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Vamos lá. Bom noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje eu queria continuar com aquele comentário, o texto nota sobre simbolismo e realidade, que é uma espécie de introdução preparatório ao curso, o esluterismo na história e na vida presente. Esse curso, e aliás, as pre-inscrições começaram hoje, é só você clicar no... quando você abre a parte do seminário até o banner do curso, é só você clicar no banner e você se inscrever ali para continuar recebendo as informações da inscrição, colocar o seu e-mail ali para você continuar recebendo as informações. Esse curso, embora o nome não torne isso evidente a uma primeira vista, é um curso de ciência política e não só é um curso de ciência política, mas é o primeiro curso que eu vou dar na área, onde deixando de lado aqueles aspectos, juramente conceptuais e metodológicos que têm constituído a matéria principal do curso que... dos cursos que eu tenho dado a respeito, entra decisivamente no assunto material da política dos últimos 3 ou 4 séculos, especialmente do nosso próprio tempo. Então, eu garanto para vocês que a sua compreensão do fenômeno político no mundo vai poder ser datada diante ou depois desse curso, porque são dados absolutamente fundamentais que eu pretendo passar para vocês e que são muito difíceis de encontrar, ou quase impossíveis de você encontrar na bibliografia usual a respeito para não falar dos comentários políticos de mídia que não valem absolutamente nada, e que são, como você disse, eles são uma parte do problema, não são uma descrição, não são uma análise, são apenas o desempenho de agentes políticos. É claro que quando você vê, vamos dizer, um repertório de ações e palavras dos agentes políticos, a primeira coisa que você encontra é uma barra-funda dos diabos, uma rede entrecruzada de discursos que não têm em si próprios o fundamento da sua inteligibilidade, que só pode ser entendido desde um outro quadro de referência, que é justamente aquele que a filofesia política e a ciência política vão buscar. Esses aspectos do simbolismo são fundamentais para todo o estudos de ciência política, embora, em geral, esses assuntos sejam tratados de maneira totalmente separada, você vai ter lá, sei lá, um departamento de ciências sociais ou de ciências religiosas, e de fato as pessoas acreditam que a divisão administrativa das universidades corresponde esquematicamente à estrutura do mundo, isso é obviamente impossível. Lembrando também o que dizia Eric Weiler, não existe esse negócio de filosofia política, filosofia moral, filosofia da religião, filosofia disso daqui, só existe a filosofia como um todo, essas divisões de disciplinação, meros, arranjos pedagógicos, que facilitam o trabalho do professor e dificultam a compreensão do aluno. Então, também a própria ideia de que existe uma filosofia elementar, uma introdução à filosofia, a filosofia seria mais ou menos como uma introdução à vida, quer dizer, se existe um estado prévio no qual vocês podem estar antes de viver, não tem nenhum, você está vivo ou não está, quer dizer, ou nasceu ou não nasceu, mas não foi gerado ou não foi gerado, não há um estado intermediário. Então, na filosofia desde o primeiro instante, você já está colocado no centro do problema, às vezes está colocado nos problemas mais difíceis, daí é necessidade deste método circular que eu uso aqui, inclusive chamar isso de curso, é um pouco errado, que curso é um negócio linear, que vai para de um lugar para chegar em outro, na verdade, não estamos fazendo isso, nós estamos fazendo, é um rodeio, nós vamos e voltamos, retomamos o mesmo assunto com vários níveis diferentes de profundidade, introduzindo novos dados, etc. Mas não estamos percorrendo um trajeto que vai daqui até ali, claro que existe um trajeto no que diz respeito, vamos dizer, a sua formação pessoal, quer dizer, você está seguindo um trajeto, você tem uma sequência de experiências que vai mandar consolidando em você algumas capacidades, nesse sentido é um curso, ou seja, um percurso, mas para quem está lecionando para mim não é percurso algum, nós estamos fazendo uma espiral, e não sabemos exatamente de onde partimos, porque o ponto de partida, o começo, o princípio, é a coisa mais misteriosa que existe, você nunca sabe o que está atrás do seu suposto ponto de partida, e o ponto de chegada também não chegamos, também não sabemos qual é. Então, de certo modo, nós estamos girando em torno de certos objetos, girando e tentando enxergá-los melhor. Esta é de fato a estrutura desse curso, mas esta é também, no meu entender, a estrutura da percepção humana, como estou explicando exatamente neste texto, a perspectiva rotatória, quer dizer, é absolutamente impossível, nós conhecemos qualquer coisa com uma visão instantânea da sua totalidade, o que nós podemos ter uma visão instantânea da sua essência, porque a essência se revela na forma, mas a essência é um entre-alpha, não, de maneira alguma, a essência é apenas aquilo que o ente é, no sentido, vamos dizer, permanente e definitório da coisa, quando você percebe que um bicho é um gato, ou é um saco de arroz, ou é um prédio, ou é alguma coisa, é um quide. Então, o que você percebe instantaneamente é a essência, mas não o ser na sua totalidade, que inclusive seria, vamos dizer, o ser que manifestasse a sua essência na totalidade das suas potências, instantaneamente ele cessaria de existir no mesmo instante, seria um ente instantâneo, bom, já apareceu, já mostrou tudo, já acabou, então isso seria impossível. Então, pelo fato de que nós vivemos dentro de uma estrutura espaço temporal, o que quer que nós percebamos, o que quer que chega ao nosso conhecimento, tem que chegar de acordo com essa estrutura espaço temporal, na qual, vamos dizer, é impossível, por um lado, um ser mostrar todos os aspectos da sua consistência, a um outro, instantaneamente, tá certo, e pelo mesmo, pela mesma perspectiva, ou seja, você não pode ver um ente espacial por todos os seus lados ao mesmo tempo, tá certo, no entanto, você sabe que ele tem esses lados, e não é que você não pode perceber, ele também não pode mostrar, por exemplo, o seu organelo tem, vamos dizer, um exterior, uma hipidérnia que demarca uma forma exterior, nessa forma eu reconheço a sua, não só a sua humanidade, mas a sua individualidade, eu sei distinguir um do outro, tá certo, mas para que essa forma externa exista, você tem que ter um sistema complexíssimo de órgãos funcionando, e você não pode exibir esses órgãos ao mesmo tempo em que você está exibindo a sua forma externa, claro, eu posso ver seus órgãos, se, vamos dizer, eu abri o seu estômago, sua caixa toraz, que eu lhe, o que tá lá dentro, mas no mesmo instante eu sesso de perceber a sua forma externa, e você se torna, adquire uma outra aparência completamente diferente, né, isso, claro que há pessoas que se parecem com os seus intestinos, etc., mas eles não estão falando dessas pessoas, então, o... esse modo parcial de os objetos se revelarem aos outros, parcial e sucessivo, isso para mim não é uma limitação da percepção humana, mas é um dado da própria estrutura da realidade, já voltei a esse assunto muitas vezes, quer dizer, as limitações da nossa percepção correspondem à limitações que o objeto tem na sua forma de exibição, eu não posso vê-lo por todos os lados ao mesmo tempo, porque ele não pode estar por todos os lados ao mesmo tempo, do mesmo modo, as várias etapas da sua evolução temporal, ele não pode vivê-las todas instantaneamente, por isso mesmo eu não posso vê-las, todos num certo instante, tudo aquilo que eu vejo está, por assim dizer, preso naquele momento específico, naquele momento em particular, eu sei que há outros momentos ali, e sei que houve outros momentos para trás, mas eles não podem se mostrar, eles só podem aparecer para mim, sobre forma virtual, o que que eu quero dizer com este virtual? O virtual é uma potência que o objeto tem, é certo de atualizar outros aspectos, outras qualidades, outras possibilidades do seu modo de ser, e em todo ato de percepção, o que chega até nós, não é somente a forma externa de uma essência, mas uma antecipação, coerente com essa essência, evidentemente, dos demais aspectos que ele pode exibir em seguida, eu sei que se você vê um cachorro, você sabe que ele pode lá tirar, ficar quieto, ele pode levantar, ficar deitado, mas você sabe também que ele não vai sair voando, se você não souber, se houver alguma dúvida, então você tem uma dúvida de se é um cachorro, no instante que você percebe uma essência, você não percebe só uma forma estática, já que a essência é uma forma estática, se a essência fosse uma forma estática, ela não poderia se manifestar jamais, a essência é um conjunto de potencialidades, de possibilidades, todos coerentes que podem se manifestar, coerentes não só nas suas possibilidades de ação, mas nas possibilidades de paixão, isso é a possibilidade de receber a ação dos outros, portanto, na coleção dos acidentes que ela pode sofrer, é impossível você delinear de antemão todos os acidentes com o objeto pode sofrer, você já sabe de antemão que todos os objetos têm de ser coerentes com a essência, porque senão não chega lá, por exemplo, você pode gritar com um gato, e ele vai entender você, mas você não pode gritar com um triângulo, essa ação não atinge o triângulo, você não pode gritar com uma hipótese, lógica, tá senhor? Então, até mesmo o conjunto ilimitado dos acidentes com o objeto pode sofrer, tem que estar de algum modo coerente com a essência, e de algum modo, alguns desses acidentes possíveis você percebe imediatamente, se você ver, por exemplo, uma criança de colo, você sabe que você pode não fazer nada, pode afagar a criança, pode dar um beijinho, mas você sabe que você não vai jogá-la pela janela, não sabe isso ou não vai bater nela, então, são ações possíveis que você pode desempenhar em face do objeto, e portanto, ações que o objeto pode receber, você sabe também que você pode falar com o bebê de colo e que ele vai ouvir-lo, mas você não pode esperar que ele lhe dê uma resposta coerente, principalmente, você vai lá e fala uma frase em chinês, como bebê que não é chinês, pensar com estímulo auditivo vai chegar, mas a intenção significativa não vai chegar, e é certo disso, porque por causa da forma essencial daquele bebê no estado presente da sua manifestação, mais tarde ele manifestará outras possibilidades e portanto, poderá receber outras ações, então, o que eu chamei aqui de perspectiva rotatória, quer dizer que você é fazer um giro em torno do objeto para você perceber algumas possibilidades dele, sem as quais ele não faria sentido, sem as quais ele não seria o que é, corresponde na agnoseologia ou na teoria do conhecimento, aquilo que na esfera ontológica, eu denomino o círculo de latência, o círculo de latência é o conjunto dos aspectos propriedades e acidentes, que um ente pode manifestar não teoricamente, mas de imediato, e se você não percebe essa possibilidade imediata, então você percebeu apenas o quê? uma essência ou uma ideia, não um ente real, isso é fundamental, quer dizer, qualquer ente real que você percebe, uma formiga, você percebe uma formiga, você diz, a formiga pode parar no meio do seu açucarejo, quando você percebe um boi, você não pensa assim, o boi pode parar no meu açucarejo, você sabe isso imediatamente, e se não souber, então você está com a dificuldade de distinguir no formiga de um boi, você está com problemas, então toda percepção normal não é a percepção de uma forma estática, e não é apenas a percepção do estado presente de um ente, ele é a percepção do quê? de uma força, de uma latência, então aquilo que no CERC, se exiba nós, eu chamo de latência, é aquilo que do ponto de vista cognitivo corresponda à minha mente, a perspectiva rotatória, então entende? Então a perspectiva rotatória é o modo adequado de percepção de um circo de latência, e é daí que surge o meu critério para a investigação do que é o símbolo, e nós vimos na aula passada, e hoje se tornará ainda mais claro, que o símbolo é um elemento constitutivo da natureza, da realidade, ele é uma das formas da semelhança, e sem a semelhança simplesmente não existiria realidade, não é semelhança só para mim, só para o observador, é para qualquer observador, outro dia eu estava no patio do Walmart, a Rochentei do lá fazer umas compras, eu estava com uma caixa de camaronzinhos empanados, e eu comecei a comer os camaronzinhos e jogava os rabos pela janela, daí veio uma gaivota, eu não sei como as gaivotas ficam voando em todo o Walmart, embora a gente esteja há mais de 100 milhas da praia, elas chegam aqui, eu descobri que no Walmart tem mais comida do que na praia, então veio uma gaivota e pegou o rabo, joguei outro e veio... 3 gaivotas, joguei outro e veio 10 gaivotas, joguei outro e veio 40 gaivotas, daqui a pouco eu estava cercado de gaivota e não havia rabo de camarão que chegasse, o que elas perceberam? A semelhança de uma coisa com a outra, se eu jogasse um rabo de camarão, depois eu jogasse uma bola, depois eu jogasse uma lata de massa tomada, depois eu jogasse um rádio, depois eu jogasse um pé de sapato, elas não continuariam vindo, elas não se perceberam, falhou, então o que? Essa continuidade da conduta das gaivotas revela que a percepção da semelhança para elas é imediatamente tanto quanto para mim, né? Então, se não existisse semelhança, nenhum ser viu no mundo, poderia se alimentar, porque não perceberia que uma coisa é da mesma espécie da outra que ele comeu, você tem aqui a banana, o Macaco comeu a primeira banana, ele vai comer a segunda banana porque ele achou que é semelhante, por outro lado, existe a possibilidade da semelhança enganosa, e essa possibilidade é uma coisa importantíssima para nós, porque a semelhança enganosa é uma semelhança parcial, portanto ela é uma analogia, é uma mistura de semelhanças e de diferença que num primeiro instante estão indistintos, portanto a semelhança e a analogia são elementos da estrutura da realidade, da estrutura do mundo, inclusive a semelhança vera que você tem com você mesmo, com a idade que você está, você não sabe que tem aspectos que são parecidos com os da sua infância e outros que são diferentes, por exemplo, quando eu tinha 2 anos de idade eu não precisava fazer a barba agora, eu preciso mais a cara para se estruturalmente, a mesma, a pele envelhece, uma série de coisas no mundo, mas você sabe que tem uma semelhança, mais ou menos uma analogia, quer dizer, você mesmo é análogo a você mesmo em outras épocas. Ora, se nós dependemos da analogia até para nós identificarmos a nossa própria continuidade temporal, quanto mais não dependeremos dela para perceber tudo mais, então todo o nosso conhecimento vai ser no seguinte, semelhança, diferença e analogia. Nesses são, portanto, não há uma explicação do símbolo como fenômeno cultural, o símbolo jamais poderia se tornar um fenômeno cultural, se antes disso ele não fosse uma das formas da semelhança e da analogia, tal como aparece na própria estrutura da realidade, sem a qual ela não poderia existir de maneira alguma. Então, eu assinalei ali algumas maneiras diferentes de você interpretar o símbolo, que um se interpreta o símbolo como uma expressão da nossa psique, outro como expressão da cultura, outro como expressão de uma revelação sobrenatural, todos eles, nenhum deles está dizendo o que é o símbolo, está dizendo apenas de que que o símbolo é símbolo, o que que ele simboliza. Nos produtos, pode estar certo, pode estar errado, mas eu acho que em todos esses casos faltou o exame da própria natureza do símbolo. Então, eu digo o símbolo como uma variante analógica da semelhança, é um constitutivo da própria estrutura da realidade e não tem como não ser assim. Ora, isto destrói imediatamente a ideia cantiana de que a unidade das coisas, portanto a unidade do mundo é uma construção da nossa mente. Eu digo que a unidade de coisa é a nossa mente, você também a conhece instantaneamente toda de uma vez? Também não, né? Você quer que as suas ideias, seus sentimentos, seus estados vão e vêm, e você percebe alguma continuidade e alguma descontinuidade por baixo em tudo isto, portanto a sua mente não é uma forma dada de uma vez para sempre, que você possa conhecer no tudo, e que tem em si uma unidade suficiente para ela unificar a multidão infinita das percepções que chegam para você. Então, não existe essa história, que há um mundo caótico, é um farelo de impressões que a nossa mente unifica, a nossa própria mente também é um farelo de impressões. Mas, gente, o David Hume mostra isso muito bem. Você tirar dos exames do Hume uma conclusão sáptica, é que é, como é que se diz, jump to conclusions. Mas os exames que o Hume faz de caso por caso, em geral são bem eficientes, e mostra que nós não nos conhecemos a nós mesmos, não conhecemos a nossa própria mente, melhor do que nós conhecemos, sei lá, um ovo de galinha ou um muro que está na nossa frente. Nos dois casos existe uma tensão entre unidade e variedade, entre permanência e mudança, entre semelhança, diferença, analogia, em todos os casos está a mesma coisa. Nós não somos diferentes dos outros objetos do mundo sobre esse aspecto. Ora, o fato é que essa premissa canteana de que o ser humano é o único fator unificante da imagem do mundo, é o que está na base, de todo o relativismo, e de toda essa ideia atual da diversidade. Se só o ser humano é o fator unificador, isso quer dizer que nada do que conhecemos reflete o que as coisas são em si mesmas. Portanto, isso tudo produz da nossa mente. Nós podemos conversar uns com os outros, e comparar o que eu percebo, o que você percebe, o que o fulano percebe, etc. Mas em nenhum desses casos haverá de nós um objeto que seja o juiz das nossas percepções. Então, é como se você disseria, se você vôe um elefante com asas, não há nenhum elefante para informar você, eu não te asa nenhuma. Então isso quer dizer que o ser humano se torna a medida da realidade e o juiz de toda a realidade, sem que haja, se quer uma realidade que possa limitá-lo nesse sentido. Então, é claro que daí toda a possibilidade de certeza desapareceu, e só o que resta é nós aprendemos a conviver com as nossas diferenças, diferenças que podem se multiplicar indefinidamente, sem que ninguém jamais possa dizer, eu tenho razo em você, não tenho. Isso é a forma da cultura contemporânea, toda ela é baseada nisso. Não é que haja uma filosofia relativista que está se impondo, não. Se você, por exemplo, não acredita em relativismo, se você é um católico dogmático, acredita que a verdade absoluta está na evangelha, você é católico ou evangélico, que o protestante acredita, a verdade absoluta não é na evangelha, ele fala, não, não é, não está nada a você acreditar nisso, porque no contexto geral, você é só mais uma perspectiva subjetiva que se confrontará com as perspectivas subjetivas dos outros. Não adianta você dizer que a sua verdade é absoluta, porque os outros vão vir como relativos, entende? Então, isso quer dizer, o relativismo, o confronto inesgotável de perspectivas puramente subjetivas é a forma da cultura contemporânea, ela é isso, pelo menos desde o século XIX, na verdade, venham antes, mas pelo menos desde o século XIX nós vivemos no mundo da diversidade e do relativismo, está certo? E da diversidade e do relativismo nós caímos então para o problema seguinte, se todas as opiniões mais ou menos se equivalem, se todas são subjetivas, etc., etc., então toda a ação no mundo é impossível, a não ser que você invente um outro critério de ação que não é baseado na posse da verdade, é baseado em alguma outra coisa. Então, entramos aí no Richard Rorty, nós não podemos arbitrar as nossas diferenças, mas nós podemos persuadir as pessoas a falar como nós e por isso de pensar como nós, você não é provar nada, mesmo para você as suas ideias vão continuar tão relativos quanto quanto, mas você conseguiu impô-las aos outros através da persuasão, da propaganda, da repetição, etc., etc. Então entra aí, evidentemente, em toda a nossa discussão, um fator totalmente extra filosófico e até extra racional, que é o poder de persuasão, não só do indivíduo, mas de grupos inteiros, o poder de persuasão que por sua vez dependerá de fatores que não tem absolutamente nada a ver com a natureza de discussão, por exemplo, o quanto de dinheiro ele possui para ele poder contratar mais pessoas falando da mesma maneira. Então, é claro que, então, caímos no reino da irracionalidade total e é claro que existe a persuasão amigável, o friend of persuasion, como naquele filme do Willow Wiler, mas existe também, vamos dizer, no caso de, se você quer economizar o tempo, ele apela o método estalinista, nazista ou islâmico, ou você fala do reto, ou você fala do Nazimatã, não há coisa mais persuasiva no mundo, imediatamente o reto muda de fala e acaba mudando de ideia, ele tenta repetir a mentira que ele ouviu do outro, ele tem que acabar acreditando o coitado, porque ninguém aguenta viver permanentemente no estado de divisão, estou falando uma coisa, estou vendo outra, em geral, quando você vive assim durante um tempo, ou você desiste de ver, ou você desiste de falar, então, em geral, as pessoas desistem de ver, porque por causa de uma tendência letal da mente humana, essa tendência é o seguinte, é mil vezes mais fácil você acreditar numa mentira do que na verdade, mas muito mais, mil vezes é calculotimista, porque é mentira, foi você que inventou, não precisa de nenhum fator externo, para você acreditar numa mentira, basta você querer, pensá-la e querer, agora, a verdade depende de um conhecimento de uma coisa que não é você, que está fora de você, e portanto, ao conhecimento da verdade, já sai da esfera da sua mecânica subjetiva, e para você interferir nesse outro elemento, portanto, é mais difícil, a mentira é só inventá-la e pensá-la e continuar repetindo, então, quando Aristóteles diz, é natural no ser humano o desejo de conhecer, portanto, o desejo de conhecer a verdade, ele está dizendo que o conhecimento da verdade é natural no ser humano, eu digo de fato, ele é natural, tanto quanto a mentira, só que a mentira é mais fácil, por tanto, a afirmação de Aristóteles, que todos os homens, por natureza, desejam conhecer, não deve ser interpretada no sentido quantitativo, quer dizer, cada homem, individualmente, ele está na natureza humano o desejo de conhecer, mas ele se manifesta nos vários indivíduos de maneira diferente e uma delas é a mentira, a mentira é uma expressão do desejo de conhecer, só que limitado às possibilidades mais fáceis e mais correqueiras da mente humana, quer pensar, quando pensa, quando pensa, pode pensar, morrer um burro, eu digo, sim, todo mundo pensa, um gato pensa, talvez uma fumiga pense, então, o pensar, como dizia o São Victor, é apenas transitado uma ideia outra, é que quem é que não faz isso? nós estamos fazendo isso o tempo todo, tá certo? então, o pensar não exige de fato o conhecimento nenhum, portanto, não exige nenhuma referência a um objeto, todos os objetos do pensamento, foi você que criou, você que os pensou, então, não exige da mentira, você está girando, vamos dizer, dentro da órbita do seu próprio poder já constituído, você não precisa ir além disso, tá certo? então, é por isso que, em geral, a mentira é mais persoativa do que a verdade, porque eu preciso acreditar na mentira, eu não posso acreditar na mentira, basta que alguém a diga, presta atenção, e para você acreditar em uma coisa, por ser verdade, não basta ouvir ela, você precisa se referir a um objeto do que ele está falando, portanto, é uma operação mais complexa, a crença na mentira é imediata e fácil, basta ouvir e você repede, então, você gosta daquilo, naquilo ele parece, é o famoso verocímeno, parece, é verdade, mas se você começa a seguir pelo verocímeno, logo você perde totalmente a referência do que é a verdade, porque você entra na sua mecânica interna e simplesmente deixa, esse mecanismo funcionar por si mesmo, então, todos os homens têm sim o desejo de conhecer, mas isso não quer dizer que todos os homens tenham a habilidade, ou o desejo de pagar o preço do conhecer, então, isso aí, é como você dizer, você conhece um homem que não quer dinheiro, mas ele até o monge quer dinheiro, ele quer dinheiro monastério, estava lá agora mesmo na missa, o padre que é um santo homem estava lá pedir dinheiro para quem, não para ele, ele não quer dinheiro, ele quer dinheiro para a igreja, então, todo mundo quer dinheiro, agora, todo mundo está disposto a fazer o esforço necessário para conquistar dinheiro, eu, por exemplo, não estou, eu se eu começo a ler esse negócio de investimento, ou coisas de finança e tal, me dá uma preguiça que não acaba mais, está certo, então, o meu desejo de ganhar dinheiro é o desejo hipotético, como o da uma parte das pessoas, e o desejo de conhecer a verdade também, meu filho, você querer conquistar dinheiro, ficar milionário, quem não quer, todo mundo quer, mas é tudo hipotético, agora, para uns caras não é hipotético, é a verdade da vida deles, com a verdade, a mesma coisa, todo mundo quer conhecê-la, mas alguns aceitam pagar o preço, porque é verdade, por algum motivo, se tornou importante para eles, é um passo que para o outro, se tornou só um dos elementos convenientes, então, como dizia o Manchai das Cis, a mentira é absolutamente necessária, a verdade é apenas conveniente, então, quando nós observamos a nossa experiência de conhecer, de pensar, o nosso modo de nos enganar e depois correr o erro, etc., nós chegamos a uma série de conclusões e ficamos espantados em perguntar, por que os filósofos do passado não perceberam isto? Como é possível não perceber? Por exemplo, não perceber a presença, o invencível do elemento tempo em qualquer percepção, a única coisa que pode ser percebida instantaneamente é uma essência, nem mesmo a forma atual de um ser, você pode perceber, o que quer dizer atual, quer dizer presente, por exemplo, o presente do elemento quanto tempo, se fosse uma fação infinitesimal de segundo, você não o perceberia, entraria no subliminar, aquilo que está abaixo do umbral da consciência, então, não há percepção nenhuma sem transcurso de tempo, nem mesmo a percepção da forma atual presente um gato, o gato está dormindo, o que quer dizer está, quer dizer que permanece dormindo, se ele estivesse dormindo durante uma fração de segundo imperceptível, você teria claramente a sensação de que ele está acordado, porque você não ouviu dormindo, então, se a percepção exige tempo, ela exige a memória, e a memória é o que? A memória é a realidade de você, no momento presente, refazer mentalmente uma experiência que você teve antes, a memória também não funciona assim, sem mais nem menos, você precisa fazê-la funcionar e você só faz se você quiser, portanto, é incrível, assim, que foi quando você leranhe o decato, o canto, e tal, ver que eles fazem a abstração de um treco chamado de Atenção, qual é a filosofia cantona da Atenção? Não existe, qual é a filosofia cantona da Atenção? Não existe, mas eles falam de percepção e coesme, mas você vai levar esse encontro, então, quer dizer, a Atenção Continuada supõe um jogo que se dá no mesmo momento entre a percepção e a memória, se você não articula a percepção com memória, bom, você não percebe a coisa nenhuma, não é isso? Então, isso quer dizer que na arregou não há percepção instantânea, eu uso a palavra percepção para falar que você percebe a essência, mas aí no caso não é bem uma percepção, é uma inteleção, inteleção instantânea existe, sem som de dúvida, ela pode se perder no instante seguinte, quer dizer, quando você percebe uma essência, é na hora ou nunca, não tem como perceber de pouquinho, e aquele instante, aquele momento, ele se fixa na sua mente porque a forma da essência é permanente, é imutável, então é fácil você repetir, nessa porra que eu percebi a essência gato, posso voltar para pensar em qualquer momento, eu digo, mas e esse gato que eu estou vendo? O gato que eu tenho na memória já não é o mesmo que está na minha frente, por exemplo, ele estava roncando agora e não está mais, como é que eu sei que é o mesmo gato? Então, toda a ideia moderna, essa ideia presidiu a filosofia moderna, de que o ser humano sujeito cognoscente, é o principal articulador da forma do mundo, está 100% errada, eu não posso ser principal articulador de coisa nenhuma, porque eu sou apenas mais uma coisa que está sendo articulada com as outras daquele mesmo momento, e o modo da articulação só existe esses dois, a dizer, é o circo de latência no que desrespeita o objeto e a perspectiva rotatória no que desrespeita o sujeito, não há outra, todas as nossas percepções são ao mesmo tempo incompletas e em curso de completar-se, sempre assim. Isso refere não só à percepção sensível, mas também ao próprio pensamento e à própria cadeia lógica, então eu vou ler aqui os parágrafos sobre cadeia lógica, que continua aquele texto da semana passada, uma cadeia lógica não é assim mais conhecível de instantâneo e no todo do que uma casa ou uma paisagem, temos de percorrer lá, e quando no fim queremos terla conhecida no todo, o que sobrou nas nossas mãos não é mais que um esquema simplificado, ou seja, uma potência de realizar no tempo a cadeia percorrida. Eu fiz um longo grazio assim, chegar à conclusão, na hora que eu cheguei à conclusão, algo se retém na minha memória dos passos percorridos, mas eu não os estou percorrendo neste momento, eu me lembro de ter percorrido num outro instante do tempo, então o que sobra na minha mão é um esquema que me permitiria idealmente repetir esse espaço percorrido, eu só os possuo neste momento como lembrança, às vezes até vaga lembrança, então é certo? Portanto, uma certeza lógica depende do transcurso de tempo quanto qualquer outra percepção depende, claro que a identidade lógica em si não depende do tempo, por exemplo, a identidade de um quadrado com um quadrado, de uma coisa com ela mesmo, é para assim dizer, a temporal, a supra temporal não depende do estado dela no momento, é isso? Então, ter uma bola esférica eternamente, mesmo depois de você estourar a bola não existe mais, ela endere esférica, ela não mudou de forma por causa disso, então a essência em si mesmo, ela é de percepção instantânea, porque ela é imutável, mas a essência é a coisa, a essência é só o lado imutável da coisa, o lado que tem de existir, porque se nada não existe, de imutável, ele não poderia permanecer o mesmo no curso das suas mutações, é simples de perceber isso, isso na verdade, é uma tradução da percepção natural humana, eu tirei isso, não fui analisando o texto, fui analisando a atorreais de percepção e usando o método da confissão, eu confesso para mim mesmo o que eu acabo de fazer, é o único método que funciona, na verdade, então eu confesso para mim mesmo que a mais linda certeza lógica que eu possa ter, a conclusão mais inabalável, ainda depende da minha memória dos passos anteriores percorridos, conhecer um raciocínio é poder reproduzir ele na sequência, não é reproduzir ele no todo e com todos os detalhes num instante sem duração, assim, se você pegar a partitura de uma música, bem que a partitura de Sifonia do Beton, bom, todas as notas estão lá no instante, estão todas simultaneamente, só que essa partitura só é objeto de percepção enquanto objeto físico calhamaço de papel, não enquanto forma, dizem que Mozart, mesmo quando criança, ouvia uma Sifonia, um concerto e chegava em casa e escrevia tudo, isso quer dizer que ele conseguia lembrar num tempo notávelmente veloz a sequência das notas que ele tinha ouvido, a sequência simultanidade, vários instrumentos tocando no tempo, ele conseguia botar tudo isso no papel, isso quer dizer que ele tivesse essa forma inteira na sua mente, claro que não, ele tinha só um esquema que expressava para ele a sua potência, sua capacidade de refazer os mesmos passos, portanto, é uma presença virtual, não atual. Forçosamente, cada passo que é atualizado na consciência implica a virtualização de outros, seu recuo para o depósito daquilo que é meramente atualizável, se vocês estão pensando, este passo da cadeia lógica neste momento, eu não estou pensando os outros, os outros recuando do atual para o virtual ou potencial, se quiser, e esta continua passagem do atual para o potencial é o que é denominado a perspectiva rotatória, que se manifesta não só na percepção, mas no pensamento e no rostocínio lógico como em qualquer outro, é por outro lado, isso é, por outro lado, a estrutura mesma da fenomenalidade como tal, nenhum objeto, nenhum ser pode se apresentar no determinado sujeito como no ser, na totalidade instantânea dos seus aspectos, a ilusão pensar que o objeto meramente ideal pode fazê-lo, o conceito mesmo de quadrado só se apresenta, e também não resume o compacto de um termo, mesmo a definição do objeto, porque isso é essência você percebe de maneira instantânea, mas a definição que é expressão verbal da essência, ela aparece para você todo no mesmo instante, você consegue pensar uma frase sem transcurso de tempo, não dá, né? Então a primeira coisa que você diz sobre a essência, que é definição, você já saiu daquele pontinho instantâneo para voltar ao fluxo de tempo novamente. O conceito mesmo de quadrado só se apresenta, e também não resume o compacto de um termo, e não no desdobramento completo das propriedades que inclui. Se fosse assim, não precisaria de geometria de Euclides, porque o Euclides faz, ele pega as definições das seguras, e por análise, vai obtendo delas propriedades que já estavam ali, mas que você não tinha percebido no primeiro momento. Você pode perceber claramente o que é um quadrado, sem você ter pensado que cortado na diagonal, ele produz dois triângulos isósceles. Não entendo, essa propriedade já está lá, está dado, você obtém o quê? Por análise do conceito, e essa análise pode levar um tempão. Então, quanto tempo leva um curso de geometria euclidiana? Se você for um gênio, você pode fazer, digamos, em dois meses. Não menos do que isso, a percepção total instantânea, a geometria euclidiana seria a percepção total instantânea de todas as propriedades que estão embutidas na definição dos objetos, isso não dá para fazer isso. Tanto o pensamento abstrato quanto a percepção sensível têm a estrutura de uma perspectiva rotatória. O sujeito cognoscente circunda o objeto, tanto quanto circunda o conceito, e o faz precisamente porque seu foco de atenção é circundado pelas latências dos inumeráveis objetos, conceitos e signos. A concepção do mundo como amontoado de coisas, ou meros dados, sem uma conexão espiritual última, por isso opõe o observador destituído por seu lado a sua própria conexão espiritual, do elo interior, entre sensação e significado, consciência, antes e depois, o observador estúpido, em estado de divisão hipnótica e quase paralisia catatônica. Dio muito bem, é possível você, enquanto recém-nascido, perceber algum objeto. Antes de você perceber esta coisa vaga e onipresente, que se chama presença aos altêndulos e laveras, nós podemos dizer que você percebe instantaneamente e quando está, independentemente da sua subdivisão, da sua propriedade, etc., a presença do ser tem, está presente. É aí que eu tenho de concordar 100% com o Louis Laval. Quando ele diz que o conceito de existência, ele é primário e inanalisável. Quando você fala, por exemplo, de possibilidade e realidade, você destinha de possibilidade e realidade. Você diz que uma possibilidade ou ela é real ou não é real? Então, uma possibilidade irreal não existe, nem pode vir a existir. Portanto, o próprio conceito de possibilidade é um aspecto da realidade. E nesse sentido, vale, porque existe uma famosa discussão entre o Don Scott e o Santomaria daquilo, o Don Scott dizia que o ser é o nívoco, uma coisa ou ela não é. E o Santomaria daquilo dizia que o ser é análogo, existem graus de ser. Os dois têm razão porque estão falando de coisas totalmente diferentes. Do ponto de vista, da existência, de fato, não há graus, não há um intermediário entre o existir e o não existir. Ou existe ou não existe. Nesse sentido, uma formiga ou um pensamento que você tem é tão real quanto Deus. Agora, Deus é diferente da sua modalidade de existência. Não no fato de que ele possui mais existência do que o Algarve. Mais existência é um conceito que não faz sentido. O que faz sentido, vamos dizer, é, por exemplo, a infinitude ou finitude. Isso faz uma diferença do tal. Mas isso quer dizer que o finito exista menos do que o infinito. Falaram claro que não. Então, o Luí Lavelle coloca, estou lendo uma postila dele que foi inédita durante muito tempo, na sua existência, uma coisa que ele escreveu em 1911, quando era muito jovem. Eu acho que no Luí Lavelle, era um dos casos raríssimos, de precociidade filosófica. Porque com 20 e poucos anos, ele já sabia tudo que ele ia pensar depois. Está tudo ali empacotado, em Jemison, volta a desdobrar. Então, ele começa esse escrito condicionando ao conceito de existência, ao conceito de realidade e possibilidade. E eu acho que está certo, eu não vejo como escapar isso aí. Sendo que, no meu entender, isso não diz, mentir nada, a noção da analogia do ser. O que os vários tipos de seres não têm o ser da mesma maneira. Não tem a existência da mesma maneira, o que é também o óbvio. É só você pensar, uma equação de segundo grau existe no sentido em que existe um gato. Não, existe no outro sentido, pois, no outro plano. Então, nesse sentido, o ser é análogo e não um nívoco. Mas, se você tomar a coisa assim, ó, um pé da letra, no sentido absoluto, a existência não se quantifica nesse ver. Ou ela está presente ou não está presente. Então, a percepção efetiva do real exige, não à alta medida, a suprência e a faculdade de síntese, que nos revela para lá menos da própria unidade física do mundo, que é a unidade do sentido do mundo para o qual convergem todos os atos conscientes de um homem no mundo até os mais mínimos. O cantismo e outra escola tomam como realidade os puros dados sensíveis e reduzem toda síntese a uma contribuição subjetiva que a mente faz ao mundo. Bom, isso, para mim, é impossível. Porque para a mente ser o fator unificante do mundo, é ela terem em si mesma o princípio da sua própria unidade. É isso. E é fácil perceber que nós não temos isso. O que tem unidade é o ego cartesiano. Presta atenção. Mas o ego cartesiano, o que é? É um conceito que você aprende num momento sem duração. O famoso pensólogo existe. O pensar é uma manifestação da existência. Você não tem muito tempo para pensar isso. Mas isso corresponde à sua mente real. É o ego cartesiano que pensa e unifica o mundo. E fala que não é possível. Porque ele só tem certeza da sua própria existência. De mais nada. Portanto, como é que ele poderia unificar coisas das quais ele não tem curso? Existência ele nem mesmo conhece e nem pode conhecer. Portanto, tanto nós quanto os objetos que nós conhecemos, existimos de uma maneira temporal e sucessiva. Tudo. Absolutamente tudo. E como dizer que Deus não existe no tempo de Deus, e a temporal não é a temporal, é a supra temporal. É a absoluta, eterno, unipotente, etc. Ele abrange todos os momentos do tempo. Ele não está fora. Então, se ele abrange, ele os contém. Então são possibilidades do próprio Deus que ele poderia manifestar todo assim que exerce. Só que a manifestação integral de todas as possibilidades de Deus implicaria a extinção dos seres contingentes. Deus só pode se manifestar integralmente para si mesmo. Para manifestar-se a nós, ele tem que limitar-se, e mostrar só um pedacinho. Porque como está lá no alto do Sinaio, ninguém jamais vive pernenceu vivo de Deus. Então, a manifestação integral de Deus requeria a supressão imediata de todos os seres contingentes. Então, para que ele possa ser revelado, seres contingentes, é necessário que ele limite a sua presença a aqueles aspectos que são compatíveis com a existência dos seres contingentes. Entendeu? E se você pensar bem, esta área divina que é compatível com a nossa existência é muito pequena. Quanto de Deus nós podemos perceber? Não é só pensar. Nós podemos perceber os resultados e algum dos seus atos. E olha lá. Até a revelação é isso. Ah, não, estou aqui lendo evangelho, estou conhecendo Deus direto. Você está conhecendo o resultado de um ato divino. Que são as palavras do evangelho? Isto é o máximo que nós podemos conhecer. Nós não podemos conhecer Deus na sua presença total. Porque essa presença total, eles oponem a mostrar para ele mesmo. Então, para poder se manifestar a nós, ele tem que, por assim dizer, especializar a sua presença para amoldá-la aquilo que é possível para o ser contingente que o está conhecendo. Nesto? Então, isso significa que a coisa mais importante do mundo são esses resultados das ações divinas. E são as únicas pistas que nós temos sobre Deus. E note bem, a revelação escrita não é diferente disso. Então, por exemplo, o simples... Ah, você está lendo o ser-mão da mão, tem que ver. Então, você está lendo o ser-mão na montanha, ou você está ouvindo na montanha? Há uma diferença, não é? Quem estava lá ou viu imediatamente. Então, era uma ação divina com o resultado material que chegou aos ouvidos que estavam lá. Jesus abriu a boca, emitiu certas ondas sonoras, chegaram na oireia das pessoas, estava percebendo. Então, o que você percebeu? Você está vendo Jesus Cristo? Você está vendo um aspecto parcial de Jesus Cristo? Você que, na sua totalidade, não dá para você ver, porque não dá para você ver nenhum gato quanto mais Jesus Cristo. Você sabe que, além do que ele está mostrando no momento, ele tem outras qualidades ou propriedades, mas elas não são abarcáveis num único momento. Abarcáveis num único momento só para ele mesmo, para os pais de Espíritos de Santos. Não nós. Então, esta presença do elemento tempo em todo o conhecimento humano, em todo o existente, isso é absolutamente indispensável. Então, qualquer análise da percepção, tal que não leva isso em conta, perdeu completamente o principal. Se você tem aqui tempo, é apenas uma categoria do nosso conhecimento. E não uma categoria do próprio Sir, você está isentando a sua mente de existir no tempo. O seu mente não está mais condicionado pelo tempo, já que ela contém o tempo como uma das suas categorias. E, de vez em quando, isso é possível, claro que não. Portanto, o tempo é uma categoria da própria existência, ele está por toda a parte, eu estou dentro dele, não é ele bem de mim, ou então nada é possível. Vamos continuar aqui. A fragmentação do mundo em dados, supostamente precategoriais, só se obtém por dois meios, pelos estados patológicos de divisão do eu, onde o individuo não conecta a ação mental que ele está praticando agora com o quê? Particulou dois minutos atrás, e é por isso que o Izzofrim pode dizer que ele é você e você é um terceiro. Ou o jeito que está em estado de hipnose, não é isso? Você encosta o dedo na mão dele, ele diz que é um cigarro aceso, e ele aparece até queimado. O que aconteceu? Ele desconectou uma faculdade sensitiva na sua memória, evidentemente. E associou, vamos dizer, a faculdade auditiva do que ele está ouvindo. É faculdade linguística, então fragmentou, dividiu. Pelo estado de patológica de divisão do eu, ou por um esforço pessoal de abstração imaginativa. Quer dizer, você mentalmente decide prestar atenção num aspecto, esquecendo os outros. Mas esquecendo, quer dizer que você os perdeu de vista para sempre? Não, você pode lembrar, quando quiser seguir num momento, você não está interessado naquilo. No primeiro caso, o sujeitista está separado de si funcionalmente. No caso da hipnose, da fragmentação patológica do eu, ele não funciona como totalidade vivente. Ele funciona por aspectos parciais. No segundo caso, está separado de si só hipoteticamente, e em suma fingidamente. Você está pensando uma coisa, ignorando outro aspecto. Você está fingindo que você não está percebendo na realidade, você está percebendo. Esse é um dos motivos pelos quais a mentira é tão persuasiva. Sem um certo grau de fingimento, nenhum pensamento é possível. Então o fingimento está na raiz do nosso próprio modo de conhecer. Só que existe, vamos dizer, o fingimento que você domina até certo ponto, podendo revogá-lo, suprimilo o momento que quiser, existe o fingimento que toma conta de você e ele passa a mandar. É exatamente o caso da mentira. Os dados, entre aspas, não são prévios à síntese significativa. Obtenção ao contrário por divisão abstrativa desta última. Ou seja, você percebe tudo sintéticamente e o povo se analisa, não é o contrário. Você recebe um monte de dados soltinho e você os articula na sua cabeça. Isso não dá para fazer. Por isso é que fracasam todas as tentativas de construir-la, construir a unidade, por meio de criações mentais, seja na arte, seja na ciência, seja na metafísica. A verdadeira metafísica não constró um mundo, é metafísica construtiva. É a fundamentação discurtiva da unidade do mundo espontaneamente percebida. Quer dizer que se oferece a você. Isso lembra da distinção que eu fiz no começo entre as atividades que eu tirei do livro do Nasty Virala, atividades que ele chama emissivas e receptivas. Quer dizer que a verdadeira metafísica é uma expressão verbal de conhecimentos subitivos por via receptiva, não por via construtiva. Claro que as frases você vai ter de construir e estão dos paradoxos. Eu quero perceber por via puramente receptiva, se ofereceu a mim como presença, eu quero dizer algo a respeito. O que eu vou dizer a respeito não é o mesmo ser que eu percebi. É uma ação minha que eu estou fazendo. E essa ação tem que ser produzida construtivamente. Ou seja, eu tenho que construir as frases. Até para falar, dizer-las de maneira mais ou menos espontaneuralmente, eu tenho que fazer isso quanto mais para escrever. Então, o construtivo expressa imperfeitamente o receptivo. O pensado expressa imperfeitamente o percebido. Mas por que é possível isso? Porque eu sei que a pessoa que está me ouvindo é também capaz de refazer essas mesmas experiências imaginativamente. Daí também o fracasso de toda a tentativa de expressar o sentido útil. Por que não podemos dizer o sentido útil da realidade? Porque ele é o pressuposto de toda a expressão. Ele é o supremamente percebido. Aquilo que o pravel chama da presença total é o começo e o fim de toda a filosofia. Ele nasceu e já está presente de algum modo. E o ser está presente a ele. E ele está presente a si mesmo como participação na presença do ser. Isso tudo é instantâneo. Ele está desde o primeiro momento e está com você. Ao longo da vida as suas percepções vão se especificando, se diferenciando de uma das outras, etc. E você vai tentar expressar alguma coisa. No fim o que você vai obter? A certeza de que todos os elementos que você percebeu eram aspectos da presença total. Não provavelmente criações da sua mente. Porque mesmo as criações da sua mente onde você as criou dentro do ser. É isso. É por isso que vamos dizer que é uma ilusão deduzir da inespressabilidade do sentido a sua inapreensibilidade. Não, você já percebeu a presença como sentido, meu Deus do céu. Ela é justamente inespressável por ser apreensível eminentemente. Por ser ou apreensível como tal, enquanto todos os demais apreensíveis só são apreensíveis nele e por ele, sendo por isso expressáveis. Ou seja, aquilo que você menos consegue dizer é aquilo do qual você tem a máxima e mais firme certeza. Também isso aí confundiu, a percepção com a sua expressão e a expressão, o pensado, a expressão pensada com a expressão dita. Isso aí está unipresente na filosofia moderna. Bom, eu acho que nós temos que ir para por aí. Vamos fazer um intervalo e voltamos com as perguntas. Eu gano-te para fazer que todos esses elementos aqui de teoria do conhecimento, eles serão úteis para os que vamos assistir o curso, o exoteríaco na história na vida presente. Embora esses assuntos não façam parte do curso, eu vou usar esses termos como instrumentos descritivos. Diz certos elementos antes da história política moderna. Se eu tenho que política, só um modo de dizer, porque também não existe um setor separado da realidade com esse chão de política. É a história da experiência humana nos últimos séculos. Vamos parar um pouquinho e voltar um pouco às perguntas. Vamos lá às perguntas. Aqui o Israel Kraikou pergunta, a perspectiva rotatória tem alguma relação com o palco giratório de Zondi, quando as imagens param de parar, pensam em deixar ele transitar de uma ideia outra, se fixando em uma única imagem e caracterizando então as doenças psicas. Bom, pode haver uma analogia, mas uma ideia não saiu da outra. E sobretudo, o propósito com que essas duas teorias foram emitidas não é o mesmo. Zondi estava tentando descrever o funcionamento normal e patológico da mente humana. Todos os seres humanos têm, vamos dizer, um conjunto de impulsos básicos, ou pulsões, como ele chama. Essas pulsões se articulam, elas estão todas presentes sempre, mas elas se articulam de maneira diferente, conforme o momento. E, em geral, um certo quadro pulsional se estabiliza. E permanece predominante ao longo do tempo. É por isso que esse famoso teste de Zondi tem que ser aplicado várias vezes para acompanhar a evolução no sujeito e ver, então, a estrutura estabilizada. Sempre existem, evidentemente, os impulsos dominantes e os impulsos secundários, mas os secundários também são importantes que expressam o inconsciente do camarada. Então, ele compara essas diferentes pulsões, que são oito, na verdade, a um palco giratório. Elas estão continuamente girando. O Zondi não entra no problema do objeto porque o problema do objeto é inacessível à psicologia. Ele está apenas descrevendo o funcionamento da própria psique. Quando eu falo de perspectiva rotatória, eu estou aleguas disso aí. Eu estou falando apenas de um processo cognitivo e de uma relação entre o sujeito e o objeto. Portanto, não é uma teoria psicológica, é uma teoria de epistemologia e o gnozologia como queiram chamar. Você pode dizer que há uma analogia remota entre as duas coisas, mas uma ideia não saiu da outra não. Na verdade, perspectiva rotatória surgiu, isso aí, quase 40 anos atrás, quando eu estava examinando a filosofia do Rio de Carte e tendo aquelas sacações que eu pus no livro Visões de Carte. É que dizer, como se dá realmente essa percepção do sujeito por si mesmo? Porque eu já observei que o de Carte começa as realizações de filosofia pro Guião, como se fosse uma descrição de uma experiência cognitiva, e a partir de um certo ponto ele pega um conceito que é o conceito do eu e começa a tirar deduções desse conceito. Portanto, ele passa do exame analítico descritivo para um raciocínio construtivo e ele não percebe que parou a descrição e começou a construção. Eu falei, bom, e se nós continuássemos com o exame descritivo analítico, o que nós obteríamos? Então, daí, continuá-las antes de isso até chegar, na perspectiva rotatória que, no meu entender, é o que realmente acontece perante algum objeto que realmente existe. Por quê? Porque esse objeto não se constitui. Não se constitui somente da forma presente com o que ele se apresenta agora. Também não se constitui só da sua essência, mas um objeto real é uma essência, numa substância, acompanhada de todas as propriedades e acidentes. Só isso é verdadeiramente real. E isso é apreensível somente no tempo. Você não vai aprender isso como totalidade, porque isso não existe como totalidade, isso é importante. Não é que nós temos a limitação, eu não posso perceber tudo o que vai acontecer com o gato, então, eu sou abesta quadrada, eu só conheço o gato, eu sou obstratornal, não, não. O gato não pode manifestar todas as suas potencialidades ao mesmo tempo. Então, essa é a forma de ele existir, é uma forma de... Você pode até fazer uma analogia com o palco criatório, que são potencialidades que vão se atualizando no tempo em que existem, como fatores temporais, meu Deus do céu. Então, por ser fatores temporais, não pode ser percebido na simultaneidade, não existem na simultaneidade. Um gato tem um monte de possibilidades, mas ele não as tem ao mesmo tempo e do mesmo modo. Então, após dizer a possibilidade do gato saltar do muro, ou de ele virar a cuica, ele tem as duas, mas ele não pode manifestar as duas ao mesmo tempo, se ele está virando cuica, ele não pode saltar do muro e vice-versa. Então, eu não posso ter uma visão total do gato, nem do sapo, nem de qualquer outro objeto, porque nenhum desses objetos pode existir de maneira total, num instantaneado. Então, isso quer dizer que a minha percepção tem uma estrutura, vamos dizer, análogo, melhor até homóloga, da presença dos objetos. A nossa percepção é notávelmente adequada à modalidade de existência dos objetos. Então, isso é uma coisa que eu digo, e eu falo que a percepção funciona. E o que você percebe é realmente o que está ali, na tradução do percebido para o pensamento que surgem os problemas. Você percebe uma coisa, mas você não tem instrumentos para descrever aquilo para você, então você descreve de uma outra maneira, você descobre um análogo e acredita que foi aquilo que aconteceu. Isso é muito comum. Quer dizer, em vez de você fazer uma crítica da percepção humana, como fazem os antigos séticos, você tem que fazer uma crítica das descrições ou do pensamento que você obtém a partir da percepção. Você vai ver em geral, o que está errado é o pensamento e não a percepção. As percepções falsas, elas se baseiam em semelhanças aparentes, que não são verdadeiras semelhanças, são apenas analogias. Onde você entra, vai entrar no pensamento metonímico, quando você percebe um aspecto e você o simboliza como se fosse a coisa inteira, em seguida você passa a achar que aquilo é a coisa inteira mesmo. A possibilidade da percepção falsa repouza no modo de existência dos próprios seres, no modo de existência do... O modo de existência do... do... Se um objeto implica uma infinidade de semelhanças e diferenças que ele tem com os outros objetos. E nessas semelhanças diferentes estão nele mesmo. Por isso não é que ele pode se perceber de maneira falsa. Se a percepção do objeto fosse apenas a apreensão imediata, vamos dizer, de uma forma, não haveria problema. Mas nunca é assim. Sempre tem essa semelhança diferente, das quais algumas são verdadeiras, outras são falsas, outras são... Algumas dessas falsidades são produzidas no seu próprio pensamento, por exemplo, e você não recorda direito a percepção, você a descreve errado para você, e outras estão na própria constituição do objeto, ou umas estão nas duas coisas ao mesmo tempo. Então a própria existência de eros de percepção prova a eficácia da percepção humana. Vamos ver aqui. Pode, aqui temos o Josias, que é uma pergunta, eu vou te ouvir a nossa pergunta. A pergunta meio bovinda é o seguinte... Você disse hoje que Deus está contido todo o tempo, né? Então quando está escrito na Bíblia que Deus nos fez a imagem semelhança dele próprio, como é que a gente pode entender isso? Nós podemos dizer o seguinte, a perspectiva rotatória é uma imagem da unicência divina, mas é uma imagem reduzida à escala do espaço-tempo. Quer dizer, você sabe de todo objeto mais do que ele está mostrando, e ao mesmo tempo ele também é mais do que está mostrando. É claro que um único ser na totalidade dos seus estados só pode estir para um observador oniciente, por exemplo, só pode estir para Deus. Mas você não está totalmente desprovido porque você tem de percepção, porque você tem a perspectiva rotatória. Então algo do circo de latência, dos objetos você percebe. Então isso significa, de fato, nós somos uma imagem de Deus e não um outro Deus. Não, uma cópia. Nós também somos uma semelhança. Então o mais certo é dizer como, de fato, o santo mais aqui, a gente vai dizer que é uma analogia, porque a semelhança é diferença. Aqui, Alexandre Balarin Carraro, inicia o cópia há pouco tempo e nota uma semelhança entre o que o senhor ensina e a vida de um homem que considera muito importante na minha vida, chamado Padre Leo. Porém, ele é um especialista em curar corações, conhecemos com cura interior, e o método das confissões é abordado. Quando confessamos quem somos, porém, nós calizamos na vontade de Deus a nosso respeito. Que ao fazer o exercício do Necológeno parece bem semelhante ao que eu escrevi, o que eu acredito que seria a vontade de Deus a meu respeito. Não, ele pode usar esta expressão. Isto é a vontade de Deus a seu respeito. Então, não é que você está lendo as intenções de Deus, é muito difícil você ler, a não ser que ele a revele para você. Mas existe a atuação normal e usual do Espírito do Santo, quer dizer, sustentado a sua inteligência. Não é uma revelação particular que ele vai lidar. Mas, eu acho que o fato de nós sermos capazes da perspectiva rotatória de mostrar a ação do Espírito do Santo. Porque os outros animais podem ter um pouquinho de perspectiva rotatória, podem perceber um pouquinho do circo de latência. Mas, um número pequeno de seres e um número muito pequeno de situações. Então, por exemplo, um urso, um leão, se ele está caçando um bicho, ele sabe se esse bicho já percebeu sua presença ou não. É importante se ele vai correr ou se ele vai ficar ali esperando ser abocanhado. É algo disso ele tem. Mas, somente no que diz o respeito, vamos dizer, ao seu interesse instintivo e imediato. Ele não tem a concepção do mundo baseado nos circos de latência. Eu posso dizer que todos nós temos, a nossa visão geral do mundo, é uma coleção articulada de círculo de latência. Daí que você tira a própria noção de probabilidade. Certo, as coisas são prováveis ou estão improváveis, etc. Mesmo com o cálculo ser gerado, o próprio fato de você poder fazer esse cálculo mostra que você tem a perspectiva rotatória. Então, falar em vontade de Deus ao meu respeito, eu acho um pouco ousado. Agora, existe um limite. O seguinte, você conhece os dez mudamentos, você conhece o catencino da agricatória. Então, uma coisa você sabe, o que quer que Deus queira seu respeito, ele não vai querer nada que você tenha a conta aquilo que ele mesmo mandou fazer. Mas ele admite que você faça isso. Então, a ideia de Deus a criar o homem não foi criar um... o ente perfeito, porque se o ser humano fosse perfeito, ele não seria corruptível, como o próprio Deus não é corruptível. Nós podemos ser perfeitos, por exemplo, dizer empiricamente, está perfeito num certo momento. Mas a sua corruptibilidade está lá. Você pode pegar o maior santo do universo. Ele é incorruptível, mas ele não é incorruptível. Então, essa possibilidade, vamos dizer, permanente da corrupção humana, é que requer, então, o esforço interior, na perseverança de uma consciência alerta para o que ele está fazendo e capaz de julgar o que ele está fazendo. Embora isso, na prática, seja enormemente complicado, na maior parte da situação, nós não sabemos o que é fazer, está certo? Mas, como diz o Dr. Birra, quando você não sabe o que fazer, faz o que é do seu dever. Você é aquele que você tem de fazer. Então, pensar assim, a vontade de Deus ao meu respeito, bom, eu estou projetando em Deus um sentimento de dever que eu tenho. Isso pode ser uma analogia entre as duas coisas, mas não uma identidade. O que Deus quer a seu respeito, isso aí é uma coisa importantíssima. A coisa que Deus mais quer a nossa respeito, é salvar nossa alma, ou seja, recolher-nos para viver com ele na eternidade. Isso ele realmente quer em todos os casos. Agora, existe uma variação individual que ele pode querer que você faça em um certo momento, mas ele não vai forçar você a fazer isso. Por que? Se ele forçar, então as suas ações deixaram de ter qualquer significado no plano da salvação. As pessoas acreditam que só a fé é salva, de bom, você pode até acreditar isso, mas a fé é também uma ação, meu filho. A sua fé não é uma forma estática prontinha para sempre. Você tem que reiterá-la, você tem que fortificá-la, você pode perdê-la. A fé tem a estrutura de uma ação que se desenrola no tempo. Então, dizer assim, só a fé é salva, as obras não foram, mas a fé é uma obra, meu Deus do céu. A fé não é um negócio que vem de uma vez para sempre. Então, você pode até dizer isso. Então, o sujeitura, ele está fazendo boas obras, ele está manifestando e reforçando a sua fé. Então, é a fé as obras que salvam e é a sua fé que salvam. Pensa bem, você vai ver que as duas frases querem dizer exatamente a mesma coisa. A não ser que você tenha da fé uma ação puramente abstrata, que isso é uma crença que você subescreveu um dia, e que ela permanece igualzinha e intacta o resto da vida. Eu falo, mas você não vive lendo bíblia. Então, isso quer dizer que eu teria fio você lendo agora, você não tinha lido antes. Então, você tinha a fé no mundo de coisas menos nessa, para você não saber. Dá para entender. Não é simples entender isso aí. Se a fé vier toda pronta, você não precisa ler bíblia, você já tem o conteúdo da fé inteira. Então, a conquista de novos conteúdos da fé é uma ação, meu Deus do céu. Então, a fé tem a estrutura de qualquer outra ação humana que se desenrola no tempo. Então, o cara faz a boa obra, tem lá o vizinho dele que ele nem conhece, está doendo, ele vai lá, ajuda o cara, fica no pé da cama do cara. Você pode dizer que ele está fazendo uma boa obra e conquista de salvação, ou você pode dizer que ele está reforçando sua fé e conquista de salvação. Vai dar na mesma. Não dá para fazer uma coisa sem a outra. Portanto, isso aí é uma abora de sabão verbal. Não quer dizer nada. Agora, a guerra católica acha que essa expressão pode induzir, mas não vai induzir necessariamente. Aqui, o... Suma o nome do homem aqui. Ah, Thales Fontibuacoelho. Destreves de 19 anos estou na fase de objetivos na vida, chamada 6, e não sei de nada. Só sei que estou sendo sincero, mas que posso ir anotando quando ver as verdades que me aparecem e acontece que dentro delas, Deus igual realidade foi me sentir muito mais sincero do que quando digo Deus com o que imagino. Ah, você está certíssimo. Em geral, o Deus no qual nós acreditamos é aquilo que nós pensamos a respeito dele. Isso é isso. Isso que você pensar na sua vida pode coincidir, pode ser verdadeiro, e, portanto, coincide com o Deus. Mas isso não é Deus. Deus é a própria realidade, na sua totalidade e no conjunto das suas possibilidades infinitas. Então, esse é o Deus verdadeiro. Agora existe a imagem de Deus na sua mente. Quando você acredita em um, você está indiretamente acreditando na outra, evidentemente. Mas não pode confundir uma coisa com a outra. Então, outra coisa, se você pensa em religiões, que são religiões, são sistemas de afirmações sobre a realidade. E elas não são Deus. Existem as religiões, inclusive, a cristã católica, que dizem algo a respeito de Deus. E do que ela diz, uma parte foi recebida do próprio Deus, outra parte foi deduzida por análise, etc. Mas nada disso é Deus. Então, eu acho que até uma coisa, existe uma série de diferenças de você querer crer na religião, quer dizer, no conteúdo daquelas afirmações, que num caso são dogmáticas, num outro caso são temporárias ou relativas, mas são afirmações de qualquer modo. Entre você crer nas afirmações e você crer no próprio Deus. Para crer no próprio Deus só tem um jeito. Tem que ter alguma manifestação real dele. Se não tem, você está acreditando uma ideia verdadeira a respeito de Deus e não no próprio Deus. Isso. Você veja, aquelas curas que aparecem no Novo Testamento, o Curo Céculo, o Paralítico, o homem que estava comemorando, essa coisa toda. Este pessoal, não acreditou numa doutrina sobre Deus, numa afirmação sobre Deus. Ele acreditou numa realidade presente, patente. Quem é esse que está aí? Esse é o filho de Deus. E a prova é que ele fala para o leite começar a andar, para o leite começar a andar. A tempestade para, a tempestade para. Então, esta é uma crença direta numa pessoa que você está vendo. Ou aqui você está vendo. Nós só temos acesso a essa pessoa através de duas fontes da doutrina e dos milagres. Eu acho o milagre mais importante do que a doutrina. Porque tudo que Jesus Cristo fez, a partir de desnacer, tudo foi milagre. Não foi nada de acordo com uma lei externa material. É a vontade do meu pai, e isso eu estou fazendo. Então, todo o nosso esforço é para chegar a crer no Deus verdadeiro, no Deus que age, porque o Deus que é um conceito, é o Deus dos filósofos. Tudo que você crê pode ser verdadeiro, mas ainda é o Deus dos filósofos. É por isso que é importante a oração, para que você veja a ação de Deus na sua vida. Demora um pouco, mas você começa a ver. Se você não vê isso, então, o Deus é um obstrato. Mesmo que você veja o Deus no qual você reza, geralmente, é sua ideia de Deus. Porque ele não está se manifestando, talvez não esteja se manifestando, diretamente naquele momento. Então, quando você ama uma pessoa, você não confunde a pessoa com o que você pensa dela. Você sabe que a pessoa, por si mesmo, ela não é um conteúdo da sua consciência. Tudo que você sabe para a sociedade é um conteúdo da sua consciência. Pode ser verdadeiro, claro, e espero que seja. Está certo? Não é que você ama, a mulher confia, ela está lá dando para todo mundo naquele bem momento, não é assim. Você não está enganado, mas você não confunde o seu conteúdo de consciência com a pessoa real. No caso de Deus, você também não pode confundir. Mesmo que tudo o que você pensa da sua consciência seja verdade. Ainda são coisas que você está pensando da sua consciência. Quando você ora e fala com ele, ele responde não com palavras, mas com atos, de opa, então aí Deus está presente. Entendeu? Pode. Eu acho que é curioso essas pessoas que falam sobre o duvido da veracidade da Bíblia falando das tradições. Eu penso que Deus já veio no mundo através de Jesus Cristo e o nascimento virginal. Como ele ia deixar que as coisas se perdessem dessa forma? Bom, eu acho que aquele que criou o mundo, criou o homem. E que enviou o próprio Jesus Cristo para restaurar a possibilidade da salvação humano. Eu acho que ele tem alguma capacidade para ele fiscalizar a tradução daquilo que ele disse. E se há eros, eles acabam se desfazendo, a não ser que haja uma persevera substinada. O jeito falsificou porque quero falsificar. Então, no curso de sincronização, eu vou explicar o caráter iniciático do sacramento. E mostrar que se você suprir o sacramento, você tem somente a crença na doutrina. Não tem mais as iniciações. Isso é um ponto importante. Como exista um assunto tremendamente complicado, que eu pretendo elucidar nesse próprio curso. E também mostrar, o aspecto político diz como é que essas coisas interferem no domingo do poder sobre a realidade. E de algumas coisas que eu vou dizer no curso, vocês vão perceber que a quase totalidade da visão popular, inclusive a sua, a respeito da política, é falsa porque não está pegando as coisas na sua raiz onde elas realmente acontecem. Está pegando pelas escritos externos, por assim dizer. Então, para isso você vai ter que lidar com problemas das iniciações. Com problemas das grandes sociedades iniciativas entre as quais a maçonaria, da qual eu vou tentar apresentar uma visão científica sem aquele anti maçonismo vulgar e sem o maçonismo vulgar também. Eu acho que ainda a melhor maneira de você entender a maçonaria é você não estar nela. Mas você ler tudo a respeito. Se você fala que a maçonaria é o seu cérebro, você quer dizer que não há sociedade que tem escrito mais sobre ela mesmo e explicado tudo sobre ela mesmo. A bibliografia maçonica é um negócio assim, absolutamente arrasador. Você pode ler o resto da sua vida e você não vai acabar. O que é o segredo? O sentido do segredo não é bem esse. É um outro sentido que eu vou tentar explicar lá. Vou tentar explicar tal como os maçons se explicam a si mesmos. Eu sei disso quando ver um maçon escrevendo para os outros. Tal como eles apresentam para os outros. Porque tem coisas que o maçon escreveu, não é para os seus irmãozinhos, mas é para os de fora, para os leigos. E tal como a coisa funciona em se meva na articulação dessas duas perspectivas. A visão interna e externa. Tá certo? Bom, só isso aí já é um bisseptico a cabeça. Eu não sei se esse curso será suficiente para dizer o que eu tenho a dizer na experiência. Se não for, faço um outro mais tarde o complemento no cofre. Tá bom, então é por hoje, eu acho que vamos esperar e ter um momento. Ah, se você quiser se inscrever, fazer sua pre-inscrição no curso, pois eu teria uma história na vida presente. É... É simplesmente a abra a parte inicial do cofre, tem lá o banner do curso, é só clicar no banner e botar o seu e-mail lá, quando apareceu o espaço para isso. É isso? Você vai receber as várias informações atualizadas, até fazer sua inscrição. Tá bom, então até semana que vem. Muito obrigado a todos.