Érico Veríssimo, o tempo e o vento, que é a epopé, as guerras do Rio Grande, como os espanhóis. E São Paulo. São Paulo não tem mais nada. Os escritores que escreviam sobre a história paulista, foram todos esquecidos. Talvez não fossem grandes escritores, mas eram marcos históricos, como Paulo Setúbal. Tudo isso foi esquecido, ninguém mais lê isso. O que nós levamos a São Paulo, ainda é o que, a Semana de Arte Modernas 22, que foi uma frescura de gente chique. É isso aí, nada mais. Então apagou tudo. Eu tenho um livro sobre a história paulista, que eu gosto muito, que é do Gilberto Leite de Barros, que chama A Cidade do Planalto. Esse cara é o Gilberto Freire paulista. Para quem lê isso? Acho que só eu lê isso. Outro dia, conversando com a Armando, eu tive grande satisfação de saber que o Gilberto foi amigo dele. Eu não conheci o Gilberto, mas foi amigo dele. É um personagem de outra época. Mas o desprezo do pessoal pela história brasileira, não só pela história brasileira, você vê o Jituro Vargas, que ele por um lado era um cara nacionalista, por outro lado era nacionalista carioca. Ele só entendia como o Brasil, o Rio de Janeiro, tanto que ele pegou a música carioca, que é o samba e transformou na música nacional. Agora eu estava conversando com a minha esposa, a Oxenha, dizendo que eu gosto muito de música gaúcha, eu gosto muito de música nordestina. E por que eles não consideram que isso é a música nacional? Por que é o samba? É quando o samba, 90% do samba, é música de elevador. Então, quer dizer, os supostos gerentes da nossa memória nacional são muito relápsios. Isso quando não desprezo a história nacional. Então, se você não tem a recordação dos grandes feitos incomum, por exemplo, o Brasil nasce em duas circunstâncias. Nasce na Guerra dos Guararapes, que foi a unidade, vamos dizer, das três raças lutando para defender o seu território. E depois a Guerra do Paraguai, onde o país inteiro aprovou a guerra e deu sustentação ao governo, o que não aconteceu nos outros países. Também na Segunda Guerra Mundial, as placinhas, essa coisa toda. Quem pensa nisso hoje em dia? Se perguntam os moleques, que foi a Guerra de Guararapes, não sabe. Jorge Liz Rausche. Hoje não faço uma pergunta de ser relato, porque a minha menina de 13 anos, a manda Neve Rausche, assiste ao professor e sinto que está começando a abrir a mente dele. 13 anos está capacitada para acompanhar algumas, outras não estão. Ela parece que está. O homem é para preparar para que ela não seja gado de manobra. Mas o que foi hilário foi que ela disse que o senhor está aparecendo o senhorzinho do Up Altas Aventuras, o senhor Fredericks. Diz que ele é um tipo fofinho, considero um homenagem. Muito obrigado, beijou para você, a manda tudo de bom. Maria de Fátima Borges. Um dia teve um sonho, estava em uma grande biblioteca de vários andares, mas nas bibliotecas eu sabia livros verdadeiros, nenhum tinha falsidades, fiquei encantado e lia muito de tudo. Quando quis passar ao segundo nome informar, esse não está para... Esse você está para crianças. O segundo não está pronto. Veio não ter conseguido passar a reta e acordei e estava dizendo esse é o mundo do senhor do Jorge Luiz Borges, uma imensa biblioteca, aliás acho que é uma Borges também. Aqui tem uma pergunta. Gabriel Campos, é possível restaurar no modelo de educação medieval nos dias atuais? Bom, se você tem em vista o ensino universitário, é perfeitamente possível. Inclusive, a documentação a respeito é muito vasta. Nós sabemos praticamente tudo o que se praticava na Universidade medieval agora. Você não pode esquecer que ali o ensino era baseado na leitura e comentário de textos. Portanto, era um ensino livresco, está certo? Você não tinha laboratório, não tinha essa coisa. Então, tem esse problema. Agora, se você se refere ao ensino anterior, que era o ensino das ensinadas escolas catedrais, que era o ensino voltado à formação da personalidade, de criação de personalidades notáveis, e do qual o ensino, o que vem em seguida, o ensino universitário, foi apenas um resultado. O ensino universitário que é tão levado não era a parte principal, não era a parte criativa, ele era o efeito dessa formação da personalidade. Aí eu só conheço um livro a respeito que chama Invejo dos Andres. Deve haver outros que eu não li. Ora, essa parte do ensino é difícil porque você precisa ter como professores, você precisa ter homens santos, onde você vai achar tanto santo para fazer isso. Só se você importar algumas. Barro dos Santos. Como sobreviver à Universidade sem ficar burro? Eu não sei, se eu soubesse, eu teria frequentado a Universidade. De medo, eu não fui lá. Porque eu tinha ideia do que acontecia ali. Eu assisti várias aulas como aluno ouvinte para ver qual faculdade eu deveria ir. Cheguei à conclusão que era mais negócio ficar em casa. Para chegar na UTS, você levar uma hora e meia para chegar lá, uma hora e meia para voltar. Falaram para o pessoal só ficar fazendo greve, o professor falando besteira, falando maconha. Não há o que aprendi, simplesmente não há o que aprender ali. Eu falei, desci de ficar em casa. Eu não sei como fazer isso. É impossível. Você tem que se defender, a maioria de vezes se defender nunca é no passivo. Você tem que ser superior ao ambiente, saber mais do seu professor e humilhar o público. Faça isso e você ficará livre. Marcos Herkenhof. Se eu acho que além da vocação para o Esquisador Firoz, também pode ser uma casta. Os intelectuais são necessariamente uma casta. Casta, no sentido que o emprego, é um tipo psicológico, não é uma classe social. Isso quer dizer que o membro de uma casta pode ter nascido em qualquer classe social, indiferentemente. Se ele tiver os traços, tem um livro que eu escrevi, Elementos de Psicologia Espiritual. Queria ser um livro, outro livro inédito. Espero publicar algum dia. Está explicando exatamente isso. Eu já dei muitas aulas sobre isso. Eu creio que dei algumas aulas baseadas nesse texto, onde eu fui lendo o texto explicando. Você procurar, você acha. Nós somos necessariamente uma casta. Você reconhece essa casta pela afinidade que você tem com outras pessoas que querem a mesma coisa. Isso pode ser em certos ambientes, ou seja, pode ser muito difícil você encontrar pessoas que estão interessadas, que têm verdadeiro interesse em conhecimento, ciência, arte, filosofia. Às vezes é difícil. Na universidade você não acha. Na universidade as pessoas estão procurando o estatuto profissional apenas. Isso quando não estão procurando. Ah, vá, tem bastante garota. Eu quero comer umas minhas duas, eu vou para lá. É um ambiente social, sobretudo. Então você tem que procurar as pessoas que lhe são afins. Um dos motivos que eu tenho que criar desse curso é para que as pessoas encontrem os seus companheiros de casta. Você me diz. Gabriel Campos pergunta, quando saiu lhe sua postilha filosofia dentro do mundo rússil, eu estava conversando exatamente disso agora mesmo. Ali tem uma transcrição de umas 700 párneas, alguém precisa consertar aquilo e publicar. Eu nunca vou ter tempo de fazer isso, mas espero que alguém tenha. Eu não sei a resposta, quando saiba, espero que saiba, não sei quanto. Michel Souz-Amoura. Souz-te filosofia na universidade estadual do Ceará. É certo que quando um professor afirma que chegando a um certo ponto, ali mais ou menos no menos, Sócrates passa não mais profílias suas próprias ideias, mas se torna porta-voz do pensamento de Platão. Bom, esta é uma pergunta que ninguém sabe a resposta. Sabe-se que, em parte, o Platão, o Sócrates do Platão, é o próprio Platão. Quer dizer, um personagem imaginário, fictício, ao qual ele atribui, usa como porta-voz os seus pensamentos. Mas uma outra parte é um personagem real, de fato, existia um Sócrates. De fato, o Platão seguiu as fazalas e outros desceram de estimunhos. Então, existe um Sócrates histórico, em que medida ele corresponde aos Sócrates dos diálogos de Platão? Ninguém sabe. Então, se o seu professor diz isso, pode ser ou pode não ser. Mas ninguém tem certeza. Então, por hoje é só. Até a semana que vem. Muito obrigado.