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Então, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Eu queria que antes da 2AVISO, o Dante Mantovani pede para convidar vocês todos para o 1º Festival de Música de Paraguá, Sul-Paulista, de 9 a 11 de junho. Você pode pegar informações na página do próprio Maestro Dante Mantovani no Facebook. E, em 2º lugar, queria avisar que, quem quiser saber onde vai passar o filme Jardim das Aflições, procure no site www.ujardindazaflicóis.com.br que tem todos os horários e locais lá. Bom, já que nós estamos falando disso, o assunto é evidentemente o filme que está passando. Eu gostaria de acrescentar algumas coisinhas. Uma coisa que achei muito engraçada é o tom com que os rezenistas do Globo e da Folha falaram do filme, sempre com aquele ar de superoridade infinita, até paternalizando, até não, filme não é duro, não, e resumindo a essência do meu pensamento, o que é a autonomia do indivíduo em face da autoridade do coletivo. Antes de que o filme começa com isso, com uma casca e vai aprofundando até chegar, nem em problemas mais propriamente filosóficos. O Zonego então ouve um comecinho de conversas, acha que aprendi o sentido do pensamento do Lama Carvalho e dava o seu palpite. Quer dizer, é um show de inferoridade mental, como eu nunca vi. Mas essa inferoridade, devido a gente, tem que se camuflar com áreas de muito importante, sempre daquela superoridade paternal, quer dizer que eu, aos 70 anos, depois não sei quanto se li o publicado e 400 aulas, não sei o que mais, para ir me aqui para o Alcolata, eu ainda sou um jovem promissor que está sendo julgado por essas, umas autoridades intelectuais do Brasil, é um negócio impressionante, como tudo isso é cômico, como tudo isso é puro fingimento, é assim, é comédia mesmo, gente, é assim, é os livros do Lima Barreto, tudo acontecendo de novo, igualzinho piorado. E isso, evidentemente, não pode continuar assim, porque o Brasil é um país de 200 milhões de habitantes que enfrenta alguns problemas horríveis, tem uma dívida que não vai acabar de pagar nunca mais, tem esse, todos esses rombos no orçamento da República, milhões de problemas para resolver e uma posição muito frágil no cenário internacional e a nossa elite está nesse nível, quer dizer, o nível do jornalista é até um pouco superior aos dos políticos, o jornalista e o jornalista estão um pouquinho mais informados do que o político que está assim, falando assim, então está tudo perdido, que nós estamos na mão de crianças, isso realmente não pode continuar assim e eu acredito que é a responsabilidade dos alunos desse curso criar uma situação um pouco mais respirável daqui a 10 ou 20 anos, não pode haver pressa nisso, porque tem aquele coniche que chamava o Longo Silêncio da Maturação, sem o qual não se faz absolutamente nada, é claro que é gostoso você, quando jovem você estrear, dar uns palpites e brilhar, mas isso tudo não é nada, o que vai ficar, onde são obras de grande porte sólidas que sirvam para muitas gerações e é isso mesmo que vocês têm que produzir, muito bem, voltando agora ao filme, os minutos finais do filme eles representam de algum modo, vamos dizer, a minha mensagem final, quando eu falo aquela coisa do senso da eternidade e é uma noção que muitas pessoas têm uma extrema dificuldade de pegar e que de algum modo a estrutura do livro Arninhas da Flições ilustra, lembre-se de que no livro é parte do acontecimento do qual ninguém mais se lembra, que é aquele ciclo de palestra sobretica promovido ali no Museu de Arte de São Paulo por um grupo de professores da UPS chefeado pelo Zé Américo Motta Pessanha, ninguém mais se lembra disso, foi enterrado, mas eu tomei aquela conferência como um exemplo para ilustrar uma coisa que há muitos anos é para mim quase que uma obsessão. A realidade na qual vivemos o universo é um só, nós estamos dentro de uma unidade ilimitada, não infinita mas ilimitada, no qual todo e qualquer acontecimento ele tende a refletir de algum modo a estrutura do todo. A expressão de algum modo é muito importante porque essa estrutura parece diversificada em bilhões de modalidades diferentes conforme vocês estejam examinando uma ameba, uma formiga, um continente, uma pedra, um acontecimento histórico etc. Então essa diversidade é infinita, mas a unidade que é o princípio fundamental da existência ela tem que se manifestar em qualquer sere, em qualquer nível da existência que sere, porque já dizia John Don Scott, o um e o ser se converte em um outro, isso é uma mesma coisa, quer dizer existir é ter alguma unidade, nada pode existir exceto como unidade, é evidente que essa unidade é parcial e provisória pelo sinal de que uma coisa tem uma duração limitada no tempo após o qual ela se desfaz, então no instante em que se desfaz a sua unidade, se desfaz a sua existência ela não existe mais, mas pelo menos não existe naquele plano. Então esse princípio fundamental que é a unidade da existência, ele é a chave para compreensão de qualquer área do conhecimento em que você esteja. A mente humana em geral dificilmente se eleva à apreensão desse princípio de unidade. Então em geral as pessoas estudam alguma coisa, um setor específico do conhecimento que não leva em conta esta questão da unidade da existência e que é um problema infinitasmente acima das suas cogitações e acredita que aquele domínio, aquela área específica na qual ele se aprofundou é a chave de tudo. Isso é claro, é a mostra apenas de uma espécie de incultura acadêmica e nós podemos equitar aí a fonte de praticamente todos os erros, filosóficos, científicos etc. etc. A compreensão de unidade da existência, é uma coisa que desce desde a unidade absoluta até os reflexos dessa unidade nos domínios mais insignificantes da experiência. Você descer ao nível de partícula subatômica, se você falar de uma partícula, alguma unidade ela tem que ter, senão ela simplesmente não existe, se desfizer a unidade ela acessa de existir. Então, o que eu estou explicando aqui é apenas um conceito filosófico, conceito metafísico, unidade da existência. Mas com um longo treino e aprofundamento no conhecimento da sua própria consciência, da sua própria alma, a unidade acaba virando uma espécie de órgão de percepção. E você começa a aprender esta unidade nos fatos da existência. Ou seja, não é que você está pensando no conceito da unidade, não, você já está vendo de algum modo. A tradução disso em palavras é enormemente difícil. E para você pegar qualquer exemplo, você terá que escrever no mínimo livro inteiro. E foi isso que eu fiz com o Jardim das Afeições. Eu peguei aquele acontecimento banal, acontecido, vamos dizer, numa situação específica que já passou, que era a campanha anti-color, é acontecido num país periférico que não tem menor importância na história do mundo, e fui mostrando como aquilo refletia de certo modo toda a história, não digo do mundo, mas toda a história do Ocidente, pelo menos desde o tempo do Império Romano, que todas as referências estavam dadas ali naquela conferência, na verdade profundamente idiota. Mesmo com a monta de besteira, ele não é possível acontecer se não tivesse as suas raízes históricas, algo preparou o advento daquilo, e todos os fatores históricos que foram convergindo para aquele momento estão de algum modo visíveis ali, é a questão de você prestar atenção e perceber. E do mesmo modo você poderia... Existe um livro muito interessante, eu acho que o autor chama-se Lewis Thomas, o livro chama-se As Vidas e uma Célula. Ele é um biólogo e ele estuda a célula com este critério em vista, como a unidade universal aparece numa célula. Não poderia ser de outra maneira, se a existência de um ser pressupõe a sua unidade e consiste na sua unidade, então é claro que a unidade maior aparece de algum modo em todas as unidades menores. A expressão de algum modo é muito importante porque você tem a diversificação, ela não aparece como tal, ela não aparece em si mesmo, ela aparece em um espécie de reflexo longínquo. Então, a dificuldade de aprender isso provém de que, em geral, as pessoas não têm noção sequer da unidade delas mesmas, da unidade biográfica. Eu já ilustrei isso no próprio filme, dizendo que as pessoas não têm consciência da origem das suas ideias, da onde veio tal ou qual convicção. E, bom, a pessoa ouve as ideias, ouve as opiniões e, conforme tem uma simpatia, uma tipatia, ela aceita ou rejeita. Mas quando você é decorrido nos anos perigos, da onde você tira essa ideia, os três não lembram. Então, quer dizer, nem mesmo a sua biografia interior está clara para o indivíduo. Então, o que você tem? Você tem ali uma consciência fragmentada, uma alma fragmentada, que não pode realmente dizer a palavra eu, com plena consciência de causa. O que, em geral, o que as pessoas designam como eu, é apenas aquele estado momentâneo em que elas estão no momento. Não tem uma continuidade, não tem uma unidade biográfica, não tem sequer uma unidade tensional, uma unidade conflitiva, não tem nem isso. A pessoa não sabe nem quais são os seus conflitos, etc. Então, na medida em que a alma é fragmentária, claro que a visão que ela tem de tudo também é fragmentária, e toda e qualquer opinião que as pessoas têm a respeito que quer dizer, ela não conta absolutamente, porque, em dez minutos, ela pode mudar sem perceber que mudou. Eu, vinte anos atrás, eu tive essa experiência de estar estudando esse fenômeno de seitas, tipo mon raje-niche, etc. E via que a mudança de personalidade dos indivíduos que acontecia ali era uma coisa assim, de vinte e quatro horas. O Felipe entrou de um jeito, de vinte e quatro horas depois, ele é outra pessoa, ele não lembra do anterior, todas as suas conexões, todos os seus valores que o ligavam, a família, a vizinhança, a amiga, etc. Foi tudo mudado, e o indivíduo não se deu conta de que isso aconteceu. Então, a fragilidade da alma humana, quando ela perde esse senso da unidade, que é uma coisa, como se fosse um direito natural do ser humano, mas se não for exercido, se perde, a fragilidade da alma humana é uma coisa muito impressionante, chega a ser aterrorizante, para você ver como é possível uma pessoa que tenha um padrão de unidade mais alto, mais coeso, dominar e mudar uma pessoa assim, vinte e quatro horas. Mudar para o mal, no sentido de destruí-la, evidentemente. Claro que haverá outras pessoas que usarão a sua força de coesão maior para fomentar a coesão da unidade das almas ali, mas também é que eles que eu uso para desmantelar mais ainda, que daí esfarelar o senso de unidade do ser humano. À medida que você se aprofunda nessa busca da unidade, que começa por ser evidentemente uma unidade biográfica, da sua vida, não é uma unidade biológica, tá certo? Você também desenvolve a capacidade de perceber a unidade nos fenômenos que se arcam, tá certo? Então significa que nesse sentido, não há mais acontecimentos mais próximos ou mais distantes, todos de algum modo estão próximos, todos são comprensíveis, todos têm dentro de si um padrão de translucidez que se revelará conforme você é a maneira que você olha, tá certo? E desenvolver isto nos alunos é uma das ambições que eu tenho. E eu vejo que de fato isto aconteceu. Por quê? Porque eu vejo a inteligência dos meus alunos começar a brilhar, começar a aparecer, eles começam a perceber coisas que eles não percebiam, antes que também não fui eu que disse. Alguns deles vão, além do que eu esperava e além do que eu mesmo fui, já houve alunos que estudando essa questão dos quatro discursos de Aristóteles acrescentaram coisas preciosas ao que eu tinha descoberto, porque é uma coisa que eu nunca tinha pensado, e eles perceberam, você vai, bom, o negócio está funcionando. Então essa, eu não conheço nenhum autor que tem explicado essa questão, vamos dizer, da unidade do ser melhor do que o renegino. Toda a parte metafísica da obra do renegino é de um valor extraordinário. Não é só a parte metafísica, mas a parte antropológica, como ele explica a estrutura da existência humana. Então tudo ali está muito claro, muito verdadeiro, na verdade não é renegino, aquilo é apenas uma transposição da língua francesa da doutrina vedantina tradicional, em linguagem moderna, mas é a mesma coisa, em essência. Então o que eu li ali no renegino é a mesma coisa que eu tinha ouvido nas conferências do Swami Dayananda Saraswati, pelo menos 10 anos antes de ler o renegino. Então é a mesma doutrina vedantina e ela está certa. Agora, o que é uma doutrina metafísica? É a doutrina da estrutura da realidade, portanto da estrutura da existência humana, dentro dessa realidade. Quando alguém não passa da mera descrição dessa estrutura para a ideia do que ele chama de realização metafísica, de iniciação e realização metafísica, aí o negócio vira um bicho de sete cabeças, porque é só com tradição e absurdidade para tudo o quanto é lado. A primeira coisa a notar é o seguinte, a unidade suprema que a doutrina induce, o Brahman, o Brahman pode ser visto dos dois lados, o Brahman em si mesmo, quer dizer, a unidade metafísica última, eterna, indivisível, etc., etc. e o Atman. O Atman é a unidade tal como ela se manifesta nos seres existentes. É a mesma coisa, não são dois, é como se você dissesse, bom, aqui está o ser e aqui está a ação do ser sobre os demais íntes. Então, é a mesma coisa. E o Atman tem que estar presente em todos os seres que existem, porque não há outra fonte da existência a não ser a unidade suprema. Então, ele é o princípio de unidade que está, para assim dizer, enterrado dentro de todos os seres que existem. E o que o Genom chama de realização metafísica é a escalada do mistre com o hindu, desde o seu estado puramente terrestre e temporal, etc., até a unidade suprema. E ele acredita que isso pode ser realizado mediante as iniciações, por exemplo, as iniciações sulfis, a prática do vedantismo, etc., etc. E isso é sumariamente impossível, porque, por um lado, você tem o homem na sua condição puramente terrestre, do outro lado, em cima você tem a unidade suprema. De bom, para ver uma iniciação, tem que haver um iniciado, de uma pessoa que vai ser iniciada. E se você perguntar assim, quem vai ser iniciado? Aqui tem o homem na sua condição terrestre, perdido no mundo dos sentidos e da temporalidade, no mundo da impermanência, e limitado na melhor das hipóteses ao uso da sua razão, a razão humana. Este pode ser iniciado, este pode se converter na unidade suprema? Não. E, por outro lado, existe a própria unidade suprema, que não precisa de iniciação nenhuma. Então, tudo que o Guénon está falando sobre iniciação, realização e espiritual, é simplesmente impossível. Comparando a perspectiva iniziática do Guénon, qual é a perspectiva? Cristã? Não, Djan, a descrição que ambos dão da estrutura da realidade é rigorosamente a mesma. Até no renegino, está mais claro do que em qualquer autor cristão, católico ou protestante que eu conheço. Mas quando ele está na iniciação, fala, olha, isso que você está dizendo, o ser humano não pode fazer. Isto aí, só Jesus Cristo, que é o Logos, é o Atua. Só Ele pode ter iniciativa de fazer isso sob você. Não é uma iniciação que vai te levar lá. Isto é impossível. Então, outra coisa. Ele divide, como todos os autores esotéricos, em geral, as iniciações em pequenos mistérios e grandes mistérios. Então, os pequenos mistérios destinam-se a elevar um ser humano, vamos dizer, a máxima perfeição cognitiva possível. Perfeição cognitiva que ele identifica com a perfeição do próprio ser, no sentido que dizia a História. A alma é, de certo modo, tudo que ela conhece. De certo modo. Agora, o que não tira o de certo modo e... A alma é tudo que ela conhece. Então, se você conhecia, você já virou aqui, por favor. Já não está muito bom. Mas falta a expressão de certo modo, que vai, juntamente, marcar a diferença entre níveis de metafísicos de existência totalmente diferentes. A máxima perfeição cognitiva é representada simbolicamente pelo topo de uma montanha, ou pelo centro de um labirinto, que é de um indivíduo que caminha dentro dos meandros da sua própria alma até encontrar o centro. Na hora que ele encontra o centro, ele está no topo, vamos dizer, do processo cognitivo humano. Ou seja, ele enxerga tudo, em volta, a luz da unidade. Então, isso quer dizer que qualquer fenômeno, por mais distante desse centro que esteja para ele, é visível e os caminhos que conduzem uma coisa a outra são translúcios para ele. Então, isso é evidentemente um ideal, nós podemos dizer que esse seria o estado adâmico, o estado primordial. Então, o nadão é o encarregado de dar nomes a todos os seres que existem, animais, implantes, ah, só pode dar nomes, se eles conheciam por um. E conhecê-los significa exatamente saber onde eles estão no mapa geral da existência e qual a sua rede de conexões com o centro, com a origem de todas as coisas. Então, a Adão sabia tudo isso e o topo da iniciação de pequenos mistérios consiste em um indivíduo chegar ou no centro desse labirinto, ou no topo dessa montanha. Aí, ele não transcendeu o estado humano, ele não é um anjo, não é uma criatura espiritual, ele é apenas um homem, mas ele está colocado no centro da existência. Esta possibilidade, ela de fato existe, só que nós não conhecemos ninguém que a tenha realizado. Você conhece realizações parciais disso? E uma realização parcial foi esta que eu ilustrei no livro Jardim das Aflições. Eu não estou colocado no topo da montanha, eu estou pegando apenas um acontecimento e mostrando a rede de conexões que o liga não ao universo inteiro, mas a uma história de 5 ou 6 mil anos. Então, isso seria uma etapa desta realização. Chegar no topo dessa montanha ninguém vai chegar. Ele pode chegar a balcão, o controle do mundo, o controle do mundo, o controle do mundo, e ele vai chegar. Ele pode chegar a balcão, o controle do mundo, não vai chegar. Porque se chegar, o indivíduo dali vai saltar para os estados angélicos e, como habitante de um estado angélico, ele terá evidentemente poderes angélicos. Na verdade, eu só conheci, historicamente falando, existe outro, mas eu só conheci um exemplo disso, que foi o padre Pil. Pergunto para você, como é que o padre Pil, quando chegava as pessoas para confessar, já sabia tudo que eles iam confessar, sabia a vida inteira. Ele sabia. Ele investigou? Claro que não. Mas, você verá as pessoas têm alguma aparência física. Essa aparência física, ela corporifica, ela incorpora algo da sua alma. Então, isso quer dizer que o homem que está colocado, não diga no topo da montanha, ou no centro do labirinto, mas próximo dali, ele é capaz de enxergar a alma através da figura física. Ele não está pensando nisso, a coisa simplesmente aparece. Então, o rosto humano passa a ser um traslado direto da alma para o homem capaz de enxergar isso. Então, se isso já é o topo da montanha, eu não sei, no caso do padre Pil, nós vemos que algumas capacidades angélicas ele tinha, que um poder sobre o mundo material, que realmente não é qualquer um que tem. Você fazia uma mina que não tem pupila a enxergar, e transcende tudo que nós podemos imaginar em progresso da medicina pelos próximos 200 anos à frente. E a capacidade de bilocação, que foi confirmada milhares de vezes, duas pessoas viu o padre Pil em dois lugares distantes ao mesmo tempo. Isso não é... isso confirmado, com um testemunho e tudo. Então, alguma capacidade de angélico ele tinha, quer dizer, esse chegou no topo da montanha, no centro do labirinto, transcendeu, passou para o estado angélico. Então, eu disse, ele não é apenas um ser humano mais, já é algo a mais, que abrange e contém o ser humano. O ser humano não é abolido, mas ele é abrangido e contido. Nessa escalada, existem muitos graus intermediários. E esta ideia da translucidez do cosmos, da translucidez da sociedade, da translucidez da história, isso deve ser o nosso objetivo permanente. Na verdade, é o objetivo permanente de toda a educação que se pretende superior, o que é dizer que isso, num tempo ou nem nada, haverá o que se ensina na universidade, medo nas melhores universidades do mundo. É algo que transcende infinitamente a perspectiva deles. Mas quando eu escrevi esse livro, eu quis dar um pequeno exemplo de como se faz isso. Assim como esse biólogo, Leu Estomas, ele enxergava em uma célula, um universo biológico inteiro, é possível você, num acontecimento relativamente pequeno, enxergar imediatamente o órbio histórico inteiro dentro do qual aquilo se manifeste. Eu quis exemplificar isso aí. E por isso mesmo, é que eu tive que dar a esse livro, a estrutura que eu dei, que vai dando voltas, voltas, voltas, ampliando, e depois fechando novamente o... Então, a principal característica que se manifesta quando você chega a esse estado de homem primordial, do homem adâmico, é o que sermos o senso da eternidade. Isso quer dizer que você percebe toda a temporalidade como se estivesse projetada em um mapa, simultaneamente. Então, você pegou, exemplo, do Padre Pilco, o Padre Pilco, isso era brincadeiro. Quer dizer que ele se deslocava entre vários momentos do tempo, como que ele simplesmente percorrecia linhas em um mapa. Por exemplo, chegamos sujeito lá, ele sabia coisa que tinha acontecido por causa 30 anos atrás, da qual não havia mais resíduo físico, qual você deduzir alguma coisa. Isso acontece com o próprio Confessor dele, que um dia o Padre Pilco pede para se confessar e o Confessor diz, ''Agora eu vou fazer o contrário, você vai tomar minha confissão.'' Então, ele conta para o seu Confessor, que era um investigador com criação para o outro tempo da fé, que estava lá para tentar desmascarar o Padre Pilco. E o Padre Pilco então conta para ele no acontecimento que ninguém no mundo sabia, que era o de um soldado que estava sendo perseguido por um esporte de higiene, que ele ia matar ele e ele bate a porta do mosteiro pedindo socorro, o Padre veio com medo e fechou a porta e deixou o cara morrer. Ninguém sabia disso. E ele conta para o Confessor, o Confessor começa a chorar e se convence a ser um homem santo mesmo, não é o que eu estava pensando. Mas estas coisas, esse trânsito entre várias faixas de tempo para o Padre Pilco é normal, isso era um modo de ser dele. Então, este é um exemplo de um homem que tem o senso da eternidade de modo pleno. Nós não temos o senso da eternidade nesse sentido, mas nós podemos ter algumas antevisões. E essas antevisões nos esclarecem sobre a estrutura do tempo. Uma dessas antevisões foi a que eu expliquei nos minutos finados do filme Jardim das Afrições, e a qual eu acho que eu jamais dei uma versão escrita, que é esta noção onde eu dou essa separação absoluta e intransponível entre o nada e o ser. Entre o nada e alguma coisa. Quer dizer, tudo o que aconteceu em qualquer nível, em qualquer intensidade, em qualquer duração que seja, entrou na estrutura do ser e não pode voltar ao nada. Porque aquilo que é o nada sempre foi o nada e sempre será o nada. Não é possível você entrar e sair do nada e voltar para ele. Aquilo que aconteceu, aconteceu de uma vez para sempre. É a coisa importante de gravar. Todos nós temos o senso da fugacidade das coisas. Você vê, por exemplo, você envelhecendo, seu corpo decaindo, a mulher que você gosta, um bagulhando dia a dia. E a sua saúde indo pro Brejo, o seu dinheiro desaparecendo, o seu carro quebrando, tudo na nossa vida nos lembra da impermanência. Quer dizer, e nos faz ter a ideia, vamos dizer, da unipotência do nada. Mas essa ideia é totalmente invertida, porque as coisas que aconteceram não desacontecem. As coisas passam na escala do tempo. Mas a escala do tempo seria impossível se não tivesse a eternidade por trás. Como é que as coisas poderiam transcorrer se não existisse uma estrutura permanente dentro da qual esse transcurso acontece? Se a mudança fosse absolutamente onipotente, primeiro lugar seria imperceptível e segundo lugar seria metafísicamente impossível. Tanto que o próprio Heráclito, que é o filósofo da mudança por excelência, reconhecia que por trás de toda mudança existe o logo, o que não muda. Então, o senso da eternidade, ele pode, dentro de uma evolução espiritual do homem, chegar a um ponto em que ele se transforma no estado permanente da sua consciência. Como acontece no caso do Padre Pigo? É interessante você observar isso aí. O Padre Pigo, de fato, não há diferença dos momentos do tempo. Todos os momentos estão ali presentes. Aquilo que aconteceu 50 anos atrás e aquilo que acaba de acontecer, o Sr. E. acabou de entrar na igreja dele, ele já sabe a vida do camarada de 50, 60 anos atrás. Então, está tudo presente. Não está confundido. Ele não confunda o presente como passado, mas essas várias fages estão presentes para ele. E isso ilustra para você o que é o senso da eternidade. Não o que é a eternidade propriamente dita, mas o que é o senso da eternidade. Um sentido da definição, que eu mesmo repeti no filme, definição nada por o Boécio, que é a posse plena, atual e simultânea de todos os momentos. Todos os momentos transcorrididos e por transcorregros estão das numa estrutura permanente. Ela não é imóvel, mas todos os movimentos aparecem dentro dela. Então, tudo o que nós entendemos com o transcurso do tempo, até onde nós conseguimos aprender, por exemplo, o tempo biológico, o tempo histórico, são apenas fragmentos de movimentos que estão acontecendo dentro do mapa total da eternidade, e que nos saem dela. Então, isso nos leva à evidência de que tudo o que aconteceu não desacontece. Aconteceu de uma vez para sempre, e está, por assim dizer, gravado na eternidade. Você deve se lembrar de uma cena lindíssima do filme Vladiador, que aqui o capitão grita para o seu soldado, que nós fazemos aqui, ecoa na eternidade. Então, é disso que ele está falando. Então, este senso da eternidade, ele ser realizado em modo pleno, ele equivale a plena centralidade do estado humano. Quer dizer, seria o homem adâmico, o homem perfeito, o homem primordial, uma coisa assim. Que não é um anjo ainda, está certo? Porque todos nós temos destinados a ser anjos em uma última hipótese, está certo? Deus nos criou para substituir os anjos caídos, vocês não foram informados? Então, no caso do Padre Pio, nós já vemos alguns poderes angélicos manifestos. Quer dizer, que é um poder sobre o universo material. Então, quando o renegino um pouco abusando da frase do Aristóteles, de que a alma é tudo aquilo que ela conhece, ele está confundindo uma possibilidade cognocitiva como uma possibilidade ontológica. Quer dizer, como uma realização efetiva. Essa realização efetiva pode acontecer, porque nós conhecemos casos como o Padre Pio. Está certo? Mas, quando olhamos o caso do próprio renegino, o renegino não chegou a isso, não, não chegou, você vê pela vida dele. Então, erros monstruosos de previsão que ele fez, quando ele diz, a China jamais será Bolcheviki. E, menos dez anos depois, a China era Bolcheviki, coisas desse tipo. Em outros casos, faz previsões absolutamente extraordinariamente certas, como a da futura desaparição do dinheiro em preço, que é uma coisa que hoje em dia saiu da conversa e já está virando uma realidade. Nós vemos por onde... Vários detalhes da existência do renegino, como, por exemplo, o fato de ser viciado em ópio. Eu digo, como que o homem que alcançou a centralidade da planta está preso nisso? Então, isso quer dizer que ele falava de um estado que ele só possui a potencialmente. Ele sabia do que estava falando, mas ele não estava falando dele mesmo, não estava falando da sua realidade. Está falando de uma estrutura metafírica da existência do ser humano, a qual é verdadeira, mas que não pode se transformar em realização efetiva nisso, sem a direta interferência do Logos, Nossa Senhora do Cristo. Ou seja, não é a iniciação que ele faz, nenhuma iniciação pode fazer isso. Só o sacramento da cristalidade que pode, o resto não pode. Então, este é o desgrano dos problemas com a leitura do renegino, e por isso que eu considero tão problemática, porque ali você tem verdades fundamentais explicadas, como ninguém já explicou, como a clareza monumental, sobretudo no livro O Homem e Seu Devir Segundo o Vedanto, e que lido por exemplo por um cristão atólito, praticante, por isso ali pela primeira vez ele parece que entende do que a igreja está falando. Não há explicação melhor. As explicações que você encontra em livros de teologia são muito metafóricas, e o renegino está transformando isso em uma linguagem conceptórica muito rigorosa. E ele não usa metáforas, e quando usa uma linguagem indereta, a linguagem não é um dos metáforos, mas dos símbolos. Os símbolos então são uma linguagem rigorosa apropriada para a transmissão de conteúdos que transcende a possibilidade da linguagem conceptórica, mas que não tem nada a ver com metáfora, com figura de linguagem, etc. etc. Quem lê o livro dele, Os símbolos fundamentais da ciência sagrada, vai entender como é que isso funciona. Figuras de linguagem são coisas que nós inventamos para expressar coisas que estão acima da nossa capacidade de expressar literalmente, mas os símbolos não são inventados por nós, os símbolos estão na própria natureza, quer dizer, a natureza inteira é um vasto tecido de símbolos que manifesta uma realidade mais profunda e mais permanente do que a natureza. O próprio teor cíclico de, para que a metodos fenômenos naturais, mostra que por trás da temporalidade, por trás do fluxo temporal, existe uma estrutura permanente. E essa estrutura permanente que os símbolos vão manifestar. Evidentemente, esses símbolos vão variar conforme o lugar, conforme a cultura etc. etc. Mas a gramática deles é sempre a mesma em toda parte. Então, isso não tem nada a ver com metáforo de figuras de linguagem. Então, quando o Rosias decidiu encerrar o filme com esta mensagem, ele fez muito bem, só que, me parece que a mensagem está um pouco compacta. E, sobretudo, se você está falando para pessoas estúpidas, como é evidentemente o caso desses reis emistas do Globo e da Fúria, eles não vão pegar, eles não vão entender que aquilo é o centro do meu pensamento, não o indivíduo perante a coletividade. Meu Deus do céu, o que é isso? Mesmo porque, ao longo da história, nem sempre o indivíduo esteve em conflito com a coletividade. Há época assim que você vê, se você lê para o Lampalm, para o Obre, para o Santomai de Aquim, você pensa assim, o que é que o Santomai de Aquim acredita? É isso que está aqui. O que ele acredita é diferente do que o Camponês que está indo lá na Guilherme Confessar e como um lugar. Não, é a mesma coisa, só está mais detalhado. Então, você não tem um hiato assim, entre a casta intelectual, dominante e o povo. Não tem, é a mesma coisa. E isso acontece em vários momentos da história. Agora, chega em outros momentos, onde acontece como hoje, que o abismo entre o povo e a elite é um negócio praticamente intransponível. E eu imagino, por exemplo, um sujeito analfabeto que decide se alfabetizar e estudar as ordens do Santomai de Aquim, ele iria percorrer aquilo de uma maneira linear, sem grandes problemas, até chegar à compreensão, assim possível, do conjunto. Mas hoje em dia, por exemplo, se você pegar, por exemplo, as linguagens científicas, elas são absolutamente intraduzíveis, umas com as outras. Se você pegar uma língua da ciência econômica, a língua da física quântica, a língua da biologia, eu falo traduz uma na outra, não tem jeito. Então, isso quer dizer que as várias autoridades intelectuais se constituem como monstros sagrados, cuja palavra você tem que aceitar ou rejeitar, não há nada que você possa fazer. Não tem como furar esta barreira. E sobretudo, vamos dizer, a impressão de cultura que o ensino universitário enfunde nas pessoas, que é o Jesus Frito, pelo fato de ele ter frequentado 4, 5 anos da universidade, ainda que saindo do analfabeto funcional, ele tem a impressão de que alguma coisa ele sabe, de que ele pertence a uma elite intelectual. E, por exemplo, me lembro quando eu disse, olha, a teologia foi a primeira ciência que deu uma estrutura nacional do começo ao fim, e ainda é a única que tem isso. A teologia não tem hiatos. Se você pegar a teoria física, está cheia de hiatos. Se você pegar a matemática, está cheia de hiatos. Mas o indivíduo não sabe, não convido falar, ele pensa que teologia é assim, é crênica irracional e tu é... Ah, que, que, que, que, que. Quer dizer, o senhor não tem a referência histórica, o que eu estou falando. Não tem, e para adquirir ela, ele talvez não consiga ao longo de uma vida inteira. Porque você imagina, o quanto de estudo eu tive que fazer para chegar neste ponto, para poder dizer isto. Quer dizer, eu sei, conheço a história da teologia. Então, para ter o livro do Martin Grahman, a história da teologia católica, talvez o melhor livro de vista é o Respeito. É... Eirio Livros de Autores Protestantes sobre a evolução da teologia. E cheguei a essa conclusão. Ou seja, a ideia de um discurso lógico, que partindo de certas premissas, se desenvolva até o fim, sem hiatos nem saltos, só surgiu na teologia. E realizar isso na teologia, evidentemente, é mais fácil, porque as premissas estão dadas todas num texto fixado de uma vez para sempre. As premissas são da Bíblia. Então, partindo daí, você pode desenvolver uma exposição doutrina, uma exposição teórica totalmente coerente até o fim. Ora, em qualquer outra ciência você não pode fazer isso. Por que? Porque as premissas não estão dadas. E 99% do trabalho é encontrar as premissas. Então, as premissas específicas para cada setor. Então, é claro que nenhuma ciência pode ter uma coerência lógica, como a teologia tem. Então, a teologia não apenas foi a primeira, mas ainda é a única que tem. Este privilégio de ser um discurso analítico, lógico analítico do começo até o fim. Todas as ciências piram a este estado, mas nunca o alcançam. Nunca, nunca, nunca. Por que? Qualquer descoberta de um fato pode modificar totalmente as premissas. Você achava que as coisas eram assim, de repente a descoberta não deu outra maneira, e pronto, tem que modificar tudo. E você não sabe se você joga fora que foi descoberta anteriormente, ou se você o integra num novo sistema. E este é o destino das ciências, jamais alcançar o estado de um discurso lógico acabado. Talvez isso seja até impossível, segundo o Teorema de Guelgue, ela é impossível. Está certo? Então, quer dizer, o número de pessoas que se espantam, com coisas que eu disse, e das coisas que nunca ouviram falar, e tem imediatamente senso de rejeição, e se sente superior por isso, é um sinal, vamos dizer, de uma crise cognitiva gravíssima, porque, de fato, é aquilo que eu disse naquele famoso, foi uma conferência, a ignorância se tornou fonte da autoridade intelectual. Eu nunca ouvi falar disso, então não pode ser. Agora, tudo depende do jeito que o Sr. Fritz fala, porque não pode falar de qualquer maneira, você precisa falar com certo ar, com certa entonação, para a coisa se tornar confiável. Então, isso quer dizer, a diferença entre o que nós estamos discutindo aqui e o que se pode discutir em qualquer universidade brasileira, é uma diferença de, não é cognitiva, é a diferença de estado de ser. É uma diferença ontológica, ela não é transponível. E, por isso é que eu disse que, daqui a 10 ou 20 anos, somente alunos deste curso serão a liderança intelectual do país. Fora, não é possível. Por quê? Porque não há nenhum curso similar. Não há nenhuma outra iniciativa. Se houvesse outra, eu seria o primeiro a indicar. Mas, infelizmente, não tem. Não houve tempo. Então, agora, nada impede, para ser um boboca recém-chegado, diga como a ruinal das EVs. Então, a regga não é um charlatão. Eu disse, se ele fosse um charlatão, o problema estará resolvido. O problema é que ele não é. O problema é que ele é um agente islâmico enormemente capacitado. É certo? O dominador completo da metafísica islâmica, da metafísica hindú, perdão, não islâmica, e capaz de explicar-la em termos que nenhum autor católico, o protestante, pode refutar. O que ele disse é assim mesmo. Não só ele conhece essa metafísica como ela é verdadeira em todos os seus aspectos, só que uma coisa é a estrutura da realidade, outra coisa é o seu trajeto dentro dela. E o trajeto que ele propõe é impossível. Ele só existe idealisticamente. Ele não pode ser realizado. Ele descreve, isso de tal maneira que você fique com a impressão de que qualquer realização, qualquer iniciação sulfia ou maçônica vai te levar para o topo da montanha e você vai estar lá já em contato com os mundos angélicos. E simplesmente não acontece. Porque isso de jeito que passou por estado angélico, a primeira coisa que ele tem que fazer é mostrar que ele tem poder sobre a matéria. Esse é o serviço dos anjos, meu Deus do céu. Então, se o anjo ainda está preso à matéria, não é anjo nenhum. Então... Isso quer dizer que, mesmo alguns dos supostamente grandes iniciados, se fala na história, simplesmente não tinham esse poder. De jeito, tinha um poder cognitivo extraordinário. Caso Jacob Bum, por exemplo, Jacob Bum nunca estudou nem a língua alemã. E quando ele viu uma planta, ele sabia o nome grego da planta, ele nunca tinha estudado grego, ele falou que era um poder cognitivo extraordinário, que certamente o aproxima da centralidade cósmica, o aproxima do estado de idioma universal, mas não manifesta, porque se ele tivesse chegado lá, teria passado para os mundos angélicos e além de capacidades cognitivas extraordinárias, teria capacidades físicas. Tá certo? Então, quando eu escrevi o Jániz das Aflições, a minha ideia era ilustrar. O que pode ser um pedacinho dessa caminhada? Então, você olhar um horizonte histórico inteiro, não olhar só, nem enxergar todas as ramificações desde os 5, 6 mil anos atrás até agora. Foi isso que eu fiz no livro. É evidente que esse livro, então, ele tem por si mesmo alguma força de tipo iniciático. Quer dizer, ele exige uma transformação do leitor, a vida que vai lendo. Então, isso não quer dizer que seja uma reta de iniciação, mas que tem uma estrutura que está certo de iniciar. Ele pode realizar uma iniciação? Não, porque só os sacramentos podem e eu não sou um sacramento. E o meu livro também não é. Mas ele pode ilustrar como é que isso acontece, quando acontece, ainda que de maneira parcial e precária. Está entendendo tudo isso? Então, faz a intervada que a bunda voltou com as perguntas. As perguntas escritas têm aqui a pergunta de uma queridíssima amiga que está aqui, Sandra. Eu pediria que ela fizesse em voz bem alta. Professor, nessa disputa pelo governo mundial, pelo poder global, a gente tem, como o senhor já explica, os globalistas, os comunistas e o islam. Os comunistas e os globalistas pensam estar usando o islam. O islam se deixa ser usado e ao mesmo tempo está usando os comunistas e os globalistas para ganhar terreno no ocidente. O que o senhor acha? Como que os comunistas e os globalistas vão se livrar do islam? Se é que vão? Bom, muito bem. Assim, me parece a primeira vista que nessa disputa o islam leva uma imensa vantagem por ele ser o mais antigo, por ter menos pressa. E porque é o único que tem uma compreensão profunda do processo histórico. Por exemplo, todas as coisas que nós lembramos de ninguém, não, tudo isso para a liderança islâmica e ser o que já. E o pessoal do programa do Bilderberg não chega a compreender essas coisas, realmente. No mundo ruso-chines, eu não sei como é que estão as coisas. A gente vê, por exemplo, que o Alexsandr Dugin conhece tudo isso, estudou tudo isso e ele dá lá os consejos do Putin. De modo que o processo comunista se transformou no processo de comunização do mundo, se transformou no processo de russificação, de expansão do Império Russo. Continua sendo, os protagonistas continuam sendo os mesmos, a estrutura organizacional ainda mesmo, apenas o discurso ideológico aqui, é que mudou. Mas como o movimento comunista mudou o discurso ideológico mil vezes, troca de discurso ideológico como se troca de cueca. Então, é possível que isso seja só mais uma transformação, de superfície em torno de um esquema de poder continuar relativamente o mesmo. Eu acho que assim, encarar o movimento comunista pelo seu lado ideológico é coisa de amador, tipo Marc-Antônio Vio. Ah, comunismo é a estatização dos meios de produção. Se isso fosse, o comunismo não existiria, não vai existir jamais. O comunismo é essencialmente um movimento. Dostoevsky ele designa, então, isso é um movimento. Se é um movimento, então não adianta você querer fechá-lo em torno de uma fórmula fixa. Então, essa fórmula, uma fórmula fixa pode ser brandida como cenoura de burro, apenas para que as pessoas continuem indo atrás daquele ideal que vive do seu próprio adiamento eterno. Isso é da natureza do comunismo. O globalismo ocidental está evidentemente no momento de crise, de desespero por causa do Brexit e do Trump. Eu não sei como é que eles vão fazer, mas eu acho assim que os últimos residuos de escrupulos que existem nessa lente agora serão abolidos. Eles vão partir assim para atrapar sem grande escala. Não há mais nada que eles possam fazer. Agora, o Islam está tirando proveio das duas coisas. E o Arcos Mussolano são muito mais espertos do que a turma do Bilderberg e os russos juntos. Então, é só você dar uma lambida na filosofia islâmica, porém porque a gente vê no livro do Henri Corbun, no islam iraniano, 4 volumes. Esse pessoal está acostumado a pensar com uma profundidade que fazer na elite o cidadão está totalmente desconhecido. Você não pode esquecer que esse pessoal do Bilderberg, ali não tem nenhum gênio da filosofia, nem da ciência, nem da luta, é só um ban de ricaço e político. Então, opera dentro de um círculo mais ou menos pragmático limitado. Mas nada impede que o islam começar a representar um perigo para essa jeito. Eles fazem uma vida de força. Acabe com todo mundo uma vez porque força militar o islam não tem para se enfrentar a essa gente. Você vê que esse esforço do Irã para conseguir uma bomba, uma bomba atômica. É um negócio que te arrasta a 20 anos e ainda não tem poder ofensivo suficiente. Então militarmente a vantagem está em primeiro lugar com a elite ocidental, em segundo com o ruso-china e em terceiro com o coitado do islam. Militarmente coitado, mas culturalmente e psicologicamente é o mais poderoso deles. Por outro lado está vendo uma mudança muito interessante, que é a China tentando assumir a liderança do globalismo ocidental, tentando engolir-lo de algum modo. Ou nós engolimos ou nós destruímos? Como é que destruímos? Lançando outra moeda mundial, ferrando com o dólar de... Tem gente dentro do esquema globalista que está interessado nisso, outros não. Então o China está abrindo uma brecha muito importante e isso promete modificações no cenário. Não que os três grupos deixem de existir, mas as relações entre eles podem mudar muito nos próximos anos. Os anos isto não acredito que tenha a condição de por vir agora. Isso respondeu? Obrigado. Então Marcelo Espresso pergunta, o professor considera aproveitável o livro Teologia Sistemática do Strong and Only? Então não tem melhor ideia. Lucas Binati pergunta, o professor quer saber o que eu poderia estudar para melhorar a minha memória? Ah, mas isto é fácil, você procura o curso do Dominic O'Brien, o Brian com E. Dominic terminou com C, Dominic não é CK, Dominic com C, o após o Brian, B-R-I-E-N. Este é o campeão mundial de memória e ele tem umas técnicas que são muito simples. Você pode se achar que precisa. Eu nem fiz o curso inteiro, só vi umas aulas que eu achei muito interessantes, apliquei umas duas. Mas nunca perguntei muito com isso, porque eu acho que a base da memória é o interesse. Se você está mortalmente interessado em alguma coisa, você vai guardar a memória de qualquer maneira. Então eu sou capaz de me lembrar de coisas que eu li 50 anos atrás e esqueci, bedatemente, o converso que eu tive 10 minutos. Não quero lembrar, é um pouco o método Sherlock Holmes, apaga tudo o que me interessa, o resto sobra. Mas as técnicas do Brian são realmente muito boas. Você é uma vez disso uma coisa que eu acho que pode ser útil para os alunos. Repitindo, você é uma vez disso uma coisa que eu acho que pode ser útil para os alunos. Existem modas na medicina, nessas questões de ciência. Então virou a moda do distúrbio de defes de atenção. E eu uma vez já estava conversando sobre isso e você disse que isso não existe, o que existe é falta de interesse. É evidente, o cara dá defes de atenção, mostra o mundo e mulher pelada, para eles vão ver se ele não presta atenção. A memória depender a atenção e a atenção dependem do interesse. E nós desenvolvemos interesse a partir dos elementos mais visíveis até elementos mais sutis que vão integrando os anteriores. Então isso já está no Platão, como é que você passa da contemplação das formas sensíveis para as formas inteligíveis. Mas isso só acontece se alguém mostrar para o cara como é que ele faz e mostrar isso acontecendo. É isso que ensina a filosofia, não é você ensinar a filosofia, é você exemplificar em atos. Quer dizer, você tem que ver o filósofo funcionando, atuando na sua frente, é só assim que você faz. Aliás, isso é em qualquer técnica do mundo, por exemplo, você pode aprender pintura, está certo? Só com o manual? Não dá, você precisa ver como é que o pintor faz, como é que ele mistura as tintas, como é que ele faz o jeito. Se você não vê, a coisa não acontece. Isso aí no livro do Theodore White, que é Belief in Numbers or Faith in Numbers, esqueci o qual é exatamente o título, mas é uma coisa assim. Ele mostra que isso acontece até nos setores científicos mais técnicos. Onde você para aprender a manipular certos equipamentos, você precisa ver o técnico funcionando, se não, quer dizer, a coisa ultrapassa o domínio da transmissão verbal. Na filosofia, é a mesmíssima coisa, se você não vê o filósofo funcionando, você não vai aprender nunca. Ainda que você adquira uma cultura filosófica, monstro. Claro que existem pessoas que são muito dotadas para aprender sozinhos. Então elas, por imaginação, elas como que visualizam? Quando você está lendo o livro, ela visualiza o processo interior do filósofo. Em parte eu tenho isso, só em parte. Mas por exemplo, ter visto o Padre Ladusans operando, para mim isso é uma coisa básica. Eu vi por pouco tempo, mas é suficiente para saber como funciona. Então isso quer dizer que não se apenda filosofia com o professor de filosofia, só aprende com o filósofo. O filósofo que está exercendo a sua função na sua frente. Isso é uma longa tradição de ensino da filosofia. Se você vem com socas, essa coisa é assim. Platão aprendeu vendo socas. Não foi só lendo o livro. Então a finalidade da existência de escolas de filosofia é esta. Mas é claro que não se cumpre. Uma vez eu li uma jornada, essa é uma coisa que tem que sair todo dia, haja notícias ou não. Então se não tem notícias, você vai ter que preencher o espaço. Então a escola de filosofia também é isso. Você vai ter que ensinar filosofia, haja filósofos ou não. Então a 99% vai ser simuláculo apenas. Às vezes simuláculo é muito elegante e às vezes muito brega, ridículo como é no Brasil. Fernando Golombiev perguntou. O livro Fil do Navalha, do Somerset Mall, não força esse ideal de realização espiritual e iniciático como se fosse possível pelo personagem Larry sem sombra de dúvida. Aquilo é um negócio idealizado e na verdade impossível. Quer dizer, é uma figura de linguagem. Quer dizer, uma coisa você ver, mostrar assim, uma escalada humana até a centralidade de cósmica, e você tem que encontrar coisa a realizá-lo. Lucas perguntou. O demônio não poderia dar algum poder sobre a estrutura da realidade e os iniciados de seitas para eles se acreditarem que estão na verdade sem dúvida e ele faz isso. Mas é característico, quando dos milagres demoníacos, seu caráter temporário e ilusório. São coisas que impressionam muito, tem uma parafernalha enorme, mas quando você vai ver não aconteceu realmente nada. Não é como, por exemplo, você pega esses cadáveres incorruptíveis do santo católico, que estão aí há 400, 700 anos e não muda nada, ou o cadáver do próprio Padpio, que foi exumado 40 anos depois de enterrar, estava absolutamente intacto. Isso aí não há demônio que possa fazer. Então, vamos dizer, o poder efetivo sobre a matéria, exercido não no sentido espetacular, mas no sentido funcional, benéfico, caridoso, é isso que marca exatamente a presença do elemento angélico. E isso aí, olha, esse pessoal todo, de genônio, então eu nunca vi nenhum deles fazer isso. Ao contrário, nem o meu próprio crene, ninguém não. André Rios, ótima aula, importantíssimo, obrigado. Por uma atual situação, teologia de libertação, mentira generalizada, de composição do culturo, certo, nuro de pessoa que se aproxima da doutora religião, não cristãs, é enorme. Gostaria de saber o que o professor acha do Raman Amarhar. Bom, era homem que tinha conhecimento metafícico, absolutamente extraordinário, mas eu não sei se alcançou esse estado angélico, eu nunca vi nenhuma amostra de poder sobre a matéria. Ao contrário, a matéria tinha algum poder sobre ele, não podia tocar em metal, que sentia dor. Então, não sei, eu não quero jogar, sem dúvida, foi um grande homem, mas... Eu tenho minhas dúvidas de que fora da igreja alguém tenha alcançado o estado angélico, tenho sérias dúvidas. Por quê? Porque os casos católicos eu vi são muitos, muito imensas, só você estudar a vida do Santos Católico e ver coisas extraordinárias que aconteceram. Essa semana mesmo teve dois pesquisadores, fazendo uma revisão de processos de beatificação e de canonização para ver se encontrava algum furo. Nos depoimentos, atestados, não encontra nada, porque é agregatório que é muito rigoroso com isso. Quer dizer, o esforço todo é feito para desbancar o candidato à canonização. Só se não consegue aqui, tem que se render as evidências, fala, não, o cara é mais forte que nós. E isso aí não tem equivalente a nenhuma outra religião. Outra diferença é o seguinte, aqui, em qualquer religião, eu odeio usar a palavra religião em um sentido genérico, cristianismo e outra religião, mas eu não acho que cristianismo seja uma religião, ele é outra coisa, ele é uma sucessão de fatos miraculosos. En todas elas tem a legação de milagres, mas os milagres são uma coisa para ilustrar ou convencer as pessoas. Não estão no centro da coisa. Se você pegar a história das origens do Islâm, não tem nada de miraculoso. Você tem toda uma parte historicamente documentada, que é a vida de mão, na qual não há elemento miraculoso algum, e daí você tem o texto sagrado, que supostamente teria sido ditado pela candidatura Gabriel, não sabemos. Mas no caso de Cristão, o milagre está na origem e no desenvolvimento histórico do próprio Cristiano, ele é uma sucessão de milagres, ele não é outra coisa. O conteúdo doutrinal desses milagres teve que ser exposto depois, à medida que... como é que aconteceu isso? Se vocês veem o livro do Alois Dempfe sobre a concepção do mundo da Edmédia, como se fosse uma história de teologia também, ele mostra que os gêneros literários nos quais os padres foram expondo as suas doutrinas, surgiram aos poucos e em função de desafios externos. Quer dizer, ninguém no começo se preocupava em fazer uma exposição sistemática da doutrina, nem existia exposição sistemática. Mas daí quando um apresentava uma objeção, outro apresentava outra, eles foram desenvolvendo modos de exposição cada vez mais organizados e mais racionais, até chegar nas sumas, que já é século XII por aí. Então, eles estão que distinguir sempre entre os fatos que constituem a essência do Cristianismo e a sua exposição doutrinal, a qual está sempre em evolução. Existe, se chama fenômeno da evolução histórica do dogma. Quer dizer, partes da doutrina que não tinham sido percebidas ainda, e que de repente, o pessoal entra em discussão, aparece nos concílios, etc., até que vem um papo e fecha a questão, dizer assim. Então, uma coisa evidentemente não se confunde com a outra. A doutrina é uma explicitação do conteúdo do evangelho, mas o conteúdo do evangelho é infinito. Então, isso quer dizer que a elaboração da doutrina não vai terminar nunca. Então, eu nunca vi fora do Cristianismo algum fenômeno como esse. Não tem, simplesmente não tem. Então, isso que eu estou falando é assim, Ah, você está falando de ser católico? Não, eu estou falando de ser católico por causa disso. Então, inclusive, a palavra religiões, religiões são sistemas definidos como sistemas de crenças. O que existe de crença no Cristianismo? Então, uma parte é crença mesmo, você confia na palavra Jesus Cristo, o que ele prometeu, até o riso final, entende isso, mas não é nada. Essa parte você não pode saber, você só pode acreditar ou não. Mas, a vida do nosso Senhor Jesus Cristo, os milagres, os cadáveros incorruptíveis, as aparições de nossa revelação e profecias, tudo isso aconteceu. Isso é fato histórico, não depende de crença absolutamente. É uma questão de critério científico. Então, eu acredito que tem uns 20% do Cristianismo, que é, fé, os outros 80% não são. Rudan Pereira de Souza. Tem percebido uma constante em pessoas que me cercam aqui no país, uma espécie de dissociação de personalidade. Ah, isso é endêmico. Isso é endêmico por quê? Porque a personalidade humana, vamos dizer, todo mundo nasce com a personalidade de impotência, mas ela tem que ser desenvolvida, tem que ser desenvolvida, assim como, por exemplo, a capacidade de andar. Todos nós temos, mas algum dia você vai ter que aprender a fazer isso. E conforme você o aprendizado, você pode ser melhor ou melhor nisso, você não vai ser campeão olímpico de corrida só porque aprendeu a andar. Então, a personalidade, ela se forma integrando elementos da cultura ambiente. Quer dizer, não é só absorver e acumular, não, integrando e personalizando. Isso quer dizer que o processo de desenvolvimento da personalidade tem várias etapas que eu chamo de camadas. Isso aí só é camada a personalidade. Cada camada representa um interesse dominante num determinado momento. Esse interesse é integrado num outro interesse maior, e maior, e maior, e maior, e maior. Então, você só pode falar mesmo de uma personalidade integrada a partir da camada 8, que é chamada, é chamada da crise, onde o indivíduo olha a sua vida inteira e diz o que eu estou fazendo aqui, meu Deus do céu. Estou fazendo tudo errado, qual é o sentido dessa bacaria toda? Claro que a qualquer momento, o senhor pode perguntar qual é o sentido da vida, mas ele não vai perguntar personalizadamente qual é o sentido desta vida real que eu vivia, onde aconteceu isto, eu fiz mais aquilo, papapapapa, isso supõe já uma memória integrada, que é do indivíduo, conhece a sua biografia, ele sabe as ligações de causa e efeito, ele sabe quais foram as consequências, suas decisões, o que resultou de decisões, o que resultou de fatores externos, e ele vendo tudo isso, ele tem um sentimento de absurdo, de inconformidade, e ele resolve então se refazer de uma maneira que ele pareça aceitável e com isso ele cria uma personalidade intelectual. Se não tem personalidade intelectual, a personalidade só tem unidade potencial, não tem unidade efetiva. Então, antes da camada 9, você falar em unidade da personalidade, é uma unidade, como é que se diz, potencial, possível, ela está presente de algum modo, mas não está realizada, e é evidente que quando a cultura de um país se desmantela, as pessoas são desligadas do fundo cultural, desligadas do passado, desligadas dos valores que fundamentaram a sua família, seus antepassados, etc. Desligada de tudo e solto no espaço. Quais são os pontos de referência? Eu já fiz uma nota sobre isso no Facebook, então o Sr. Schuertz já tem três pontos de referência. Ele tem os seus impulsos imediatos, de buscar o prazer e evitar a dor, ele tem o mundo de frases feitas e slogans que ele é transmitido e que ele absorve, e ele ainda diz que se chama de pensamento crítico, por incrível que pareça, e o espírito do Reban, espírito da Horda, que é conduzido, como eu disse, por um boiadeiro onipotente invisível, que evidentemente é a elite globalista, etc. Então é isso que sobrou. Então, as pessoas desligadas da cultura adquirem, imediatamente, uma subcultura. Essa subcultura não foi feita para gerar personalidades integradas, mas, ao contrário, para gerar instrumentos facilmente manipuláveis, para fomentar obediência automática. E você vê que hoje, quanto mais serviu o individuê a propaganda, a mídia, etc., mais ele se agraga, gaba de ser o independente e ter pensamento crítico. Quer dizer, são um monte de independências que são igualzinhas à servidão. Então, o que é isso? Isso chega a ser uma personalidade humana? Não é, isso é uma caricatura da personalidade humana. E o que a gente vê na população universitária, isso aqui nos Estados Unidos também, é isso que eles estão fazendo. Ora, se você pegar bem esses projetos da nova ordem mundial, eles são projetos de uma sociedade totalmente administrada, onde uma elite decide tudo com critérios puramente econômico e administrativo, sem ter que prestar atenção, valores culturais ou religiosos, e qualquer coisa assim. Então, é uma sociedade inventada, inventada de acordo com a conveniência dessa mesma elite para eternizá-la no poder sobre o universo inteiro, se possível. É só para isso, e todo mundo tem que servir esta finalidade. Como é que você faz? Você lança campanhas mundiais, você quer mudar a cabeça das pessoas, você lança campanhas mundiais e em dois meses você cria um preconceito contra alguma coisa. Hoje em dia você não pode, aqui nos Estados Unidos você não pode acender um cigarro para que as pessoas saem correndo, elas ficam aterrorizadas. É terror pânico mesmo, o mesmo, um dia eu acendi um cigarro, tenho uma mulher passando com a filha, 10 metros de distância, ela tampou a sua nariz da filha para eu respirar aquilo e pegar a canção. Eu digo, o que é isso? É claro que é psicócia, isso é mais uma psicócia induzida. E evidentemente, nesta altura, os pareceres da classe científica só servem para isto. Não sepamos mais nada. Eu acredito que não há... Hoje em dia dificilmente você vai encontrar alguma pesquisa científica que não veio com o resultado pronto. Quem paga a pesquisa decide qual é o seu resultado e pronto acabou, quer dizer, corrompeu a classe científica inteirinha. Claro que sempre há pessoas que não se deixam corromper e que não se insistem em dizer a verdade tal como elas apercebem e não tal como elas ouviram. Mas no geral, assim isso já faz 10 anos, quando a revista Lancet, a revista médica mais respeitada do mundo, a Lancet começou a falsificar resultados para favorecer o anúncio, então eu falei, está tudo acabado. Eu digo isso porque eu fui editor da revista médica, atualidades médicas e clínica geral, fui durante vários anos, editor de texto das duas. E a gente viu, existia ali a escala de picaretagem e na escala de picaretagem a Lancet estava fora, ninguém comprava aquilo. Agora, eu vou perguntar até a Lancet, e ele deu, e eu estou falando, está tudo acabado, não dá para confiar em mais nada. Então, a única coisa que você pode fazer é você mesmo pesquisar as coisas, mas não dá para você fazer isso, por exemplo, na esfera médica. Você sem ter estudado medicina durante 7, 8, 9 anos, você não vai conseguir se orientar ali no vento, então na esfera médica você está lascado. É uma questão de sorte, você cair na mão do profissional bom no meio de milhares de picaretas. Agora, em outros setores ainda dá para você se informar, na política irracional dá, na economia dá. É certo, em certos setores mais limitados da pesquisa científica, por exemplo, em que esse medo global dá para você se informar, ainda dá, de informar como indo aos documentos de fonte primária, e não acreditando em mais ninguém. Mas nós chegamos já ao ponto que a fonte primária vira teoria da conspiração, e a opinião de seus emané, vira uma verdade científica que você não tem que aceitar. Então, se você para confiar no que você está vendo, você depende de que outros vejam também, você está lascado. Então, é para você aprender a solidão, a solidão é o aprofundamento interior, é o longo silêncio da maturação de que fala Nietzsche. Sem isso você não vai conseguir nada. Agora, evitar que as pessoas tenham isso é a principal finalidade da existência do establishment universitário, hoje. Tem que mentir as pessoas o tempo todo, excitadas com todo tipo de estímulos, agradáveis ou atemorizantes, para que o círculo de consciência delas se limite ao estímulo imediato. Então, são pessoas incapazes de qualquer interioridade. Então, tudo que fazem é superficial. É claro que são personalidades fragmentárias, mas se pensam só os estudantes, não. Eu não conheço uma personalidade integrada no Congresso Nacional. Bom, eu acho que... Bom, eu acho que por hoje é só, não vai dar para quando mais nada. Bom, então, desculpe, as perguntas que eu não respondi, mas tem aquele ditado ruso, só um idiota se dispõe a responder todas as perguntas. Bom, então, até a semana que vem, muito obrigado.