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Bom, boa noite a todos e serão bem-vindos. Hoje eu queria tocar aqui um tema que para aqueles que tiveram a oportunidade ou a infelicidade de estudar a filosofia em qualquer universidade brasileira, é de muita utilidade. É um tema que certamente jamais foi mencionado ou investigado em qualquer um desses faculdares porque elas são o assunto. Então, o imperador na antiguidade, eu não sei se no Nepal, em outro lugar assim, que contava toda a história do universo como se fosse culminar nele, ou seja, ele era o produto final da evolução dos tempos. O Eric Vögeling, ou qualquer outro autor que foi o Vögeling Culpio, chama isso de historiogênese, quer dizer, você tem a gênese dentro da história, a história é a sua gênese. Essa ideia, por idiota que fosse, ela se impregnou na filosofia ocidental a partir do século 18, graças a basicamente dois autores, de Jean-Baptiste Vico, e mais o Regel, a filosofia de Regel, é a própria história da filosofia que se medita a si mesmo, como se fosse, vamos dizer, um longo diálogo, um longo processo contínuo, que vai evidentemente culminar na tomada de consciência da sua própria evolução, a qual por sua vez se identifica com a filosofia do Regel. Então a filosofia do Regel se apresenta como se ela fosse o resultado e culminação de milênios de história da filosofia. Mas pelo menos o Regel tem a vantagem de que ele assumi, se ele declara isso. Mas quando você observa o ensino da filosofia, bom, eu não posso falar de todas, mas de todas faculdades de filosofia cuja atividade eu pude acompanhar através de seus escritos e programas de ensino, etc, etc, e olha que eu investiguei muitas, você vê que a ideia da historiogênia está profundamente embutida em tudo o que se ensina no Brasil. Você pega qualquer programa, então assim você vê a evolução do pensamento, não precisa ser total, mas numa certa forma, e o filósofo, o professor meditando sobre aquilo. Um exemplo disso que eu encontrei, mas não é na Universidade Brasileira, nas obras do filósofo ruso solovio, o livro dele é Crise da Filosofia Ocidental, é uma historiogênia, ele vai contando a evolução da filosofia até que chega num certo momento em que a filosofia se extingue e cede lugar a um outro tipo de conhecimento. Ele define a filosofia como um modo de conhecimento eminentemente individual, e isso é uma coisa importantíssima, a qual vamos voltar daqui a pouco, em comparação com modos de conhecimento que são coletivos, com a religião, a ciência, etc. E ele diz que a filosofia, esse modo de conhecimento individual, é um modo de se determinar e ser substituído por algum tipo de conhecimento coletivo. Ele não diz que é a religião, mas nós vemos que o império das ideologias de massa no século 20 confirma de algum modo a previsão dele, só que como bom adepto da historiogênia, o solovio acredita que isso é um desenvolvimento normal e interno do próprio pensamento filosófico, o pensamento que ele evolui de tal modo e chega um ponto em que ele clama pela vinda das ideologias de massa e cede o seu lugar a elas. Então isso é o típico abordagem historiogênética. O marxismo também é uma historiogênese e ele pega então a evolução filosófica tal como descrita por reggaeu e a forma na história da luta de classe. Mas a luta de classe o que é? A sucessão das ideologias de classe que são várias justificativas dos interesses de determinadas classes. Por exemplo, os senhores feudais, os impérios escravagistas da antiguidade, os senhores feudais, e por você tem a monarquia moderna, a burguesia e por fim você tem o proletarado. Então cada um desses vem com uma concepção ideológica do mundo e essas concepções elas se escalam historicamente numa evolução, numa progressão, progressão que alcança o seu cume na ideologia proletar. Por que ideologia proletar? Porque todas as ideologias que antecederam o proletarado, elas expressam apenas o interesse de uma classe enquanto distinto do interesse das outras classes. Mas o proletarado, como é a última classe na evolução e ele não domina ninguém, ele é apenas o dominado por excelência, então os interesses do proletarado se identificam com os interesses da humanidade inteira e por isso mesmo a ideologia proletar, segundo ele, é a única que tem que pode obter uma visão objetiva da história, que enquanto a visão dos outros é sempre cortado, alejada pelos próprios interesses, que às vezes permanecem invisíveis para os seus próprios portavós, na medida em que o ideólogo está falando em nome de valores, ou de símbolos até sagrados, que encobrem o interesse, ele mesmo no próprio ideólogo não tem consciência de ser um def... pode não ter consciência de ser um defensor de interesse, ele está acreditando por exemplo que ele está pregando a salvação das almas quando na verdade ele está apenas defendendo os interesses de uma determinada... interesse econômico de uma determinada classe. A ideia é tão imbecil que nem mereceria ser comentada, quer dizer, a importância que der ao Karl Marx é um sinal de loucura da humanidade, porque primeiro lugar é uma historiogênese, a historiogênese em si ela é uma palhaçada, por que que ela é uma palhaçada? Porque a filosofia ou pensamento humano não tem uma história contínua, isso é uma coisa absurda, existem inúmeras linhas de evolução filosófica totalmente independentes de uma das outras, se você perguntar por exemplo o que que tem o marxismo a ver com a evolução da filosofia na China ou no mundo islâmico absolutamente nada, isso quer dizer que a sucessão de ideologias que ele está expondo como se fosse a história da humanidade é apenas uma história de um pedacinho muito pequeno da humanidade que é Europa ocidental, ele não leva em conta sequer o pensamento russo, se você pensava como é que nós vamos aqui comparar o pensamento Karl Marx com o pensamento próprio Soloviova ou outro filosofo russo da época, não tem, eles não estão falando da mesma coisa, então e se você pegar o mundo islâmico e bom tudo o que Karl Marx está falando é totalmente estranho ao mundo islâmico, cuja filosofia é eminentemente uma interpretação do corão, a filosofia corônica, quer dizer o corão é o dado fundamental de realidade do qual parte toda a filosofia islâmica, o que que isso tem a ver com a luta de classe? Absolutamente nada, o que que tem a ver com as ideologias de classe? Absolutamente nada, então você não consegue fazer uma comparação, você pega por exemplo as obras de Filosofia Suravarde, as obras de Ibn Arabi que foram certamente uma maior filosofia de todo o tempo, eles vão comparar isso aqui com a filosofia de Karl Marx, não tem, é como você comparar sei lá um tratado de biologia com as regras do jogo de Beysvold ou do jogo de bolinha de Buda, uma coisa com a outra, mas não tem como comparar isso, então no entanto se você frequenta qualquer faculdade de filosofia no Brasil você vai ver que a ideia de evolução histórica da filosofia está presente em todas e é a máxima chave explicativa de tudo inclusive a evolução de filosofia que nem se conheceram, porque o filosofia um não leu o outro, não sabe o que o outro falou, no entanto está ali a evolução histórica de como evolução histórica meu Deus do céu, não tem evolução histórica nenhuma, você pode dizer que é uma evolução histórica onde há um diálogo de geração a geração, por exemplo, você pega a história de idealismo alemão para Kant, Fist, Regal, Schelling, aí tem uma evolução nítida, mas são quatro filósofos, isso quer dizer que Fist leu Kant, Regal leu Fist e Schelling leu Regal, e cada um conhecia a série inteira, então aí sim você tem, mas se você pegar por exemplo imagina a evolução histórica da filosofia brasileira, não tem nenhuma porque os filósofos importância e desconheciam totalmente, por exemplo eu pude conversar com o professor Miguel Reales sobre o Mário Ferreira dos Santos, ele conhecia uma coisinha sim do Mário, o Mário tem uma obra imensa só a chamada, o que ele chama, o que ele chama, Sincorpéto das Ciências Filosóficas e Culturais tem 56 volumes e é uma obra como é que se diz unitária, não é apenas uma coleção de livros, eles tem uma estrutura interna, a ligação com o outro, o professor Miguel Reales não conhecia nada disso, ele leu alguma coisinha que o Mário publicou no começo e isso era tudo que ele sabia, o professor Stanislav Naduzan, padre Stanislav Naduzan, conhecia um pouco mais do Mário porque ele fez uma entrevista com o Mário, quer dizer, ele fez uma antologia do pensamento brasileiro, essa antologia é um dos documentos mais singulares do mundo, porque você tem ali uns 30 filósofos que todos se ignora mutuamente, é um negócio impressionante, você fala, história da filosofia no Brasil, uma coisa que não existe, não pode existir, porque não tem continuidade nenhuma, é apenas assim, você pode ter a sequência cronológica de acontecimentos que não tem nada a ver uns com os outros, né, é tal negócio aqui, tem o meu nascimento, né, e o divórcio da vizinha, né, é assim, e tem o, assim, tem o dia que eu comprei o cachorro e o dia que furou o pneu do vizinho, né, é aquele negócio, sabe, influência das barbas de, da barbatena de camarunas marésia, mais ou menos assim, então onde não há continuidade, não há história, há apenas uma cronologia de fatos inconexos, isso não é história de maneira alguma, né, então, na verdade a história é uma série de, vamos dizer, evoluções inconexas, e aquilo que é inconexo hoje pode se tornar connexo amanhã, ou seja, você tem um processo que se deserró no país, tem outro que se deserró no outro, passar os três séculos, alguém pode relacionar uma coisa com outra e tirar uma conclusão das duas, então aí começou a formar uma outra sequência histórica, então o Erick Weiglen diz que a historiogênese é um ato de violência contra a estrutura real da história humana, e ele tem toda a razão, então ela é o que, é sobretudo um mito, mas pode ser um mito fundador do que de uma ideologia, de um movimento político, de uma pseudo-religião ou coisa assim, se você pegar, por exemplo, sei lá, a história do Ragi Niche, do Revere do Mundo, eles são a combinação da história humana, o Revere do Mundo diz, olha, eu vim aqui porque Jesus Cristo fracasou, eu vim aqui consertar a obra dele, né? Então evidentemente ele aí já é a combinação, não apenas do processo do pensamento, mas do processo da revelação, né? Então o sujeito pega, assim, olha, teve Buda, Moisés, Fulano, Fulano Jesus Cristo, Gandhi, Gandhi e o pastor Silas Malafaia, e eu, tá aí a sequência da revelação, né? Você tem os grandes avatários, você tem o último que tá falando, é necessariamente a combinação, porque depois dele não tem nada, então ele tem que ser a combinação do processo. Essa forma de pensamento é uma coisa que cujo poder estupideficante é imensurável, porque nunca mais você vai ver as coisas como elas são, se você receber um pouquinho de lição disto na sua faculdade, nunca mais você vai entender nada, porque a base da história é a distinção entre o connexo e o inconexo, isso é tudo, né? Por exemplo, quando você observa, sei lá, um acontecimento qualquer, você diz, ah, eu vou investigar as causas disso, muito bem, várias causas independentes podem concorrer pra produzir um resultado, mas qual é a ligação entre elas? Então, por exemplo, você pega uma coisa muito comum, as pessoas explicarem, por exemplo, os processos revolucionários, pela miséria, pela pobreza, etc., etc., esquecendo, bom, pode haver uma, não uma explicação causal, mas uma justificação moral, agora que eu fico confundo, uma justificação moral com a explicação no processo causal, ele vira um idiota e é um idiotíssimo muito grave, então se você vê, por exemplo, ah, havia muitos escravos no tempo do xarismo e eles tinham pouca comida, passavam mal, e toda a força tinha pessoas miseráveis, etc., etc., de bom, isso de certo modo é um discurso de justificação moral da revolução, mas essa pobreza causou a revolução, não há conexão alguma, nunca aconteceu uma revolução social num país que estivesse com economia declinante, nunca, só acontece em países que estão progredindo pra caramba, e portanto, onde a miséria está diminuindo, então é claro que a miséria pode ser, pode ser uma alegação moral pra justificar a revolução, mas não pode ser uma explicação causal, quando se ele confunda uma coisa contada, confunda uma justificação moral posterior, ou uma explicação causal, ele está praticando algo mais do que a história e o gênero, ele está aderindo, vamos dizer, a visão progressista da história, progressista quer dizer que a história no conjunto está indo para o melhor, então tudo o que aconteceu foi para melhorar, o que evidentemente, uma ideia totalmente absurda, porque você veja a França até o Reino-Adiúlio XVI era certamente o país mais rico e poderoso da Europa, quer dizer, do mundo, e o que que é a França depois disso? Ver o que que é a França hoje? A França hoje é um protetorado islâmico na melhor das hipóteses, e ela viu caindo, caindo, caindo, caindo, caindo, quando os alemães na guerra que teve em 1870, vencem a França e fizeram um negócio que a tentua era considerada impossível, porque a França era a grande potência, e repito os alemães dão um cacete formidável, da qual os franceses buscam a vingança na guerra 14 e por fim os alemães dão o golpe final na segunda guerra, onde a França não sobreviveria, se não fosse a ajuda americana, então a França como potência acabou, ela realmente é uma potência segunda classe hoje, e isso foi o produto exato da revolução, porque a revolução se segue o quê? O Reino-Adiúlio de Liberdade? Não, a revolução se segue a ditadura de Napoleão Moraparte, e daí tem uma série de revoluções em golpes de estado, que não vão parar até o século 20, então a revolução gera outras revoluções em golpes de estado, desestabiliza o país e acaba com sua economia, acaba com sua ordem, então é claro que qualquer visão progressista da história é puramente mitológica, isso quando não é realmente ideológica, isso é mera propaganda, você tem um programa político e você quer convencer as pessoas de que aquele programa político é a culminação do progresso humano, então você queria uma narrativa histórica para colocar o seu programa como se fosse a culminação de tudo que existe de bom no mundo, mas isso é realmente ideologia, né? Então, onde fala ideologia, o pessoal pensa apenas em ideologia comunitiva, não, Liberalina também é uma ideologia, e se você pegar assim a própria economia elstríaca, que é uma ciência sem dúvida, existem nela muitos elementos ideológicos, né? Então a ideia, por exemplo, de que toda a história humana pode ser explicada e deve ser explicada pelo interesse econômico objetivo que está em jogo, isso é entiramente absurdo, mas a ideia de organizar as pessoas segundo o interesse econômico objetivo é muito recente na história humana, só aparece no século 19, antes era mais fácil você reunir pessoas por um símbolo religioso ou por um ódio racial, ou por uma autoafirmação nacional, porque não tem nada a ver com vantagem econômica, pode ser você tem sentido desvantajoso, né? Quando você... Você tira o filme que chama Tirando da Aldeia, história do Michel Colasque, fez uma revolução na Alemanha no século 16, porque não deixava atravessar um terreno, redigamente, ele atravessava de graça, alguém cobrou uma alfândega, e daí, e tomaram os cavalos dele, daí ele destruiu tudo, destruiu a cidade, matou o dono da alfândega, fez uma desgraça, e bom, você consegue conceber o mundo atual sem alfândega, isso quer dizer que o Michel Colasque era um desgraçado no reacionário que estava impedindo o progresso econômico das relações nas nas nações, isso quer dizer que a ideia de um território livre, onde todo mundo pode ir pra onde bem-entenda, sem pagar nada, é incompatível com a estrutura econômica da modernidade, nós podemos achar que era mais justo e o artforo era mais justo, quer dizer, a urgência de fronteira é muito melhor, muito mais justo, muito mais humana, mas econômicamente não faz o menor sentido, isso quer dizer que como se formar as nações modernas sem uma fronteira e uma alfândega, então a revolução do Michel Colasque era 100% reacionária, ele queria voltar ao passado, nós podemos ter, você vê por incrível que pareça, pessoas esquetistas fazem filme elogiando o Michel Colasque, porque a ideia da revolução é atraente para qualquer revolucionário, mas para isso ele precisa ignorar o sentido da revolução, fazer de conta que o reacionário era efetivamente um reacionário, revolucionário no sentido em que ele é, é claro que tudo isso é mito, é lenda, história cararchinha, mas as faculdades de história e de filosofia estão aí pra encher a cabeça das pessoas com isso, quer dizer eu nunca vi, nunca vi, ou dizer depois da introdução que o Otavo Tarquino de Souza escreveu para os livros Histórios Fundadores do Imperno do Brasil, eu nunca vi uma meditação séria sobre a estrutura da história e nenhuma obra histórica brasileira, nada, nada, nada, ou seja, em geral os mitos, autos justificadores e os crenças ideológicas são tomadas, como crenças do senso comum, e não são realmente discutidos, não existe história científica, então se você acha que história científica é apenas baseado nos documentos, fala mesmo assim, quem é isso? Baseado nos documentos não é sequer história ainda, quer dizer, a documentação, a crítica história, isso tudo ainda não é história, isso é uma disciplina auxiliar da história, a história começa na hora que você faz a pergunta o que tem que ver, o que não tem nada a ver, onde há uma ligação, causão entre os vários processos de onde eles são independentes, e mais ainda a distinção fundamental do George Hellenegger que eu considero a distinção inaugural de toda a ciência social é distinguir o que que são processos causais, desencadeados de propósito para produzir um resultado, e o que são processos causais onde fatores independentes e inconexos acabam produzindo o resultado sem que ninguém controlasse o conjunto, é claro que essa discutição é óbvia, mas se você procurar, entre os caras que se dizem historiadores, como Marco Antonio Vio, esse Eduardo Bueno, Eduardo Bueno dá ter a desculpa da maconha, a gente perdoa, raciocina um pouco sobre este ponto do Hellenegger, e veja se as suas pretenças e essas obras históricas sobrevivem a este ano, eles nem tocam nesse ponto, se você pegar por exemplo, causas da revolução do golpe 64, eu nunca vi, nunca vi um único estorador mexendo no seguinte ponto, a influência é positiva, está na formação dos militares, quem quer que conhecesse essa formação, entenderia que no dia que os militares derrobaram o jangular e prometeram uma eleição em seis meses, eles estavam mentindo, poderia ser prever, eles disseram que vão fazer uma eleição, mas eles vão ficar no poder 20 anos, porque é só o que eles sabem fazer, eles têm a noção da tecnocracia, quer dizer, o governo militar tecnocrático, isso é tudo o que eles sabem, e ninguém faz o que não sabe fazer, então como é que você vai montar, como é que os nossos militares vão montar uma democracia com a formação positivista que eles veram desde a infância, que eles não sabem que é positivista, porque quando você diz que ele é positivista, eles dizem, claro que não, então você vê que tudo isso aí é o que, é um entrecruzamento de inconsciência, então o que tem disso na história brasileira é uma grandeza, a pessoa não entende nada do que está acontecendo, quando você vê por exemplo que quase todos os comentaristas mediáticos e acadêmicos, antes da eleição, diziam que o Bolsonaro ia perder, só os dois ou três como eu, Felipe Martins, ele dizia que ele vai ganhar, porque nós sabemos fazer análise, nós sabemos levar em conta essas coisas, nós treinamos para isso, você lê a minha apostila, problemas de metanacias sociais, todas essas questões, nós levamos em conta antes de dar um palpite, só que os nossos cientistas sociais, filósofos, eles simplesmente não sabem, gente, o problema da ignorância no Brasil é assim, é um negócio catastrófico, o pessoal pensa que eu estou, ele está só descendo o cacete dos carros, não, se fosse isso, estaria bem, mas não adianta descer o cacete das pessoas, se falar mal delas, não vai torná-las inteligentes, e o problema do ensino brasileiro é o seguinte, ele atende a milhares de finalidades, ele não atende a finalidade de tornar as pessoas mais inteligentes, primeiro porque os professores não sabem o que é isso, eu ver com o sujeito como esse Christian Dunkei, se considera inteligente, ele está muito enganado, mas muito, é um engano trágico de certo modo, engano existencial total, ele é realmente burro, mas ele não sabe, ele não é burro por natureza, porque nasceu assim, não, claro que não, ele não é um jeito, como o doutor Enes mal dotado pela natureza, ele fala claro que não, a dotação natural dele é normal como a de todo mundo, é o tipo de educação que ele adquiriu, que o imburro é seu, mas ele não sabe porque essa educação para ele, representou que é a ascensão social dele, ele é no Zemané, agora eu sou professor da universidade, não sei o que, e ele acha que isso é conquista da inteligência, ele fala não, isso é apenas conquista do emprego meu Deus do céu, tem cara que é tão burro, foi para esse pessoal que foi para a China, eles acham que ele é inteligente, por que? Porque eles viraram deputados, eles foram convidados para a China, ganhavam, me presenteam, mas no governo chinês, não, isso é prova de que nós somos quase gênios, não, isso é prova apenas que vocês subiram socialmente, né, então, por que que eu sou meio de caipiras? Porque caipiras eu não acusei moralmente nada, estou apenas dizendo que você é caipira, e são mesmo, eles não entenderam nada do que se passou, e eu asseguro para você, qualquer sargento do serviço de inteligência chinês, é mais inteligente do que 20 generais brasileiros juntos, por que que eu digo isso? Porque eu leio os novos marxismos asiáticos, e eu sei o nível de complexidade aquele pensamento tem, que se você pegar o universo da brasileira inteira, se você pegar os comunistas brasileiros eles não alcançam isso, eles nem sabem que existem novos marxismos na Ásia, então, muitos até acredito que o comunismo chinês acabou, não é isso? Por que que eles acreditam nisso? Porque eles confundem as definições nominais de regimes econômicos com a realidade da história econômica, então agora eles adotaram sei lá a economia de mercado, muito bem, o que que dizia Karl Marx? Quer dizer, a primeira etapa da criação do estado comunista chama-se capitalismo clú, é o capitalismo mais vorá-se e desumano que você pode imaginar, é a China, pessoas que trabalham de pé no chão sem segurança, sem proteção, sem nada nada, estão construindo uma potência econômica militar, isso é capitalismo clú, portanto, você gosta perfeitamente dentro da teoria de Karl Marx, então é uma economia capitalista com o governo comunista, agora, quando eu lembro o tempo do Clinton, onde havia essa discussão, mas não se discutia exatamente isso, discutia o seguinte, devemos investir na China, que é um país que não respeita os direitos humanos, eu digo, bom, essa questão certamente existe, mas ela não é a questão substantiva, ela depende de uma outra, quer dizer, qual é a prova ou o indício que nós temos que uma injeção de dinheiro na China vai torná-la uma democracia capitalista, onde isso aconteceu no mundo, e qual é a conexão entre uma coisa e outra, não há conexão, a conexão que existe é aquela que Karl Marx dizia, você tem que ter um governo comunista com um capitalismo clú para sustentá-lo, durante muito tempo, Karl Marx dizia que a transição para o comunismo poderia levar décadas ou séculos, e o pessoal no ocidente acredita assim, só é comunista se tiver um governo que diz, agora aqui toda economia está estatizada, e aqui é o regime comunista entender o seu Zé Mané, isso nunca vai acontecer, meu Deus do céu, então, isso quer dizer que esse nível de burrice digno no Brasil, ele é realmente catastrófico, eu não estou falando isso, o pessoal pensa, não, ele está falando isso porque ele é vai-doze, ele quer humilhar os caras, fala claro que não, que vantagem eu levo de humilhar esses idiotas, quando a gente está vendo que eles estão se liquidando a si mesmos, são liquidando o país, não é a mim, a minha não me faz mal nenhum, o idiota fala mal de mim, cada vez que fala mal de mim a vendares do meu livro aumenta, eu não tenho nada que reclamar dos meus detradores, eles me ajudam, porque só você comparar um pouquinho, eles vão comparar o don que o don quer, não dá para comparar o don que com os meus alunos, não é comigo, eu pego aí o Flávio Gordo, ou o Felipe Martins, vai discutir com o don que vai, o don que em cinco minutos ele está chorando chamando a mãe, o Paulo, o Paulo Guiraldo dele, o Paulo Bunda dele, esse nem se fala, meu Deus do céu, esse é o sujeito que ele passa vergonha, ele não sabe, aquele caso da mulher dele, eu até hoje não entendo como é possível ser tão idiota desse jeito, e é professor universitário, ele põe lá a mulher dele pelada com uma bunda masculina peluda na frente, e daí eu digo, oh Paulo, você fica aí mostrando a sua mulher, sua bunda, sabe o que ele respondeu? A bunda não é minha, olha, eu não seria capaz de dizer isso para o Paulo Guiraldo dele, nunca, eu não vou dizer, a taia sua mulher pelada com outro marfo na cama, eu não ia dizer isso, nunca, nem que eu soubesse, mas ele diz, e ele acha que ele está se defendendo, e acha que me derrotou na discussão, e até hoje acha isso, como é que um professor universitário, meu Deus do céu, esse implíndio não pode, então, veja, uma condição necessária para você ter uma visão objetiva da evolução da história, sobretudo da história política, essência política, claro que você pode tomar posição, você pode ser a favor de uma coisa contra outra, que todo mundo é, isso aí não impede que você seja observador do seu objetivo, o importante é que você não represente, não personifique nenhum interesse coletivo por trás, você não representa os empresários, você não representa os proletarados, você não representa a sua família, você não representa a firma tal, você não representa o Jorga e o Surdo, porque se você representar, então, o seu discurso já vem impostado, você derrota um certo ponto para adianto, você não pode voltar ao fundamento. Ora, qual é o grupo de pressão mais exigente e mais desindividualizante que existe a profissão universitária? Isso quer dizer que, em grande parte, a profissão universitária é incompatível com a objetividade na criação social. Por que que só o sujeito que não é professor universitário que está fora disso e que não pertence a grupo, nenhum muito mesmo grupo universitar acertou todas as previsões em 20 anos e que todo mundo errava? Por que? Porque não é porque eu sou gostosão, é porque essa é a natureza das coisas. O observador científico, ele não pode pertencer a um grupo, ele não pode falar em nome de um grupo de interesses e não há grupo de interesses mais voraz e mais presunçoso do que a profissão universitária. Por que que é assim? Isso já começou no século 18, com os chamados clubes de debates que tinha, no século 18, para preparar a revolução. O essencial do clubes de debates era que vários intelectuais falavam, escreviam, discursavam e eles tinham que ter um discurso uniforme. Isso aí, Volter mesmo escreveu várias vezes. Não, nós precisamos todos pensar que tem força de atuação na sociedade. Então, isso é um grupo de pressão. Isso não é uma profissão científica, desveito nenhum. Então, entendeu? Por que você pode ter profissão científica na área, por exemplo, da física? Porque na física existe realmente a discussão. Um nego propôs a teoria, outro propôs a teoria oposta. Isso acontece, tem, você vê que teorias que foram aceitas, quatro, cinco séculos até os últimos anos, são posse em questão. Eu mesmo, em algumas aulas eu citei o livro do Brian Ridley, que é um baita cientista britânico, um dos homólogos físicos britânico, um membro da Royal Society, onde ele diz que toda a estrutura da ciência moderna é baseada na magia neoplatônica do século 16. Porque é uma coisa, vamos ver, para botar um pouco em dúvida a objetividade da sociedade moderna. Então, até isso é discutido. Os físicos podem discutir isso, mas os cientistas sociais, cientistas políticos, vai por em dúvida, os dogminhas, está certo? Da doutrina dos excluídos, da doutrina da escola de frango, não vai fazer isso, porque isso não é de perimprego. Isso significa que a profissão universitária é um obstáculo à objetividade científica. O cientista político tem que ser independente. E se por uma casa ele aceitar um emprego no partido, no governo, ele vai ter problema lá dentro. E ele vai ter que aceitar o problema. E ele vai ter que explicar para os caras o seguinte, eu não estou aqui para expressar a sua opinião e para fazer o propagando dela. Eu estou aqui para orientar você, na verdade, das coisas, para o seu bem realizado. Então, para essas coisas que eu tenho falado dos militares, não, ele odeia os militares. Eu estou ajudando os caras, pô. Eu também botei a pergunta até para o general Morão. O general Morão, quanto risco o senhor correu na vida por defender a honra das forças armadas? Nunca nenhum, o senhor só ganhou com isso. Eu perdi todos os meus empregos. Na mídia recebi uma infilidade insults e de ameaça de mortes. Ou seja, eu tenho muito mais amor às forças armadas que você tem. Eu me arrisco por ela. Você ganha dinheiro. Ganha dinheiro, posto, e tudo isso aqui. Então, significa o seguinte, eu tenho objetividade para falar das forças armadas, porque eu não tenho nada a ganhar com o sucesso delas. E pessoalmente, eu não tenho nada a perder com o fracasso. Ao contrário, quando as coisas pioram, eu tenho mais alunos. O meu irmão diz, eu vivo das graças humanas. Você progride quando pioram as coisas, mais alunos você tem. Lamentabilmente, é verdade. As pessoas que estão com problemas, que precisam de orientação, estão a sempre procurando pedir para mim, se está tudo bem na vida delas, então, dane-se o olá. Então, eu aproveito a ocasião para anunciar um negócio. Em março, eu não sei que dia de março que é, que dia o curso. Quatro de março? Cinco a nove. Cinco a nove de março. Eu vou estar aqui dando um curso que chama ser e poder, princípio fundamentário da filosofia política. Eu nunca reuni isso, mas eu não curso breve. Dei muita coisa sobre isso aqui e ali espalhado, tem milhares de par de seu condensado, eu vou fazer um condensado e explicar o que é ciência política, como é que ela é. E vou mostrar para vocês que não existe nenhum cientista político na universidade brasileira, nenhum zero. Existe gente que fala como se fosse, sabe imitar a linguagem da ciência. Mas não pode desistir por que? Porque o próprio profissão universitário é um grupo de depressão. A profissão universitário é um agente político. Então, não pode ser um observador científico. Então, por hoje é só. Voltamos com perguntas. Não, eu não vou responder perguntas hoje, não. Só a semana que vem. Muito obrigado.