Então, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Quando eu queria interromper brevemente essa exposição sobre a questão dos símbolos, a qual eu tenho dedicado as últimas aulas, e contar para vocês alguns episódios da minha vida que ajudam a colocar na devida perspectiva tudo isso que eu estou fazendo neste curso. E é só por isso que eu estou contando evidentemente, por achar que seja uma vida de excepcional importância. Bom, para mim é, porque é o único que eu tenho, mas porque elas explicam em grande parte o que nós estamos tentando fazer neste curso. Então, em meio aos dos anos 70, isto é, 40 anos atrás, eu tinha uma livraria em São Paulo, em Zipac, a qual parece que existe ainda em parceria com o então diretor da revista Planeta Luiz Pellegrini. E um dia, ele chegou para mim e disse, eu quero comprar a sua parte na nossa sociedade, eu perguntei por que, ele disse porque você é o pior sócio do mundo. Eu disse, mas por que? Ele disse, não é simples, as pessoas chegam aqui, lá livraria e perguntam, que livro devo ler sobre teusofia? Você responde nenhum, que livro devo ler sobre ufos? Você responde nenhum, e assim por dentro, assim não dá, né? Então, eu falei pensando bem, você tem razão, ele me fez uma oferta até generosa, eu aceitei e com o dinheiro que eu obtive, disse, eu montei uma escola, que era a Escola Júpiter, onde dava cursos de astrologia, de simbolismo, religiões comparadas, de arte, etc. E por onde passaram vários professores ilustres, como a Dora Ferreira da Silva, o Inasta Silva Théries, Michel Weber, Adriano Colandelo, muitos outros. A Escola durou algum tempo, depois teve alguns problemas financeiros, e por volta de 1980, quer dizer, vai fazer 37 anos, eu a fechei, mesmo porque, tendo ali exercido a profissão de astrólogo, por pouco menos de dois anos, a profissão que, aliás, no Brasil é uma profissão legal, regulamentada, eu havia chegado à conclusão que as técnicas em uso na astrologia criavam mais problemas do que resolviu, e apesar de elas terem obtido alguns sucessos espetaculares, e creio que a reportagem que a Veja fez comigo na ocasião demonstra isso suficientemente, quando daquela análise do horóscopo do Fernando Gabeira, está certo onde eu sem saber quem é o camarada, descrevi toda a vida dele, os episódios principais, a razão de que traz o principal de caráter. Apesar disso, me parecia que as técnicas de astrólogo eram muito toscas, muito nebulosas, muito confusas, que não seria muito honesto continuar utilizando profissionalmente técnicas nas quais eu não podia confiar a 100%. Isso quer dizer que eu parei a leitura de mapas astrológicas, vai fazer 37 anos, e continuei estudando o assunto, para ver se conseguia introduzir um pouco de ordem naquela confusão. Vocês que nunca estudaram astrólogas, vocês não têm ideia do que é a barafunda de opiniões astrológicas, não só agora, mas ao longo dos tempos. Se você estudar os clássicos da astrologia, como Morrando e Viet-Franche, Gérônia e o Cardano, Guido e Bonata, vocês vão ver que isso é uma confusão, que já vira o tempo da Grécia e Roma. Cada um diz uma coisa diferente, e é uma espécie de valitude, de modo que a tudo acaba ficando por conta do mero talento individual do astrólogo, se algum ele tiver. No entanto, a existência do fenômeno astrológico, de alguma relação entre as posições dos planetas, dos astro no céu e os acontecimentos terrestres me parecia uma evidência. É uma evidência que sempre foi aceita durante toda a história da agricatólica, mesmo pelos piores críticos da astrologia, como o próprio Santo Agostinho, que de horror do astrólogo, eu não conhecia que o fenômeno existia, o Santo Tomás de Aquino e o Dando Scott e outros. Isso aí para todos os escolas, que era uma obviedade que não precisava ser discutida. O que isso podia ser discutido? Era exatamente o ponto que ele estava discutindo, que é a atividade preditiva e analítica dos astrólogos. Isso assim pode ser discutido. Então, logo eu fechei a escola, eu comecei a dar cursos particulares, tinha um monte de alunos, era um negócio que fazia um certo sucesso. E até com o dia me apareceram os alunos dizendo que nós todos tínhamos muito interesse por religião comparada, simbolismo, esoterismo, etc. E vieram me contar que existia uma tarica, uma organização esotérica islâmica em Campinas. Eu achei que era treta e não liguei. Mas continuaram insistindo, insistindo, insistindo. E um dia me disseram, não, agora eles têm uma sede aqui em São Paulo, estão convidando você para lá visitar. E tanto insistiram que eu falei, tá bom, vamos lá. Quando eu cheguei lá, estava 80% dos meus alunos lá, porque eles já tinham se infiltrado ali no meio, cooptado todo mundo. Eu vi aquilo, fiquei aterrorizado, falei, bom, agora tem que manter aqui um low profile para ver se entendo o que está acontecendo. Enquanto mei frequentando aquela pocarinha, enquanto investigava e fui descobrindo com os chefes da Coisa uma dupla de irmãos originários da Índia e nacionalidade britânica já eram conhecidos, picaretas, estelionatários, já amplamente denunciados na Inglaterra, e que estavam então expandindo as suas atividades na América Latina, mais especificamente na Argentina e no Brasil. Havia muitos argentinos no meio da coisa, inclusive o chef da banda no Brasil, era um argentino. A medida que fui descobrindo o que se passava ali, eu acabei por uma série de circunstânios que não vem ao caso, acabei denunciando a coisa ao Ministério Público e houve então o Inquérito, um escândalo nacional, a negócio apareceu no Jornal Nacional, o Polifedera invadiu a sete dos caras, sobre o seu infarto e fomos as graças. Tanto catêórios, os caras tinham horror de mim, as minhas veias saírem correndo, eu era o diabo. E o Inquérito se complicou de tal maneira, 16 volumes de mil pás na cada um, que ninguém entendia mais nada, claro, o Inquérito não ia dar coisa a nenhum, mas pelo menos teve o mérito de afastar esses sujeitos do Brasil durante alguns anos. Já devem ter voltado e devem estar os seus sucessores porque os chefes da coisa, ambos já morreram. Um dos camaras que me ajudaram a entrar na pista da história desses bandidos, foi um sujeito chamado Martin Lins, que era um ex-chefe do Departamento de Manuscrits Orientais do Museu Britânico. Eu escrevia ele como escrevia muitas pessoas, escrevia dezenas de pessoas que me pareciam poder ter alguma informação útil a respeito. Aí comecei a trocar figurinhas com Martin Lins e com outros, Estúdios da Área, com William Stoddard, que é do Canadá, o Ramco Maraswamy, filho do Sélia Brananda, que foi diretor do Museu de Arte Nova York e muitos outros, Sédio José Nastre, e muitos outros. Sédio José Nastre tinha sido o ministro da Cultura no tempo do Résapalé, no Irã, que estava então exilado no Estado Unido, onde era professor da Universidade de George Washington. E eu vivi incomodando essas pessoas com perguntas e um dia o Martin Lins de Sra. M. Sola, depois que você teve essa experiência com esta organização, que se dizia Sufio, seja esoterista islâmico, e que é evidentemente um bando de farsantes, seria bom você ter uma experiência do Sufismo autêntico, que ele então dizia representar como, segundo no comando, o Bukadam da tarica chamada Maria Mia, em homenagem à senhora, fundada por um cidadão suíço, Frito Afon, que tinha recebido as suas iniciações na arjélia do Sheik Ahmed Lalaw, uma figura célebra. E o Shun tinha voltado da arjélia no meio dos anos 50 com a seguinte promessa, eu vou eslamizar o ocidente, de bom dito e feita, mas na tarica você ingressava, nessa tarica especificamente, você ingressava independente da sua religião, porque o Shun orientava grupos de várias legislhões, ilânicos, cristãos, budistas, etc. Um dos fatores que me alertaram para o caráter específico dessa tarica foi o encontro que eu tive com o Martin Lins, em Lima, Perú, quando de um congresso de legislhões comparadas, no qual havia vários representantes de várias tradições religiosas, um budista, um cristão ortodoxo, um protestante, um católico, etc. Um católico era o famoso padre Raimundo Panikkar, que escreveu várias livros importantes, um padre indiano. Eu ouvi todas aquelas conferências e um dia o Martin Lins disse, olha, hoje lá no meu apartamento, eu estava todo no mesmo hotel, hotel Cridion, em Lima. Aliás, ali havia uma inflação engraçada, que na hora de pagar a conta, eu enchi três caixas de sapato de dinheiro, pagar a conta de quatro dias, três caixas de sapato cheio de dinheiro pelo ano, então convidou para, essa noite, no meu apartamento no hotel, nós vamos ter uma reunião da taricão. Eu cheguei lá e estava lá todos conferencistas, quer dizer, eram todos mesmos da taricão, todos discípulos do Fritz Offromb, atuando, publicamente, em nome das suas diversas religiões, mas evidentemente sob a direção de um cheio, um cheio mestre, que permanecia islâmico, evidentemente. E eu to bem, então, em Gressar na Parica, marcamos um encontro, então o Fritz Offromb não estava mais na Suíça, ele estava aqui nos Estados Unidos, no estado de Indiana, e marcamos um encontro. E eu cheguei lá, recebi os ritos de agregação e entrei na taricá, onde logo arrumei em crenca, evidentemente, não era nada do que eu podia imaginar, eu imaginei que ia chegar, encontrar um velhinho assim, varrendo a sede da taricá, a gente ia tocar um papo, eu cheguei lá, um negócio todo burocrático e erarque, quando você era um ambiente mais artificial e insincere, o que você podia imaginar, então desde o primeiro dia eu já não gostei do negócio e já voltei para o Brasil pensando, e onde é que eu fui amarrar meu burro? A sorte é o seguinte, o Ingressar na Tariqa não tinha nada a ver com uma conversão islâmica, uma conversão islâmica é feita através de um ritual público, onde você reúne a congregação numa mesquita e você faz a chamada declaração de fé, lá e lá, lá, lá, mochamera rossululá, só Deus é Deus e morra mesmo é o seu mensageiro, publicamente com a intenção de assumir um compromisso. Eu nunca fiz isso, isso nunca me aconteceu mesmo porque o Chuon muito cioso de preservar o segredo da sua taricá em face da curiosidade dos religios exotéricos, da religião popular, nos proibia de frequentar mesquitas, então, claro, eu violei essa proibição algumas vezes por curiosidade, eu queria saber como é que é, mas isso foi tudo, isso foi todo o contato que eu tive com o exoterismo islâmico. Então, o próprio Marte Lins em correspondência me ligou, não, não se trata de maneira alguma de você abandonar a agricatória, que isso é o que nós chamamos tecnicamente, uma oportunidade espiritual, mais ou menos no sentido em que Thomas Merton praticou a sese budista durante o ano, sem jamais se converter ao budismo, sem deixar de ser um monte católico. Então, a questão antes da religião exotérica não entrava, não entrava em discussão ali, o exoterismo é outra coisa. Ao fim de alguns meses, eu já tinha perdido totalmente a confiança, não nos conhecimentos espirituales, do Fritz Waffron, que são absolutamente inegáveis, os livros dele estão aí para comprovar, mas no seu discernimento espiritual, que não me parecia de discernimento psicológico, e não me parecia de maneira alguma, suficiente de dirigir pessoas. Uma coisa é você escrever livros, da explicação teórica, outra coisa é você ser um mestre de Fritz Waffron, que vai dirigir alma por alma. O chão do ponto de vista do discernimento espiritual, parecia de um jeito totalmente tapado, porque se acercava de um ban de picareta, se confiava nas pessoas erradas, e logo cheguei lá, fui a sede da Tariq, ele me nomeou Mukaddam para o Brasil, representante para o Brasil, e falei, mas como, acabei de chegar, não entendo nada do negócio. Já me parecia uma coisa meio estranha, além de me nomear Mukaddam, ele inventei para as instruções para mim e passava para um outro sujeito, despertando então a ambição, rivalidade, criando um ambiente absolutamente infecto. Depois de alguns meses eu comecei a ficar com um saco cheio daquilo, escrevi umas cartas mal criadas, evidentemente, fui banido da Tariq, fui expuls da Tariq, o que foi uma sorte, porque a Tariq você só pode entrar, você não pode sair, só pode ser saído. Então eu de certo modo, involuntariamente, provoquei a minha própria saída, que era exatamente o que eu queria. Ainda assim, tendo em vista o débito intelectual, que eu sempre reconheci com o Shum, aprendi muito com os livros dele, eu dormi de 20 anos, não abri minha boca para falar mal dele. Então logo nós saímos, o Shum e o circo dele ficaram com medo de que a gente fizesse alguma coisa contra eles, não íamos aprontar nada, nem tínhamos medo de fazer, mas nós soubemos que o procedimento regulamentar dessa Tariq, quando tem algum inimigo, algum traidor, uma coisa assim, o procedimento normal era fazer uma sede judicial em torno do cara. Vários casos, eu documento alguns deles no livro da Marie-François Jammel, exoteirismo e ocultismo em torno do Négué, não tem lá alguma história desse tipo, história escabrólgica. E fizeram a melhor coisa comigo, felizmente eles tinham pouquíssimos membros no Brasil, não dá para fazer mais de um processo. O processo me manteve ocupado durante seis anos, gastei uma fortuna, os meus advogados, todos deram as aulas, o primeiro advogado ficou louco, até eu não sei o que aconteceu, e puxou um revolver, me assando duas testemunhas, vinha e saiu correndo pelo corredor, deu um risco, eu não quis eu trocar de advogado, troquei, o segundo advogado teve um infarto e ficou inutilizado, troquei o advogado pela terceira vez, a terceira advogada teve outro, outro infarto e morreu, daí falei, agora o maior advogado, o Jor, o Jor era o genro desse mesmo advogado, que era o Marçado, arrubeu o genro dele, que era um jovem, um jovem judeu fortíssimo, não sei o que é, a Alexander, e o Alexander ganhou o processo, nós saímos limpos, mas é o que diz assim, o Mônio para o réu inocente, e você, simples fados, você precisa processar, já é um castigo, porque a humilhação é despesa, é perda de tempo, é angústia, etc, é assim, a revolta de você veio, oito testemunhas mentindo contra você, e eu só escapei do negócio, porque eu tinha provas documentais, então me faz da prova documental, o testemunho cessa de valer, a coisa me deu tanto trabalho que no fim eu não queria devolver aí, uma queixa de denunciação, o cara não ia falar, e não hado algum negócio, eu ia me esquecer, então foi a partir dessa época que eu decidi rever todos os meus conceitos e eu cheguei a a seguinte concluião, eu disse que agora não tem mais gurua, não quero mais saber de ninguém, me orientando para nada, agora é eu mesmo idêo, eu vou ter que me virar sozinho, e foi aí que eu comecei a somar as minhas conclusões de tantos anos de estudo e de experiência, um caráter meramente exploratório e experimentar o ex-fazia pelo que diz o apóstolo experimentar e de tudo ficar que é bom. Eu falei, então já tive agora 30 desferências, tá na hora de começar a somar, dividir e ver o que é bom para a gente manter. Então essas coisas começaram a se condensar numa série de conclusões, que aos poucos eu fui anotando em apostilas, livros, artigos de jornal, etc., etc., que hoje constituem uma, tem aí uma verdadeira e ciclopédia, são parnes e parnes, né, sem contar a gravação e desse, esse mesmo curso ele já tinha nascido, em princípio já tinha nascido aí, essa era minha ideia, eu já tinha anotado, ou dizer, o estado de total destruição da alta cultura no Brasil e fica alguma coisa que precisava ser feita, eu só não sabia exatamente o que fazer. A primeira intervenção na hora das coisas foi o livro o IBCU Coletivo, que era uma série de sátiras, dos intelectuais então mais badalados, que eram pessoas absolutamente intocáveis dos can… assim era, a ideia de dizer alguma coisa contra eles, jamais ocorria, qualquer besteira que eles disseram tinha que ser aceita como alta manifestação da inteligência e quando eu publiquei o IBCU Coletivo, então foi um escândalo, foi um terror pânico, por ninguém nem sabia o que fazer, aquilo parecia tão esquisito que muita pessoa nem entendiam o que eu estava falando, né, então não chegam nem a ficar ofendidas porque não percebiam o que eu estava falando delas. Em mediatamente um grupo de intelectuais comunistas achou que podia se livrar de mim da maneira mais fácil e puxar discussões se saiu muito mal, saiu horrívelmente mal, né, então evidentemente na época já começou a congeturação com a famosa pergunta, para quem ele trabalha, quer dizer, a ideia de que possa existir um inscrito intelectual independente, está pensando por si, buscando a verdade por si, simplesmente dizendo as coisas do jeito que ele vê, já tinha se tornado impensável no Brasil. Você veja, nos anos 40 e 50, mesmo que um inscrito pertence a um grupo militante, quer dizer comunista ou católico ou integralista ou qualquer coisa, ninguém jamais atribuiria as ideias dele a manipulação de um grupo, ninguém fazia isso. E agora mesmo que você não pertence a nada, as pessoas tinham que congeturar que tinha um grupo atrás de você, o que significa que a capacidade de pensamento de vida não tinha ido embora, tinha desaparecido e sobrava só, vamos dizer, as instruções grupais, as programinhas de ação política dos vários grupos e cada um então, como cada um falava em nome de um grupo, tinha que imaginar que eu também estava falando em nome de algum grupo. Houve até um sujeito que conjeturou que não o autor das ideias dele é o Ronald Levinson, que era o presidente da faculdade da cidade onde eu trabalhava, então o Ronald Levinson era o gênio, ele, todas essas coisas filosofias, foi tudo ele que sobrou na minha cabeça, ele era um grande pensador da América Latina e assim por exemplo, foi assim que aos poucos eu fui organizando, anotando e organizando as conclusões de todo esse estudo. Com relação à área específica da astrologia, eu fiquei durante anos conjeturando a seguinte coisa, eu tinha lido praticamente todos os materiais do longo debate astrologico que surgiu no século XX, desde as primeiras décadas do século XX até a época em que eu estava, e vi que tudo aquilo me parecia totalmente fora de lugar, eu digo porque existem duas afirmações aí que têm de ser testadas. Primeira, existe alguma correlação entre as posições dos astros e acontecimentos terrestres? Segunda, a astrologia sabe, a astrologia tal como os astrólogos a praticam, sabe identificar essas relações e diagnósticas, são duas perguntas completamente diferentes. Primeiro, o fenômeno real? Segunda, o que estão dizendo sobre ele é verdadeiro? São perguntas que qualquer criança pode distinguir imediatamente, mas que em todo o debate astrologico parecia totalmente confundidas, sobretudo pela pretensão de jogar assim, astrologia funciona, eu digo você não pode levantar essa questão antes de você ter respondido à questão das influências atrás em si mesmas, independentemente da astrologia, porque pode ser que o fenômeno não exista como afirmamos, Santa Agustínio, Santa Tomá de Aquine e todos, e que o que os astrólogos estão dizendo é respeito, seja errado, não dá para confundir as duas coisas, mas aí é confundir a ordem do ser com a ordem do conhecer, como dizia o Aristóteles. Então falei, o que nós poderíamos fazer para dar a esse debate um encaminhamento realmente científico, o científico não só de boca, o cara de bancar o cientista, mas que tivesse em si mesmo, fazer uma estrutura cognitiva firme, e daí surgiram alguns cursos que eu dei, isso aí foi no fim da década de 80, né, de 89, 90, eu dei três vezes o curso com o nome horroroso, mas foi o que eu achei não, era que astrocaracterologia, o curso partia de várias premissas autoevidentes para criar uma metodologia capaz de avaliar primeiro a questão das influências atrás e segundo a questão da eficácia ou ineficácia, não digo d'astrologia em geral, que é impossível por ser muito confusa e muito variado, mas pelo menos de algumas técnicas astrológicas, sobretudo as mais antigas, se vocês leiram os textos de Guido Bonatti, Geronimo Cardão, Moran de Berfre, você vai ficar em absolutamente encantado com o nível intelectual desses camaradas, Moran de Berfre já é um dos amigos mais próximos de René Descartes e considerava ele mesmo um filósofo cartesiano, né, então não era, não era nem um zemané, né, e evidentemente a questão da astrologia levava a questão, vamos dizer do simbolismo natural, que eu dediquei algumas aulas, aí justamente essa que eu estava explicando agora, em minha concluência, hoje existe o simbolismo natural, não existe simbolismo nenhum, quer dizer que todos os símbolos sejam os meros produtos culturais, vamos dizer da invenção à nicha humana, isso é uma impossibilidade física, por exemplo, é simples, porque daí as analogias deixariam de se basear em semelhança e diferença reais, observado com os olhos da carta, importantes analogias que serem impossíveis, isso também, claro, me levou a rever muita coisa que eu havia lido da filosofia ocidental ao longo dos tempos, com a filosofia de Calmar, do Kant, de Cárted, etc., etc., coisas conclusões eu em parte coloquei nesses livrinhos que eu fui publicando, na Maquiavel, Confusão Demoníaca, Vizões de Descartes e Aristóteles em Nova Perspectiva e assim por diante. Colar são Aristóteles, a coisa importante é o seguinte, que toda a tradição astrológica é absolutamente incompreensível, sem um profundo conhecimento das aulas da Aristóteles, especificamente das aulas de lógica e da física, então a física sobre a física não cheguei a escrever nada, talvez escreva um dia esse pouco possível, mas sobre as áudias lógicas, coloquei ali o que eu que dava para concluir no livro Aristóteles em Nova Perspectiva. Este livro ainda foi motivo de mais um impacto cognitivo que eu tive diante da estupidez reinante no Brasil, que foi o fato de que um aluno meu, que era membro da diretoria da SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ficou encantado com uma apostila que resumia um dos aspectos do curso que eu estava dando sobre Aristóteles e pediu para publicar aquilo na revista da SBPC, eu falei, não, pode levar, passaram-se meses. Eu até esqueci que o negócio estava lá na SBPC e publiquei aquela apostila como um livretinho que na época chamou uma filosofia aristotérica da cultura. No dia em que ele estava já saindo para buscar os livros para uma semar gráfica, me chego uma resposta da SBPC dizendo, nós não podemos publicar o seu artigo porque é um artigo especializado em odontologia. E que está fora do nosso alcance, o que é isso? Daí publiquei o artigo, dei umas entrevistas fazendo agosação com a SBPC e eles respondeu indignado, não, ao contrário, o seu estudo foi examinado para uma comissão de alto nível, toma lá um relatório. Quando eu fui ler o relatório foi um segundo choque porque era assim, a monta o ar de besteira, que é como, de por exemplo, um garoto de 12 anos de idade, um garoto de ginásio, de 12 anos de idade. Eu fiquei em religião, apêndice, daí publiquei a versão completa, mais completa das apostilhas, não só aquela separada, mas juntei todas. Eu fiz o livro Aristóteles em Nova Perspectiva e coloquei lá um apêndice que chamava Aristóteles do Dentista. E era assim uma agosação terrível do comissão, fui mais que é, o episódio é um tomático porque você estava falando de uma entidade que teoricamente representava o estabilcimento científico nacional. E que é claro, depois da coisa ter virado um escândalo, saíram na primeira parte do globo, deram uma parte inteira pro assunto, então viram um escândalo dos demônios, os camaradas já temorizarem decidir ficar quieto, o que mostra que não é totalmente estúpido. Mas essa experiência do Aristóteles em Nova Perspectiva me mostrou que alguma intervenção no estado de coisas do Brasil cultural era absolutamente necessário e foi daí que nasceu o justamente o imbecil coletivo. Ele se compõe de uns testinhos que eu escrevia pra ler pros meus alunos antes das aulas. Era só uma introduçãozinha, queria já, mas não tinha nada a ver com o assunto da aula, era só uma curiosidade da semana. Eu fui colecionando essas coisas e isso compôs o livro imbecil coletivo cujo ingresso no mercado editorial foi altamente traumático para toda uma geração de inteligência. Os quais acabaram desaparecendo de cena, porque depois de tentar me enfrentar pelos meios de quídeo e espanho, se deram muito mal e decidiram ficar quietos e chegaram à conclusão enunciada pelo Milton Temer, que eu acho que ele era secretar já pelo Partido Comunista na época, ou secretar geral, coisa assim, sei lá. Do lado de Carvalho não se fala. Eu falei ó, te merece mesmo que eu queria que você ficassem quietos e me deixassem falando, então daí durante 20 anos ficaram quietos, mas ficaram quietos em público, mas por trás estavam lá nas suas salas de aula, longe dos meus olhos e ovidos, fazendo a minha caveira e instigando os aluninhos, falava, vai lá, bate nele, vai lá, ele ficava atrás e mandava os aluninhos tudo na frente. Então aí surgiu uma nova geração de críticos, os olávados que eram assim milhares de estudantinhas absolutamente desconhecidos sem analfabetos, que começavam a xingar e imputar crimes pela internet. Aí a coisa ficou mais difícil, porque não dá para responder a tantos ao mesmo tempo. E porque é claro que discussão nesse nível nem dá gosto de você entrar. Nesse íntere eu fui chamado, dentre outras coisas, da seguinte, a gente com o seu humano enrustido, agente sionista enrustido, católico, reacionário, fascista, agente do Mossad, agente da CIA, outras coisas desse tipo, porque são tantos delitos diferentes que eles se anulam aos outros. Então, o fato é que esse é, em tantos, a prova que não funciona. Aí veio aparecer alguns camaradas mais especializados que começaram a vascular a minha vida, indo, por exemplo, pedindo a folha corrida, ouvindo depoimentos de desafetos mesmos e compondo uma biografia imaginária, assim, absolutamente a terrorizar. E colocando isso na internet é claro que isso confunde o meio de campo para uma certa área de pessoas cuja curiosidade está nesse nível, que não quer aprender nada, não quer discutir nada, que é só fofoca. A gente está interessado nisso e é isso que obtém mais ao mesmo tempo com os artigos que eu ia publicando, sobretudo, no Diário do Comércio, para que eu tenha perdido o emprego de todos os outros órgãos de mídia. E sobretudo com o livro O Mínimo Que Você Procesa Saber Para Não Ser Uma Idiota, coletado pelo Felipe Moura Brasil e publicado pela Record. O negócio de um sucesso é graçado, ele deu quase 200 mil exemplais, o que no Brasil é um absurdo, né? 320 mil, 320 mil exemplais. Quer dizer, o que já me iguala, pelo menos a Paulo Coelho, né? E tem uma influência graçada, justamente na época, que o pessoal estava criando aqueles movimentos contra o governo federal, por causa da corrupção, e por todo lugar que tinha espaciado, parecia o pessoal que estava em casa, olando, tem razão, olando, tem razão. Então isso quer dizer que eu sem pertencer a grupo nenhum, sem conspirar ninguém, e fazendo só análise, sem nunca sugerir, não é verdade? Nenhuma política específica, não? Existe influência devastadora sobre este negócio, e evidentemente, depois de 40 anos de silêncio da direita, se primer não havia direita na panorama policial nacional, até o Lula havia celebrado que nas duas últimas eleições, todos que ele dasse a mão de esquerda, tudo que para ele era a perfeição suprema da democracia, começou a aparecer uma direita, evidentemente na minha, que aparece a direita, aparecem as ambições, os carrerismos, etc. As invejinhas, então daí aparece camarada que, assim, acha, não, porque eu subi na vida para eu tirar o lado carvado do caminho, então ele vai lá, solta a meia dúzia de xingamento, inventa lá um... uns vícios e uns crimes, e acho que com isso resolveu o problema. Eu vejo que hoje o pessoal que veio dessa direita nascente é muito pior do que o comunista, mas muito pior, nenhum comunista desceu ao nível que esses caras dessem. Por quê? Porque a direita tradicionalmente está alheia a alta cultura, sempre esteve no Brasil. Desde o tema, eu ia dizer, a última época que houve uma alta cultura de direita, eu disse, há dois anos 50, depois desapareceu, o que sobrou era da esquerda, ficando cada vez mais instrumentalizado e, portanto, descendo em nível, descendo, descendo, descendo, desde os anos 60. Mas a direita, de fato, não tinha nada. Então era um bando de analfabeto, uma pessoa totalmente despreparada e, evidentemente, com ambições muito superiores à sua capacidade. Eu creio que essa atividade deles não chegou a atrapalhar no conjunto, uma grande coisa, eles orientou algumas pessoas, mas no conjunto, tanto a minha influência popular quanto o ensino que eu estou transmitindo aos alunos, continuaram, despondo de uma certa eficiência e aos poucos a gente vê surgindo os efeitos culturais que eu planejava. Você vê pela atividade do Carlos Nadalim, do Felipe Moro Brasil, do Felipe Matinho, do Rodrigo Gerdon, um bando de alunos altamente capacitados que hoje constituem a verdadeira intelectualidade brasileira. Quer dizer, que não tem padrão de comparação com aqueles cabezas oucas que escrevem na Folha de São Paulo e que ainda continuam sendo badalados por uma mídia decadente. E hoje em dia tem mais leitores do que a Folha de São Paulo, essa é a verdade, né? Então no Brasil, eu contei um fenômeno similar ao dos Estados Unidos. Outro eu coloquei a notinha contando o Drudge Report. Uns anos atrás do Drudge Report era tido assim como um lixo, o patinho feio da mídia americana. Agora ele tem cinco vezes mais audiência do que a CNN e dez vezes mais que os outros, um negócio impressionante que eles virou campeão absoluto ele e o Alex Jones com o Info Wars e o One Earth Day. Então esses três, esses são a mídia americana hoje. A mídia impressa que você pode esquecer, porque foram todos os órgãos, foram comprados por seis empresas, então são seis cabezas apenas que decidem o que as outras podem pensar. Mas o público, leitores ou ouvintes, telespectadores já percebeu o truque e falam, ''Pô, eu estou...'' ''Sacrei de ser manipulado, não quero ouvir sempre as minhas opiniões, eu quero ouvir o outro lado também.'' E, invariavelmente, o outro lado está dizendo a verdade, claro que também existe mentirosas na direita, mas não tem comparação, o quantitativamento. Então no Brasil está acontecendo a mesma coisa, quer dizer, a chamada grande mídia não é grande mais, ela é fraca. Ela se sustenta porque há de outros negócios que a empresa tem. Você pega lá a empresa livre de uma rede de motel, de força de gasolina... Opa, não sei se está bem. Ele já está capim que eu faz tempo. Bom, acho que dá para ouvir assim, não dá? Estão ouvindo? Um momento, eu tenho uma fita. Vamos lá. Muito bem, no sobre a questão da astrologia, eu já dei aqui algumas aulas sobre a astrologia. Eu já não me lembro se foi um curso independente ou se foi dentro do próprio COF, mas eu dei uma sequência de aulas sobre a astrologia que era, na verdade, uma proposta de investigação, quer dizer, criando o aparato metodologico, propôde certas investigações que eu mesmo não poderia realizar, quer dizer, pelo volume de dados que aquilo implicava, de maneira que até hoje a astrologia é uma questão em aberto. Talvez esses cursos que eu dei possam ser condensados em livros e publicados algum dia, no que eu queria fazer no começo, mas nunca teve tempo de voltar a esse assunto. Se eu dei o curso, quer dizer, foi 12 anos depois de eu ter alguém aí na porta. Não entendi. Mas é melhor deixar ele lá e dar um dinheiro para ela para ele se ensinar e vai ficar tocando a campanha. Então, quando eu dei esse curso da astrologia, eu já fazia 12 anos que ele tinha abandonado essa atividade e deu o curso justamente para encerrar o assunto, e falou, olha, eu podia ter aqui, daqui para dentro não dá mais. E, a essa altura, mas o meu interesse já tinha se concentrado nos demais assuntos que compunham o repertório de cursos ali da escola Drupter, especialmente o simbolismo, o conhecimento estético, etc., etc. Então, à medida que eu fui também anotando essa conclusão, é que eu não anotei só as coisas que confusaram em Bessi o Coletivo, mas tudo que eu havia pensado, ainda levou algum tempo para que eu pudesse publicar essas coisas em livro. As notas de sparsas espalhadas para tudo que eu estava lá. Graças a Deus, quando nós moramos, o rio apareceu lá, uma datilógrafa, uma digitadora para trabalhar para mim e passou tudo aquilo para o computador. Então, eu sou muito grato em ver todos os computadores porque os meus papéis estão numa barafuda de tamanho. Se não fosse computador, eu jamais conseguiria juntar aquilo. Alguns estudos sobre pontos específicos foram publicados no volume a dialética simbólica, no qual aproveitei uma parte de alguns livretos que eu tinha publicado no tempo que estava na tarica, em livros que eu desatorizo completamente. Você não imagina o que é uma tarica, você tem que fazer as coisas só do jeito que eu cheio, você não pode fazer nada, ele limitava até o número de cigarro que você pode fumar por dia, o tipo de móvel que você pode usar na sua casa, o que você pode fazer e não pode fazer, enquanto eu estava lá embora estivesse por aqui, eu obedecia. Então muito do que está nesse livro, aquele é a língua da tarica, o pensamento da tarica não é exatamente o que eu estava pensando. Então algumas partinhas que eu pude aproveitar, coloquei na dialética simbólica o resto tem que ser revisto, repensado e aquilo não representa o meu pensamento, pelo menos pensamento maduro, como eu tenho hoje. Então foi justamente a partir daí que foi possível articular uma série de ideias e compor de algum modo uma filosofia, quer dizer, eu acabei virando filósofo por coincidência, sem nenhum intuito de fazer uma carreira profissional nisso. Mas as ideias foram adquirindo cada vez mais consistência, mais coerência, se articulando umas com as outras, mas já que ele fica até hoje a única expressão formal do meu pensamento é este curso, nada foi escrito. Se você pegar os meus livros, eles tratam de aspectos tão precisos, determinados e limitados que nem de longe da ideia do que seja a filosofia do tal alado carvário, mas quem está assistindo a este curso está recebendo o conjunto, os fundamentos, etc. Eu não sei se será possível reivindigir isso algum dia, talvez não, talvez isso sobre para as gerações seguintes. E eu que não queria reviver o destino do mar Fernando Santos, que ao morrer deixou uma barrafunda de papéis que até hoje não foi desifrado, deixei uma situação pior, porque ao invés de deixar os papéis eu deixei as gravações, ele pelo menos tinha papéis. Existe um grupo com uma equipe de transcrições que tem feito o melhor que pode, mas as transcrições evidentemente não dão ideia exata do que eu desejaria dizer por que, porque no Brasil existe ainda um abismo entre a linguagem falada e a linguagem escrita. Nós não conseguimos transpor isso aqui, de maneira que coisa que na linguagem falada parece muito natural, na escrita, arranhos ou vindos, ou induzem uma ideia errada, sobretudo hiper simplificações de exagermos. Você sabe perfeitamente que o meu estilo de falar é hiperbólico. Eu falo assim, isso nunca aconteceu, mas você quer dizer, bom, aconteceu de vez em quando, um ou dois. Então você não tem nenhum que preste, não, às vezes tem um ou dois que prestem no meio de bilhões. Então esse estilo hiperbólico, na falora, é uma coisa e no escrito é outra, no escrito tudo adquire o tom de afirmações categóricas, sem nuances. Então transcrever tudo isso e transformar ele em uma trabalheira infernal, infelizmente tem pessoas que pretendem me manter ocupado com outras coisas, manter ocupado com processos judiciales e etc. Não que não seja um prazer processar certas pessoas, mas é um prazer trabalhoso e caro, gente, e come seu tempo. É só pra você re-digir uma, por exemplo, se você faz fofoca durante três meses, espalha mensagem pra cá pra lá com vários números, né? Só pra você reconstituir a coisa já é uma obra historiográfica, né? Vai dois, três, quatro meses de trabalho, né? Se você não faz nada, os caras continuam, né? E se faz, você vai ter que dedicar um tempo da sua vida a essa procuraria, o que atrás é, às vezes, paralisa o seu verdadeiro trabalho, que é o deste curso. O este curso pra mim, ele é tudo. É aqui que eu tô dizendo o que eu queria dizer, tá certo? Tudo mais que está escrito são apenas detalhes, sobretudo os artigos políticos. Nos artigos políticos, eu tentei apenas exemplificar certas teorias e métodos que eu havia explicado no curso, nos dois cursos de Filosofia Política que eu dei no Universidade Católica do Paraná. E que depois, em parte, eu repeti aqui. Ou seja, é na postila Problemas de Meta de Ciência Humana e nas transcrições desse curso de Ciência Política, Filosofia Política, que estão os princípios de método. Os artigos, milhares deles, que estão, são apenas exemplificações de como se aplica a isto para o estudo de determinados casos, né? Eu fiz isso, baseado sobretudo na sugestão do Érico Vevilinho. Você achava que a ciência política na nossa época ainda está na fase de coleta e classificação, como a biologia estava no século 18, e que, portanto, era essencial você multiplicar o número de anais de situações concretas, antes de você tentar qualquer generalização. E essa análise deram certo, grangeando para mim a fama do jeito que faz as previsões corretas, o que próprio, que cientificamente aquilo faz algum sentido. É evidente que toda a previsão acertada é de que ele e muitos autores retroativos, parece que é mais ou menos 10 anos depois, dizendo a mesma coisa como se fosse uma granulidade, alguns dizendo até na Grande Mídia, outros na internet, mas tudo isto também é parte da fenomenologia da debatria cultural brasileira. Então a debatria cultural leva necessariamente, eu vou dizer, a confusão moral, porque as pessoas não têm mais princípios morais para julgar as coisas mais óbvias. Então quando um sujeito, por exemplo, me acusa de um crime e depois me convido para um debate para discutir o crime, ele não percebe que isso é uma atitude louca, é isso? Porque você não pode discutir com aquele que está te acusando, você não pode ser ao mesmo tempo um dos debatidores e o assunto do debate. Sobretudo se o assunto do debate não é nem você, mas as suas supostas culpas. Então tem muita gente que aceita, acha isso normal, mas você não vai debater, é claro que não. É isso. Você aceita isso é você fazer do caluné ou do ônibus, o fris abalista autorizado a me jogar. E eu ainda, se não aceitar, sou o ingrato que não aceitou a grande oportunidade de se defender perante um tribunal tão idúneo. Então é uma situação absolutamente irônica, psicótica, mas que se multiplicou ao longo do tempo. O número de pessoas que aceita isso é reduzido em fases do tamanho da maioria. Mas o fato em que elas existam é um sinal gravíssimo. Agora pergunto eu, como é que as pessoas querem consertar a política do país se elas não têm critério para jogar nem questões mínimas de uma vida só, a conduta imediata. Que são pessoas psicologicamente imaturas, doentes, em grande número, muitos delas estão espalhados pela grande mídia. Dio claramente o arruinal da Zé Vedão deles, é um homem imaturo sem menor princípio moral que fica dando opinião sobretudo. Agora ele virou chefe do antitrumpismo no Brasil. O Trump está terrorizado com isso. Uh, arruinal das vezes está escrevendo contra mim. Então o problema com essas camaradas é que os seguintes não se limitam a expressar uma opinião. Olha, a minha visão individual é esta, que é o que eu sempre faço. Ele sempre fala no sentido de quem está orientando as massas. Você quer dizer que eles querem que todo mundo o siga. Eu digo não, não estou fazendo questão nenhuma de quem me siga, estou apenas dizendo as coisas como eu, mas estou vendo. Estar se apretendo que seja verdade evidentemente. Mas vocês podem perceber, vamos dizer que o que quer que eu escreva, o esforço de persuasão é mínimo. Se não tem, eu estou sempre descrevendo as coisas que eu vejo. Não tem exortações, não tem apelo dramático, não tem nada disso. Sobretudo não tem identificação com nenhum grupo político. Eu não posso ter parceria com um grupo político nenhum, nem com um grupo religioso, nem com coisa nenhum, porque isso atrapalaria o meu cérebro. Quer dizer, eu estou treinando há décadas para ser o sujeito que veja as coisas e entendo o que está se passando. E é capaz de explicar, é capaz de expressar em palavras, não só aquilo que ele está vendo como aquilo que outras pessoas estão vendo. Até o dia onde eu rodou um floreto, estava tentando explicar no negócio e falar, você está querendo dizer o seguinte, nós não temos que dizer o que o povo quer ouvir, mas nós temos que dizer o que o povo quer dizer. Quer dizer o que o povo está percebendo, o que nós também estamos percebendo. Então eu não posso danificar o meu aparato cognitivo em função de uma pertinência política. Eu tenho que estar ali para falar o que quer que eu veja para qualquer lado que seja. Pouco importa se isso vai agradar a esquerda, a direita, o raio que eu parto. Hoje mesmo, a pessoa está tão entusiasmada com os militares, eu digo, olha, militares querem fazer algum bem para o país, eles que desfaçam o mal que fizeram, porque foram eles que inventaram desarmamento civil, eles que entregaram a população brasileira inémina mão dos assassinos e estão fiscalizando isso cada vez de maneira mais severa. Ou seja, eles não querem que você se arra, eles querem que só eles tenham armas. Para quê? Para que você tenha que pedir socorro a eles e eles piores? Só negam o socorro. Porque quando chamados a intervir contra padrilhas de traficantes, às vezes não é essa nossa missão constitucional. Então assim, o senhor quer se fazer de solicitado para poder dizer não e ficar cada vez mais solicitado. Então isso aí é como a psicologia da mãe maligna, a mãe malvada, a mãe que não tem amor ao filho. Vocês podem reparar, o senhor fica tanto mais ligado e escravizado na mãe quanto pior ela for. Se a mãe é boa, o negue aos 18 anos está pronto para trabalhá-lo, está pela vida, o que ele fazer, etc. Mas se a mãe é ruim, ela só nega aquele carinho, aquela afeição que daria para ele a segurança afetiva. Então ele fica grudado na mãe. Ou grudado na base da dependência ou grudado na base do ódio, que é pior ainda que é uma dependência mais funda ainda. Os militares estão fazendo a mesma coisa com a população brasileira. E todas as pessoas intervencionistas são os filhos maltratados. Estão receberam das forças armadas o carinho, a atenção, o respeito que mereciam e ficam lá implorando. Por favor vejam no salvo. Ah, etc. Claro, isso mira ter obrigação na entrevista. É claro que teriam, mas eles não querem. Eles não querem fazer nada. Se quisesse fazer, não precisava nem intervir. Bastaria eles serem um pouco menos severos na execução desta maldita decisão que foi deles mesmo no tempo da ditadura de desarmar o povo brasileiro. Decisão que eles aplicam de maneira cada vez mais severa, mesmo vendo as consequências letais que isso tem para a nação brasileira. Então, mas no Brasil é assim, se vocês querem ver uma coisa em defesa de um sujeito, já acredito que você é adepto dele. E se eles odeiam esse cara, vão passar o dia a você também. Então ele é adepto das forças armadas, uma vez escrevi uma coisa defendendo o Dr. Enes Carneiro. Ah, então ele virou adepto do Enes Carneiro, uma vez defendiu o Jopé de Steadley, que tinha censurado o livro dele. Pronto, ele virou comunista. É sim. A hipótese de que você esteja agindo com uma inteligência independente, movida tão apenas pelo seu precário senso de justiça, tentando acertar, é impensável. Isso quer dizer que a figura do intelectual público independente desapareceu do Brasil, sendo substituída por propagandistas, cabelos eleitorais, folfoqueiros, etc. E isso basta para mostrar a gravidade da situação. E a absoluta necessidade da formação de uma nova geração intelectual aqui está sendo formada e já está atuando de algum modo e da qual eu estou muito orguloso. O que são os alunos desse curso, que às alturas estão escrevendo livros, dando cursos, fazendo blogs, etc. E já num nível incomparávelmente superior de toda a chamada grande mídia. Então, é claro que um dos efeitos disso foi o próprio filme do José José Jarniz Afluições, que é o melhor filme brasileiro do último meio século pelo menos, e que por isso mesmo está sendo rejeitado, tudo quanto é festival na base do Olav Carvalho, não se fala, mas tudo filme do Olav Carvalho, então eu não quero, ele é que nem o García Lorca com o sangue derramado, o amigo dele Torreiro, não, eu não quero ver ele lá. Então é assim que estão as coisas, gente. Então, que fique este breve relato autobiográfico como apelo a que vocês não desistam dos estudos de jeito nenhum, não desistam de criar uma nova cultura no Brasil, não é isso que eles têm que fazer, tá? Então, para por aqui daqui a pouco, me espero algumas respostas. Então vamos lá, nós temos aqui um visitante que tem uma pergunta, vamos começar a curar, o senhor, talvez aulas específicas ou não, ou todas para telões e comunidades, comunidades talvez pobres ou então onde pessoas não têm condições de acessar, e o que o senhor está achando disso ainda tem essa possibilidade? Bom, desde o tempo que eu moro no Rio de Janeiro, lá eu já tinha a ideia de levar esse curso para, o curso não tinha ainda esse formato atual, mas era substancialmente a mesma coisa, levar para as favelas, por quê? Porque a gente é a população pobre ali, você tem um monte de garotos que é os dez ou dez anos são gênios, só quando chegou às 18 virar nos idiotas, então isso aí graças à contribuição do ensino chamado educação brasileira. Então se for possível a mensagem chegar a esses garotos durante o tempo dessa enfermecência adolescente, é possível que a inteligência deles desperte, você crie uma legião de gênios que é a única salvação do Brasil, mas o capital intelectual é o que define o destino das nações dos povos. Não há outra coisa, então faz parte da cultura brasileira, uma espécie de pragmatismo imbecil que acredita que é possível resolver os problemas primeiro e ficar inteligente depois, eu nunca vi ninguém conseguir fazer isso. Então eles pensam, não, nós temos que agir, temos que fazer isso aqui, chegue de conversar, isso tudo é uma estúpidex. Os comunistas já entenderam isso há muito tempo, essa funikid de agir, eles chamavam de desvio pequeno burguês, voluntarismo etc., antes de você pensar agir, eu falei, você tem que entender o que está acontecendo, você tem que saber onde você está, não agir as cegas, não gastar energia tua, mesmo quando decludiram esses movimentos populares em 2015, eu achei que aquilo tudo era uma ejaculação precoce, porque você não tem, se você não tem uma intelectualidade preparada, você também não vai ter uma elite política altura do acontecimento, como se comprovou, quer dizer, aqueles que subiam nos palancos e acabaram se revelando os bobocas que a raposa velha de Brasília fizer de idiota com maior facilidade, então o povo não estava certo, mas a liderança estava muito abaixo da situação, então se não há uma liderança intelectual, muito menos a velha liderança política que preste, então não existe um meio de saltar a essa etapa, então a necessidade de levar esse ensinamento para a população mais pobre, não é o que eu reconheço, mas eu não vejo como fazer isso, no Rio eu pensava assim, se eu pegar alguém me der uma substância ao ajuda da financeira, eu levo isso aí para o teu lado de graça, não tem nenhum problema, mas eu preciso sobreviver de algum modo, e esse é o único trabalho, hoje em dia a situação ainda é a mesma, eu dependo desse curso profissionalmente, e na verdade ele obtém uma difusão maior, porque muita gente copia trechos, coloca no Youtube, etc. Eu não reclamo nunca que faça isso, claro que eu não gosto muito, mas também não reclamo, tem um lado bom, um lado ruim, mas eu tenho certeza que com o tempo surgirá uma forma, um meio de fazer isso, agora o principal é a retransmissão que está sendo feita pelos meus próprios alunos, isso é a coisa de ter um efeito multiplicador, é o Carlos Adalinha, Rafael Nogueira, Felipe Moro Brasileza, então é a coisa que vai se popularizando e de algum modo a mensagem chega, infelizmente o que chega é a parte política mais imediata, que desperta nas pessoas, às vezes justamente o fã Nikita de agir, quer dizer começa a ver com as coisas tão ruins, quer fazer alguma coisa, o que é uma barra, essas coisas tão ruins, bom então é o momento de você se fortalecer para você poder lidar com elas quando você for gente grande, e não é para ficar agindo agora, eu acho que essa fórmula vai aparecer de algum modo, bom vamos lá, aqui Francisco Augusto Junior pergunta, eu estava lendo a Aristótia a respeito dos conceitos de contradição e contrariedade, e a filosofia de reggae me veio à mente, pesquisei alguns artigos e me deparei com uma tese do Dr. Carlos Roberto Velho Cirlima, cuja obra constitui uma tentativa de corrigir o sistema reggae, lendo em alguns pontos, junto com ele Klaus Dürsing, na Alemanha pensa que quando reggae fala em contradição ele deveria estar falando em contrariedade, em lógica contradição é diferente de contrariedade, na contradição se um pôl é verdadeiro o outro é falso, e é impossível que ambos sejam falsos, em reggae tese antítese são falsas, e isso é possível na contrariedade mas não é possível na contradição, que diferença eles poderiam ter, bom, os comunistas resolveram mais ou menos isso, quer dizer o Marxism Leninismo Oficial, não se vai ter que resolver isso, o meio dos conceitos de contradição antagônica e contradição não antagônica, só que quando os comunistas falam em contradição eles não estão se refinando apenas na contradição lógica, mas vão entrar choque de forças reais no campo histórico, o conceito marxista disso é muito mais complexo do que as pessoas imaginam, por exemplo você pode ter algo que logicamente pareça uma contradição mas que na prática seja apenas uma contrariedade, quer dizer a contradição entra as fórmulas verbais com que elas se expressam, não existe ali uma contradição real, quer dizer um antagonismo de forças radicalmente incompatíveis, então eu acho que até discutir isso no mero campo lógico não valeu a nada, é possível levar em conta que reggae está falando de contradição entre conceitos, mas Marx está falando de contradição entre forças históricas reais e a coisa já não se coloca do mesmo, você tem razão, muita coisa que eu chamo de contradição são apenas contrariedades, quer dizer não são mais certas, seria dizer oposição em vez de contradição, lógica clássica se diria mais conceitos opostos e não contraditórios, que é a mesma coisa que dizer contrariedade, então logicamente você está certo, só que dentro do Marxismo as coisas não são assim, isso é muito mais complicado. Bom, Carlos Alberto perguntou, nesses críticos antigos seu mencionou, mas especificamente que já não são representativos de seu pensamento, inclusive os dois estudos primeiros sobre o HGAC e sobre o Profeta Malmé, ele falou, o estudo sobre o HGAC não, acho que ele é inteiramente válido, embora me pareça ainda um pouco parcial e limitado demais, mesmo porque na minha compreensão do HGAC teriam que se acrescentar os dois volumes de escritos políticos de quase mil par na cada um que na época ninguém conhecia, não estava publicado, inclusive como o prêmio desse próprio trabalho, eu ganhei uma edição nova do HGAC já com esses dois volumes a mais, e ali eu vim entender muita coisa que não tinha entendido antes, então precisaria acrescentar alguma coisa, mas não modificar substancialmente, quanto ao livro sobre o Profeta Malmé, precisaria modificar muita coisa, entre outras coisas porque em algumas partes eu usei como fontes os livros do Higde Schach, que depois eu descobri ser um charlatão completo, que é o jeito que modificava toda a história do exotério mundial para fazer dele a combinação do processo, não que o pessoal ligado a alguém não também não faça a mesma coisa, em parte o livro do C. Edo, o C. Nasher, Knowledge and Sacred, é isso, quer dizer, conta toda a história da espiritualidade humana para culminar na pessoa do FOM, então essa é toda uma estratégia e estratégia intelectual muito bonita, muito elegante, mas substancialmente falsa, então precisaria rever muito desse livro, e não sei se terei tempo de fazer isso. Tamiris Barbot, pergunta, se eu explicar no seu curso o caráter iniziático dos setes sacramento católicos, sem dúvida, eles tem dois pontos fundamentais do curso, partir de uma vez da famosa disputa entre o Shum e o Genom, na qual creio eu, o Shum estava montado na razão, na qual ele defendia o caráter iniziático dos sacramento de Cistão, que nem precisaria defender porque isso já está na conta do próprio catolicismo, esse próprio catencino da Igreja Católica, né, é o promogado aí pelo João Paulo II, afirma o caráter iniziático dos sacramento, e se eu não tivesse iniziado, se não fosse o rito iniziado, seria o que, então? Então, o Genom diz que, por exemplo, o batismo é apenas um rito de agregação, e se você comparar o batismo com o rito de agregação de outras tradições, você vai ver que não tem absolutamente nada que ver. Por exemplo, o que eu falei é a famosa declaração de Féisland, que você reúne a congregação e faz lá a declaração de Féisland. Isso não mudou a sua condição espiritual, não mudou em absolutamente nada, tá certo? Mas o batismo, digo não, o batismo já mudou, você já é outra pessoa a partir do batismo, você passa da condição de servo, a condição de filho, opa, calma aí, se isso não é uma iniciação, não sei o que mais pode ser uma iniciação, eu vou explicar com mais detalhes, né, e também vou tentar explicar por que que isso deixou o Renegadeiro não tão bravo, ou o que que isso representa de perigo para a perspectiva esotérica em geral. É certo? Não. É, Eri, que pergunta, só pode eu explicar por que ninguém pode perder-os plenamente e permanecer vivo? É muito simples. Como é que um, vamos dizer, um conteúdo cognitivo, um objeto eterno, absoluto e limitado, infinito, podem caber num seu finito? Não dá, Simbém, não dá. Você teria que se desfazer de certo modo, quer dizer, não, só Deus se conhece assim mesmo, Ele pode transferir para você um aspecto ou outro assim, limitadíssimo e mesmo isso já é super abundante. Se você ler, por exemplo, os escritos da Ana Catarina, é mesmo, se você ler quanta coisa ela percebeu, mas tudo isso, comparado com Deus, é nada, comparado com a Ana Catarina, ou comigo, é um montão, ou com você, né? O que é o campo, se você pergunta? O Mário Ferreiro do Santos era anarquista? Não. Ele tinha uma certa simpatia por algumas ideias econômicas do que é o José Foudon, que é o grande doutrinário anarquista, e ele tinha muitos amigos no movimento anarquista, mas ele pessoalmente era um católico. Até que ponto um católico pode ser anarquista, pode ser até um certo ponto. Tudo se pode combinar na vida, né? E além disso, se você ler um autor, você vê que ele tem razão, não é porque ele é anarquista, que você vai discordar, porque isso não faz o menor sentido. As críticas que o Foudon fez, a economia marxista, são fundamentais, são básicas. E o Mário tinha uma certa apreensiação pelo Foudon, e eu me amputi-estimunhar a isso, eu fui fazer uma conferência ao Mário Ferreiro na sociedade anarquista, que ficava em frente ao colégio onde eu via estudado lá, em São Paulo. E lá do Mário Ferreiro, os velhinhos choravam de comoção. E eram muito amigos dele, mas isso não significa fazer uma tomada de posição anarquista, o Mário não tinha nenhuma tomada de posição. As ideias políticas eram complexas demais para caber em qualquer movimento. Pronto. É o de Peirar, porque quando é que o conjunto das suas impressões se eleva do estatuto de opinião? E como é que eu sou lido com a estabilidade ou a instabilidade de sua opinião? Não, é muito simples, você tem que dividir os vários planos de abordagem que você está tomando. Se você está raciocinando do ponto de vista metafísico ou de teoria do conhecimento, então você tem que chegar nas juízes apodíquicos, que sejam absolutamente incontestáveis. Mas é só aí que dá para fazer isso. Na verdade, nem teoria do conhecimento dá para fazer isso, só dá para fazer isso metafísicamente. Por exemplo, se você afirma a diferença entre infinito metafísico e infinito matemático, eu falei isso, mas não tem como você negar isso aí. O infinito matemático compõe-se apenas dientes de uma mesma espécie, a sério dos números, o infinito de papo. Portanto, não é infinito de maneira alguma, só é infinito como você escolha segundo um cuíde, quer dizer, sob certo aspecto. Portanto, não é infinito realmente. E assim por diente. Então as tés da metafísica, só vamos dizer, a presença do ser, a inocuidade do nada, etc., todas são apodíquicas. Se você entra num outro plano na própria teoria do conhecimento, você entra no campo dos risos razoáveis ou prováveis, quando você tem apenas uma certeza suficiente, não certeza completa. E quando você entra na análise de situações particulares, da política, da história, etc., aí você está em pleno campo da verossimilhança, você está atento, é uma vaga aproximação com a verdade. Quando você acerta, acertou, a possibilidade de erro é muito grande. Então, tudo reside na prudência com o que você opina, você saber onde dá pra você opinar ou não dá, o que dá pra saber, o que não dá. Então isso aí é o exercício da frôneza, da prudência, da sabedoria prática. Então no reino da política você não vai passar disso aí, não há certezas superiores, mas pode haver certezas de ordem lógica e metodológica que você não pode transgredir. Então por exemplo, a de certos princípios metodológicos que eu coloquei ali na postila, problema de métodos nas reis humanas, ali tem algumas afirmações metodológicas gerais que não têm como transgredir. Então, por exemplo, a distinção entre processos de ação que foram planejados e deliberados e outros que se formam por um acúmulo fortuito de circunstâncias. Essa distinção é fundamental. Agora, os amadores, palpiteiros que querem sempre parecer portadores de inside information descobrem agentes ocultos por trás de tudo o que acontece. Que acontece uma coisa aqui, outra ali, outra ali, já vem, já isso aqui tem aí, são os poderes secretos, isso é amadorismo, a distinção. Saber se há um agente por trás da ação, ou se há uma pluralidade de agentes inconexíveis, isso é uma coisa básica. E assim por diante, mas você, se atendo a esse princípio metodológico, não os infringindo e atuando com prudência, sabendo as suas limitações, a limitação da informação disponível, etc. Bom, você tem grande probabilidade de acertar, é só isso. Igor, perguntou, deixa eu conhecer a opinião do Martin Lingue sobre Shakespeare, o que eu acho? Bom, o livro do Martin Lingue sobre Shakespeare é um dos melhores que se leveram a respeito. Assim como vários outros livros, eu estou dizido pelo Shum, pelo Titus Boer, pelo Ced, com o Cenaça, são obras primas, ninguém pode negar. Mas o meu problema com o Shum sempre foi, entre os sujeitos, ser um grande filósofo, ter uma compreensão profunda, na verdade, quem fundou a disciplina da religião comparada foi o próprio Shum, ele tem uma compreensão profunda dessas comparações, não quer dizer que ele esteja habilitado para o guiamento das almas reais e concretas. Então, esse é um lente filósofo, mas como o Master Spirito falou, deixa muito a desejar, ele não consegue entender as pessoas. Como é que você vai dirigir pessoas se você não as entende, se você é um abstratista, vive no mundo da lua, é uma espécie de um nerd filosófico? Eu acho que todos esses caras são nerds filosóficos. A penetração psicológica de todos eles, para mim, deixava a desejar, eu tinha a impressão de que eles todos tinham tomado alguma poção mágica e só viam as coisas num certo nível para cima. É por isso que eu não quis escrever nada contra o Amido durante muito tempo, porque eu falava, tem coisas que ele age de uma maneira tão feia, mas que pelo que eu li dos livros dele, ele pode não ter esta má intenção, isso é uma estupidez mesmo, é uma cegueira, é um ponto cego, escotomo, mas se tem esse escotomo, então não pode ser o Master Spirito, o Master Spirito é o que está lidando com almas reais concretas, um por um, é como um confessor, se você vai confessar culpado, e você vê que o Pado só está assim, seguindo o manual de instruções e não tem a medida certa da situação concreta que ele tem que você estar narrando, ele não pode ser um confessor, evidentemente, muito menos um diretor espiritual. Então, a gente não estava habilitado para guiar espiritualmente o meu cachorro, mas ele estava habilitado para escrever o que ele escreveu, assim como o cedo, o cenasso de outros. Marcelo pergunta, é baseado no seu relato com o Dementar Marapardo, seu aviso sobre uma alta pressão diária, que o senhor fez para lidar com essa pressão ao mesmo tempo se concentrar no desenvolvimento de tantos trabalhos. A acredita que a sua visão ajudaria muito os alunos nessa questão, mas bom, se você está realmente concentrado no essencial, você pode dirigir uma parte das suas energias para lidar com esses problemas, mas sem deixar que o centro seja afetado. Então, na vida tem as coisas importantes, as coisas importantes são todas da hora do espiritual, todas. O que é, vamos dizer, material, psíquio, tudo isso passa. E o problema é que as pessoas, como em geral, não têm um centro espiritual definido, então elas se identificam com o seu estado emocional e psicológico do momento. E aquilo para elas é tudo. E quando aquilo é derrubado, elas se sentem totalmente desgonecidas. Elas chamam isso de personalidade dela, mas não é personalidade, isso é mais uma vestimenta temporária. A única personalidade verdadeira que você tem é aquela que você tem prioridade de Deus, aquela que Deus conhece e que você mesmo não conhece, mas é ela que você tem que voltar de novo e de novo e de novo, admitendo que a sua personalidade externa será destruída, mudada e refeita mil vezes. A metamorfose ambulante fala, é verdade, metamorfose ambulante, mas não anarquica que é que nem o rosto. A metamorfose que se baseia no retorno ao centro, quando você começa, então você está voltando, a certo, para o centro e a origem de todas as coisas e você tem que pedir a ele que refaça você de acordo com a vontade dele e não a sua. Só que eu escrevi no Coisa, eu não sei o que é ser bom, mas o Senhor Deus sabe, portanto, ele que me faça bom sem que eu percebe, sem que eu possa interferir. Isso aí você refaz de novo e de novo e de novo e de novo e de novo. O que não quer dizer que a personalidade externa não fica cansada e não sofre também, você tem o corpo, o corpo sofre, você quer dormir, não consegue, come mal, tudo isso acontece, mas no fundo, no fundo não tem grande importância. Eu também não acho que eu sou um sujeito intocável, que não possa fazer o mal a minha pessoa, porque não? Tem algum mandamento divino que é proibido fazer o mal ao lar, não tem nenhum. Então, eu sou uma pessoa como qualquer outro, tem que pode sofrer injura, ofensa, maledicência, etc. Você pensa bem, leia o livro de Levi Strauss, o estudo dele foi feito de ser e sua magia, você percebeu que num meio cultural limitado, uma tribo de índios, por exemplo, a maledicência pode matar uma pessoa. Ele usa o descoberto do Dava Becannon sobre a microcirculação e mostra que o sujeito vivendo numa situação de medo e raiva, criou problema na microcirculação, os órgãos dele começam a falhar e ele morre. Existe porque os resultados são limitados àquele meio cultural, não conseguem conceber nada para além. Mas se você tiver um além para onde você ir, tudo o que aranha ou dano da sua personalidade da externa será refeito de algum modo. Não se apegue a você mesmo, você não pertença a você mesmo, você pertença a Deus e só Ele sabe qual é o seu destino correto e você tem que estar sempre pedindo a Ele que repõe você no caminho que Ele quer, não naquele que você escolheu, aquele que você escolheu é de momento só, pode ser mudado mil vezes. Aqui, aqui é Fatima Romanelli diz, não desenrolar o curso, tenho refletido sobre a condição de um lugar filosófico, genuíno, que serve como um ponto de apoio interno que me possibilite realmente conhecer a realidade. Para mim até o momento autocrítico, ter esse exercício mais difícil, porém o mais necessário. Então, agora, por exemplo, você exercer a justiça latina autocrítica é difícil, nós não entendemos assim a assumir a posição do acusado que se defende, ou do promotor que ataca. Na verdade, nenhum desses está habilitado a julgar, nem o acusado julga, nem o promotor julga, quem julga é o juiz, quem é o juiz, o juiz é Deus, então é só Ele sabe, o que você fez e o que você deixou de fazer. Na medida em que você conhece os seus pecados, seus vícios, seus defeitos reais, é que você apresenta peras de Deus, não é dante a pessoa te acusar do que você não fez, não gruda. É isso? Então claro que você ficou ofendido, mas não abalado. Assim, a mim, o que me abala mais, que, por aliás, eu vou já mesmo escrever isso, não é o que estão fazendo comigo, eu posso sofrer qualquer coisa, eu não sou intocável, eu não sou de louça, tá certo? É que as pessoas se dediquem a fazer isso, eu fico perguntando, por que? O que eles estão fazendo com suas porcas vidas? É, onde isso pior chegar com essa porcaria toda? Ele vai compensar se eu fracasse sua nulidade com, mediante maledicência, bisbiliotismo, o que é isso? Isso é o problema de uma miséria que eu não posso olhar muito tempo e que não fico deprimido, deprimido por eles. Agora, quanto ao que me toca? Claro que toca, mas não toca profundamente, não. Vamos lá. E Gabriel Campos, a simples introdução da liberdade do governo não pode piorar a situação política do país, eu realmente não sei porque isso depende da situação concreta, eu acho que você não pode passar imediatamente um regime de estatismo centralizador para um regime liberal, não dá para fazer isso. Ah, bom, agora liberou tudo, isso aí não existe, é utópico, você vai ter que ir por etapas, tá certo? E existem muitas mudanças que só podem ser introduzidas por um governo central forte, não é isso? Por exemplo, você faz aí um programa de governo, fala claro, eu como todo brasileiro tenho um programa de governo na cabeça, tá certo? E que eu nunca vou botar em ação e provavelmente nenhum político vai prestar atenção e nem muito menos fazer, pode até dizer que vai fazer. Por exemplo, eu sempre defendia esse projeto de Hernando Dessoto, economista peruano, que é de gerar capital circulante dando à população pobre títulos de propriedade das terras que ela está ocupando às vezes a 20, 30 anos, foi que está lá, 20, 30 anos, ah, tem um terreno de posse, no termo de posse ele pode ter de vender, mas ele não pode usar, por exemplo, ele tirar impresso num banco, se ele tivesse terreno de propriedade aquilo viraria imediatamente o quê? Capital, ah, o capital então prolifera em negócios, empregos etc, etc, então bastaria isso para você gerar instantaneamente uma riqueza imensa pelos cálculos do Hernando Dessoto, os pobres na sua totalidade, se tivesse o título de propriedade das suas terras, seriam muito mais ricos do que a totalidade do rico. Então isso aí dá pra fazer, é, mas você precisa de um governo forte pra garantir que isso seja feito, porque vai ter oposição, vai ter problemas, quer dizer, se você não tem um aparato jurídico, militar, policial pra sustentar isso, você não consegue fazer, então você não pode desarmar, o governo tem uma política liberal, muito bem, mas ele tem que estar armado pra poder fazer a política liberal, né isso? Outra coisa que eu faria imediatamente, se tivesse poder fazer isso, seria caçar todas as concessões de terras feitas a longas estrangeiras, seguidas de uma ferta de venda dessas mesmas terras era o preço altíssimo, né isso? No que que usamos esse dinheiro? Usamos basicamente duas coisas, restaurar a rede ferroviaira nacional e criar um sistema de navegação fluvial. Se você precisar dessas três coisas, o problema do Orlando Dessoto é consertar as ferrovias, precisar de navegação fluvial em 10 anos, mas eu estaria aqui, não precisa mais nada, pode até continuar a corrupção, pode continuar roubando porque vai tendendo o suficiente pra você roubar e ainda vai sobrar pra nós, né? Então é claro que eu sou contra a corrupção, acho que deve ser combatida, mas eu não acho que ela é em si, pra perda financeira causada pela corrupção, seja o sendo do problema, né? O problema da corrupção é mais a corrupção com o sintoma do que como causa e ele é sintoma do que? De uma confusão moral monstruosa, né isso? Que começa no que? Na destruição da autocultura, na autodestruição da guerra católica, na autoprostituição, de tantas igrejas protestantes, aí começa o negócio, todo, todo o pecado começa no espírito e desce pra carne meu filho, a carne coitada só leva porrada, né? Minha avó já dizia que quando o cabeça não pensa o corpo é que padece, então todo mal começa na região do espírito e vai descendo, não adianta querer consertar no corpo, claro você tem que cuidar do corpo também, mas tem que remontar até a causa que é sempre de ordem espiritual, intelectual, cultural, etc, etc, né? Então não adianta nem você ter problemas, tem, ah, temos aqui um programa de governo maravilhoso, de quem vai executá-lo meu Deus do céu? Voltamos ao mesmo problema, você não tem um elite intelectual ampla a capacidade, tanto você não tem uma classe política capacitada, polícia ontem caipira do interior e por isso mesmo acaba se corromper do fácil. O sujeito entra nisso, ele não tem uma força de personalidade pra ele impor a sua carreira aos outros, ele tem que se acomodar, ele tem que depender de protetores, etc, mas se você é um gênio, se você tem uma personalidade assim, vulcânica, né? É centro de si mesmo, você é o Napoleón Monaparte ou é o Donald Trump, você não precisa de ninguém, você vai fazendo seu caminho, abrindo o caminho que você encontrou, ele não gostou, não gostou, não gostou, não gostou, não gostou, não gostou, ou como dizia o meu falecido amigo Livro Vinário, que ter gusto, e não que não ter gusto, né? Então, mais em geral as pessoas não são assim, são fraquinho, quanto mais encultam, mais fraquinho, então se você elege deputado, veraduto já chega lá pedindo, pedindo proteção e acaba se vendendo. Eu acho que por hoje é só, gente, então tá? Os outros que fizemos nos outros perguntos me desculpe, não há mais tempo. Semana que vem voltamos, espero voltar o tema do simbolismo. Até semana que vem, obrigado a todos. E não esqueço do meu curso, o esoterismo da história e hoje em dia.