Então, bom noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje, conforme eu não sei, nós vamos falar aqui sobre como esta ideologia multiculturalista se enquadra dentro da tradição gnóstica. O Zeranel te observado, sobretudo depois que começaram a fazer este curso, que a maior parte das pessoas não apenas tem uma confiança ingênua na veracidade das suas opiniões sem jamais ter elas examinado, mas em geral acredita que elas vêm de Deus, que elas traduzem exatamente a lei divina, a doutrina divina, também sem nunca ter examinado isto. Isto quer dizer que circula por aí um monte de opiniões sacro-santas, nas quais as pessoas acreditam ver a fé em Deus quando é verdade, elas não sabem se foi exatamente isso que Deus diz, que se foi essa intenção de Deus, e no fim o que você tem é apenas uma confiança cega na sua própria opinião, na confiança na sua própria infalibilidade. Este fenômeno, infelizmente, é muito disseminado. Uma dessas opiniões que apareceu e volta a aparecer cíclicamente é a seguinte, neste país você não pode falar do valor do conhecimento, dos malefícios da ignorância, sem que apareça algum coroinha gritando, isso aí é gnosticismo, é heresia. E as pessoas realmente acreditam nisso e falam, nós podemos dizer que falam com boa fé, mas só se for boa fé é dar uma fé, porque o indivíduo não tenta averiguar o que ele está dizendo, você não tem, vamos dizer, não exerce um ruído analítico, crítico em cima de seus próprios pensamentos, então ele está apenas expressando o que é um desejo, uma emoção, um modo de sentir, e querendo impor esse modo de sentir ao outro, então trata-se de uma disputa de dominação psicológica na verdade, você quer intimidar, você quer subjugar e sentir-se enormemente superior por causa disso. Isso tudo não tem absoluta amenada a ver com a busca da verdade, não tem nada a ver com a fé, tem a ver com os mais baixos instintos humanos. Se examinarmos essa questão do gnosticismo, nós veremos que a oposição em que as pessoas baseiam a sua opinião a respeito, que é a da salvação pelo conhecimento verso salvação pela fé, não faz o menor sentido, mesmo porque, quando você faz essa comparação, você está colocando cristianismo e gnosticismo como se fossem espécies do mesmo gênero, que têm o mesmo objetivo, somente buscando por vias diferentes, uma pelo conhecimento, outra por um negócio que se chama de fé. E na verdade são fenômenos totalmente heterogênios e na verdade não somente incompatíveis, mas incomparáveis sob determinados, sob muitos aspectos. Então, em primeiro lugar, o que os gnósticos antigos designavam como salvação não tem nada a ver com aquilo que o cristianismo chama como salvação e o que eles chamavam de conhecimento, não tem nada a ver com o que o cristianismo chama de conhecimento, a tradição ocidental inteira chama de conhecimento, a ciência chama de conhecimento e nós chamamos de conhecimento no dia a dia, o que eles visavam, o que eles entendiam com a palavra conhecimento é uma coisa muito diferente, muito diferente, que nós hoje não chamaríamos de conhecimento de maneira alguma. Em segundo lugar, o gnóstico, quando pensava na ideia de um conhecimento salvador, ele acreditava que esse conhecimento salvador lhe foram enviado por um deus transcendente através de mensageiros. Então isso quer dizer que o processo de, entre aspas, salvação, gnóstica, não podia jamais começar pelo conhecimento, porque você ainda teria que adquirir o conhecimento, então você tinha que ter um primeiro ato de que? De fé, então a salvação gnóstica começa pela fé, a fé conduzirá ao conhecimento, então até aí já basta essa observação muito simples para você ver que a ideia de distinguir cristianismo e gnosticismo, pela ideia de salvação pela fé, salvação pelo conhecimento é totalmente errada, pueriu, grosseira. Uma terceira, terceiro ponto a ressaltar é o seguinte, aqui a gnose acreditava, das vezes tudo que a gnose faz é para responder a um único problema, e esse problema é o problema do sofrimento humano, a grande preocupação do gnostic é o sofrimento humano, que eles viam como uma coisa universalmente disseminada e até certo ponto invencível. Eles buscavam a explicação deste conhecimento, deste sofrimento, na própria origem do universo, na versão cristã, nós temos, antes de uma criação original, a origem de um deus bom e amoroso, e uma criação ordenada, compreensível até certo ponto, dentro da qual acontece uma tragédia, que é, dizer, o primeiro pecado, o resultado, então, na queda de Adão Eves e dos seus descendentes, queda que não é definitiva, não é inevitável, porque existe uma série de mecanismos para corrigir os seus efeitos, entre os quais, a encarnação do Senhor Jesus Cristo, essa é a versão cristã. Isso quer dizer que o mal se introduz no mundo, através de dois elementos, a sugestão demoníaca e a vontade humana, que decide livremente seguir a sugestão do demônio. Então, este é o elemento de mal que existe no mundo, não é um mal cósmico, é um mal humano, um mal de tipo moral, claro, ele pode afetar, inclusive, o ambiente físico terrestre, mas através da ação humana. Isso quer dizer o seguinte, quando Adão Eves foi expulso do paraíso, não existe uma degradação geral do universo, o universo não se torna hostil por causa disto, está certo? O elemento de hostilidade e de degradação do ambiente pode resultar, dá ação humana acumulada ao longo do tempo. Hoje, que todo mundo fala em crise ecológica, isso é uma coisa fácil de você compreender, quer dizer, se você esgota, por exemplo, um certo terreno, você planta e corre, planta e corre, você esgota as possibilidades daquele terreno e ele se torna um deserto, então você faz como os índios, você ocupa um aparto território, depois queima tudo e vai embora, depois queima outro pedaço, queima outro pedaço. Então, hoje em dia essa ideia da degradação do ambiente terrestre, pela ação humana, é uma coisa que não precisa explicar porque todo mundo compreende. Não há outros fatores, não há um fator divino de degradação do ambiente terrestre, quer dizer, terrestre e cógico, que o deus não estragou o universo porque a da we have a pecar, ele não fez isso, certamente, ele apenas determinou que a partir da lia eles não teriam mais, vamos dizer, uma vida fácil e deliciosa de graça, mas teriam que trabalhar por isso, está certo, ele não quis se esforçar e esse esforço poderia por sua vez ser desviado e degradado através de novos pecados. Isso é a história humana no fim das contas, são erros acumulados, às vezes você nem sabe onde eles começaram, mas são erros humanos certamente, não erros humanos de iniciativa própria, mas sempre por uma sugestão diabólica. O ser humano não é obrigado a ceder à tentação diabólica, ele segue porque ele quer, ele decide livremente, ele tem esta liberdade. O que ele não tem é a liberdade de escapar completamente das consequências de seus atos sem uma intervenção divina, quer dizer, quando você tem o pecado, você pode pedir o perdão e significa que este pecado não terá efeito na sua, no juízo final, na própria missa, diz não olheis para os nossos pecados, quer dizer, como se não existisse, o pecado foi abolido, mas também você pode pedir a isenção das consequências terrestres, consequências temporais. Às vezes, o perdão é garantido, você confessa com a intenção de você consertar o pecado, você está perdonado quase automaticamente, mas as consequências temporais, às vezes Deus nos exime, dessofre elas e às vezes não. Então, esta é a situação no mundo do mundo cristão, no mundo agnóstico, quer dizer, não houve um pecado inicial humano que produzisse esta série de degradações, houve um crime idiodo da parte de um Deus, que não é o Deus Supremo, é um demiúrgo ao criador do mundo terrestre, ele fez o mundo terrestre e nos prendeu dentro dele, contrariando a vontade do Deus Supremo, que é puramente espiritual e que não tem contato com este mundo, anuncia através dos seus mensageiros, é um Deus que permanece puro, intocável, eterno e mutável, acima do mundo terrestre, do tempo e espaço, da geração e corrupção. Este mundo aqui não tem conserto, ele é ruim de qualquer maneira, então este é o primeiro conhecimento, quando nós falamos de salvação pelo conhecimento, este é o primeiro conhecimento, este é o conhecimento de que o universo, o cosmos inteiro, é degradação, ele foi uma traição feita por um Deus menor contra o Deus maior, nós hoje não chamaríamos este conhecimento, nós chamaríamos de mito, de lenda, de crediça, de qualquer coisa, tá certo? O segundo conhecimento que eles visavam é o seguinte, para que os seres humanos pudessem ser aprisionados neste mundo maligno, é preciso que eles existissem antes, ou seja, houve uma queda geral da espécie humana, você vivia numa condição, para dizer que num mundo pura, menos espiritual, você caiu para o mundo material, então o segundo conhecimento, aqui eles visavam, é o conhecimento da presidência humana, nós existíamos num outro lugar e caímos para cá, você encontra isso durante o matrivo do Xingu, no livro do Pierre Clastres, Terra sem Mal, os índios acreditavam nisso, eles viviam num outro mundo, que era Terra sem Mal, e daí alguém abriu um buraco, aí o sinto nunca caiu, então é o sinto de solgnóstico nesse sentido, então o tipo de salvação que levava ao conhecimento, o tipo de conhecimento que levava à salvação, era o conhecimento dessas duas coisas, do caráter irremediablemente degradado do mundo material, e o conhecimento da presidência, e portanto o conhecimento dos meios de você voltar a esta presidência, a este mundo puramente espiritual, mas quando é na discussão desses meios, as escolas diagnósticas se diferem barbaramente, de modo geral, elas dizem que este mundo precisa ser destruído, como é meio difícil você destruir o mundo, em geral, os diagnósticos se dedicam à sua auto destruição, ou à destruição de alguma outra coisa, por exemplo, você pode destruir o seu corpo mediante, vamos dizer, excesso de acetismo, você se negando necessidades elementares, a certa alimentação, vestuário, repouso, etc. Você pode destruir também através da libertinagem, sem limites, essas duas coisas são válidas, algumas escolas que pregam uma coisa e a outra pregam a outra, mas de modo geral você vê que o que nós que estamos chamando de conhecimento não é uma coisa que nós chamaríamos de conhecimento, portanto a oposição da salvação pela fé, salvação pelo conhecimento, está falha porque está se utilizando de uma mesma palavra para designar duas coisas completamente diferentes. Nós, quando falamos de conhecimento, nós estamos falando do conhecimento filosófico, científico, conhecimento místico, alguma coisa substantiva, e não de um negócio, vamos dizer, etéreo e inimaginável com essa tal da preexistência, quer dizer, a preexistência é apenas uma hipótese, ela só pode distir com uma hipótese, não como objeto de experiência. Nas obras de Platão você encontra alguma coisa, algum elemento assim, que nós podemos dizer que é pregnóstico quando ele fala do conhecimento das formas eternas, ele diz, nós tínhamos esse conhecimento e o perdemos, mas ele não está subscrevendo formalmente a teoria da preexistência. Você poderia dizer, por exemplo, que durante a nossa gestação nós conhecíamos, este conhecimento das formas eternas, e perdemos ao nascer, ou até que a conhecíamos quando crianças depois perdemos. É uma coisa que parece com a ideia da preexistência, mas não é exatamente a mesma coisa. Então a única parecida com a ideia da preexistência que nós temos na tradição occidental, é essa ideia do pré-conhecimento das formas que nós tínhamos. Mas Platão não se refere a uma outra modalidade de existência que nós tínhamos, somente a um outro conhecimento. Era um conhecimento que tínhamos e depois perdemos. Ele não diz quando, ele não diz que foi numa preexistência, ele não está mencionando a coisa nem no sentido reencarnacionista, ele não explica de onde tínhamos esse conhecimento. Então não podemos dizer que nesse sentido Platão fosse um gnóstico, se você ir embora haja este ponto de semelhança, mas pontos de semelhança, de qualquer filosofia e de outras gnósticas, você vai encontrar toda a parte, inclusive na doutrina da igreja. Por que? Porque o gnosticismo não sai de uma pura ideia, ele sai de uma experiência, essa experiência enquanto tal é real, que é a experiência do que? Da absurdidade da vida, da absurdidade do cosmos. Não há quem não tem atido essa experiência, sobretudo, se você passou por fato de uma extrema gravidade, uma doença, uma sucessão de perseguições, uma guerra, uma revolução, uma grande crise, um catombe natural qualquer, há momentos em que você acha que tudo é absurdo. Eu acho que as pessoas que passaram pela guerra, por exemplo, são inumeráveis os depoimentos de pessoas que sentem que estão presas dentro de uma máquina maligna e absurda. Isso é uma experiência humana. E essa experiência humana todo mundo teve, alguns teve durante alguns minutos, durante alguns anos, durante a vida inteira, mas todo mundo teve. Cristo, no al da cruz, teve. Quando ele perguntava, pai, por que me abandonaste? Isso não quer dizer que ele acredita realmente que Deus, pai, o abandonou. Mas naquele momento parecia que, e esta é o conteúdo de uma experiência e não o conteúdo de uma crença. Isso é fundamental. Eu mesmo me lembro de ter escrito um soneto que chamava o olho direito, que ali é uma experiência agnóstica, porque Jesus disse, o teu olho direito te escandaliza, você o arranca. E eu no soneto digo, não adianta arrancar, porque eu continuo vendo coisa absurda do mesmo jeito. Já arranquei mil vezes. Cada vez que você arranca, você vê mais uma coisa chocante, mais um escândalo no sentido bíblico. O escândalo é aquilo que nega a sua fé, nega os seus valores, tudo. Então, o quanto mais eu arranco, mais eu vejo coisa escandalosa que me choca. Então, eu acho isso, não, não acho isso. Eu acredito nisso, não acredito nisso. A poesia lírica, ela é a expressão de uma emoção, a expressão de uma impressão. Então, ela não está dizendo uma verdade, nem uma falsidade, ela está expressando uma impressão do momento. Ela não pode ser julgada, por sua vez, como manifestação de uma ideia, de uma crença, porque se for ideia ou crença, então já não é poesia mais, é uma outra coisa. Pode ser, sei lá, teologia, disfarçada e poesia, ideologia, disfarçada e poesia, qualquer coisa assim. A poesia, por si, ela não afirma, a liguária poética não afirma nem nega, ela expressa uma impressão positiva. Se essa impressão é verdadeira ou falsa, se é profunda ou superficial, esse é um outro problema. Então, eu estou dizendo o seguinte, a experiência gnostica existe e todo mundo participa dela, todo mundo sem exceção. Então, se você vê a história dos santos, houve situações, né, onde eles tiveram exatamente o mesmo sentimento gnostico, estou preso dentro da máquina infernal e não sei como sair dela. Isso não é isso, é? A diferença é que o gnostico transforma isso numa doutrina, numa teoria. E ele acredita na validade universal, objetiva dessa teoria, coisa que nós não podemos acreditar, não só porque nós temos toda a tradição cristã, atrás de nós, mas porque, de fato, por mais que nós nos esforcemos, nós não conseguimos ver o mundo como o impero absoluto do mal. Isso não existe. Se você vê, assim, narrativas de pessoas vivendo as condições mais miseráveis, sei lá, um campo de concentração, uma coisa, você vai ver ali, pelo menos de vez em quando, um sinal de bondade, de nobreza, de amor ao próximo, sempre aparece. Então, a nossa impressão, perante as doutrinhas gnosticas, é de que elas são um exagero monstruoso, uma metonímia, imensa metonímia tomada como se fosse uma afirmação teórica, literal. Quer dizer, o universo é hostil e foi feito por um Deus maligno com a finalidade de me sacanear. E eu tenho que sair dessa porcaria o mais rápido possível. Posso sair pelo suicídio, por causa da desgradação, posso sair pelo próprio sofrimento, posso tentar destruir o cosmos, posso tentar destruir a sociedade, posso tentar destruir os outros, você destruir o universo não é fácil, né? Tá certo? Então, as maneiras de destruir o cosmos são inúmeras, mas todas elas são metafóricas, nenhuma dela destrói, efetivamente. Alguns gnosticos têm a diferença de poder passar para o mundo puramente espiritual enquanto ainda estavam nessa vida. Outros, depois da morte, uns pensavam assim, na sua evasão do mundo, na evasão da humanidade inteira, mas tudo isso é um variante dentro do mesmo critério, dentro da mesma clave. Esta é a diferença fundamental entre o gnosticismo e o cristianismo. No cristianismo, o mundo, a criação, ela é boa em essência, existe o mal dentro dela, mas ela não, isso não compromete como um todo, tá certo? Não a transforma no jarguinho das delícias, porque o jarguinho da delícia já foi cancelado, tá certo? Mas não a transforma no inferno. O paraíso inferno existe, mas não neste plano de existência, aqui você tem aspectos de paraíso de inferno. Isso é de experiência comum, né? E em segundo lugar, a presença do mal é explicada de um jeito no cristianismo e de outro jeito no gnosticismo. No gnosticismo, o mal é inerente ao próprio cosmos, ele está disseminado um cóbio inteiro, e ele define o cóbio de algum modo. No cristianismo, não, o mal só existe em função da liberdade do mundo. É como se você é só o ser humano faz o mal por indução dos diabos, evidentemente, né? Quando você olha a tradição de pensamento ocidental mais recente, desde o século 18, você vê que toda ela está infectada de gnosticismo, todos, todos, todos, todos. O primeiro sinal, é a busca de um mal que está para além do ser humano, que está para além da responsabilidade do humano. Isso é absolutamente universal. Quando o Jean Jacques Rousseau diz o homem é bom, é a sociedade o corrompe. A sociedade é imensamente maior do que o homem, e evidentemente eu não sou responsável por todo o mal que está na sociedade, então eu sou uma criatura inocente e uma máquina imensamente superior a mim me corrompe. O que é isso aí? Isso é que nós tínhamos a mesma coisa, quer dizer, a responsabilidade pelo mal não é humana. É sobre-humana ou extra-humana. Isso está presente na própria fundação daquilo que hoje nós chamamos cenas sociais. Quando o sociólogo Emil Brulkaim, fundador da sociologia, não podia ser dito um sociólogo, pois a sociologia não existia, foi ele que inventou o fógusto Compte, mas ele se inspirou muito no Compte. Ele vai definir a sociologia como estudo dos fatos sociais. E os fatos sociais têm duas características que os definem segundo ele. Primeiro, eles são externos ao indivíduo. E segundo, eles têm um poder coercitivo em cima do indivíduo. Por exemplo, as leis. A lei existe independentemente da tua vontade, mas você está submetido a elas. Se você as rompe, você as infringe, você vai sofrer alguma consequência que vai ter. Também as leis do mercado não são leis no sentido jurídico, mas são apenas regularidades ou constâncias observadas estatisticamente. Se você também as infringe, você perde o seu dinheiro. É verdade. O fato social para Brulkaim é que você é formado por esta impessoalidade e, portanto, pela ausência da responsabilidade do indivíduo. Agora, de onde saíram as leis do mercado, as leis da economia saíram da ação humana acumulada ao longo do tempo. Portanto, não é um fator inteiramente externo ao ser humano. São os famosos pecados dos antepassados que fala a própria Bíblia. é uma longa fileira de pecado acumulada desde o início dos tempos, isso é uma parte deles, uma parte ínfima, se você pensar, redimido pela confissão e pela comunhão, por uma maior parte dos pecados, continuam transmitindo as suas consequências ao longo dos tempos. Você não é pessoalmente irresponsável por isso, mas como membro da humanidade, você carrega esta responsabilidade. Neste, então, você não é culpado pelos pecados do seu pai, por exemplo, mas as consequências dele continuam aí, você vai ter que arcar com elas de alguma maneira. Então, não há uma força extra-humana que nos imponha o mal, existe uma força extra-humana que nos sugere o mal, que são os diabos. É que vem com propostas sedutoras e podem te enganar, tá certo? Mas você não é um homem, não é um homem, não é um homem, você não está obrigado, você não é forçado a seguir-lo, você sempre tem a liberdade de dizer não. Então, é como o Diandre de Média, o diabo pode latir, mas ele só pode morder se a gente deixar. Então, não há outra fonte do mal a não ser o uso errado da liberdade humana. Tá certo? E isso se acumula ao longo do tempo, dando a impressão de um fator extra-humano, dando a impressão de ser um fato social no sentido do diorcaio. Se você ver, dizer, as leis da economia não foram promulgadas por ninguém, elas foram se formando através da atividade econômica dos seres humanos ao longo dos tempos que criam então um fato consumado dentro do qual você está. Tá certo? Mas é lógico que as próprias leis da economia estão entremeadas das leis no sentido jurídico, quem quer que tenha feito mais declaras estão de imposto de renda, entendo que eu estou falando. Você está se adaptando às leis da economia através de uma grade jurídica, que é a lei tributária, tá certo? Então, existem vários tipos de leis, existem leis morais, que são convenções, tal coisa é feita ou até bonita, tal coisa é aprovada, tal coisa é desaprovada. Existem leis até no código verbal, coisas que você pode dizer em um certo lugar, e coisas que você pode dizer em outra, e coisas que não pode dizer nunca. E assim por diante, existem todos, vamos dizer, um código gestual, por exemplo, olhares de aprovação ou desaprovação, tudo isso existe, quando nascemos, caímos no meio visto, nós não fomos nós que examinamos nada disso, mas também isso não é algo que está totalmente fora na natureza das coisas, tudo isso veio de ações humanas acumuladas. É por isso que eu nunca acreditei na teoria do Friedrich Hayek, da ordem espontânea, não uma ordem espontânea, há uma ordem que parece espontânea, porque você não sabe quem inventou, mas não existe uma única lei, não existe um único costume, não existe um único ruízo de valor que alguém não tenha feito, você pode remontar ao longo dos séculos, e sondar a origem de certas instituições, de certas leis, de certos costumes, etc, etc, e sempre vai haver um primeiro. Então, se você pegar, por exemplo, o código de Amurab, ele nasceu em Árvore, ele veio sozinho, não, o sondar de Chabada Amurab que escreveu aquilo, você pegar os 10 mandamentos, Moisés subiu lá, Deus falou, ele anotou e trouxe para baixo. Então, quando Moisés estava descendo ao Sinai, quem conhecia os 10 mandamentos só ele, ninguém mais conhecia, então um sujeito, agindo em nome de Deus, baixa aquelas leis, elas continuam sendo obedecidas ao longo dos séculos e dos milênios, este é outro ponto que eu tenho insistido muito, eu ver, uma constante na existência humana, é a diferença de poder entre os indivíduos, se você pega, por exemplo, um prisioneiro doente ali, deitado no chão da sua cela, em cima o Ministro Justiço, o governante que decretou a prisão dele junto com a prisão de outros milhões de pessoas, a diferença de poder é monstruosa, e é um fato que você não observa em nenhuma outra espécie animal, por exemplo, você pode imaginar um tigre que seja mais forte do que o outro tigre, você pega o tigre maior, o tigre mais velho, pega um tigre adolescente e dá num cacete, mas um tigre não pode vencer 10 tigres, isso não existe, um leão não pode vencer 10 leões, um elefano pode vencer 10 elefantes, assim por exemplo, um macaco não pode vencer 10 macacos, então essa diferença de poder é uma marca distintiva do ser humano, e por isso mesmo é que eu não acredito em ordem espontânea, não é isso não é? Não só existe a diferença de poder no sentido, vamos dizer, da decisão e da imposição de atitudes e obrigações, mas existe também a diferença do poder intelectual, um sujeito que tem um horizonte de consciência enormemente maior do que os outros, e ele entende o que está acontecendo para eles, eles não entendem coisasíssimas nenhuma, e talvez ele tente explicar, eles vão ficar até bravos, porque acho que não existe humilhação maior do que você provar para os gente que ele é um idiota inconsciente, que ele não sabe que não entende a sua própria vida, isso é horrível, eu sei que é horrível, você é às vezes obrigado a fazer isso, explicar para os caras, você está sofrendo por isso, por isso, assim, assim, assim, assim, se ele for um cara de boa vontade, ele aceita e aprende, mas em geral a reação não é esta, eu não sei quem foi que disse, mas é uma coisa muito certa, isso é o maior pecado aos olhos do mundo é tentar ensiná-lo, existe também, veja, diferença entre vários tipos de poder, se você pega, por exemplo, a beleza, você pega as pessoas, existe desde mulheres que parecem deusas, até as mucreias intoleráveis, que você não aguenta nem olhar, está certo? Então, esta aqui tem um poder que a outra coitadinha não tem, existe a diferença do poder econômico, a diferença da ingeniosidade, capacidade de ação, tem sucesso capaz de bolar esquemas que enganam o país inteiro, está aí o Jorge Soura que não me deixa mentir, e tem outro que é que eu, eu entro em qualquer vendedor de vassoura, eu me vendo todas as vassouras dele, eu trouxe a compro tudo, aqui está aqui a Oxane que não me deixa mentir, existem inúmeras formas de diferença de poder, e todas elas são imensas, são desmedidas, e eu acho incrível que a tal da ciência social não tenha percebido isso até hoje, e não percebe por que, tem uma influência agnóstica que induz os estudios, a sempre procurar a origem dos problemas da situação em forças extra-humanas, no cosmos, na sociedade, na história, no próprio Deus, etc. etc. Ou seja, todo mundo é culpado menos nós, assim, o cosmos é o culpado, esta é a diferença essencial, então, você veja que dentro da ciência histórica, por exemplo, existe o Ferdi Nambro de El, que é tido como um grande historiador, ele conseguia escrever uma história em que não tem agentes humanos, só tem estatísticas que se movem pra cá e pra lá, então, é evidentemente um mundo inhumano, um mundo onde tudo acontece pela ação de forças externas, quando você observa a obra de Karl Marx, por exemplo, ele acredita que existe uma dialética histórica que funciona por si, a qual todos estamos submetidos, essa dialética consiste do seguinte, existe a natureza, no sentido bruto, natureza material, o mundo material, existe as necessidades humanas que tendem a ser atendidas e em função das quais o homem transforma pela ação, pelo trabalho, este ambiente social, na medida que ele forma, que ele modifica pelo trabalho, o ambiente natural, ele também se modifica a si mesmo, em segundo Karl Marx, que ele se humaniza nesse processo, quer dizer, a natureza humana é produto do trabalho humano em cima da natureza, tá certo? O Erich Wegener observa muito bem observado que isso aí é um jogo de palavras com o termo natureza, que a natureza ora significa natureza externa, ora significa a natureza humana, ora significa o poder humano de criar a sua própria natureza, quer dizer, pera aí, do que você tá falando, afinal de contas, mas, este jogo, segundo Karl Marx, é inescapável, nós não fomos nós que decidimos que a coisa ia ser assim, tá certo? Então, estamos todos dentro desta máquina, tá certo? Quando você vê a obra inteira do Dr. Freud, tudo que nos acontece resulta, vamos dizer, de uma estrutura psica que nos foi imposta, que não foi nós que escolhemos, não tem o ídolo, o ego, o super ego, e eles entram em conflito, e a nossa vida é o resultado deste conflito, não há nada que nós possamos fazer para escapar disto, então, é o que? É um fator externo, do mesmo modo, mas, quando você vê, quando chega ali no estruturalismo de Claude Le Vistross, tudo é decidido por fatores externos, que são estruturas, que não são fatores materiais, são como se fossem códigos, por exemplo, códigos de parentesco, códigos linguísticos, etc, eles determinam as nossas possibilidades de ação, mas, adianto, quando chega no desconstrucionismo, e aí já, já com Lacan, Derrida, Foucault, etc, então, a linguagem se torna onipotente, o homem, diz, eu não lembro se foi o Foucault ou outro, que diz, o homem é um fanto... o homem não fala, ele é falado pela linguagem, ele é o fantoche, falado pela linguagem, quer dizer, quando você pensa que você está falando, não, a linguagem está em ponta você, as suas regras, e obrigando você a dizer isso aquilo, na, na, na tese do, do antropólogo americano Benjamin Worf, as línguas, elas determinam de tal modo, tudo que você vai pensar, tudo que seus irmãos podem pensar, que o jeito foi educado numa língua, ele não vai conseguir pensar no oção e da outra, a possibilidade da, da tradução é apenas um, um arranjo, mas, a língua natal determina, tudo que você vai pensar pelo resto da vida, então, em todos estes casos, sem exceção, você vê o que? Não é a ação humana que produz, os efeitos, inclusive os efeitos malignos, que produz o mal, que produz o problema do mal, não é, é sempre alguma coisa externa, isso alimenta no ser humano, o que? A revolta agnóstica, você está, revoltadíssimo, está indignado, com uma máquina infernal, dentro da qual você foi parar, essa máquina infernal pode ser concebida, como se fosse o universo inteiro, como se fosse, a história, como se fosse a linguária, como se fosse a sociedade, etc., mas sempre algo fora, está certo? Então, é evidente que, neste sentido, você resolveu o problema de um único indivíduo, a felicidade de um único indivíduo, depende do que? De uma mudança total, do cenário histórico, social, cósmico, etc., etc., etc., não é isso? Isso significa que, a responsabilidade de um indivíduo é abolida, e segundo, a própria noção da liberdade de um indivíduo, também é abolida, porque, se os seus problemas, até os seus defeitos vêm de fora, você não pode se livrar deles, por sua própria decisão, depende de uma mudança social, por exemplo, o crime, o crime é causado por, o que? Forças sociais, é um negócio do Durkheim, até aqui é um conjunto de fatos sociais, e esses fatos sociais foram criados por, o que? pelos fatos sociais anteriores, e esses pelos anteriores, e esses pelos anteriores, assim, remontam até, sei lá, onde? Eu digo, bom, e houve um começo dos fatos sociais, houve algum sujeito que, criou um fato social para os outros, curta a própria conta e risco, ninguém tomou decisão nenhuma, isso quer dizer que a Murab, não escreveu o código da Murab, Pérex, não escreveu as leis de Atenas, né? O exército não baixou do alto do sinaico, os 10 mandamentos, tudo aconteceu assim, pufi, por natureza. Ó, o elemento essencial do cristianismo, mas essa é a coisa mais essencial, é que ainda que você esteja no ambiente mais corrompido, mais degradado, você não é obrigado a fazer o mal, você sempre tem a liberdade, a liberdade, né? E os exemplos, se você lê o livro, por exemplo, do Victor Franco, com a experiência dele no campo de concentração, você vai ver, por que algumas pessoas ali, se degradavam junto com o ambiente, e após que outras melhoravam? Um virava um monstro, outro virava um santo, tem alguma, alguma diferença, e essa diferença está no quê? Está na liberdade humana. Você vê na ciência histórica, a tentativa de sempre explicar um estado de coisas, pelo estado de coisas anterior, como se não houvesse a mediação de uma decisão humana, né? E portanto, a tendência de você abolir a importância dos indivíduos que têm poder, dá a impressão assim que, sei lá, Lênio, Napoléon Bonaparte, eram uma vítima das circunstâncias, tanto aqueles que foram parar na prisão por ordem de Lênio ou de Napoléon Bonaparte, isso é um absurdo total. Você vê que Napoléon Bonaparte tinha um poder quase total sobre a sociedade francesa, tem interia, tem que obedecer aquele homem. Ele sabia as limitações do seu poder também, tá certo? Mas sabia manipulá-los, mas os cidadãos, os súditos, estavam completamente a mercer, daquele sujeito como depois tiveram a mercer de Lênio, a mercer de Hitler, a mercer de Mussolini, a mercer de Staling, de Mao Tse Tung, e agora do Maduro, então como é possível você não perceber a diferença da quantidade de poder que um tem e que o outro tem? Esta diferença, vamos dizer, ela esbarra no limite, que é o seguinte, você pode prender um homem, você pode torturá-lo, você pode até matá-lo, mas você não pode obrigá-lo a concordar com o que você está fazendo. Ou seja, esse resíduo final da liberdade humana, ele é impossível de você eliminar, e isto faz uma diferença enorme no curso das coisas. Quando você vê situações em que todo mundo parece arrastado num determinado sentido por forças históricas que elas não compreendem, e de repente aparece um sujeito que fala, não, eu não quero que você já sinta, e que você dê outro jeito. Isso é convive acontecendo, então mostra o seguinte, a liberdade humana é um fator fundamental no curso das coisas, e isso é que o gnóstico não pode entender, quer dizer, ele tem que se sentir a vítima de uma coisa externa, sempre essa coisa externa. Bom, se você falar cosmos, e está referindo somente o cosmos físico, é claro que não, está referindo ao cosmos na sua totalidade, portanto, natureza, história, tempo, espaço, etc. É um conjunto. Então você pode simbolizar esse cosmos, por exemplo, na natureza física, mas você pode simbolizar na história ou na sociedade. A tendência de pensar assim, de atribuir a ação humana a causas que não estão na liberdade humana, é universal na cultura moderna. Raríssimos cérebros escaparam disso. Até algum viciinho, deixa eu ver se esqueci de algum exemplo. Um exemplo que é característico canto, canto diz o seguinte, nós só podemos conhecer aquilo que é comproporcional à nossa estrutura cognitiva. Assim como, por exemplo, tem certas vibrações sonoras que nós não captamos e um cachorro capta. Então estamos limitados pelo nosso aparato cognitivo. Então das coisas, nós só vemos aquilo que coincide com o nosso aparato cognitivo, que está ali comproporcional. O resto nós não vemos, portanto nós não vemos as coisas em si mesmas, mas somente só vemos aparências que são comproporcionales à nossa capacidade perceptiva. Eu há muito bem, só que dizer isso não é dizer absolutamente nada. Porque, pergunto eu, os objetos que eu estou vendo eles têm a capacidade de se mostrar a mim, além da minha capacidade cognitiva? Não, eles só podem me mostrar aquilo que eu posso ver. Ou seja, a limitação não está só em mim, mas está no objeto também. Está certo? Portanto, o que eu estou vendo do objeto é a aparência que está encobrindo o verdadeiro ser dele. É o verdadeiro ser dele naquele aspecto com que ele se relaciona comigo. E se eu não posso ver além disso, ele também não pode mostrar além disso. É um exemplo, porque eu sempre dou, você pega um cubo, todo cubo tem seis lados, mas você só pode ver três. Daí o canteirano está vendo como nós só percebemos o que está no nosso aparato cognitivo. E o cubo ele consegue estar seis lados para o mesmo lado ao mesmo tempo? Não, só se você projetar um papel como geometria descritiva, só que ele não é mais um cubo, ele é o desenho de um cubo. Então, o que nós percebemos é o cubo real com a sua limitação real. E não apenas uma forma fenômeno que encobrindo uma misteriosa coisa em si. Ora, se só vemos aparências, então a conclusão que você pode chegar é o seguinte, não sou só eu que tenho esse aparato cognitivo, toda a humanidade tem, então isso quer dizer que podemos estar todos enganados juntos. Então, significa que a noção de verdade vai para o Belalé. Sobra apenas o quê? A adequação. Quer dizer o quê eu estou percebendo é adequada ao que os outros estão percebendo também. Quando nós vemos tal coisa científicamente verdadeira, não quer dizer que ela seja verdadeira, ela apenas está adequada ao modo de a gente perceber dos outros cientistas que vêm do mesmo modo que eu. Então isso quer dizer o ser humano está solto dentro de um universo que lhe é inacessível. O que é isso aí? O que nós dizemos? Daí vem o Schopenhauer pior a coisa ainda. Schopenhauer parte do canto, ele aceita das premissas do canto. Dizem que sim, mas se nós não percebemos a realidade em si mesmo, sim somente as suas aparências, essa realidade necessariamente tem que ser uma coisa estranha a nós. Ou seja, para além do que eu vejo, tem um outro treco que é estranho. Esse treco não não se quaduna com minha forma de percepção, mas também não se quaduna com as categorias da minha razão. Então tem que ser uma força extra-humana, anti-humana, irracional e inaprensível. Que daí vai ser como se fosse o destino. Então, estamos soltos dentro do universo do qual não entendemos coisaíssima nenhuma, estamos a mercer dele como musquitinhos numa tempestade. O que é isso aí? É o gnosticismo de novo. Ao passo que dentro da tradição cristã, você vai insistir na capacidade humana de aprender o real tal como ele é e de manter a sua liberdade mesmo nas piores condições. Vendo que fisicamente você esteja totalmente a mercer de forças externas e espiritualmente você está livre. Quer dizer, o tirano pode matar você, torturar e matar, mas ele não pode brigar você a concordar. Portanto, a sua liberdade interrova você conserva em todas as hipóteses. Isso tem consequências não só do ponto de vista da moral da ética, mas tem consequências do ponto de vista da história, da sociologia etc. Onde ignorar, a força da ação humana tem sido a norma. Você vê, quando aparece a escola austríaca de economia, ela foi um negócio muito promissor porque ela foi a primeira que disse, pera aí, tudo foi feito por ação humana. É o título do livro do Ludwig von Mises, do que trata da economia, deixa eu me chamar de ação humana. Não tem assim, alguém decidiu fazer. Claro, você não tem controle sobre todas as ações dos outros. Mas tudo são ações humanas. Infelizmente, o Mises sobrou um resto de cantismo na cabeça dele, que estraga tudo e pôs. Mas o ponto de partida é excelente. Então, tudo o que nós vivemos hoje na situação mundial é resultado de três séculos de agnosticismo avassalador e galopante. Então, o Erich Wögeland observa o seguinte, quando surge esse movimento ideológico de massa no século XX, comunismo, fascismo, nazismo, etc. Os estudos sobre agnosticismo estavam fora do meio universitário. As pessoas não se interessavam por isso a mais de um século, embora existisse excelentes livros sobre isso foram publicados, mas não foram lidos pela comunidade intelectual. Então, você não tinha os instrumentos intelectuais para entender o que estava acontecendo. Veja, aparecem esses canombres que são absolutamente incompreensíveis. Todo mundo fica chocado, todo mundo fica assustado, mas ninguém sabe o que é. E se você não sabe o que é, você não sabe como lidar com a coisa. Então, você vê como um fator de ordem intelectual que é a ausência de instrumentos conceptuais para descrever um estado de coisas, pode ter efeitos históricos monstruosos, quer dizer, esses milhões de milhões de centenas de milhões de pessoas que esses regimes mataram. Tudo isso poderia ter sido evitado ser, os intelectuais percebessem do que se tratava. Quando você não percebe, não sabe exatamente do que você está falando, você designa um fenômeno com uma figura de linguagem. Você diz, por exemplo, ah, esses regimes são religiões, uma figura de linguagem. Não são religiões, são conocidos, que é uma outra coisa. Então, quando você nomeia uma coisa por uma figura de linguagem, porque você não está sabendo exatamente o que é, as suas ações dirigidas a este fato, são tão inadequadas quanto os seus conceitos descritivos. Vocês entendem a importância essencial, medular, vital que uma comunidade intelectual tem para a sociedade? Ela não precisa agir politicamente, ela só precisa explicar o que está acontecendo, meu Deus do céu. Mas se ninguém sabe explicar, então ninguém sabe o que fazer com aquilo. Então, quando houve, a guerra entre a Alemanha e a na Soviética, o que você tinha? Você tinha duas escolas gnósticas uma matando a outra. Era só isso que estava acontecendo. Mas, quanto do pensamento ocidental, na democracia ocidental, estava também afetado e gnosticismo sem saber. Então, isso quer dizer, o gnosticismo virou a grande força secreta da história moderna. Ele está em toda a parte, ele está dirigindo todas as consciências, e ninguém sabe onde está o nome do mal. Então, este é o mal, note bem, ele não tem nada a ver com salvação pela fé e salvação pelo conhecimento. Se você pensar bem, lembra-se o credo católico. E ver quantos daqueles elementos que estão no credo são elementos de pura fé. Creia em Deus Pai, todo poderoso criador do saio da terra. Isso é um elemento de fé, isso é uma argumentação racional baseada no princípio da causa primeira, de que você não pode ter uma regressão de causa infinita, tem que ter um começo, e esse começo, esta causa abrangente do conjunto do acontecer tem de ser transcendente ao acontecer, ela não pode ser menor, não pode estar dentro da causa, dentro dos seus efeitos. Então, o primeiro elemento do credo não é um elemento de fé, é um elemento de razão. Criador do saio da terra, mas também, decorre da mesma coisa. Cringe os críticos seu único filho, nosso senhor, isso é uma tera de fé em parte sim e em parte não, porque pelas suas ações, quanto passou pela terra e pelos milagres, continuam fazendo depois. Você vê que, bom, Jesus Cristo, se não é filho de Deus, pelo menos sobrir o aneto, porque alguma coisa a mais ele tem. Então, inclusive o termo filho, ele é uma metáfora. Porque, ele foi gerado, mas não criado. Então, ele foi gerado no vento da Virgem Maria II, ele não existia antes. Meu Deus do céu, ele era o Logo Divino, ele era a inteligência Divina, existia desde antes da criação do mundo. Então, mas é a sua encarnação foi gerado no vento da Virgem Maria, mas e como foi gerado o outro? Não sei, você não sabe o que significa a palavra gerado, quando usada nesse sentido. Na origem Primeira. Quer dizer, Jesus Cristo não teve origem, ele é consubstancial pai. Você pode conceber um filho que começa a existir junto com o pai? Não. Portanto, você percebe que esta metáfora, ela é apenas uma metáfora, uma modo de dizer algo que você não sabe o que é. Então, neste ponto, você tem, em parte uma matéria de fé e em parte, uma matéria de razão. Né isso? Naceu da Virgem Maria, o que é isso? Matéria de fé? Não, isso é um fato histórico, meu Deus do céu. Você pode pesquisar, você pode até questionar, mas isso vai ter que ser resolvido na base da pesquisa histórica e não da base da fé. Pode ser o soponso pilato, você teve um milhão de testemunhas a respeito, isso é um fato histórico também. Né isso? Foi morto, sepultado, todo mundo viu, ressurgiu o terceiro dia, bom, nem todo mundo viu, mas um bocado de gente viu. Portanto, até aí, é fato histórico. Né isso? Está sentado à direita de Deus, o que quer dizer esse sentado, meu Deus do céu? Ninguém sabe exatamente o que isso quer dizer, quer dizer que tem três cadeirinhas, está um sentado em cada um. Você pode imaginar assim, mas você sabe que isso não é uma expressão adequada do fato que você está designando. Portanto, bom, Jesus Cristo é matéria de fé, mas é fé em algo que você não compreende, em algo que como diz o apóstolo, você entreveu obscuramente no espelho. Tem entreveu, diz o apóstolo, a fé é o conhecimento das coisas ainda não vistas, então não é um conhecimento ainda, ele é uma promessa de conhecimento. E por que você acredita nesse conhecimento? Porque você tem confiança em nosso Senhor Jesus Cristo, depois que você viu ele fazer todas aquelas coisas, você não tem como duvidar dele, então você, pela confiança que você tem nele, você acredita nessas coisas que você não sabe e que você nem compreende. Isso. Do mesmo modo, bom, ele vai vir jogar os livros dos mortos, ele vai voltar jogar os livros dos mortos. Bom, você não sabe isso mesmo porque não aconteceu ainda, você não tem conhecimento disso, você tem a promessa. Ora, crer numa promessa é muito diferente de saber alguma coisa. Isso. Então, você sabe que essa promessa tem credibilidade pela sua fonte. Bom, tudo é um só, é só para vocês verem que no próprio credo católico os elementos de fé e de conhecimento se misturam de maneira absolutamente inseparável. Ademais, você imagina o seguinte, você imagina uma beleza, uma das muitas visões que ela teve no nosso Senhor Jesus Cristo. É claro que ela tinha fé em Jesus Cristo a ter a visão, mas quando ela está tendo a visão é a fé que está apenas tem fé de que teve a visão ou ela teve a visão efetivamente. Do mesmo modo, os milagres de Jesus Cristo. Ele cura o leproso, o leproso está lá todo arrebentado, ele vai lá, reza, fica bonzinho. Quer dizer, o leproso curou ou ele só acredita que foi curado? Então, aconteceu mesmo é um fato da ordem material perfeitamente cognossível, ou é apenas objeto de fé? Claro que é um fato da ordem material. Então, isso quer dizer que você dizia que o que salva é a fé, digamos, uma metonímia, quando Jesus Cristo fala para o doente, tu a fé te salvou? Não é a fé do sujeito, é o óbvio, que se a fé sozinha curasse, o cara não precisava de Jesus Cristo, nenhum você invocava a fé e a fé para o outro, para resolver o problema, não é isso. É uma metonímia que Jesus Cristo está usando. Ou seja, eu te curei em atenção a tua fé. Certo? Então, os elementos de fé e conhecimento são tão inseparáveis que os escolascos tinham o lema Créder Intelligas, Intelligeut Credas, ou seja, Cri para entenderem e entende para crê-los. Portanto, as duas coisas estão inestricávelmente misturadas. Estão tão misturadas no Cristo, nem o quanto estava misturado no agnosticismo, onde você precisava crer nesse outro mundo, crer nesse Deus puramente espiritual, e crer na história da criação do mundo por um Deus malígua, você precisa crer em tudo isso sem saber meu Deus do céu. Então, aí aos poucos você vai adquirir o conhecimento, e daí você estará salvo. Não, você ainda precisa destruir o mundo. Ou seja, mesmo no agnosticismo, o puro conhecimento não salvava ninguém. Era preciso agir em função desse conhecimento. É certo? Agir em função do que? Também de uma promessa. Se você fizer isso assim e assim, você se livrará deste mundo, porque é isso aí, isso é fé. Portanto, não dá, é absolutamente impossível você distinguir cristianismo e grosses sinal, pendente desses dois flatos voces, salvação pela fé e salvação pelo conhecimento. Agora, não é sabendo que, em geral, as pessoas que não estão empenhadas na busca da verdade, na busca séria da verdade, pessoas que estão se me cuidando das suas vidas, elas acreditam em qualquer coisa e junto àquilo é verdade. E às vezes vula até que vem de Deus. Elas estão todas enganadas. Isso não é conhecimento, isso não vem de Deus. Isso vê da sua cabeça. Pode ter uma origem remota em algo que você leu na Bíblia, o culpado falou, o culpastor falou, tá certo? Mas isso nem é fé verdadeira, nem é conhecimento verdadeiro. Isso é apenas lugares comuns, são chavões. É certo? Que servem? Para que servem um chavão? Servem para você não precisar pensar no assunto. Você se contenta com aquela fórmula verbal, ela te sossega e você continua cuidando da sua vida sem pensar mais no assunto. Se você forçar uma dessas pessoas a pensar nesse assunto, elas vão ficar desesperadas. Por quê? Porque daí vão aparecer todas as perguntas do mundo, vão aparecer ao mesmo tempo na cabeça delas. Essas pessoas vão ficar totalmente atônicas. Então, somente as pessoas que estão buscando a verdade e que a buscam ao longo de toda a sua vida com calma, com paciência, com determinação e tal, é que podem lidar com esses problemas de uma maneira suficiente. Agora, a hipótese de que pessoas, que pelo simples fatelido da Bíblia, tá certo? Ou feitam a porcaria de um cursinho de teologia, possam ficar opinando sobre essas coisas é inteiramente absurda. Quando vê um cara com um cara como esse que é um ser vero, juro e som zero, o cara não sabe nem ler, mas ele tem todas aquelas opiniões e ele julga em função dessas opiniões. No dia que eu vi ele traduzir o texto do título do meu livro A imagem do homem da astrologia como mail, image e nastroge, o que que ele tá fazendo? Tá procurando macho? Aí não tem pão. É claro, o cara não sabe nem isso, e no entanto tem opiniões teológicas, meu Deus do céu. Então, chega um dia em que você tem que admitir, existem pessoas que estão buscando a verdade, outros que não estão, outros que aceitam com verdade qualquer porcaria que elas pensam. A maioria, vamos dizer, tem direito de fazer isso porque? Porque tem de lutar pela vida, porque não teve chance de estudar por isso, por isso, por isso, por isso, por isso. Isso significa que elas podem ser perdoadas pelos seus erros, mas não que os seus erros se tornem acertos e não que eles lhes dê o direito de tentar impor suas opiniões, ou até de discutir. Não meio entender o seu direito de discutir uma questão depende do tempo e das energias que você dedicou a estudar esta questão. Se você passou 20 anos de estudar o assunto, então você pode conseguir 20 minutos pra ele. Mas se o outro acabou de pensar pariu do nada, uma opinião, ele tem direito de ser ouvido durante zero horas, zero minutos, zero segundos. São opiniões que não significam nada. Quando esta noção, se perde totalmente do meio social, sobra o que? Sobra os símbolos exteriores do conhecimento. Ah, o sujeito é formado em tal coisa pela universidade e tal. Bom, mas esse não é um problema. Quem o ensinou sabia, e quem ensinou quem ensinou sabia. Esse tem um problema. O problema é da materialidade do conhecimento. E na tradição brasileira, nós sabendo que os símbolos exteriores do conhecimento predominam amplamente sobre o conhecimento. Agora, se é assim, eu digo que questão pública pode ser resolvida adequadamente. Nenhuma. Nenhuma. É isso? Então, o Eric Vergall e Norman Cohn e outros que estudaram os coitinhos, têm toda a razão. Quer dizer, a presença agnóstica no mundo moderno, uma coisa devastadora. Claro que não é só agnóstica, existe elementos messiânicos, também do qual não podemos tratar outro dia. Mas o fundamental é realmente o agnosticismo. E podemos definir o agnosticismo com uma tendência quase incoercível de atribuir todos os males a tudo, menos a gente humano. Sempre alguma coisa que está fora. E, ultima análise, você está culpando o próprio Deus. Você pode até dizer, ah, mas esse Deus que fez o mundo, não é o Deus verdadeiro, existe acima deles, existe um outro. Como dizem os que nós? Mas se não foi esse Deus, foi outro Deus. Se não foi esse, foi um outro ainda. Mas, é tal, eu não fui, eu não fiz nada, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não sou culpado de nada, eu não tenho responsabilidade moral nenhuma, eu não tenho a extintima das circunstâncias, da certo. E a liberdade humana pra mim não existe. Então, onde está isso presente em todas as ideias circulantes atualmente na mídia brasileira? A mídia brasileira é um porta-voz do multiculturalismo e nada mais. Uns tempos atrás eu disse pra vocês, eu disse, olha, não vai decorrer muito tempo antes que a pedofilia seja não apenas legitimada, mas que falar contra ela vai ser um crime. Não entender da nossa mídia já é um crime. Ela trata como criminoso quem fala contra isso. Você já aconteceu com a Estela Caim esta semana. Então, nós já estamos nesse ponto. E não é possível mais controlar essas pessoas, porque elas não têm compromisso nenhum, nenhum, nenhum com a verdade. Nada. Não tem compromisso nem mesmo com a consistência lógica. Vira, a consistência lógica até um computador percebe. O Erick Weiglen distingue muito bem ali na filosofia grega. O que é a análise meramente lógica? E o que é a análise científico, a análise ontológica? A primeira só vê a coerência interna do discurso. A segunda vê a coerência do discurso com a estrutura geral da realidade. E a estrutura geral da realidade é baseada na experiência do quê? Na experiência do Aperon. O seguinte, nós estamos dentro de um mundo limitado para além do qual existe um ilimitado. Nós estamos no mundo imanente para além do qual existe um transcendente. E perante esse transcendente eu posso ter duas atitudes. Eu posso ter uma confiança nele como é o caso cristão. A criação é essencialmente boa. Deus não está aí a fim de me sacanear. Ou você pode ter o terror gnóstico. Tudo isso é uma máquina infernal concebida para acabar comigo. No primeiro caso, você tem uma visão da estrutura da realidade. E no segundo você está negando essa estrutura. Então isso quer dizer que a admissão da transcendência é uma condição básica para você perceber a realidade. E você pode julgar tudo em função disso. Quer dizer, a sua visão das coisas. Se ela nega a transcendência ela está afirmando que existe apenas o mundo acessível. O que é impossível. Não é isso? Então você vai escapar da realidade necessariamente. Se você escapa da realidade no seu conceito básico sobre o cosmos você vai escapar dela em todos os detalhes do seu pensamento. Você vai acabar pensando coisas tão, tão, tão, tão absurdas que você ultrapassa a possibilidade de ser persuadido por uma argumentação lórica. Você já desistiu completamente e você é capaz de dizer, por exemplo vamos ver que aqui você tem o sexo que é um fenômeno natural e você tem o gênero que é uma construção cultural, mas o gênero do seu fulaninho é genético. Que isso nasceu transsexual e isso é genético. De mais como? O gênero não era cultural? Você não sabe o jeito disso? Você está se desdizendo a mesma frase. E por que que essas pessoas defendem essas ideias com tanta paixão? Porque não tem a menor possibilidade de defendê-las com razão. Isso já foi, já desistiram disso no Ato 1. E por isso mesmo você não grita, você não xinga, você não fica bravo, você não demonstra indignação. Você precisa se sentir vítima, você precisa se sentir a obreção como se fosse uma agressão. Então, partiu para a choradeira acusatória, que é a atividade normal. Tudo isso aí, meu filho, começa um treco chamado de Gnosticismo. Agora, as pessoas da Montfé, de Gnosticismo, vocês têm ideia do que é de Gnosticismo, cala a boca, burro. Então, tá, era isso aí. Vamos fazer uma coisa pergunte. Então, vamos lá. O Arthur Dunzi pergunta. Já basta para mostrar que eles não podem ser isso. Os autores gennonianos e shonianos que se dizem cristãos são perfeitamente sinceros nisso. Você vai ver Jean-Toloniac, você pode discutir as ideias deles, mas é chamado de Gnosticos, não faz o menor sentido. Agora, depois ele continua a perguntar e diz, saltas-ozas semelhantes da filosofia platônica e as tésgnósticas. Sobre a sua idéia de que o mundo manterá uma prisão criada por um demiúrgo mal e cego. Então, é o Platão de Férias dos Gnósticos afinar. Aqui tem uma outra pergunta do Danilo Fernandes que já responde a sua pergunta. Sobre Platão e sua porção em relação com o tipo de pregnocimo, acho que o seguinte fato acaba com a discussão. Um dos dois princípios supremos, a coisa era a tribu e a maior realidade ontolórica dentro da hierarquia da realidade, ou seja, o Uno é justamente identificado como bem. A própria Día de Indeterminado não é propriamente identificado como mal, apenas com um tipo de substrato puramente espiritual determinado pelo Uno e gera a multiplicidade das ideias. De fato, a ideia do bem supremo predomina em todo o Platão Unido, não tem nada ignocivo nisso não. Eu não sei o que eu pergunto enorme aqui. Victor Duarte, professor, seria o cardecismo subproduto ognocismo? Eu creio que sim, mas eu não posso provar isso. Eu não estudei a coisa ao ponto de poder me pronunciar sobre isso. Mas me parece que sim. Aqui tem a pergunta do Rudan Peredeçoso, também mais ou menos no mesmo sentido. João Paulo, o autor Dan Brown recentemente afirmou que a consciência coletiva substituirá Deus. Essa afirmação magnosa, não, isso é satanívio mesmo. Aqui também outra pergunta que vou ter que responder de maneira meio ambíguia. É o de Valkyria Sosa. Se eu conheço filósofo italiano atual, escreveu obras como Reino e a Glória, O Tempo que Resta, O homo Sasser etc. Sabia dizer se ele é um pensador da nova esquerda que tenta introduzir nas cartas São Paulo uma interpretação dinóstica e messiânica para perverter tudo o cristianismo. É a impressão que eu tenho, mas eu não li suficientemente. Bette Morais perguntou, do Vido em nega, a palavra de Cristo mesmo estando ao lado do homem, vende ouvindo o que vira e ouvir. Seria sem capacidade de aprender a verdade bruta vendendo nossos olhos algo intrínsecamente humano e quase inultrapassável? Conheço no senhor enfrentando em compressão quando pergunto isso, se Cristo aparecer na nossa frente agora, quanto só reconheceria? Essa dificuldade existe, ela é inerente a própria fragilidade humana. Por isso que o pessoal vamos dizer, a distinção, por exemplo, entre a fé e a falta de fé não é uma distinção absoluta, quer dizer, faz a dúvida, dificuldade, fazem parte da própria natureza da fé. A fé é de fato uma busca, además, se a fé vier toda de uma vez, por que você ora pedindo mais fé? Claro, a fé é um dom, mas esse dom não vem completo. Você tem que pedir de novo e de novo e de novo, e você perde, ganha de novo, e isso é normal no ser humano. Exceto, é claro, o pessoal da Mão Fébrio, o Júlio Severo, esse não é a fé completa. É um negócio maravilhoso. Carinho e pergunto, mas o consubstancial o pai não é metafórico e nem algo que não podemos compreender. Nesse caso, o pai e o filho começaram a eles de juntos sim, mas então, em que sentido são pai e filho? Você vê que há uma contradição nas palavras. Isso é evidentemente uma fórmula metafórica. Por definição, um pai e o filho no sentido que as palavras têm no mundo material, eles não podem coexistir no tempo, não podem surgir ao mesmo tempo, e no entanto, Deus-Pai e Deus-Fio surge ao mesmo tempo. Portanto, o sentido da palavra não é exatamente o que tem quando falamos em pai e filho no sentido terrestre, em qual sentido é bom, este é um mistério. Jesus era o verbo de Deus, que se fez carne, a partir do momento que ele se fez carne, ele tem uma existência histórica temporal, mas o verbo de Vino é evidentemente ele é coextensivo ao pai, o verbo quer dizer inteligência de Vino, logo de Vino. Então, eu não quer dizer que existiu um Deus e depois ele adquiriu inteligência. É possível, mas Marcio César, poderia abordar a influência já cobramos o movimento gnostico moderno e se possuía alguma relação com a filosofia renegueira, bom, a filosofia renegueira evidentemente tem e teve alguma influência no movimento gnostico moderno, mas eu não creio que eu não ia entender sobre esse assunto agora. Tá, Deu Batista, seria correto relacionar essa raiz gnostica, culpar os fatores exterior da nossa, com o diálogo entre Adão, Eva e Deus no Paraíso, quando perguntados sobre por que desobedeceram a ordem de comer o fruto proibido, cada um passou a culpar o fruto pelo que havia acontecido. Seria isso mentalidade gnostica uma das primeiras desoradamente, mas sem sombra de dúvida. Devanta dizer, a incapacidade de assumir a autoria dos próprios atos é o que, vamos dizer, cria a ruptura entre o homem e a estrutura da realidade. Não é só podermos conhecer a realidade do mundo através da nossa própria realidade. Esse é o famoso negócio da pitoniza de Delfos. Conhece a ti mesmo e conhece a Rada Deus, sem a verdade. Você só pode conhecer a Deus, a realidade a estrutura da realidade através da sua própria, o único instrumento que você tem é você mesmo. Portanto, é o que eu digo, o homem de mentira não pode conhecer a verdade. Não adianta, Sr. Leite, repetir Bíblia, gente, não adianta repetir Platão, não adianta repetir Aristóteles, não adianta, isso é... Não há outra maneira, quer dizer, a total sinceridade do homem, para consigo mesmo e para com Deus, a condição número um do conhecimento da realidade. Quando você vê, quando eu desleixo de certas pessoas com o que elas estão dizendo, quer dizer, que tem tipo, Juro só um zero, o sujeito usa contra mim, comprova contra mim, títulos de livro que ele nem sabe o que quer dizer, que ele traduz errado, ele diz, então, ele não leu livro, ele não sabe do que trata, e não entanto é que ele aprova contra mim e fala, como, você não leia provas que você mesmo apresenta, isso eu suprassumo da mentalidade caluniosa, difamadora, totalmente irresponsável, criminosa mesmo, né? E, no entanto, o número de pessoas que pensam assim e que falam assim, argumentam assim no Brasil, é monstruoso. Alguém falou, o senhor recomendou o biografia do Napoleão por Dimitri Meireves-Covres, que o senhor conhece o livro Jesus e conhecido também e não conheço ainda, mas eu tenho que ler algum dia. Tadeu Ferreira, parece que o Cristianismo é o único escudo contra os engolos do mundo total, sem sombra de dúvida. Seria por isso então o Cristianismo principal ao alvo de ataque do grupo globalista, mas claro, esse globalismo que diz, tudo isso é agnóstico, gente. E a agnosa é o mais velho inimigo do Cristianismo. O senhor poderia explicar os trascunósticos do iluminivo da Revolução Francesa, pergunta que o Rodrigo Jungma. Bom, eu acho que isso é isso, já está impristo no que eu disse, a ideia de que você para libertar o homem do mal, você tem que modificar a própria sociedade, e fala, bom, essa ideia é tipicamente ignóstica, porque o mal nas suas ações não depende absolutamente da sociedade, não depende nada além de você mesmo. E isso, é o miolo do Cristianismo. Nós todos sermos julgados por nossos atos, nossos pensamentos, nossas intenções, não pelas do vizinho, e não pelas da sociedade. Lucas de Souza Messalio, o senhor poderia indicar livros que ofereço algum tipo de compilação dos elementos componentes da base do Gnosticismo, e existem dois livros. Um é do Hans Jonas, e outro, o autor chama, eu não lembro se é Hans, ou Helmut Leisegang, L, E, I, S, E, G, A, N, G. São os livros, ainda eu creio que são os livros básicos, as compilações básicas de Doutrinos de Gnosticas são essas. José, pergunta. Como pós ter maior entendimento ao respeito do Islam sem participar do Matarica, este é um problema, este é um problema, porque o Islam, a parte mais interessante e mais viva dele, é justamente o esoterismo islâmico, e eu não creio que dê para você conhecê-lo somente através de livros. Agora você participa de uma coisa dessa? Olha, eu quase paguei com a vida por essa brincadeira, então isso que é curiosidade, matogato, não, quero ver o que é, quero entrar lá, inclusive, esta noite, meu amigo John Haskins me disse o seguinte, quando foi que você parou de acreditar no Islam esotérico, eu digo, bom, nessas coisas a palavra crença não se aplica, aplica-se apenas aquele que o Coralho chamava suspensão da descrença, você se dispõe a experimentar uma coisa sem você negá-la, sem você afirmá-la também, com toda boa vontade, para você entender o que é. Agora, em geral, a pessoa não consegue fazer nem lendo um livro, né isso, mas ler os livros não basta, algo você tem que saber, quer dizer, alguma prática, pelo menos de observação você vai ter que ter, você vai ter que se meter nesse meio de algum modo, mas é alguma experiência que eu não recomendo a ninguém, eu sei o que me custou, esta coisa, custou e custa até hoje, porque daí sempre aparece algum julho, som zero, algum vila, dizer, não, ele estava nessa religião e depois eu mudo, oh meu Deus do céu, todos os estudios de região comparam todos, o John, o Houston Smith, o Michelade, todos eles, tiveram essa experiência em várias regiões, todos, Thomas Merton, todos eles, isso quer dizer que você vai ter fé naquilo, você subscreve aquilo totalmente, claro que não, eu não posso subscrever uma coisa que eu não conheço ainda, meu Deus do céu, então você se abre a experiência disposto a esperar que o tempo lhe dite as conclusões, tá certo, mas, olha, eu sempre tomi isso, vamos dizer, como princípio orientador, numa época como a nossa tudo tá confuso, você não tem valores comuns, você não tem crenças comuns, tudo tá misturado, tudo tá confuso, se você se dispõe a buscar a verdade, você vai ter que mergulhar a sua cabeça, onde for preciso, é muito fácil, você ficar de fórum, uma coisa que você não conhece, e você acha que você é santinho, eu não vou lá, eu vou preservar aqui minha alminha, minha redoma, tá certo, você pode fazer isso, você vai continuar sendo uma idiota como sempre, não há jeito de você obter o conhecimento sem você correr riscos, riscos psicológicos, espirituais, não, tem jeito, se houvesse, seria muito bom agora, por exemplo, você decide ficar, ah não, não quero me meter nessa coisa, ficar só dentro da guerra católica, escuta, você já viu as brigas que tava dentro da guerra católica, em pessoa de teoria da libertação, tradicionalista, etc, etc, até a briga de foice, você fica numa confusão enorme, por exemplo, agora temos um papo que ninguém sabe se o cara é papo, porque tem suspeita de que ele foi escolhido com dois anos antecedência, numa reunião secreta, e de que o Jorge Soros interferiu, então você vai perguntar pra mim, o mandato do papo é válido, e fala, eu, como é que eu vou saber isso? Ou seja, nós todos estamos num mar de dúvidas, então não há outro jeito de você buscar a verdade que tem você pedi o auxílio do Espírito Santo e você se expor ao conhecimento e a experiência necessária pra tirar conclusões. Agora, eu espero, assim que os meus alunos, eles não precisem passar pra tudo isso, eu já passei, já tô explicando pra vocês, agora quem quiser, bom, eu não recomendei que fizesse isso, hein? Agora, note bem, no tempo que eu tô na tarica do Chuom, quando você parou de acreditar no Islam exotérico e no Islam exotérico, não, no Islam exotérico, nem um único dia, porque mesmo porque o Chuom nos proibia de frequentar o Islam exotérico, mas nós estamos tão islamizados que estava, que era proibido, que era proibido pra frequentar uma besquita, meu Deus do céu. Eu frequentei um tempo só pra ver como é que era, tá certo? E, logo eu vi que havia um desajuste total entre o mundo universo da tarica, o universo do Chuom e a vida exotérica do Islam. Tá certo? As acusações que no meio islâmico pesavam contra o Chuom e vice-versa era uma coisa horrorosa. Neste mundo religioso, ele até é muito perigoso. Aqui a hora dele eu vou resumir a pergunta. Ela falou de certas técnicas de manipulação da psique. Não são o jeito de você burlar a liberdade humana. Burlar o livro arbírito. De fato, são. Mas, não podemos confundir o que é o ponto de vista moral da coisa. Como você será julgado por atos cometidos sob o influíso de uma técnica psicóloga e qualquer? Eu não sou Deus, eu não estou presidindo o Tribunal do Riso Final, ou seja, do Tribunal da Igreja, o que você faz num estado anormal, num computado simplesmente, não existe. Você é culpado de ter aceito aquilo. Se você cedeu aquela tentação de vou me submeter o que esse sujeito aí está me sugerindo. Você é culpado disso. E do que você fez depois? Não. Aliás, uma vez eu fiz uma conferência sobre aquele filme Coração Satanico. Era o filme Mickey Rourke. E tem um monte de cara encantado com o filme, que tem aquele elemento diabólico, aquela coisa toda. Eu disse, então, aliás, este diabo aí ele induziu o sujeito a cometer uma série de homicídios em estado totalmente anormal. Ou seja, significa que todos esses crimes dos juízes finales não serão computados. Foi uma queira de diabo, esse que não sabe nem isso. Ele quer mandar o cara pro inferno, tá certo? Mas em vez de fazer o cara cometer crimes em seu juízo perfeito, ele faz cometer estado alterado de concesso, ou seja, ele não vai ser cobrado por isso, tá certo? Então, esse diabo, o diabo daquele filme já foi demitido, com certeza. A vulgaridade do pensamento da nossa época, sobre tudo entre jornalistas, palpiteiros, formadores, é uma coisa impressionante. Os caras não sabem nem o que é, é um raio de um diabo. Ele fica encantado com a porcaria do filme que mostra um diabo de quinta categoria, tá certo? Se enganando a si mesmo. Querendo mandar o outro pro inferno, o outro já tá absolvido com o etadilho, tava louco. É um filme, assim, desses filmes que o pessoal fica emocionado, eu só consegui arrer. Né? Bom, acho que por hoje é só, gente. É muita coisa aqui. Até hoje não vai dar para o estudo de bairro. Já acabou, por hoje acabou. Até a semana que vem, muito obrigado.