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Sejam bem-vindos. Hoje eu queria chamar a atenção para um problema que eu, inclusive, anunciei ali no dois postos do Facebook, que eu anunciei mais ou menos da seguinte maneira. Se um sujeito no cientista, investigador descobre algo de importância vital, mas por um motivo qualquer, ele não consegue comunicar isso, o restante da humanidade, a comunidade de pesquisa, dois etc. O que acontece? O trabalho dele foi perdido, foi jogado fora. Aparentemente sim, porque a coisa não se integra na cultura humana, então permanece desconhecido. Por outro lado, é sabido que muitos conhecimentos importantes, como muitos conhecimentos importantes, acontece exatamente assim. Quando, por exemplo, eu descobri o negócio da teoria dos quatro discursos, eu descobri também que santo mais e a Vicena tinha vislumbrado a coisa. E permaneceu totalmente ignorado, ninguém ligou para aquilo e ficou durante séculos, como se não fosse, como se não existisse. Do mesmo modo, se você pega as obras de Jean-Baptiste Avico, que são tão importantes, das quais praticamente toda a visão moderna da atenção histórica, está lá em Jean-Baptiste Avico, ele escreveu aqui no século 18, permaneceu desconhecido até o século 20. Muitas coisas, com muitas coisas acontecem assim. Há elementos da filosofia de Leibniz, que só agora estão sendo descobertos, e até da filosofia da Histópia. Então, como é que fica isso? Isso, a mim me parece que torna altamente problemática a relação de realidade, conhecimento e história da cultura. Porque vira você. Se você tomar a palavra realidade, como assim, o conjunto, o sistema das coisas e fatos, deixa conjunto o sistema porque quando ele diz o sistema, é isso que são elementos que estão articulados entre si. Mas nós sabemos que na realidade tem coisas que não estão articuladas umas com as outras. Como dizia Edmond Husser, não há uma embriologia dos triângulos, nenhuma trigonometria dos liões, que são dimensões que são completamente heterogêneas e incomunicáveis. Isso também existe na realidade. A ideia holística de que tudo tem a ver com tudo, ela é errada. Muito tem a ver com muito, mas nem tudo tem a ver com tudo. Então, articular, a ideia de conjunto, quer dizer que é apenas uma somatória, com a ideia de sistema e articular dialéticamente. Acho que isso nos dá também uma ideia do que entendemos por realidade. Também falando de coisas e fatos, porque fato é aquilo que sucede, aquilo que acontece. E uma coisa, você não pode dizer que ela esteja acontecendo, ou que uma pedra parada no chão não quer dizer que ela está acontecendo. Você pode dizer isso, mas o modo de presença de uma coisa não é o modo de presença de um fato. Claro que uma coisa é um fato, não dá certo que ela existe de fato, e um fato também se compõe de coisas, se passa com coisa, nenhuma não é um fato. Então, também aí você tem uma relação dialética de fato e coisa. Então, vamos dizer, da realidade, é o conjunto ou sistema, conjunto e sistema dos fatos e coisas. E se você, o que é que é o conhecimento humano? Bom, é o conjunto e o sistema daquilo que um grupo de pessoas muito inteligentes e muito letradas sabe em um determinado momento. Ou até aquilo que sabe ao longo dos tempos. Porém, nós não temos sequer uma visão disso aí. Por exemplo, nós sabendo que em outras épocas houve ciências altíssimamente avançadas das quais nós perdemos tudo. O exemplo aquele famoso livro do arqueólogo Schwaller de Luikse, o arqueólogo polonês, letample de o tempo do homem, onde ele investigando o tempo de Luxor, ele descobriu que os eixípsios tinham uma ciência cosmológica complexíssima que nos escapa completamente. Toda hora isso acontece, ou mesmo que temos sequer uma visão do conjunto e o conhecimento humano. Mas uma coisa nós sabendo, o conjunto e o conhecimento humano por gigantesco que seja, ele é apenas um átomo em comparação com o conjunto da realidade. Isso quer dizer, a maior parte das coisas não é desconhecida. Mas aquilo que nos é desconhecido, se faz parte da realidade, então ele tem que ser levado a ser uma sério. Existem muitas coisas que de fato nos escapam, no infinito de coisas nos escapam, mas nós não podamos fazer de conta como se elas não existissem. Nós não podemos levar em conta só o que a humanidade conhece, embora a rua tendência é muito forte para fazer isso, porque o que a humanidade conhece é muita, muita coisa, é quase inabarcava. Então nós temos a impressão que o conjunto do conhecimento humano numa determinada época, uma época que se considera avançada científicamente, é o conjunto da realidade. A classe científica sobretudo nos fala num tom de quem dominasse a realidade. Isso é absolutamente falso. Por mais avançada que esteja uma ciência, mesmo dentro do campo dela, é legítimo assegurar que o número das coisas que ela desconhece é o que é que ela conhece? Então esse desconhecido é que é a realidade. O conhecido é apenas uma imagem disso na mente humana e não pode competir com a realidade nem em extensão e nem em densidade, porque o conjunto do conhecimento humano não passa de um conjunto de operações mentais e signos que nós temos na cabeça, não conhecidos com a realidade. Ele pode representar a realidade sob certos aspectos, ou seja, ele conhecido com ela sob certos aspectos, mas não sob todos. Então é mais ou menos a relação entre o cardápio e a comida. Todas as comidas que tem no restaurante estão representadas no cardápio, mas adianta você comer o cardápio. Quer dizer, há uma diferença de plano, como se fosse do plano por espaço, a diferença de dimensão. Então o conjunto do conhecimento humano está separado da realidade, do estilo da realidade, não só pela sua extensão, mas pela diferença de dimensões. A realidade, para dizer, existe na realidade, existe no espaço o tempo. E o conhecimento humano só existe com a forma de registro de signos, registros que podem também, por sua vez, ter uma existência material, por exemplo, bibliotecas, arquivos, microfilmes. Isso também é uma existência material. Só que a existência material do registro não é a mesma coisa que a existência material dos objetos sobre os quais o conhecimento versa. Então, por exemplo, se você pega aqui, você tem uma coleção de registros sobre animais e outra coleção de registros sobre minerais. Os registros, fisicamente, têm a mesma forma. São livros, são microfilmes, são arquivos, etc. Mas isso não torna um animal parecido com um mineral. Então, ver todas essas coisas, elas têm que se levar à conta. Nós esquecemos e costumamos ressoar assim metodimicamente. Nós damos um salto, um salto do instrumento, do instrumento para a função ou da parte para o todo. Isso nos confunde o tempo todo. Esquecemos de fazer essas distinções, que na verdade são elementares. Ainda dentro dessa hora de considerações, tem o seguinte, você descobrir alguma coisa, algo que os outros não sabem. A totalidade do conhecimento humano foi descoberta assim. Foi um sujeito que descobriu alguma coisa que os outros não sabiam e depois contou com os outros. Os outros podem ficar muito contentes com isso ou podem rejeitar, podem duvidar, podem levar séculos até integrar aquilo. Então, isso quer dizer que o conhecimento sempre começa com esse individual isolado e depois se dissemina. Então, isso quer dizer que a massa da realidade para se integrar no conhecimento humano tem de passar pelo filtro de uma cabeça. Que apora para pensar nisso? Foi quando o Newton descobre a lei da gravitação universal. Bom, os objetos que estamos relacionando com os outros, de acordo com essa lei, fazia milênios desde o comum do mundo, só que ninguém sabia. Isso só entrou na esfera do conhecimento humano através da cabeça de um sujeito chamado Newton. Então, é como se uma coisa imensa tivesse que passar por um buraquinho ínfio, o buraco da agulha. Então, a cabeça do sujeito descobriu aquilo, é o buraco da agulha, por onde essa realidade imensa que é a relação de gravitacional entre os outros, saiu do que era pura realidade e entrou no mundo do conhecimento humano sem deixar essa realidade. Isso quer dizer que se não fosse a existência deste indivíduo singular e de muitos outros indivíduos singulares por onde se realizou a mesma operação, nós nada saberíamos. Portanto, você saber algo que os outros não sabem é uma situação muito privilegiada. E eu considero que é uma honra extraordinária que Deus concede a algumas pessoas. Você vê, a maior parte das pessoas se esforça estudando para saber apenas aquilo que os outros sabem. Você faz um curso universitário, tudo que eles vão te ensinar lá é uma coisa que eles sabem e você que não sabe nem isso, você estará pedindo para as pessoas te ensinar aquilo que elas sabem. E quando você consegue saber uma parte considerável daquilo que os outros sabem, você considerando um fator letradíssimo, cultíssimo, às vezes um cientista ou sábio, etc. Imagine que você saber uma coisa que nenhum deles sabe. Então, isso significa que você se tornou um desses elos pelos quais a realidade passa e se integra no conhecimento. E isso é claro que é uma posição altamente lisorgeira, por assim dizer. E por isso mesmo, por ser, mas é um especial favor que Deus conhecede a você, e você ser o entre aspas de descobridores, alguma coisa. Você precisa ver que você é e você tocou na dimensão da realidade sem você ter de passar pelo beneplácido do conhecimento humano. Não sei, você não tem as bênçãos do conhecimento estabelecido. Você está ali sozinho na jogada. Então isso quer dizer que você está de posse de duas realidades. Primeiro, a realidade que você descobriu. E segundo, o fato de que você descobriu o qual também é realidade. Isso aconteceu na vida, por exemplo, sei lá, aconteceu na vida de Louis Pasteur, aconteceu na vida de Isaac Newton, aconteceu várias vezes na vida de Libris, várias vezes na vida de Aristóteles, viu descobrindo coisas. Então, esse fato acontecido a uma inteligência singular, ele faz parte da realidade tanto quanto a realidade que o senhor descobriu. Então quer dizer, ele tem duas realidades na mão, das quais ele tem a certeza, numa hipótese, a certeza por evidência, por prova, e da outra, ele tem a certeza tipo cartesiana, quer dizer, eu penso logo existo, quer dizer, ou como dizia o Paz de Saint-Laure-Lac du Saint-Saint, se eu sei, eu sei que sei. Então eu sei que as coisas são assim e pior ainda, eu sei que eu sei isto. Então você está diretamente ancorado na realidade, por isso quer dizer, por dois pés. Pelo lado objetivo da coisa que você descobriu e pelo lado subjetivo, a certeza que você tem de saber aquilo que você sabe. E isto lidar neste campo, uma autoridade, monstro, porque você é o cara que sabe, os outros não sabem. Ou como dizia o Jacques Newton, eu estudei se você não. Então aqueles que passam por essa experiência adquirem, quer dizer, uma segurança de si que a maior parte dos seres humanos jamais vai ter. A maior parte dos seres humanos depende da autoridade do conhecimento. Ser o conhecimento verdadeiro ou falso, pode ser a autoridade da mentira também, que todo mundo repete e você, Maria vai com as outras, você acredita que você pensando assim, você está escorado numa população inteira, diz não, não é possível que estejamos todos enganados ao mesmo tempo. Isso dá uma certeza, sem dúvida, mas isso não se compara de jeito nenhum a certeza do conhecimento de solidário, que é sempre dupla, objetiva e subjetiva ao mesmo tempo. Eu sei isto porque obtive a prova, a demonstração e eu sei isto porque eu sei que sei. Todo a nossa formação deve ser para nós nos tornarmos capazes de estou, saber o que os outros não sabem e não precisar, portanto, do beneplasto de ninguém. É só assim que você adquire a verdadeira autonomia. O dia todo mundo fala, não, você tem que pensar com suas próprias miolos, você tem que ser independente, tem que ser autônomo, eles não sabem o que estão falando, porque nunca aconteceu, por isso, desengraçado, de saber alguma coisa que os outros não sabiam. Nunca. E se acontece por minutos, eles ficam aterrorizados e tratam de esquecer, porque eles não aguentam ficar sozinhos contra todo mundo. Você verá qual é o momento inaugural da nossa civilização, não é a crucificação do nosso Senhor Cristo, não é a morte do nosso Senhor Cristo na crucificação, e quem ali está me entendendo que estava se passando, só ele. Ele não disse, pai, perdoe, porque eles não sabem o que fazem, eles não sabem o que estão fazendo, mas eu sei o que eles estão fazendo, e pior, só eu sei. Então, este é o tema, um dos temas mais constantes do meu pensamento, que é o tema da testemunha solitária. A testemunha solitária é o pilar de todo o conhecimento. Ela não é uma exceção, ela não é um erro. Se você suprimir a sua testemunha solitária, todo o conhecimento se torna impossível, porque só é possível um pesquisador descobrir o que os outros já sabem. Então, a história da ciência se consistiria em uma única descoberta que foi a primeira, os outros só repetiam que repetiam a primeira, e nós sabemos que as coisas não são assim. Isso quer dizer que a todo momento alguém descobre uma coisa que os outros não sabem. Essa coisa pode ser, vamos dizer, um acontecimento muito modesto, por exemplo, no caso, vamos dizer, da testemunha de um crime, você é a única testemunha, só você viu, você sabe então quem matou quem, você não pode provar porque você é a prova, você é o único elemento de prova. Então, isso, claro, lhe traz uma retomissabilidade tremenda, porque a partir do que você sabe, você talvez possa dar uns outros alguns meios de investigar para que eles descubram também, mas só você pode fazer isso, o outro não pode, o que não sabe não pode, quem não sabe não pode ensinar ou pode ser um conhecimento de importância universal, pode ser a lei da gravitação universal, pode ser o Big Bang ou alguma coisa desse tipo, pode ser alguma coisa que não é nem tão grande nem tão pequena, mas quando eu descobri a teoria dos quatro discursos, aliás, eu não descobri a teoria dos quatro discursos, eu descobri que ele só te descobriu, que ninguém sabia, então eu acredito que potencialmente eu modifiquei o rumo dos estudos aristotélicos para sempre, ninguém que tenha passado por isso vai entender a história do jeito que entendíamos, e se você entendeu que as coisas são realmente assim como eu digo naquele livrinho, você entendeu que o número de besteira que escreveu sobre a história é uma montanha, pessoas que, não querendo trazer, não lê assim, não, existe aquele mundo totalmente lógico, estruturado, racionalístico de Aristóteles, isso nunca existiu, mas o mundo, o número de pessoas que vê Aristóteles assim é grande, e você não entender Aristóteles, é você não entender um dos filares da nossa civilização, portanto você corrigir essa visão deve só, torna tudo mais claro e inúmeros, departamentos do conhecimento humano, bom, eu descobri isso faz muito tempo, e não foi só isso que eu descobri, visitemente, mas descobri outras coisas menores, mas isso para mim foi uma coisa decisiva, porque durante um momento de eu ter no meu amor a chave que aciona o rumo dos estudos Aristotélicos, não no Brasil, mas no mundo, porque no Brasil não havia estudos Aristotélicos, quando eu publiquei meu livro sobre Aristóteles, fazia 30 anos que não saíam livros sobre Aristóteles no Brasil, é isso, olha, só você pensar nisso, você vê que aonde nós somos parágenos, o que quer dizer, você perde nós, assim, a Zambia, a Serra, a Lua são a tenas, é isso, então o Brasil desceu a uma dimensão de burrice que já chega a ser subhumano, eu vi esses entrevistas com o Bolsonaro, que as pessoas estão no nível subhumano, quer dizer, você não saber, formular uma pergunta, você quer fazer uma entrevistada, você quer só fazer pegadinha verbal, tipo, você pertece ao mesmo partido do furano, o que é isso, é coisa de criança, chegamos nesse ponto em que jornalistas profissionais fazem essas brincadinhas idiotas e acreditam que estão exercendo a profissão, e o pior que tem gente que, do outro lado, os adeptos do Bolsonaro, que eles fazem isso porque eles são esquerdistas ou comunistas, bom, eles são esquerdistas ou comunistas, mas não é por isso que eles fazem isso, porque você diz que se é comunista ou comunista, ou você é seguro, né, que o exercício de tanto comunista inteligente, porque não pode ter mais um, o fato é que eles não conseguem, mas outra coisa aconteceu, aconteceu que 50, 60 anos de comunismo na cabeça destruiu as inteligências, porque só tinha isso, você não tinha, você vai contrastar o comunismo com o que, né, os comunistas que dominavam a nossa vida, eles tinham o privilégio de escolher o seu adversário, moldar o seu adversário de acordo com o que eles interessavam, então durante 50 anos eles só combatiam um interesse, imaginaram que eles não tinham inventado, você poderia chamar esse adversário de neoliberal, de fascista, do que você quiser, não, não com, às vezes chamava de tudo, não com fascista neoliberal, é que é uma coisa materialmente impossível, mas para eles existia esse ser composto que era um sermão, e eles se acostumaram com isso, e até hoje fazem isso, então entraram numa espécie de solipsismo, só discutem com a sua própria cabeça, e tudo que está fora eles ignoram, inclusive aquilo que está acontecendo a eles, né, então é claro que isso aí ultrapassa o campo do que nós estamos falando, para lá que se cognitiva, isso é a alienação, é o último grau de alienação, um indivíduo não é capaz de dizer o que está acontecendo com ele, aí ficou como aquela mulher que escreveu para a revista, que ela estava com um problema de ejaculação precoce, ela é claro, é algum problema ela tem, mas não é esse, né, então ela começa a dar um nome errado e daqui a pouco ela está vendo a coisa errado, esses caras fizeram isso, eles estão fazendo fascismo, combatendo o neocon, combatendo neoliberalismo, eles escreveu um artigo na época uma vez, olha, isso aí que se chama neoliberalismo, que é o consenso dominante da mundo ocidental, então acaba de se reunir em berlim, todos os governantes neoliberais do mundo, eles eram todos esquerdistas, era bioclinical, mandela, todo gente assim, né, ele diz, escuta, mas esse é o seu pessoal, não é o nosso, não é o pessoal da direita, vocês estão falando mal de quem, de vocês mesmo do outro, então quando chega nesse ponto, você vê, porra, aí toda a possibilidade de algo racional acabou, você tem que bater na pessoa, você precisa aceitar a corda, acorda, se quiser saltar, então, mas acontece que as pessoas que fizeram isso, elas não estão vitimando só elas, todo mundo sofre disso, inclusive aqueles que odeiam eles, isso aí foi feito pelos comunistas, é verdade, só que o pessoal da direita está dominado, eles não conseguem exprimir o que percebem, exceto na linguagem que aprenderam com essa gente, então outro dia eu vi alguém que fez um vermelho da Wikipedia, botou lá para laxes cognitivas, só para laxes cognitivas, segundo o Olavo Carvalho, é o deslocamento entre o eixo de uma construção teórica e o eixo da percepção ou da experiência real, é portanto a desconexão, incoerência, teoria e prática, falei, opa, opa, opa, não é possível, se é uma coisa não pode ser outra, porque se eu por um lado eu tenho uma paralaxia cognitiva, por outro lado eu tenho uma incoerência em teoria e prática, a incoerência em teoria e prática corrigiria para a laxes cognitivas, tá entendendo? Quer dizer que eu tenho uma teoria errada, mas ao agir eu não sigo a minha teoria, eu sigo uma outra coisa, então uma coisa corrigiria outra, né? Da onde que tirar essa ideia de que para a laxes cognitiva é incoerência de teoria e prática? Porque tem incoerência de teoria e prática, é um chavão, é assim, acusar o outro de incoerente, de hipócrata, você diz uma coisa e faz outra, então você tá baixando, vamos dizer, pra discussão, acusação moralística mais idiota, um conceito filosófico que você ouviu, e isso o pessoal faz com tudo o que lê, hoje, com tudo o que lê, transforma em coco. Então, não há nenhuma possibilidade de discussão, sobretudo não há possibilidade de discussão ideológica, esse é o outro problema que eu vejo. As pessoas pegam os defeitos mentais mais escabrosos e lamentáveis e os definem em termos ideológicos, como se fosse uma distorção ideológica. De uma não é isso, você tá conversando, cá não é que ele é comunista, não é que ele é marxista, não é que ele é progressista, não é que ele é gayzista, é que ele é uma besta quadrada, gente, é que ele tá abaixo do ser humano, você não tá entendendo, a coisa é muito mais grave. Você discutiu comunista é uma coisa, eu falei, eu vou discutir com George Lucas, eu discuti com o adversário ideológico do Guim, é possível discutir, né? Eu sei lá, posso discutir com o Antonio Negre, né? Mas discutir com o Sr. Ituburro é impossível, ele vai vencer sempre, porque ele não entende o que tá dizendo, pô. É por isso que os retóricos antigos, eles pegam vários tipos de discursos, e deu com mais difícil os discursos, que eles chamavam genosadmiráveis, genogênero admirável, é o discurso que se dirige a um juiz ou uma audiência inepta, né? Se o cara não entende o que você tá falando, como é que você vai conversar de qualquer coisa? Não dá, então aí você tem que deslegitimar a situação de discurso, não é mais argumentar, você tem que pegar uma coisa que não está dentro da fala do Sr. Ituburro, mas está por baixo da fala, é a situação real, você entende por que que quando começou esse negócio, por exemplo, com bater a doutrinação comunista nas escolas, ele falou que está completamente errado, porque não há doutrinação alguma, porque há um adestramento pavloviano animal, e se chama isso de doutrinação, você vai estar transferindo, vou dizer uma coisa que é uma impregnação quase física, você tá transferindo pra uma esfera verbal na qual não está acontecendo nada, você vai dizer que os caras ficam lá lendo o Karl Marx, explicando conceitos do Marx, claro que eles não fazem isso meu Deus do céu, o que eles fazem é assim, é transmitir uma imagem ruim de certas pessoas, é viciar as pessoas, os alunos em certas atitudes, é isso que fazem, forçar certas experiências pra gerar reflexos condicionados, é isso que estão fazendo, chama de doutrinação já em obrecer, chama de propaganda, era melhor, mas o fato é que a atuação fundamental desse pessoal não é doutrinação nem sequer propaganda, é simplesmente a exclusão da discussão, isso é universal, a proemissão de discutir o que está acontecendo, então você proíbe a tomada de consciência da própria situação que você está criando, é assim, você prende as pessoas no banheiro e proíbe dizer a palavra banheiro, é desse tipo a coisa, como é que você vai chamar esse doutrinação meu Deus do céu, isso aí é uma manipulação no nível animal, é um adestramento animal, é isso que está acontecendo, então fazer a campanha contra doutrinação, o que é acontecer, você vai querer proibir que as pessoas doutrinem e delas vão dizer que você está censurando isso, está mesmo, quando na verdade elas que estão censurando tudo, elas estão proibindo, não só a expressão verbal, mas proibindo o pensamento e proibindo a percepção, as induzidas você a fazer certas coisas e você não pode perceber que ela está induzindo meu Deus do céu, a coisa é monstruosa, agora se você diz doutrinação, então é assim, aqui você tem a sua ideologia e lá tem a ideologia contrária, eles estão propagando a ideologia contrária, isso é uma situação até digna, duas ideologias em conflonto, mas não é isso que está acontecendo, então dentro dessa situação você vê que a capacidade que as pessoas têm desse primeiro que está acontecendo, primeiro que ela percebe, é diminuta, elas não sabem dizer, e nós todos sabendo que os impulsos e percepções que não são verbalizáveis, eles transformem em complexos e tornam todo mundo doente, o que está acontecendo no Brasil? Olha, uma das causas dos 70 mil homicídios é isso, não é porque o sujeito não tem dinheiro pra comprar, sei lá, eu quero uma banana, eu quero comprar banana, então vou amar todos os plantadores de banana, não é assim, ele não consegue sequer dizer o que ele quer meu Deus do céu, então se ele oferece a oportunidade de entrar numa carreira do crime, ele vê nisso alguma racionalidade, é uma coisa racional, eu tenho uma arma, o outro não tenho, vou lá e tomo dinheiro dele, que é uma coisa mais racional do que isso, então o crime se torna para esta pessoa um principal organizador da sua vida, mas é o único principal organizador que tem, não tem mais nada, então como é que o cara vai desistir disso? Então só pessoas que estão habilitadas a vivenciar esta solidão intelectual estão habilitadas a dirigir intelectualmente, culturalmente, só essas, os outros não, são apenas repetidores, o repetidor é um inferior, é alguém que obedece a alguém, por exemplo, ele não é inteligente, então aptidão para a solidão intelectual é uma coisa que eu quero desenvolver em vocês, em todos vocês, os meus alunos, uns mais outros menos evidentemente, mas é só assim que você crie uma liderança intelectual, liderança intelectual não é feita pela mídia, porque fala de você, se fosse assim, sei lá, o Paulo Coelho seria o líder intelectual do Brasil, Paulo Coelho, Caetano Veloso, Figo Guardi, então, de você pegar assim, numa batalha, quem é o comandante? O comandante é o único negro que está entendendo o que está se passando, porque os outros só vêm a missão que lhes foi dada, cada soldado, o comandando pelo tanto, só vê aquele pedaço, agora o único que tem a visão inteira é o comandante, é o estrategista geral, é certo, e pior, não dá tempo dele explicar a sua estratégia para ninguém, se você estuda na coleão na parte, você vai ver que mal dava tempo dele dar as instruções para cada pessoa, se ele tivesse que explicar o que ele estava fazendo, não ia dar tempo de fazer, então este é um exemplo, este é um exemplo solitário, na coleão maior para estar lá, ele está entendendo as relações das várias forças em combate e ele sabe o que fazer para obter vantagem da situação, então na vida intelectual é a mesma coisa, só as pessoas que são realmente capazes de pensar com a sua própria cabeça, não é dificaz, garganteando, se eu penso com a minha própria, pensa nada, você não tem nenhum olho nenhum, então o cara que fica se gabando de pensar com a minha própria, acredito que pensar com a minha própria é divergir de um outro, se o seu pensamento é uma divergência, você dependa daquilo que você diverge, meu Deus do céu, você apenas é uma sombra do outro, então se o seu pensamento é verdadeiramente independente ao todo, mas ele não se define por aquilo que ele contraria, ele é uma outra coisa, ele está transferindo o debate para uma outra esfera, está certo, na qual ninguém penetrou ainda, claro que você pode começar com uma divergência ou uma crítica, uma coisa, esta coisa não é do jeito que ele está dizendo, então como é, para você descobrir como uma coisa, não basta você inverter o que o outro disse, você botar um não onde ele botou um sim, você não descobriu coisa nenhuma, embora o começo da investigação possa ser assim, mas quando você propõe algo, esse algo não tem nada a ver com o ponto de partido, então uma coisa importante para você adquirir isso é você adquirir o conhecimento, o pensamento, o seu profissão como um todo, você tem que ter uma visão de conjunto do que eu estou ensinando, não só desta aula, daquela aula, e isso não quer dizer que você tenha que aprender o pensamento oral de Carvalho como um sistema de filosofia, como se fosse um sistema de teses, hierarquicamente organizado, eu não acredito que a finalidade da filosofia seja fazer sistemas, nem fazer teses, e eu acho que a finalidade da filosofia é fazer filósofos, então a forma de uma filosofia não é uma sequência de teses, nem um sistema de teses, é a forma de uma consciência humana, individual real, essa consciência humana pode ser absorvida dentro de uma outra consciência, que ela ativa e dá com esta outra consciência parte para criar o seu espaço próprio, está entendendo? É assim, é um mecanismo que realmente é de geração, você não pode se gerar a si mesmo, ninguém pode chegar a si mesmo, você precisa do espermatozoide do óvulo, você não vai, é isso? Então a filosofia do seu professor é o espermatozoide que vai fecundar o óvulo que é a sua cabeça, e daí vai não ser um negócio que nem você e nem o seu professor, é uma outra coisa, então esse é um processo vital, um processo real, não é só pra fazer cognitivo de você decorar teses e discuti-las, é por pensar assim que eu não organizo meu pensamento como uma sequência de teses, você tem os amigos que me dizem, você precisa escrever um livro doutrinal, eu não vou escrever nunca, porque daí ele vira um sistema de teses, então o sentido de unidade orgânica a portária e tudo que eu estou ensinando aqui não é um sistema de teses, é uma pessoa, é uma pessoa semó, sou eu, e o que vai sair daqui não é um vários sistemas, são várias pessoas que são vocês mesmo, só que vocês têm que absorver essa totalidade para que ela possa fecundar vocês, e aí é o longo trabalho que você tem que fazer em cima do que eu ensinei, vocês têm que saber o que eu ensinei tanto quanto eu sei, senão não vai, isso sem dúvida é um longo trabalho, mas vocês vão fazer isso, vão parar daqui a pouco, voltem com a pergunta. Então vamos lá, a Franha eu perguntar, até que conta a exposição a livros que os doutores estejam mal intencionados na argumentação, não pode servir como ponto para a geração de uma linha filosófica no que tem já um emprego de tempo e esforço, expendido para sua assimilação, isso de fato acontece, você tem tanto trabalho para assimilar uma determinada linha de pensamento e depois eles existem se livrar dela, isso acontece sobretudo com os estudiosos de Marx e Martin Heidegger, autores desse tipo, autores que são muito obscuros, eu acho que o principal maneira de você se livrar disso é o seguinte, invente você começar a ler livros, dizer que o livro eu devo ler, mas não, mas eu não vou ler isso, você vai simplesmente se imunir de meia dúzia, de histórias da disciplina que você pretende estudar e você vai organizar a bibliografia do que você vai ler pelo resto da sua vida, tendo ideia de quando surgir determinado livro, por que é importante, a que outros livros respondem, você vai ter ideia geral do campo antes de você entrar num ponto particular, isso não é tão difícil de você fazer, claro que existem disciplinas, a bibliografia é imensa, a própria filosofia é um deles, mas eu gastei uns dois anos fazendo isso, eu não creio que eu pudesse perdido meu tempo, organizando bibliografias e mai bibliografias, em outros casos eu encontrei a coisa toda pronta, por exemplo, nos seus literários eu simplesmente deixei guiar pelo outro, peguei a história da literatura incidental e fui marcando os autores de obra que ele considerava importantes e disse que isso aqui é o que eu vou ler de literatura pelo resto da minha vida, estou lendo até hoje, tem livro que eu vi lá, eu notei 40, 50 anos atrás e estou comprando agora, quer dizer você não vai se perder neste meio, então é sempre assim, você tem uma visão geral do campo onde você está entrando, é muito mais importante do que você ler isso ou aquele livro, então esse é por exemplo uma crítica que eu tenho ao better do Mortimer Adler, dos great books, os great books só servem, porque ele tem, essa coleção tem junto com eles o que eles chamam sintópico, o que é o guiar, o mapeamento geral da coisa, se não, se fosse entrar, bom eu vou aqui pegar um clássico, eu vou pegar sei lá, pego o guiete e vou ler, é bom, pode dar certo ou dar errado, você não sabe onde você está entrando realmente, então você tem que ter o mapeamento, esse mapeamento é sobretudo histórico, por que ele é histórico, porque os livros nascem uns dos outros, o senhor tinha que escrever um livro, algum livro ele lêu antes disso, então ele recebe uma bagagem, ele está respondendo essa bagagem, positivo ou negativamente, ele está contestando, está prosseguindo, aumentando, está ampliando, está comentando alguma coisa ele está fazendo, ou como o José Jorge Luis Borges, isso acho fantástico, para entender qualquer livro é preciso ter lido muitos livros, então, qual é o horizonte de leitura de informação do guete, por exemplo, o guete durante anos ele leu um livro por dia, durante 40 ou 50 anos da vida dele, então você imagina o horizonte de informação que tem esse jeito, e ele está respondendo, não é você, mas o horizonte de informação dele, então se você não tem ideia do que ele leu e daquilo está se reportando, você não vai entender exatamente, então mais vale a pena você usar um guete como uma porta de entrada para todo esse universo de conhecimento, é isso. Aqui, Bernardo pergunta, uma vez que você tem descoberto algo que ninguém sabe, que eu fui já quase com as escursas, eu fui o processo de verificação da verdadeira da cidade do que ele descobriu, isso aí é simples, nesse caso, não há nenhuma possibilidade que não seja assim, é só você conferir toda a obra da Aristótia, toda ela é baseada nisso, ele sempre está levando isso em conta, você não tem um único texto da Aristótia que escape disso, então o... Ali no caso da Aristótia, não há nada que contradiga essa teoria, absolutamente nada, não toda obra dele, só que você precisa ler a inteira para fazer isso, vai procurar, de fato não tem, caiu de sozá casaroto, qual é o melhor modo de absorver esse sentido de unidade orgânica da filosofia do professor, loando em conta, por exemplo, com exercícios de transcrições e algo feito em grupo, muito bem, não existe um método para isso, o que existe é você não perder de vista que existe uma unidade, por isso essa unidade não é uma unidade doutrinal, é uma unidade de uma consciência, quer dizer, um surdo vivo real que ele está percebendo as coisas e está reagindo, e os que você vai ter que absorver não é tanto a filosofia dele, a doutrina dele, mas a atitude dele durante os problemas, é isso que tem que pegar. Cristiano Xavier, por experiências que eu digo com algumas das pessoas que foram abduzidas por ideologias alienães e revolucionárias, elas não parecem mais ser sensíveis a fato de argumentar, de fato não são, isso, Aristótia trazendo adentro de argumentar com quem não conhece, não percebe ou não aceita as regras da prova, quer dizer, a possibilidade de argumentação racional, ela se baseia em algumas condições anteriores, a própria teoreza dos quatro discursos mostra isso, quer dizer, antes de haver argumentação racional, existe uma seleção imaginativa, quer dizer, um universo de fatos, percepções e imaginações que constituem o quadro dentro do qual você está falando, e dentro disso você fez algumas escolhas, você deu algumas preferências, então você tem essa dimensão poética que retorca antes de você entrar na dimensão dialética, então se você está discutindo com uma pessoa, a primeira coisa que você tem que fazer, você tem que pegar algo do horizonte de consciência do mundo dela, por exemplo, aí entra o caso das 12 camadas da personalidade, se você rejeita uma camada de personalidade muito primitiva, então não adianta você querer argumentar numa super-hor, ele não vai ser simples, ele não vai entender, o que você pode fazer é forçá-lo a uma passagem de camada para outra, e nisso aí, vamos dizer, ele tem que lembrar um negócio do Nietzsche, a humilhação é a mãe do aprendizado, às vezes não tem outra maneira de você forçar o surreta da unsóptice, não, você humilhá-lo, você pode fazer ele ir para casa e dizer, eu realmente sou um ignorante, não sei coisa nenhuma, só estou aqui pagando o Mico, e isso talvez pode fazer ele desistir de estudar para sempre, então ele vai ser um pau-pityra menos ótimo, e pode ajudá-la a dar um salto, mas na maior parte dos casos, a atuação que você vai ter sobre a mente do seu interlovo dourno é psicológica e não lógica, para você poder ter uma interação lógica, é por isso que a parte psicológica terá acertada já, as pessoas mais ou menos com um nível similar de maturidade, de boa vontade, honestidade, uma série de condições psicológicas, tem que ser atendidas antes, se não, não adianta absolutamente, então, às vezes o desconhecimento do assunto é tanto, tanto, tanto, o senhor não pode ser honesto nem que ele queira, então ele é forçado a ser honesto pela sua própria ignorância, então é por isso que sim, essa arte de discutir, é só ele quer dar discussão nasca a luz, não, é discussão nasca confusão, para nascer a luz é preciso que já haja uma série de pré-condições bem estabelecidas, é por exemplo, se você estuda o que era disputaço, era disputaço, entre disputa de argumentos, entre duas pessoas do mesmo nível de conhecimento, igualmente empeadas na busca da verdade e ainda policiadas por um professor, que não vai deixar o direito de fazer, cometer um aerológico muito grave, nem vai deixar atrapassear, aí sim funciona, isso seria, vamos dizer, o ideal da discussão científica, mas, entre o ideal da discussão científica, a discussão científica é tomada como modelo lógico, e a discussão científica, como se processa na realidade da sociedade humana, a diferença é visual, não é isso que eu digo, eu não conheço o setor onde a mais trapaça do que nas cências, então, eu acho que os cientistas não são, não chegam a ser tão honestos quanto os políticos. Peter Sonho Henrique Freitas, um tema que o príncipe Luís Silvio sempre menciona, é o seu projeto de uma nova constituição. Será que ele tem uma parada para ser vivido uma espécie de mentor intelectual do Bolsonaro no dia a dia de um evento ao mandato, está muito preocupado com questões administratas. Eu não sei, quer dizer, eu conversei algumas vezes com o príncipe, acho um homem privilegiado intelectualmente, teve moralmente impecável, mas eu não sei jogar até que ponto ele está capacitado para fazer isso. Eu mesmo, eu acho que uma nova constituição pode ser uma nova ilusão. E o que eu sugerei de Bolsonaro é o seguinte, faça um governo plebiscitário, toda questão que está difícil de resolver, passa para devolver o povo e o que o povo votar você obedece. É só assim que nós vamos educar o povo, educar pela tentativa de erro. Esse negócio errado ou foi você decidir, se quiser assim, agora vamos mudar para discutir de novo. Então, ser um governo de tipo experimental e essa experiência conduzida ao longo de muitos anos pode se consolidar em uma série de conclusões constitucionais, mas é preciso já ter essa experiência. Você vê, quando a Câmara Redigirou a Constituição Americana, eles já tinham aquela experiência, já havia o consenso anterior. Existe o livro do McLaughlin, história constitucional da Estados Unidos, este é o maior provo que estou dizendo. Não foram os cinco caras que sentaram e disseram, não, nós vamos aqui bolar a Constituição. Não, eles só pegaram princípios e leis que já existiam e sistematizaram. Então, aquilo já era o costume, por assim dizer. E foi por isso que funcionou. Lêla, acho que é Stephen McLaughlin, história constitucional da Estados Unidos. Foi um livro que mais me esclareceram, e disse, se a gente não pode se deixar levar por uma mentalidade juridicista que espera tudo resolver na base das leis, mas ao mesmo tempo nós sabemos que precisamos ter uma Constituição, leis, etc. Como é que vai equilibrar essas duas coisas? Digo, é muito simples. Você tem que ter leis que expressem uma prática que já existe. Então, uma vez eu li um artigo do meu falecido amigo, Donald Stewart Jr., ele fala sobre o mercado imobiliário na favela. Então, o mercado imobiliário na favela é o seguinte, os imóveis são de preço acessível, é um mercado que funciona perfeitamente bem e não tem regulamento nenhum. Porque que é assim? É tudo feito na base de um costume já antigo, todo mundo já sabe como é que funciona. Mas é só na favela que é assim. Então, aquela é uma situação na qual uma comunidade tem uma experiência em comum. Todo mundo sabe como a coisa funciona, embora não esteja registrado por escrito. Em outro caso, está registrado por escrito, ninguém nem sabe como funciona e às vezes não entende. Então, não adianta nada. Então, eu acho que podemos precisar de uma nova Constituição, mas não já. A minha decisão é de uma experiência em comum, isso é a coisa básica, mas a pessoa pergunta o que é a Idade Nacional. Acabo de me perguntar no reunião dos meus alunos do Europeu, chefeada pelo Felipe Lessar. A Idade Nacional é a memória dos grandes feitos realizados em comum. Mas, se nós não temos memória nem um feito realizado em comum, então, simplesmente, não temos Idade Nacional. Então, temos que começar a fazer algo em comum, porque daí você tem a memória atual, a memória de curto prazo. E quando a memória de curto prazo se organiza, a memória do antigo também começa a voltar. Então, temos que criar uma Idade Nacional a partir de grandes feitos realizados em comum agora, dos 1x 2015, em parte. Por isso, não são bem sucedidos, mas é um grande feito realizado pelo povo. Não é só o próprio impeachment da Dilma, capenga, mas é alguma coisa. A eleição do Bolsonaro é outra. Então, nós temos agora uma memória atual, memória de curto prazo, que é compartilhada por todo mundo. Acho que não há um brasileiro que não sabe o que está acontecendo e que não participe disso de alguma maneira. Então, nós estamos criando uma memória, estamos criando uma Idade Nacional agora. Na medida que isso vai ficando claro, as memórias antigas vão se integrando nisso aí. Então, por exemplo, em fácil o que está acontecendo agora, o que se identificaria para nós, a Segunda Guerra Mundial, ou a Batalha de Guararapes, ou a Programação da República, ou qualquer outra coisa, ou a Vida do Zeagunifácio. O filme, o Zeagunifácio, significou algo porque ele foi lançado nesta situação. Se fosse lançado num momento qualquer, não diria nada. Então, a memória do passado, ela depende da memória do presente. Você não consegue? Também eu critiquei muito essa noção de Idade Nacional, que se desenvolveu no Brasil, simples que a gente está buscando a Idade Nacional na base das constantes nacionais. Então, são símbolos constantes, são árvores constantes, o caráter nacional, tudo isso é uma patacuada, gente. A Idade Nacional não se constrói por um meio sociológico, se constrói por meio da ação. Como o Diannés Trenan é um plebiscito de todos os dias. E eu acho que essa definição é perfeita. O Diannés Trenan era uma vez, quadrada, mas nesse ponto ele é, certo? É uma decisão comum que orienta uma ação feita de certo modo todo o povo participa. O Brasil teve algumas experiências desse tipo, a guerra do Paraguai foi assim, porque o povo todo apoiou o participo, então a geração seguinte apagou. Então, como foi uma das glórias do Império, então a República teve que apagar isso aí. Então, quer dizer, o interior político menor destrói um dos pilares da Idade Nacional. Isso acontece, volte e meca o anteparito, sobe um novo partido e ele quer apagar tudo que o outro fez. Então, ele não pode esquecer, por exemplo, a importância enorme na série de campanhas nacionalistas movidas pelo partido comunista, inclusive o Petróleo é nosso, que se faz parte da Idade Nacional. Ah, foram os comunistas que iam dar, e daí? Não vai regeritar a coisa só. Eu não vou ter um ditado árabe que diz, não pergunte que eu sou, mas recebo o que eu te dou. Se você te dá um dinheiro, se dá um ajuste, ele vai perguntar, não, mas ele é bandido, ele não se engane, ele não interessa, para mim ele foi bom. Então, nova Constituição, sim, mas desde que ela saia da experiência participada em comum por todo o povo, e para isso, aí só tem um jeito, a democracia foi abistada, não como fórmula constitucional, como experiência temporária para conduzir, para suscitar um debate constitucional depois de alguns anos de experiência. Daí quando dizem, o povo agora, o povo sabe o que ele quer, em vários pontos o povo sabe o que quer, o povo brasileiro contra o aborto, o povo brasileiro é contra o desarmamento civil, isso nós já sabemos, mas isso aí não é suficiente para fazer a Constituição. Qual é o sistema eleitoral que nós queremos, isso não está decidido, qual é o tipo de economia que nós queremos, isso também não está decidido. Isso vai ter que prosseguir a discussão, mas prosseguir em tal modo que o povo participe, a única maneira para o povo participar é o plebiscito, se você voltar 500 e ter que ir discutindo o tempo todo, o povo nunca tem as chances de ele mesmo escolher, não é nada, ele não está aprendendo nada, é discussão da qual você não participa, da qual você é apenas espectador, não ensina nada, mas se é você que tem que dar a conclusão, opa, aí você vai pensar, então essa é a minha sugestão para o Bolsonaro, governo e nabado para o plebiscito, primeiro lugar porque isso te garante a autoridade, é certo, de verdadeira representante do povo, eu não estou aqui fazer o que eu quero, fazer o que o povo mandou. Tulio Cuerciampaio, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou um homem mortal, eu não consigo ter o senso de eternidade que sou o homem mortal, eu não consigo ter o infinitesimal, no segundo. Então, existe uma base no fundo de mim, invisível para mim, que me sustenta e faz de mim eu mesmo. E me refaz. Me refaz, por exemplo, quando eu durmo. Eu durmo, me esqueço tudo. Eu decido, estou eu lá de novo. Como é isso? Se isso fosse um processo intracelebral, se o cérebro fosse a garantia disso, isso. Então, bastaria o cérebro estar intacto e isso se manteria sempre. Mas, o que é um cérebro intacto, meu Deus? Você toma um LSD pronto e acabou. Uma filulinha desse tamanho acaba com essa brincadeira toda. Às vezes, não precisa nem acontecer nada no cérebro. Uma... Um acontecimento traumático qualquer. Te assusta, te deprime, mudou tudo. Então, sempre tem que lembrar o seguinte. Como é que Deus se definiu para Moisés? Eu sou o eu sou. Então, existe um eu sou, que nos dá a nossa egoidade, por assim dizer, a nossa identidade. Eu só sou algo porque Deus é o eu sou. Isso não tem explicação humana, não tem explicação biológica, tem explicação natural nenhuma. Se você pegar, por exemplo, a identidade dos animais, você pode persuadir um cachorro de que ele é uma galinha, meu Deus do céu. Não é isso? Você persuadir o urso de que ele é um coelhinho. Você faz isso. Então, que identidade desses vídeos tem identidade nenhuma. E nós, enquanto seres biológicos, também não temos identidade nenhuma. A identidade não depende do substrato biológico ao contrário. Ela existe contra o substrato biológico. O substrato biológico está mudando todo dia. As células do seu corpo vão mudar mil vezes. Então, toda vez que você reconhece, através das suas memórias, conhece o seu mundo, se eu tenho o meu mundo aqui, o meu mundo aqui é a Rochana, a Leva, minha casa, meus amigos, meu trabalho, isso é o meu mundo. Eu volto a reconhecer o meu mundo, eu sei que não fui eu que dei isso pra mim. Eu sei que não sou eu sustentáculo disto. Então, aí é que você entende qual é o sentido primeiro, mandamento amarido, sobre todas as coisas, meu Deus do céu. Existe algo que está infinitamente além de nós e que nos sustenta. Sustenta aquilo que tem de mais íntimo em nós, que você pensa que é seu, e só assim eu falo, não, não, você não é capaz de fazer isso. Você não é capaz de criar sua identidade. Você não será capaz de dizer a palavra. Eu escrevi um soneto dizendo isso. Fala Jesus, é só em ti nós podemos dizer eu sou. Você tem que meditar constantemente isso e você vai entender o que. Talvez você não esteja captando a alma imortal, porque você está querendo pensar nela em termos de uma substância. Quando ela consiste apenas nisso neste eu sou. Nesta capacidade de ter uma identidade e recuperá-la de novo e de novo e de novo e de novo. Entendeu? Então, aí eu quisia, Shelling, acho uma das frases mais lindas das histórias da história. Eles não fazem pouco do princípio de identidade, porque o princípio de identidade é Deus. Então, por hoje é só. Muito obrigado.