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Então vamos lá, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Hoje eu queria tocar em alguns temas mais ou menos de ocasião, que depois serão explorados mais detalhadamente e mais tecnicamente no curso sobre a guerra cultural. O ponto de partida é um post que eu coloquei no Facebook ante ontem, comentando a brutal falta de foco em todas as discussões públicas no Brasil. Entre outros exemplos que eu citei ali está o caso das famosas urnas eletrônicas. Desde do início, sabia-se que as eleições de 2014 tinham sido fraudadas pelo fato de que a apuração, só 23 pessoas tiveram acesso à apuração dos votos sob o comando do ministro Topholi, que é obviamente um agente petista. E isso foi uma coisa que aconteceu pela primeira vez na história do Brasil, na história de qualquer democracia. Tradicionalmente, as apurações são processos públicos, todo mundo tem acesso, todo mundo está vendo. E não só a apuração foi secreta e feita em recinto fechado, mas foi feita de tal modo que depois as máquinas não poderiam ser auditadas mais. Então é claro que foi o Vifrault. Imediatamente começaram as discussões sobre voto eletrônico e sobre as máquinas eletrônicas. Não as máquinas podem ser fraudadas, por isso, por aquilo, é ter esse defeito e aquele outro. As máquinas eletrônicas não têm absolutamente nada a ver com o assunto, porque se fossem votos impressos no papel contados só por 23 pessoas em recinto fechado, seria uma eleição fraudada do mesmo modo. E a mesa eu estou falando, e as pessoas insistem no tema das máquinas e no tecnicismo, etc., que são totalmente alheios ao problema. Então eu pensei assim, as pessoas não conseguem ter foco no que você está discutindo. Sempre alguém quer acrescentar algo mais, um detalhe técnico interessante, pareça sofisticado, mas aí você está trocando a inteligência normal por uma aparência de sofisticação perfeitamente inútil. Do mesmo modo, como nesse exemplo da votação no Senado, onde me pareceu chocante que, imediatamente, após a decisão do Senado, as pessoas não percebessem o brutal, errológico que havia na coisa, porque do fato de que o ex-presidente Fernando Collor teve os seus direitos políticos caçados sem sofrer impeachment, não se segue de maneira alguma que alguém possa sofrer impeachment sem ter os seus direitos políticos caçados. Até o exemplo que eu dei, olha, o ovo pode existir independentemente do pinto, mas o pinto não pode existir independentemente de um ovo. Inclusive o termo que eles usaram, o fatiamento, de uma fatia, são várias partes idênticas de uma substância homogênea. Está cortando mortadela, cada fatia sai de mortadela, não sai de presunto, não sai de outra coisa, de rosebeats, está certo? E no caso não é fatiamento, porque um dos conceitos é parte do outro. A caçação de direitos políticos é um termo mais abrangente do que o impeachment. Dizeria, ao longo dos tempos, muitas pessoas que não tinham mandato algum, e que portanto não podia sofrer impeachment, sofreram, caçação de direitos políticos, ou seja, então logo você caçou os direitos políticos do cidadão, ele perde o mandato automaticamente. Portanto, são conceitos que estão contidos um no outro, não é decorrença do outro, não são coisas homogêneas, não são partes homogêneas. Olha, essas coisas têm que ser de percepção intuitiva imediata. Uma inteligência normal, adulta, tem que perceber, aliás, até criança, tem que perceber isso imediatamente. Como é que não percebe e como é que continua discutindo uns favoros e os contras sem ter a mínima ideia da conexão lógica envolvida. Por uma feliz ou infeliz coincidência, estava lendo na mesma semana o livro Exame da Filosofia de Bacon, do Joseph de Mestre, que eu nunca fui um grande fã do Joseph de Mestre, mas esse livro é realmente notável, porque é um livro de quase 500 parnas, e eu nunca vi uma filosofia ser tão meticulosamente destruída como ele fez com a filosofia do Bacon, da qual realmente não sobra nada, nada, nada, nada, nada. É claro que o Joseph de Mestre, sendo um autor francês, o que quer que ele diga não contra este ídolo da Inglaterra, que além de ser Lord Chancellor, era um cara importante na maçonaria inglesa e uma espécie de ídolo nacional, qualquer coisa com autor francês diga não terá repercussão na Inglaterra, então o culto do Bacon continua. Ele explicava que o Bacon entrou para a história como o sujeito que tinha substituído o método silogístico dos escolásticos pelo método da indução. O Joseph de Mestre explica a coisa óbvio, mas quem é que não percebe que a indução é um tipo de silogismo, e que já era abundantemente usada desde o começo, às vezes a expressão verbal do roço de silen dutivo não mostra o termo médio, que é característico do silogismo, mas para de não mostrar, não quer dizer que não esteja lá, assim como, por exemplo, em retor que eu ia chamar de intimema, intimema, é um silogismo no qual você omite o termo médio já propositadamente, por exemplo, assim, onde a fumaça afuva, claro que tem uma conexão lógica que está juntando uma coisa com a outra, partindo do fato de que o fogo é a causa da fumaça, então se existe, o efeito existe a causa, esse seria o termo médio, mas você não precisa expressar o termo médio, você fala onde a fumaça afuva, o cérebro do ouvinte automaticamente ela faz a conexão, e daí eu pensei se um autor famoso como Bacon consegue não perceber uma coisa dessa, é porque realmente tem algo errado na cabeça dele, está certo, mas no caso assim muito mais simples, óbvio patente como esse das máquinas de votar ou do caso do impeachment, eu fiquei aguardando que alguém percebesse a inconexão lógica e ninguém percebeu, ninguém disse isso, e bom, então tenho que entrar aí eu lá e explicar o meu, se eu dizer assim assim 2 mais 2 é 4, então até eu usei uma expressão do Rosé F. de Mestre, você incitar no caso sem citar o nome, que ele diz o seguinte, o silógio de todo o silógio é uma equação, quer dizer é uma estrutura matemática, uma relação matemática, transposta para o domínio da linguagem, portanto se você entende que a my big or she's a Ripson, então você já montou ali um silogismo, e daí eu pensei bom essas pessoas elas devem ter aprendido a algeba alimentar na escola, portanto elas sabem fazer uma equação, todas elas, né, então como é que não percebe que a estrutura da equação é a mesma do silogismo, e como é que não percebe que a relação envolvida nos termos, a relação de parte é toda e não uma relação simplesmente de várias coisas distintas, pertenece a mesma espécie, realmente tem algo errado, agora quando você vê é que essa falta de foco afeta discussões de amplitude nacional, como é que é, então é para você ficar realmente assustado, porque que isso acontece, evidentemente a coisa acontece por causa da descrição da auto-cultura, se você não tem, uma auto-cultura dominante sobre toda uma sociedade, então você não tem aquela comunidade da experiência literária, por exemplo as pessoas não leram os mesmos livros, elas não falam a mesma linguagem, elas não conhecem as mesmas palavras, elas não conectam os mesmos signos com as mesmas emoções assim por diante, então começa a se desenvolver as linguagens grupais em número indefinido, grupais ou individuais, onde a pessoa acha que está falando e o outro acha que está ouvindo, mas não está acontecendo absolutamente nada, então ou nós restauramos a cultura nacional, ou todas as discussões públicas sobre política, economia, guerra, salários etc, vão ser um caos e nós nunca vamos resolver coisa nenhuma, agora o brasileiro sempre teve esse problema, o chamado pragmatismo lucitano, quer resolver tudo no MOOC, e acha que raciocínio, estudo etc, é uma espécie de um enfeito, é um adorno que você vê depois de você resolver todos os problemas você coloca um pouco de cultura em cima do cara para enfeitar, então é um conceito puramente ornamental da cultura, não tem a noção, dá finalidade e da utilidade prática de tudo isso, da absoluta necessidade prática, se o ser humano tem uma necessidade prática urgente, é de ser inteligente, porque o ser humano na base da força física ele não pode ganhar sei lá, de um jumento, um jumento derrota você, um macaco, macaco tem força de 8 homens, ele acaba com você, agora se você tiver um pouco de inteligência você é capaz de usar um instrumento, dominar o jumento, macaco etc, sempre foi assim, quer dizer a única arma do ser humano é inteligência, fisicamente o ser humano é muito desguarnecido, nós não temos sequer pelos para nos proteger, trazendo um pouco de perna para fazer para que é que é sério, vai proteger você no inverno, é claro que não, então não temos garras para nos defender, não temos um casco para dar um fruto, fisicamente temos nada, temos um matos sem gafrôro, então desde o homem neandertal a nossa vantária que nós sabemos somado 1, 2 e 4, é sim, por diante, é a única vantária, portanto onde existe esta noção de que a vida prática, a vida real é uma coisa separada da cultura que não tem nada que ver e que a cultura pode ser acrescentada depois, é claro que tudo vai ser contra a produção, essa tendência já existe, na sociedade brasileira e já existia na sociedade portuguesa, é bastante documentado para nos romanos de essa riqueira, nós parecemos essa situação, também ali no liobarreto aparece, numa chave acisa, parece, num monte, no garceiro anorão, sobretudo no romance Caetés, isso é um fato altamente documentado e a ideia de que você possa resolver os problemas do país, qualquer problema que tenha, problema de segurança, problema de economia, problema de inflação, qualquer um, tá certo, primeiro você subir um pouco o seu QI, esse é absolutamente impossível, e o QI não sobe sozinho, você não vai subir o que ninguém vai subir o seu QI fazendo exercício, o QI sobe, sobe e se desenvolve quando você está lidando com problemas reais e com instrumentos que a cultura de forneceu, quer dizer, o ser humano mais inteligente que você, o QI da Madonna, a Madonna tem QI de 240, o meu QI é um 7-1, já vou espalhar, vou acabar com a minha reputação, meu QI está abaixo da Madonna, mas eu acho que eu tiro mais proveito dele do que a mira do seu 240, por que? Porque eu tenho os instrumentos da cultura, que eu adquiriria ao longo de meio século, tá certo, então nenhum ser humano pode inventar toda a linguagem, toda a ciência, todos os recursos intelectuais que ele pode precisar, então ele tem que absorver, além ter o QI, que é uma coisa natural, ele pode absorver tudo isso e com isso até aumenta o QI, eu acredito que o meu aumentou, porque eu quando era criança, eu me lembro, eu tinha que eu estou certo, deu 150 pôs, depois que eu estava aqui no Estados Unidos, eu fiz um e deu 20 pontos a mais, quer dizer, então você até ter mudado para os Estados Unidos, aprendido novas coisas, a experiência do manoforte, isso aí ampliou minha perspectiva, então eu acho que nessas condições, vamos dizer, a situação chega a ser desesperadora, nenhum problema tem esperança de resolver, isso quer dizer, em tudo que você for discutir, vai entrar uma confusão dos demônios, um verbalismo atroz e sobretudo, as pessoas têm consciência de que elas não sabem as coisas, tem um no fundo que é o conceito de que elas estão perdidas, essa conceito que está perdida tem que se aliviar por algum meio, e um dos meios é você, justamente você fingir o conhecimento, você adotar uma pose, você se fazer de importante, você alegar os seus títulos universitários, tudo quer dizer, tem um teatrinho, carregar de emoção em volta disso, então problemas que eram para ser resolvidos em 5 minutos para levar a 5 séculos, e é o que está acontecendo, o fato, por exemplo, de que em março de 2015, quando você tinha 2 milhões de pessoas na rua, todas as furiosas, com o governo, com o PT, com o Ford de São Paulo, tudo, todas as mal-calhadas, e bom, é hora de você cortar o mal pela raiz, porque eu digo, quando é que nós vamos conseguir de novo juntar uma força dessa na rua, não é possível, nós temos que aproveitar o momento, o momento no sentido físico da palavra momento, né, e justamente nessa hora, os caras tiverem de a de, vou até Brasília, pé e já volto, eu falei, não é possível, eles não estão fazendo isso, eles freguei os olhos, ali, pê os ovidos, deixa eu ver de novo, tiveram realmente essa ideia, pode, claro, que pode ser que algum político experto insuflou na cabeça deles, mas de qualquer modo, eles tiveram que concordar, e se eles concordaram, então quer dizer que eles, ou não percebeu, houve primeiro a sua inteligência para que ela não percebesse, mas você é capaz de você desligar sua própria inteligência, né, quando você não quer saber de alguma coisa, foi o poema do García Lorca, o amigo delitorial que foi morto na arena, então estava lá a saga derramada, e eu não quero ver lá, eu não quero saber, porque se eu souber, né, minha segurança vai desmontar, então pode ser que os meninos tiveram esta operação de repressão da sua própria consciência, não consciência, morar uma consciência intelectual para não perceber o desastre que eles estão produzindo, também o fato de que todo mundo sabia que a eleição tinha sido fraudada, eu dei por que você vai dizer o impeachment de um dos eleitos, quando você sabe que o mandato dos dois é completamente legítimo, ou seja, o impeachment vai tirar uma governante ilegítima e vai botar outro ilegítimo no meu lugar, portanto, todos aqueles que lutaram contra ela são cúmplices do mandato ilegítimo, então você não tem um rabo preço agora você tem, então agora você não pode mais falar mal de ninguém, você está amarrado, isso realmente aconteceu com o país de 200 milhões de pessoas, e não teve um comentarista de mídia para explicar isso que eu estou explicando, então o negócio virou, está uma catástrofe, então hoje em dia eu divido a população brasileira em dois pedaços, aquela que tem algum futuro e que não tem, quem tem futuro são vocês, e só vocês, porque queiram ou não queiram, esse aqui é o único esforço educacional que está sendo feito no país, tirando o educador da língua para a crenciência de cinco anos, e que vai demorar mais um pouco quando ficarem prontos, vocês podem demorar mais dez ou vinte, até estar em condições de ter uma atuação pública, mas sério, e quando eu falo de atuação pública, a atuação pública tem que ser primeiro lugar através de livros, não é fazer blog, não é escrever artiguinho em jornal, não é, acredito que eu não estou dizendo, o livro, embora os livros no Brasil vendam um pouco, o livro tem uma força histórica, monstruosa, porque o livro fica, meu Deus do céu, ele continua sendo lido, ele não muda de forma, e eu vejo o seguinte, coisas que eu escrevi no imbecil coletivo, no Jardim dos Aflições, elas permanecem, o que eu escrevi em artigo de jornal é que está lá, no meu blog, no meu site, até hoje, eu tenho que repetir mil vezes, porque o pessoal esquece e nem sequer procura no arquivo de artigos, quando está fazendo, não me pergunto, o que é que eu acho que eu falo de tal, eu falei, eu já escrevi cinco artigos a respeito, está lá, procura, toda hora, volta então, consulta sobre assuntos já explicados, eu digo, mas meu Deus do céu, isso quer dizer que você deixar um monte de artigos à disposição do público na internet, não serve para praticamente nada, só serve para você ter aquilo como referência, se alguém lhe perguntar, você indica, mas toda hora vão estar perguntando de novo e de novo e de novo, ao passo que aquilo que está escrito no livro fica, por exemplo, eu lembro o capítulo ali, o imbecil juvenil, ninguém esqueceu o imbecil juvenil jamais, do meu modo, Teoria dos Quatro Discursos, vocês já veram quanta gente apareceu estudando Teoria dos Quatro Discursos, tese sobre isso, Teoria dos Quatro Discursos, tem a tese do direito do Vergilho de La Rosa, da La Rosa, o direito como garantia, eu teria baseado na Teoria dos Quatro Discursos e na minha teoria do direito como garantia, então essas coisas ficam, então elas têm uma atuação de longo prazo que esses outros tipos de atuação mais periférica, mais epidermica, não tem e não pode ter jamais, aqui nos Estados Unidos por cada campanha eleitoral é precedida por ser um mínimo de 200 livros, todo as teses fundamentais, os personagens, antes de começar a campanha eles já estão todos registrados em livros, em livros bons, em livros de altíssima qualidade, você vê, o número de livro que apareceu sobre aquilo e sobre o Trump ultimamente é uma coisa impressionante, então você tem já uma base documental, você vê no artigo de jornal, Mida, não existe muita citação de fontes, porque um dos direitos fundamentais do jornalismo é não ter que revelar as fontes, então já é um hábito jornalista, ele dá a informação, se me espremerem na justiça eu dou a fonte, se não não, então ao passo que não livro, no ensaio de ciência política de filosofia você tem que citar as fontes meticulosamente, ora quantas vezes eu já vi as pessoas reclamarem, olá, não cita as fontes nos artigos, não cito mesmo nem o jornalista cita, e eu já vi também um monte de gente reclamando que o Zé Guilherme nos livros citava muita fonte, então você reclama que o cara cita fonte livro e reclama que não cita fonte artiguinho de jornal, tá tudo de cabeça para baixo, quer dizer, as pessoas perderam o código mínimo, o código mais elementar de qualquer debate público, a pessoa não domina mais, elas não sabem mais de que, quais são as regras do jogo, quer dizer, o negoeta num jogo de baseball com as regras do futebol, e não dá certo que você não sabe por que, então é de fato uma confusão mental aterrorizante gente, eu fico com medo por causa da que eu olho o Brasil e falo que que vai ser desse país com esse negócio, veja, quando em vez de exigir a anulação imediata das eleições, a realização de novas eleições imediatamente, optaram pelo impeachment, você já pararam para pensar, isso passou um ano e meio e ainda não está resolvido, você já pararam para pensar quanto custou esta brincadeira, quanto custou não só em dinheiro, mas em tempo, pessoas dedicadas a isso, quanto papel não rolou, e a espera, a angústia, né, quando sofrimento isso não resultou para o povo brasileiro, por causa dessa, por que escolher o impeachment é simples, já tinha havido o impeachment antes, eu vou ter o impeachment do cola, e essas pessoas que participaram, que tiveram um papel mais destacado, num dos pedidos do impeachment, que foi aquele que fez mais sucesso, que foi o do Miguel Reáli e do Helry Kud, tinham sido personagens proeminentes do impeachment do cola, então é um repeteto, eu vou fazer aquilo que eu já sei fazer, que eu já fiz, é um automatismo, você se deixa levar pela impressão, pela aparente semelhança entre duas situações, uma verdade, é radicalmente diferente, é isso, então a via foi escolhida, pela aparente facilidade, não facilidade de objetiva, mas a facilidade para aqueles personagens, para aqueles agentes, eles sabiam fazer isso que já tinham feito, e acreditam que funciona, porque uma campanha nacional, onde cola funciona, uma campanha nacional, a gente deu uma ideia que ia funcionar, então foi tudo resolvendo na base do automatismo, e vamos dizer da comodidade, quase fisiológica, da estratégia adotada, fazer de novo o que nós já fizemos, o que nós sabemos fazer, fazer o religio, um pedido de impeachment nós sabemos, mas esta memória aparece na cabeça dos velhos, o Miguel Reáli e Helry de Kud, os jovens não, então por exemplo, os jovens não lembram do desempenho na época do advogado Evandro Língeles Silva, comparado com a Janaina Pasquel, o Evandro Língeles Silva era o Bert Einstein, era Aristóteles, era o Lávines, era um homem de imensa cultura, com muita experiência, que tinha sido ministro de Estado, já era um personagem histórico, conhecido por vitórias quase impossíveis no Tribunal do Rúri, e que foi lá e fez um discurso, tacana, mas muito brilhante contra o cola e foi um fator decisivo na hora, então quando apareceu no Louvando a Janaina, eu acho a Janaina é uma pessoa honesta e patrivatra, eu acho que ela tem pessoas de bons sentimentos, mas você não vai querer comparar com Evandro Língeles Silva, meu Deus do céu, então isso quer dizer que o nível de exigência já baixou, e ele baixou inclusive porque você não tem mais medida de referência, você não tem mais medida da grandeza relativa dos personagens, e quando você vê o simples acesso de personagens como Dilma e Lula, a presidência da República, já é isso, se você fizer uma entrevista com a Dilma Rousseff, ela seja herente de supermercado, você vai ficar em dúvida, assim ela fala, bom, mas essa mulher não sabe completar uma frase, meu Deus do céu, você vai dar uma explicação um pouco preguesa, não sabe, agora você aceita essa mulher na presidência da República, o Lula, ele fez vários discursos confessando essa canaia que ele fez, ele disse que ele é pro exterior e falsificava as estatísticas, por exemplo, sobre criminalidade, sobre meninos de rua, aumentava tudo, ele confessou isso aí, depois do cara confessar você ainda vota nele, isso quer dizer que o pessoal perdeu a capacidade de avaliar, e essa avaliação, você tá lidando com os assuntos humanos, essa avaliação não é exata, mas alguns senso das proporções você tem que ter, na hora que você perdeu os senso das proporções, você perdeu a capacidade de fazer equação, que é uma equação, é uma proporção, a sobre b é que eu achei sobre i, 1 sobre 2 é igual 4 sobre 8, então se perde o senso das proporções você não sabe fazer equação, você não sabe fazer equação, você não sabe fazer um silogismo, e se você não sabe fazer um silogismo, você não consegue raciocinar, e quando chega um gente e faz um brutal erro de lógica na sua frente, você não percebe, então é difícil saber aí quem são os espertos e quem são os otários, porque os espertos também são otários de si mesmos, a gente vê por exemplo, que você comparar a reação do pessoal da esquerda agora a esse acampanhante de uma, com a reação que eles tiveram em 1964, com um problema de muito maior gravidade, que foi assim em 1964, estava também o país inteiro contra eles, eles estavam em muita minoria, no congresso eles não tinham 10% de apoio, o congresso inteirinho contra eles, a Esforça Armada, a Mídia inteira, a Igreja Católica inteira, todo mundo contra eles e eles caíram do burro e reagiram a uma nestaerumamente inteligente, quer dizer, deram como dizia Lenin, um passo para trás para dar dois para frente, o passo para trás levou pelo menos 4 anos, porque eles começaram a reexaminar as coisas e só tinham uma estratégia nova em 1968, quando a guerrilha começou para valer foi em 1968, tinha só um ensaio geral, e mais ainda eles foram esperados o suficiente para não ter uma estratégia, porém duas, que é uma coisa básica, eles lançaram as guerrilhas e lançaram a operação da revolução cultural, ao mesmo tempo, claro que a guerrilha chamou mais a atenção, o governo não prestou a atenção na revolução cultural e a revolução cultural foi que acabou com o panto do espaço, enquanto os guerrilhas morriam usados como o búi de piranha, então essa capacidade de você lidar com uma estratégia dupla, essa é uma característica do movimento revolucionário, desde que ele existe, e a capacidade de jogar sempre com partidos legais e uma fração clandestina, a lista foi decidida, na fundação do Cominterna em 1920, já decidiram que todos os partidos comunistas tinham que ter a fração clandestina, demorar que se a situação engrossa todos vão para clandestinidade, todo mundo desaparece e continua fazendo o trabalho discreto, a situação melhorou, uma parte vai para a atuação pública e uma parte continua da clandestinidade, então como eu perdi o contato com essa gente há muito tempo, eu não sei quem está na clandestinidade, então certamente você tem agentes de extrema importância que estão na clandestinidade e que publicamente ninguém conhece, isso é necessariamente assim, todo o parque comunista é assim, o PT não é diferente, o PS1 não é diferente, então e esse pessoal toda direita conservadora, você já tentou investigar isso? Quem são os verdadeiros, sérios da coisa? Você não tem menor ideia, você acredita que o PT é o Lula que é a Dilma? Outro exemplo, o Zedir Seu, Zedir Seu é o Minossa 93, ele tinha um serviço de informações, serviço de inteligência montado dentro do PT, maior e mais eficiente do que o serviço de inteligência federais, 93, eu investiguei isso pessoalmente, entrevistapers informantes que trabalhavam para isso e estava tudo reunido na casa do Zedir Seu em 4 computadores, o que estava escrito lá? Que informações eles tinham? Até hoje ninguém foi averiguar isso aí, o Brasil é o assunto, o ao contrário, não conheça o seu inimigo, não quero saber e eu não quero ver lá, então é de ficar absolutamente consternados, no tempo que eu ainda estava morando no Brasil, eu me conformava mais com essas coisas porque elas tinham peso da inevitabilidade, elas conheçam assim mesmo, depois que eu mudei para cá, é que eu comecei a ficar cada vez mais assustado com essas absurdidades porque isso não tem que acontecer, então se você observar por exemplo aqui, antes de eu vir para cá, antes de eu mudar para cá em 2005, no ano 2000 eu já tinha estado aqui e fui conversar com eu trouxe um doceço que estava acontecendo no Brasil, no América Latina, para levar para alguns intelectuais, não funcionou muito, eles não estão muito interessados no Brasil, mas naquela época eu já aprendi muitas coisas, por exemplo quando eu visitei o Brent Bosel, o Brent Bosel tinha lá um enorme edifício cheio de computadores com todos os principais noticiários de TV gravados, analisados, tabulados e transformados em estatísticas, isso no ano 2000, 16 anos atrás, na época eu já tinha os sites do David Horowitz, o Discover Network, o outro é Activist Cash, ele já sabe todo o dinheiro dessa turma, ele já sabe tudo, e no Brasil não é que eles não sabiam, eles não sabiam que precisava saber, de quem que eu estou falando, de estudantezinhos, de moleque que chegou agora, algum quim catacolquinho, não, eu estou falando de oficiais de alta patente, eu estou falando de políticos, de experientes, estou falando de presidentes de partido, eles não sabem que é preciso saber, então se entende que o problema do Brasil não é comunismo, não é PT, não é Dio, não é Lula, o problema é uma borrisse fora do comum, é normal, é um problema de escala antropológica, se continuar assim, então realmente não é ver a esperança para o Brasil, agora vocês estão vendo na Venezuela, pessoal, tudo nas ruas protestando lá contra o Maduro, e o governo está reagindo com porrada, com tira, então eles não saem da rua, fala bom, mas deus queira que não tenha lá um stucano, um MBL, um quim catacolquinho, ah, vou fazer aí uma percinação até Nova York e volto já, vamos entregar isso para o Congresso, resolver, vamos para o Tribunal, não sei das quantas, espero que eles não caem nessa, mas olha, pela minha experiência, ninguém na América Latina tem um burro quanto mais, eu não conheço a América Latina inteira, mas eu já viajei, eu tive contato em alguns lugares, fiz conferência na Argentina, na Colômbia, no Peru, no México, a Venezuela nunca estive lá, mas conheço bem, e eu garanto por exemplo que quando eu fazia conferência na Colômbia para militares, eu ficava aterrado com a diferença, porque eles eram pessoas humildes, trabalhadoras, sérias, profissionais, e que queriam saber, e quando você fala para generais brasileiros, a primeira coisa que eles fazem é dar a impressão que eles já sabem, e portanto não precisa saber, e imediatamente surgem os pareceres sobre aspectos laterais, só para os freto mostrar que ele sabe alguma coisa, quer dizer, não tem foco para discutir, então nessa coisa que eu estava falando sobre apuração secreta, entrou lá um sujeito disso que não é nem burro, é uma de formação universitária, ah, mas se a apuração fosse pública também poderia haver, fraude, eu sei, mas por que você está levantando esta hipótese, porque não houve apuração pública, se houvesse uma apuração pública com fraude, trataríamos deste problema, ah, o fato é que não foi isso que aconteceu, então o que nós temos que discutir esta eleição fraudulenta hipotética, quando nós temos uma real na mão, quer dizer, como é que faz para ajustar o foco do dedo, para ele saber que nós estamos falando do problema que aconteceu, e não do outro hipotético, assim como essa, parece milhares de observações, olha, o Facebook tem essa vantagem ali, da temperatura mental do que está acontecendo, você põe lá um postre de DELINH, aparece 200 comentário, então você tem uma ideia da opinião universitária pelo menos, e noventa e nove por cento dos casos, as discussões, as tomadas de posição, não tem a ver com o problema, então se for outra coisa, por exemplo, a pessoa que apareceu, ah, mas a Janaína Fabiana, socialista Fabiana, ela fala, isso não tem a mais mini importância, meu Deus do céu, porque o que ela está fazendo lá não é uma política Fabiana, o que ela está fazendo é um processo de impeachment, e do resultado deste processo, não vai produzir a instauração no socialismo Fabiana no Brasil, então, se ela for socialista Fabiana, até isso chegar a ter uma influência efetiva na política nacional, ela vai levar mais 20 anos, então, por enquanto, só interessa essa atividade real dela, não a ideologia hipotética, eu já escrevi vários artigos dizendo como as pessoas não sabem dizer, não sabem o que é o sujeito ser comunista, eles acham que ser comunista é ter uma convicção doutrinal, eu digo, escuta, mas a maior parte do comunista é convicção doutrinal, nem um, mas mal conhece o negócio, você encontrar um comunista que tem a lista do manifesto comunista é uma raridade, o que interessa é o seguinte, ele está no partido, ele está trabalhando por partido, ele está entrega, integrado na máquina, então, você confundir, por meu lugar, você confundir uma ideologia com uma religião já é uma figura de linguagem perfeitamente imbecil, já superada, as caras dizem, não, isso aí tem uma religião, em primeiro lugar, nem mesmo dentro das religiões, a convicção subjetiva é importante, então, qual a importância da convicção subjetiva no budismo, zero, o budismo é interessa a prática, qual é a importância da convicção subjetiva no islamismo, zero, no islamismo é assim, pouco interessa se você acredita ou não, interessa que você obedeça, se você obedece e cega lei, você é musulmano, ponto final, não é isso? E a jurisprudência islâmica diz, a convicção ítima só Deus sabe, não é da nossa conta, né, e ele dizia, o profeta Valmer, os hipócritas são nossos amigos, eles estão mentindo, mas eles obedecem, depois de dar até isso que interessa, então, a fé é um conceito que só existe no cristianismo, meu Deus do céu, nem para as outras religiões ele serve, agora, se transpõe não só para outra legião, mas para ideologias políticas, é uma coisa de, realmente, de jumentos, né, há quantas pessoas no raciocínio assim, quantas vezes eu não tive que discutir com a autoficiária das forças armadas, a você está lendo com Lula, dizendo que o Lula é comunista, mas ele não sabe nada disso aí, eu falei, meu Deus, isso não tem importância, no tempo que eu estava metido com o pessoal comunista, ele falou, bom, eu só conhecia três pessoas que estudavam comunismo, o que era eu, o velho na boa cara de Brito, o pessoal chamado do capitão, e um amigo meu chamava Roberto Negro de Lima, só nós ficava lá lendo, lendo essas coisas, ou reto, não, ouro e falcão, gente, que virou presidente do PT, ouro e falcão não lia coisa nenhuma, e no entanto era um cara importante lá dentro, então, e em segundo lugar, você precisa ver que uma ideologia não é uma doutrina, no sentido que você tem, por exemplo, uma doutrina católica, que é uma sequência de afirmações dormáticas, de sentido absolutamente unívoco e sem possibilidade de interpretação, como é que você diz, enganosa ou ambígua, então você tem um sistema lógico, digamos, lógica normativa, como se fosse uma constituição que desce desde os primeiros princípios até suas últimas consequências, se você quer um exemplo disso, ele pega a suma contra os gentios, só tomar de Aquino, onde ele começa lá, o que que é Deus, Deus é isso assim, papapapai, vai descendo desde Deus até os bichinhos, né, então isso é uma doutrina religiosa, uma ideologia pode ser assim nunca na vida, não dá, não é possível, a ideologia tem uma consistência lógica, evidentemente, mas a exploração da ambiguidade é um dos elementos fundamentais de toda ideologia, para poder dizer e desdizer, se eu fizer uma doutrina muito esclarecida, não vai ter muito detalhado e lógico, não vai ter mobilidade, portanto a ideologia se transformará num obstáculo, então a ideologia tem que ter um coeficiente de ambiguidade, sem o qual inclusive ela não terá a força publicitária, a força propagandística, então às vezes você vai precisar condensar a ideologia em slogans que é a própria ideologia desmente, isso é assim, é só você estudar um pouquinho, não vamos dizer a ciência dos discursos e você vai ver que a coisa é assim, então mas por que ninguém sabe disso, por que que camaradas que tu dão a ciência política, estudando direito, não sabem disso, talvez até eles tenham aprendido isso, eles aprendem mas não aprendem, por que? Porque você não tem a alta cultura que unifique e ordena tudo isso, entendeu? Então por exemplo, uma discursa entre pessoas que leram os mesmos livros e têm as mesmas referências e uma alta de pessoas que não tem, a diferença é assim, é de dar água por vinho, a diferença é de alguma coisa para o nada, tá? Então a conversa entre pessoas com o mesmo nível de cultura alta, ela rende muito, cada palavra tem, vamos dizer, uma riqueza significada que os dois aprendem ao mesmo tempo, eu lembro que eu tenho que conversar com o Bruno Tolentino, a gente entendia tudo que o, o entende tudo o que o outro está falando, se fosse pra explicar pro terceiro ele fala, bom, podia dar mais trabalho, a não ser que fosse, é todo o mesmo nível de cultura, então num país onde falta isso, assim, a possibilidade do engano nas discussões públicas é monstruosa, e onde há engano nas discussões públicas, vai haver erros práticos, e os erros práticos vão ter consequências devastadoras, o custo do processo do impeachment é um desses erros, claro, podia-se usar, eu pensei assim, nós devemos começar lutando pela anulação das eleições, mas deixar um processo de impeachment engavetado, porque se falhassem na anulação da eleição, deve ser entrar algo impeachment em condições melhores, você estava negociando com mais força, agora, você pedir o impeachment já é pedir só a metade, e da metade você vai obter o quê? A metade, que é exatamente o que você obteve, mas isso aí, qualquer negociador de qualquer coisa, você vê que é caro que estuda a alta negociação no mundo empresarial, sabe disso, quer dizer, se o seu objetivo já vem diminuído, se já tem timidez ao formular a exigência, você já não vai obter coisa nenhuma, existe o princípio da manzeda, que se chama Pena Porta, você pedir o mais para obter no mínimo ou menos, e é aquele negócio, que vocês quiserem na França, onde chegaram cartais de 3 metros para 4 metros, cartais de trânsito, e chegava para um cara e falou, posso grudar isso aqui na faixa da sua casa? Claro que não, agora nós temos esse aqui de 50 centímetros, pode grudar no meu ódio, então a concordância era 85%, isso é o Pena Porta, esse Pena Porta, se a porta não caiu isso aí pelo menos abre, mas será que ninguém sabe isso, nem Miguel Reale, nem Helicudo, nem Janaína Pascual, nunca pensaram nisso, se nós pedimos a anulação da eleição, pode ser que se falar tudo, obtemos um impeachment, agora se pedimos direto impeachment, já pedimos metade, vamos ter metade a metade, que é o de fato o que aconteceu até agora, com o risco de perder essa metade a metade, esse, quando os caras nos dão um golpe, como esse negócio que eles chamaram de fatiamento, a vítima nem percebe exatamente qual foi o golpe que ele foi aplicado, da outro nome, já deu o nome errado, fatiamento, com fatiamento, você pode fatiar entre o ovo e o pinto, o pinto pode ser uma fatia do ovo ou vice-versa, não, você está falando de um conceito maior que a brancha menor, portanto a separação pode ser feita num sentido, mas não no outro, né, um gênero pode ser independente de uma pessoa, de suas espécies, mas a espécie não pode ser independente do seu gênero, né, as vezes a pessoa fala, ah, então eu tenho que estudar um livro de lógica, olha, você estudar livro de lógica não tenta nada, você pode pegar todos os livros de lógica, tem todos os tratados de lógica, fica o resto de serviço do dântil, não vai aprender, você vai aprender vendo a lógica ser aplicada, como por exemplo, nas investigações lógicas de Edmondo Russo, para mim o modelo supremo da contestação de qualquer filosofia é o que o Edmondo Russo fez com o psicologismo, na introdução, as primeiras 200 páginas são introdução, né, agora esse livro do José F. de Mestre também é um exame lógico, maravilhoso, né, numa linguagem que hoje pode parecer um pouco esquisita para as pessoas que amam a linguagem literária do começo do século XIX, cheia de figuras de linguagem inusitadas, mas é um exame perfeito, então você pegar esses casos de aplicação da lógica ao exame de certas questões, aí sim, quando você vê a lógica funcionando, você entende, agora, na lógica que funciona você nem lembra dos termos técnicos da lógica, né, porque você não vai pensar quais são as figuras do psicologismo, nem pensa nisso, né, do mesmo modo que o músico que está lá executando o dedo de uma orquestra, ele vai pensar em teoria musical naquela hora, então essas noções funcionam quando elas viraram uma espécie de memória muscular, você não lembra mais o nome de elas, mas você sabe fazer, né, isso, então, qualquer arte que você aprenda é assim, uma coisa é aprender a teoria da arte, outra coisa é aprender a arte, né, mas o pessoal está confundido, tá, eles estão confundidos a prática de esporte com jornalismo esportivo, as práticas de jornalismo esportivo, acha que é um esporte, né, e, então eu vou repetir de novo, a única esperança desse país são vocês, não tem mais ninguém, gente, eu não estou brincando, eu não estou fazendo propaganda nossa, não é isso, a responsabilidade que incumba é você, isso é imensa, vocês têm que ir num dá este país com livros de altíssima qualidade, sobretudo, fazer a revisão da história dos últimos 50 anos, não é revisão, tem que fazer a história dos últimos 50 anos porque ela não foi contada, todas as transformações psicológicas, passadas pelo povo brasileiro, que transformaram um povo pacífico num dos povos mais assassinos do universo, né, isso, veja, outro dia descobriram o que é um caminhão do exército carregado de cocaína, você falar isso 20 ou 30 anos atrás, assim, era impossível, isso simplesmente não acontecia nas forças armadas, né, agora acontece, alguma coisa mudou, gente, né, o, então como houve essa transformação que fez do Brasil, do povo mais assassino do mundo, isso não foi do dia pra noite, algo foi mudando, né, isso, como é que conseguiu emburecer os nossos alunos ao ponto de eles tirarem sempre os últimos lugares nos testes internacionais, também não foi do dia pra noite, eu acho que isso remonta um pouco ao tempo do Leonel Brisol, que achava que a educação era uma questão de construção civil, construir um monte de escolas, né, isso, daí me lembra da minha mãe, que estudaram uma escolinha do interior com aquela que tinha o teto de sapé, você sabe, e a minha mãe só tem um curso primário, minha mãe escreve perfeitamente, eu acaligrafei maravilhoso, desirra muito bem, faz qualquer conta, vai nos supermercados, chega com a conta feita no caixa, isso com o que aprendeu na escola primária, eu vi as minhas tias eram professores primárias, de vez em quando ia passar um tempo na casa delas e pra não perder o ano, eu frequentava a aula na escola delas, era toda escola humilde, de interior, não tinha prédio, não tinha coisa nenhuma, e funcionava, né, então, quando eu pergunto, quando o Leonel Brisol inventou, como é que chamava os brisolões, encheu o Rio de Janeiro de brisolões, custou um dinheirão, e ele o derce e ribeiro, né, porque que ele se vê nessa ideia, quando ele levava de propina pra fazer essas construções todas, algo ali começou a dar errado, né, isso, então, nós temos que contar essa história, não adianta você ficar escandalizado, você condenar as pessoas, você não precisa falar mal de ninguém, é só contar o que aconteceu, mas o fato é que não foi contado, né, então, até eu escrevi um artigo, foi 20 anos de trevas, 30 anos de trevas, sei lá, quando eu ia ver a memória nacional, sumiu, vocês não sabem o que está acontecendo, e de repente aparece uma nova geração, e ela é educada pelo que está aparecendo na rede globo, e aquilo pra ela é o passado, aquilo é a história, é, mas é uma história que começou ontem, mas pra eles, já é até antigo, o mudança do sentido da palavra antigo, você toca uma música de 5 anos atrás, a pessoa diz que é antigo, o que é isso aí, perda de consciência histórica, pra mim isso é falar, por exemplo, o cinema antigo, para mim é o cinema mudo, porque o cinema que existia antes deu a nascer, isso foi o meu antigo, agora uma coisa que eu vi aos 20 anos, não pode ser antiga, porque ainda tem uma linguagem comum com o que tem hoje, né, agora, o cinema mudo, você precisa de um treino especial para você assistir, é outra linguagem, completamente diferente, né, e na passagem do cinema mudo para o cinema falado, houve um trauma também, então a noção da antiguidade é marcada por essas rupturas, não pela simples passagem de 5 ou 6 anos, se a pessoa perder essa noção, então ela não tem mais noção do que tempo histórico, então você tem uma enorme deformidade de percepção, que é geral endêmica no Brasil, e é aí que nós temos que atuar, é isso que nós temos que corrigir, antes de pensar, vamos tirar o presidente da república, vamos mudar o regime, vamos instaurar a monarquia, vamos fazer, sei lá o que, você não conserta um equipamento se você não tem um equipamento apropriado para consertá-lo, um dos segredos do sucesso americano é a qualidade das ferramentas, eu entro aqui nessas horas tipo Lowes, Home de Pôta, eu fico absolutamente maravilhado, porque existe ferramenta para tudo, e os americanos sempre tiveram muito orgulho das suas ferramentas, então ferramentas são instrumentos de ação, são meios de ação, se falta, onde falta o meio, a ação não se realizará, então esse equipamento intelectual que eu estou falando são os meios de ação, é deles que nós temos que cuidar primeiro, antes de querer cuidar da ação, e sobretudo, de querer ter o resultado mágico, é isso então, bom, por hoje é só, vamos fazer um, hoje eu não vou responder perguntas, eu estou muito cansado de para aí, cheguei agora, hoje não vou responder perguntas, só semana que vem, então não se esqueçam do curso Guerra Cultural História e Estratégia, que deve começar lá pelo dia 20, ou um pouquinho antes, não sei, vou anunciar em tempo, tá? Muito obrigado a todos, até a semana que vem.