Então vamos lá, boa noite a todos, serão bem vindos. Esta semana aconteceram três coisas que me sugeriram algumas explicações oportunas para ser dado aqui nesta aula. A primeira foi a mensagem do Rafael Falcón a respeito do exercício do Necrológio. A segunda foram umas observações feitas por um amigo meu a respeito do filme o Jardim das Aflições que ele teve a oportunidade de assistir inteiro. E a terceira foi o fato de que eu assisti novamente, depois de muitos anos, o debate entre William Lane Craig e o Christopher Hitchens a respeito da existência e inexistência de Deus. Essas três coisas, por incrível que pareça, estão ligadas. A mensagem do Rafael Falcón é o seguinte, ele diz que há anos ele vem tentando fazer o exercício do Necrológio mas que ele sempre esbarra em dificuldades e que ele parece que é impossível um sujeito fazer um texto como este do Necrológio, de fazer pelo menos de maneira adequada antes de ter chegado a camada oito da personalidade. Bom, em parte isso aí é muito certo. O exercício do Necrológio, como eu expliquei no começo, ele tem que ser refeito muitas vezes porque ele não é uma obra literária, a finalidade ele não é o texto em si, ele é um estímulo para que você continue tentando conceber a sua vida como um todo. O que para muitas pessoas é impossível, impossível. A maior parte das pessoas não tem a menor consciência biográfica para usar um termo que eu mesmo inventei. Ou seja, você é capaz de encarar a sua vida como se fosse o enredo do romance, ou uma biografia já escrita onde o desenrolado acontece, mas tem uma unidade, tem uma coerência. Claro que a coerência nunca pode ser total porque a nossa vida é continuamente alterada por fatores externos sobre os quais não temos nenhum controle. Porém, a nossa reação a esses fatores externos é que tenta dar a esse elemento caótico que vem de fora um novo sentido de unidade. Quer dizer, você recu... Desde que a sua vida tem determinado propósito, desde que você é guiado por certos valores, etc., etc., você tenta reagir a esse estímulo aleatório de maneira a integrá-los no seu plano de vida, por assim dizer. Nesse sentido que o Ortega C dizia que o destino concreto do homem é a reabsorção da circunstância. Ou seja, a circunstância você não tem nenhum domínio, mas no momento em que ela chega a você, você vai ter que reagir de algum modo, você vai ter que responder a ela. E a resposta é, ou idealmente é, uma tentativa de reintegrar o múltiplo na unidade, de reintegrar o caos na ordem. Porém, a noção de uma ordem da própria vida é uma coisa que escapa maior para as pessoas. Em geral, você vê quando eu proponho exercício necológico e pergunto assim, o que você quer ser quando crescer? Você sabe que se você fizer essa pergunta a mil pessoas, 999 vão responder com o nome de profissão. Isso quer dizer que entende que a profissão é o seu destino. Ora, você acha que isso é normal? Isso é normal na sociedade de hoje. Porém, você vê aqui, pelo menos até o século 18, as pessoas não escolhiam suas profissões. Você tinha uma sociedade stratificada onde, como dizia, tem um sério de redondilhas da Gil Vicente, a filha do sapateiro, casa com sapateiro, a filha do camponeis, casa com camponeis. E sempre foi assim, em praticamente todas as sociedades do mundo. Você tem uma série de extraços, de camadas sociais que, elas, por si, já são o destino do cara. Você nasceu ali, e ali que você vai ter que se virar. E as pessoas achavam isso em termos normais. E isso foi durante milênios. Quer dizer, a ideia de escolha de profissão só começa a se tornar viável para um número, um grande número de pessoas, a partir do século 19. Na verdade, no começo, é nem para um grande número de pessoas, é só para certas camadas, da pequena burguesia para sempre, para cima. E aos poucos, isso vai se alargando e foi, vamos dizer, que só no século 20 e em certas partes muito privilegiadas do mundo, especialmente ao meio dos Estados Unidos e Europa Ocidental, é que a ideia da escolha de profissão se torna uma realidade para elas. Você não pode esquecer, por exemplo, que na União Soviética, que tem uma população imensa, as pessoas eram encaminhadas a certas profissões e certas atividades pelo Estado. O Estado decidia até onde ir, o morar. Você dizia, eu quero ser aqui o engenheiro em Moscou. Eu falei, não, você vai ser um ferroviário na Sibéria. Era assim o negócio. Então não podemos dizer, a escolha de profissão é um luxo recente na história da humanidade. Porém, qualquer mudança que aconteça, a hora que ela começa, que ela dura mais de uma geração, ela começa a dar para as pessoas a impressão de ser eterna. Quer dizer, durou mais de 15 anos, o William Maria, no livro Metro História das Gerações, ele calcula em 15 anos a mudança de geração. Não que as gerações durem 15 anos, mas a atividade pública delas, a entrada em cenas de uma nova geração, acontece historicamente de 15 e 15 anos. Então passou mais de 15 anos, já dá a impressão de que é eterna, que sempre foi assim, de que isso é a natureza das coisas. E é claro que isso é uma ilusão. Mesmo porque as condições que permitem a escolha de profissão, elas dependem, vamos dizer, de uma ordem social estável, de um sistema que esteja funcionando, próspero, uma ordem legal existente. E tudo isso pode acabar do dia para a noite, mediante uma revolução, uma guerra, uma catástrofe, qualquer um, furacão. E de repente você é devolvido a uma situação mais primitiva. Isso pode acontecer na escala social ou na escala pessoal. Então, por exemplo, o sujeito está indo muito bem e está tendo a ele ver a sua vida como desenvolver a sua carreira, de repente ele perde o emprego. Tem um filme com Jack Lehmann muito interessante, que é o prisioneiro da décima avenida, em que o sujeito é uma pessoa normal, comum, como todo mundo, mas a partir do momento que ele perde o emprego dele, ele começa a ficar cada vez mais biruta, mais biruta, a vida dele inteirinha destrambele. Às vezes não precisa isso, a mulher do sujeito larga. E de repente todo o esquema de vida dele vem para baixo e ele se vê devolvido a uma situação muito mais primitiva, muito mais material, onde esse refinamento, vamos dizer, da escolha de um caminho de vida através da escolha de uma profissão se vê bloqueado, por assim dizer, impossibilitado. Então, todos nós deveríamos estar preparados para uma circunstância em que esse luxo nos é negado. Não é isso? Então, eu posso dizer que eu mesmo, pela minha experiência pessoal, durante décadas da minha existência, fui obrigado a trabalhar em coisas que não eram vocacionais de maneira alguma. Eu até botei uma notinha no Facebook dizendo, olha, eu já escrevi sobre turf, sobre o jogo de polo, sobre fabricação de automóveis, sobre assuntos dessas colunas femininas, de aconselhamento, sobre... Isso me milha uma coisa, sobre futebol, sobre crimes, fica entrevistando prostitutas e delegados, né? Eu fiz tudo isso, não porque fosse a minha vocação, mas porque era o que estava disponível no momento. Então, a medida que eu pude direcionar a minha vida cada vez mais no sentido da minha vocação, eu fui fazendo através do que? Da reabsorção da circunstância, quer dizer, utilizando as próprias dificuldades e as possibilidades abertas pela situação externa para poder me encaminhar para onde eu queria chegar. Durante muito tempo, eu sabia que eu ia ter que trabalhar numa coisa, estudar outra completamente diferente, porém, uma vez eu li um aparágrafo de Hugo de São Victor contando assim, quando ele era pequeno, ele tinha mania de anotar tudo, tudo o que ele via, tudo o que dizia para ele, descrevia, ele tinha um enciclopé de inutilidades, mas ele acabou vendo que todas essas inutilidades acabaram sendo úteis depois, de algum modo. Quer dizer, a medida que a personalidade dele foi se completando, integrando, seu perfil intelectose se desenhou, ele viu, oh raios, todas aquelas porcarias que eu andei anotando, todas elas me servem. Do mesmo modo, tudo o que eu tive que observar sobre turf, sobre jogo de polo, sobre crimes, sobre fofocas, sobre moda, é? Está sendo útil de algum modo se você conseguir direcionar a sua vida num sentido cada vez mais integrativo, só que essa integração é justamente o grande problema da vida. E é impossível você integrar todos os elementos da sua experiência a partir do conceito de uma profissão. Não dá. Porque profissão não é uma coisa real, profissão é um aspecto abstrativo. Se o sujeito disser, eu sou advogado, falei, tá bom, você é advogado quando você está no banheiro? Você é advogado quando você está dormindo? Não, então você só é advogado em certas horas, por dia, em certas circunstâncias. Isso pode acontecer até de você cometer um crime, você virar real e você tem que contratar um advogado. E todos os nomes de profissão são recortes abstrativos de atividade com o indivíduo desempenho em certas circunstâncias e em determinados momentos. E que, portanto, não pode desenhar a personalidade dele concreta. A personalidade dele concreta só pode ser desenhada como um personagem. Você não pode fazer um personagem perfeitamente delineado sem nem saber a profissão do cara? Por exemplo, eu me lembro do livro do Hubert Selby, The Demon, O Demônio. Eu li o livro inteiro, eu não sei, eu não sei direito no que é aquele sujeito que trabalhava. Eu não sei o que trabalhar no escritório, me é fazer o que, ele deu a primeira ideia. E, no entanto, o personagem está perfeitamente desenhado, é como se eu o conhecesse. Ou seja, você sente o drama dele como se fosse seu vizinho, seu conhecido, ou se fosse você mesmo. Quer dizer, o nome de profissão é um dado parcial, abstrativo, isso nunca pode esquecer. O nome de profissão não designa uma pessoa concreta, mas certas atividades que ele desempenha em comum com muitas outras pessoas. Se você diz que eu sou advogado, você é advogado naquilo que o assemelha pela sua atividade a todos os demais advogados. Está certo? Portanto, isso não é você. Ser advogado é uma propriedade, está certo? E o ser humano tem. Isso quer dizer que você encarar o seu destino pelo nome de uma profissão, você está se vendo como se fosse uma abstração. O que não é verdade, você continua sendo uma pessoa concreta. A pessoa concreta que existe de maneira permanente, isso é importante. A sua existência não cessa. Nas horas que você não está desempenhando a sua atividade, a atividade que teoricamente caracteriza, a sua existência não para, você continua existindo, entendo uma série de outras atividades. Então, então podemos desenhar talvez um teste de personalidade. Um teste de personalidade é abstrativo, meu filho, ele só pega certos pontos que você tem em comum com outras pessoas que também têm os mesmos testes de personalidade. Está certo? Então, só existe uma maneira de você desenhar o perfil da sua vida, e esse perfil é a sua biografia, é a sua história. A história de uma vida, o que é a história de uma vida? Bom, se for uma vida que aconteceu realmente é uma biografia, se for uma vida imaginada, é um romance. Mas a estrutura é a mesma nos dois casos. A ordem narrativa é a mesma nos dois casos. E a técnica narrativa também existe uma série de permutações entre a técnica da biografia e a técnica do romance. Quer dizer, um biógrafo que não seja um grande leitor de romances, não consegue contar uma biografia com o começo, meio e fim. Esse perde no meio. E vice-versa, um romancista, ele treina conhecendo vidas reais de muitas pessoas, ou porque ele observou, ou porque ele ou a biografia, e assim por diante. Então, só existe uma maneira de conceber a sua personalidade concretamente, é através da imagem de um personagem biógrafo. Então, esta foi a grande contribuição do Orta H.C., do Julio Amarias, a filosofia. Eles que enfatizaram, insistentemente, a importância desta noção, o que se chama a minha vida. A minha vida no sentido biográfico, não no sentido biológico. O que quer que me aconteça, o que quer que eu pense, quaisquer conhecimentos, que eu imagine ter ou não ter, tudo isso vai para o que? De um treco, se chama a minha vida. E o que é a minha vida? Daí, o que é a minha vida? A vida é o que hacemos e o que não passa. A vida é o que nós fazemos e o que nos acontece. É uma coisa muito simples, mas este conceito é realmente fundamental, não do ponto de vista metafísico como ele imaginava, mas do ponto de vista funcional. Pelo menos, no mínimo, do ponto de vista funcional, ou do ponto de vista metodológico. Quer dizer, o que quer que você não seja capaz de enxergar como um capítulo, um elemento da sua vida, para você é uma coisa abstrata e é como se fosse um corpo estranho. Então, as suas ideias, as suas crenças, por exemplo, você acredita em tal coisa. Eu digo muito bem, quanto que isto pesa na sua vida? Se não pesa nada, por exemplo, na hora de tomar uma decisão, você não leva aquilo em conta. Então, aquilo não existe para você, você existe como um conceito abstrato que pode estar integrado na sua vida mental, mas não na sua realidade. Então, constantemente, você referir a esta unidade ideal, chamada sua vida, que é uma unidade, evidentemente, uma unidade conflitiva, tensional. Você conseguir referir a esta unidade tudo o que lhe acontece, tudo o que você sabe, tudo o que você pensa, tudo o que dizem de você, etc. Isto aí, quer dizer, é a base do exercício do necrológio. É um constante esforço de reintegrar dentro da imagem ideal de um percurso de vida tudo o que vem de fora e tudo o que lhe acontece, o que lhe acima e o que não passa. Então, essa foi a minha resposta ao Rafał Falcón, se você não está conseguindo fazer, é sinal de que está funcionando. Porque cada vez que você tenta conceber o perfil inteiro da sua vida, ele já mudou em relação ao passado. E você não sabe se ele vai mudar em seguida. E ele tem razão a dizer, para fazer o exercício de maneira estável, você precisa ter chegado ao etapa camada. O que é o etapa camada? É etapa da crise existencial, que é própria do homem maduro. Quando ele vê toda a sua vida, todo o percurso, todo o caminho percorrido, e diz, afinal, o que eu estou fazendo aqui? Qual é a justificativa de tudo isso aí? Isso faz sentido ou não? Claro que todo mundo pode perguntar sobre o sentido da vida, qualquer garota ele deu em torno, pode perguntar. Mas você fazer essa pergunta em cheio, quer dizer, com todo o peso real, existencial que ela tem, supõe-se que você já tem um percurso de vida. Já tem uma biografia, por assim dizer, o primeiro volume da sua biografia está escrito já, e você não pode mudá-lo mais, quer dizer, você já tem uma profissão, você tem uma história, você tem uma atividade, você tem uma família, você tem razão e habilidade, tem mais isso, mais aquilo, mais aquilo. Você já fez várias coisas, e você já colheu os frutos de várias das suas atividades, ações. Então, vamos dizer assim, uma parte da sua vida fechou, uma etapa da sua vida fechou. Está certo? Então, essa é a crise da maturidade. É claro que há pessoas que podem chegar à crise da maturidade um pouco antes, outras podem chegar um pouco depois, não podem chegar nunca. Isso aí não tem fórmula para esse negócio. Então, a minha resposta ao Rafael foi esta aqui, quer dizer, se você não está conseguindo, então quer dizer que você está com a consciência do aspecto problemático, conflitivo, tensional da sua própria vida. E não é o texto que vai dar uma unidade a ela, você vai ter que criar essa unidade a partir da diversidade, da multiplicidade caótica, de tudo o que lhe acontece. Então, você está escrevendo a sua própria biografia, e nesse sentido, como D.L.R. Louie Lavelle, você cria a sua consciência, não do nada, evidentemente. Está certo? Mas a consciência tem esta capacidade de que ela só existe no momento em que ela está se intensificando. Uma consciência estática que não está em movimento, não está lutando por mais consciência, é o que acontece quando você está dormindo. Então, você não tem consciência. Então, consciência e mais consciência é exatamente a mesma coisa. O consciência luta pela consciência é a mesma coisa. Essa luta para a maior parte das pessoas acaba muito cedo, e entra num estado, vamos dizer, de repetição, que lhes dá uma sensação de segurança, de certeza, de rotina, etc. Algum esforço, ela sempre vai continuar fazendo, mas fazem o possível para que este esforço não cont tenha, efetivamente, nada de novo. Já apenas, vamos dizer, a reiteração de alguma experiência, já adquirida, de alguma vitória já conquistada. E é claro que as pessoas que se dedicam a estudos, a vida intelectual, se a levarem a sério, então, antes, essa tensão por mais consciência tem que prosseguir até o último dia, a não ser quando você fica gagaide agora. Falar que nem a Ribergusson, eu já disse tudo que eu tinha para dizer, acabou, ponto final. Begum de si eu disse, é besteira, não tem importância. Ele fez isso. A obra de Ribergusson é relativamente pequena, e ela é muito bem fechadinha em todos os aspectos. E ele teve esta prudência de dizer, olha, minha mensagem está dada, não tem nada para dizer. É, um momento, preciso achar um copo. Então, este foi o primeiro acontecimento, e daí eu tirei estas explicações para você. Ligado a isto aconteceu, que eu conversei com um grande amigo meu durante a semana, e ele disse, olha, eu vi o filme, Jornalista, foi um filme que está maravilhoso, só que faltou um negócio. Está mostrando ali você, na sua atividade, na sua família, na sua casa, etc. Você faltou o aspecto polêmico. Deu, pensei, mas pera aí. Eu, para mim mesmo, não sou polêmico absolutamente. Eu acredito que tudo o que eu digo, é claro que pode estar errado, qualquer ser humano pode cometer eros, mas eu não estou pensando estas coisas em termos conflitivos, comigo mesmo, evidentemente. É evidente que eu posso aproveitar, até que falei, existe dois tipos de pensadores do mundo, dizem-se, que são sistemáticos, construtivos, e existem aqueles que são reativos. Então, é sempre você pegar o protótipo do pensador, construtivo, você não toma de aqui. Ele quer uma série de obras, tudo planejadinho, tudo certinho. Ele constrói uma obra, como que ele se tivesse construído em uma catedral? E o exemplo do pensador reativo é Lámenes. Lámen não abre a boca se não houvesse uma provocação qualquer, quer dizer, um motivo. Não é isso? Que nenhum conhecido meu, que o médico disse que não podia beber, não podia beber nada, não. Você não pode beber, mas não tem motivo. Então, ele era o espanhol, então, quando chegou a uma visita, ele chamava a mulher, aí, motivo. Então, a gente tem um motivo. O motivo não precisa ser um motivo opositivo. Se bem que Beretta o Croch, dizia que você não pode entender nada com o filósofo, disse que você não souber contra quem ele está dizendo. Então, um certo aspecto do contra existe, tá certo? Mas é evidente que esta provocação externa, ela é só o motivo, ela não é o conteúdo do pensamento. O sujeito me deu uma explicação, ele tem uma tremenda bestira sobre algo, ele me deu a chance de ficar gratos, ele me deu a chance de explicar como é a coisa mesmo. E já veremos um exemplo disso daqui a pouco. Então, meu amigo meu, que uma vez encontrou um livro no Cebo, eu o livro estava cheio de anotações a lápis, mas isso tem uma besta quadrada, isso tem um cretino, isso tem uma estupidez, papapapa, ele falou, isso aqui só pode ser coisa doolável, ele comprou o livro de volta e me levou, e o de fato o livro era amigo. Então, isso acontece, tá certo? Mas não é um espírito polêmico, porque? Porque eu não estou falando com a pessoa, eu não estou discutindo com o seu fulano, o seu ciclano, eu estou aproveitando uma estupidez que ele disse para explicar as coisas do jeito que eu as entendo. Então, não é bem uma provocação, é um estímulo, é uma ocasião, tá certo? E certos, pensadores e escritores precisam dessa provocação. Você vê, por exemplo, o Novos Ensaios sobre o Conhecimento Humano do Láibnus, é todo escrito e resposta, é John Locke. O livro da Teu de Seia é escrito em resposta a certas pessoas que eu não me lembro, mas quem é? E assim por diante, o Láibnus nunca serveu uma obra sistemática, tudo dele é pedacinho aqui, pedacinho aqui, em resposta, as coisas que eu inscribo também são assim, é certo? No começo eu ficava revoltado com isso. Então, o Láibnus vai ser sistemático? Não, um pensamento pode ser sistemático, mas não a obra, isso é importante, aqui o Edinho está perguntando. Quer dizer, o pensamento pode ser muito sistemático, muito bem estruturado, mas a obra escrita não é. Não podemos confundir as duas coisas, não é isso? Então, você vê que raros são os filósofos, cuja estrutura da obra escrita corresponde com a estrutura do pensamento. Isso é nem o próprio Santo Amado aqui, nem assim, porque pelo menos teve algumas obras que ele escreveu por ocasião também, chamadas questões coadlibetales, eram quando ele chegava no topo da carreira de professores, então ele reunia a congregação e ninguém tinha que responder qualquer pergunta que lhe fizessem. Então, evidentemente, ele não podia prever coisas de perguntas, então as questões do coadlibetal são obras de ocasião. A Suma Contra Gentiles, ele escreveu especialmente para leitores rudeus e muçulmanos, que não era o público habitual dele. Assim é o... Então mesmo no caso do Santo Amado aqui, a estrutura da obra não corresponde totalmente à estrutura do pensamento. Eu acho que o único exemplo desse tipo que eu vi foi o Kant. Kant, se você pegar, os vários títulos dos livros dele correspondem às várias sessões da filosofia dele. Não conheço o outro caso idêntico, mas existi um, quer dizer, que pode existir. Então... Aí eu comecei a pensar o seguinte, olha, bom, pera aí, como dizer estandar, a fama é o conjunto dos equívocos descidos em torno de um nome. Se você pegar esses aspectos polêmicos, você sai que a palavra polêmico no Brasil quer dizer aquilo que é problemático, aquilo que é duvidoso, que é incerto, ou talvez que seja escandaloso, ofensivo, etc. Eu dei muito bem. Eu nada vejo de ofensivo, nem de escandaloso na minha própria pessoa. Mas tem pessoas que vêm. Quem são pessoas que vêm? São pessoas que me conhecem de perto, que são grandes estudiores da minha obra? Não. São observadores periféricos pegaram um pedacinho e reagiram a ela. Ficaram ofendidos com certas frases. E sobretudo ficam com medo, porque as coisas que eu estou dizendo, evidentemente, deixam as pessoas inseguras. Na medida em que estou demonstrando que às vezes a estrutura inteira de uma vida é baseada em um puro fingimento estérico, é claro que se ele tem que ficar com medo, ele se sente ameaçado. E como bom estérico, ele tem a reação característica. Que em vez de graduar o medo pelo tamanho do perigo, ele gradua a imagem do perigo pelo tamanho do medo. Então, se eu olhar a vinte e me duas dessa maneira, ele deve ser um cara muito agressivo, muito malvado, ele quer acabar comigo. Mas isso é puramente projetivo. Então, isso não faz parte, evidentemente, da minha personalidade, muito menos da personalidade intelectual, faz parte da imagem pública. Em imagem pública, que existe, não entre vocês que me leem, ou entre pessoas que estudaram, me obronam, mas entre pessoas que ouviram um vídeo do YouTube, ouviram um programa de rádio, e têm essas reações. Falei, claro que isso não se integra na minha imagem. Se integra do mesmo jeito que uma unha que você acabou de cortar, faz parte de você, não faz. Isso se integra como a sujeira, que é você quando toma banho, ela estava ali, não posso negar que ela estava. Existe, eu fui lá, dona Lama se sujou todo, pavada, a gente tinha que tomar banho. Aquela coisa toda estava nele, mas não é ele. Então, eu tenho um jeito de me integrar essas coisas na minha imagem, mas não tenho como fazer isso aí. Isso seria, por exemplo, a história social do Lama Carvalho, a história da imagem do Lama Carvalho. Já se inscreveram livros assim. Toda a chamada estética da recepção é a história do que os outros pensaram sobre determinadas obras. Existe um livro do Frédéric Gondolf sobre Julio César, Julio César, história da sua fama. Não é a história de Julio César, é a história do que pensaram os Julio César. E o que pensaram os Julio César pode falar muito longe, do centro de interesses de Julio César. Então, toda a vida humana tem, evidentemente, um centro de terapiaferia. O centro é aquilo que o indivíduo está eminentemente dedicado a fazer. E isso é que marca a chamada personalidade de que ele está, aquilo que ele está buscando com mais intensidade, mais constância. Então, isto é o centro da sua vida, o resto. Ou seja, são vários círculos periféricos que vão se afastando cada vez mais, até chegar na imagem com o sujeito tendo pessoas que não conhecem e que nada sabe dele. Agora, o fato é que, no Brasil, pelas circunstâncias muito peculiares, da cultura ou em cultura local, grande parte das opiniões circulantes são desse tipo. Então, pessoas que não leram nada, não sabem nada, não acompanharam curto, compram nada, mas tiveram uma impressão, a partir de, sei lá, de uma frase ou vida. Eu falo, então, é claro que a imagem do sujeito, se for traçar tudo isso, ela se tornará totalmente caótica. Ela fica indezenável, por assim dizer. Então, é indezenável que... As opiniões serão tão anárquicas e tão desencontradas que não podem formar unidade nenhum. Você pega lá o seu reinal do TV e diz, é isso, o Lavo trabalha por um PT. E daí, um PT está falando, não, isso é o supra-sumo do reacionário fascista e tal. Como é que eu vou integrar essas duas coisas no Mi Mar? Isso aí são coisas que pessoas pensaram. É claro que, depois de eu bater as botas, porque é uma coisa que eu não pretendo fazer nos próximos cinco minutos, talvez nem amanhã, haverá aquele fenômeno do Malanedo, o Telcáulio e minha mão falam a Letelechange e a imagem se estabilizará, porque não havendo mais vídeos do YouTube, nem conferências, nem programas e rádio, o site será conhecido evidentemente pela sua obra estabilizada. Seja sob a forma de gravações de aula, seja sob a forma de curso, então a imagem se tornará mais integrada. Isso acontece comigo e uma acontece com todo mundo. Se você tem algumas biografias que são muito interessantes nesse aspecto, a imagem que se forma das pessoas não depende delas, depende de circunstâncias externas. Se você pegar a vida do próprio T.I.H.C., existem muitos livros a respeito, não está da filosofia dele, mas da biografia dele, você vê que esta imagem, depois da morte dele, mudou a 180 graus. Porque os caras começaram a publicar os cursos dele. Então, antes da própria cronologia da vida dele, mudou completamente. Você vê, quando lançaram a primeira vez a coleção de obras de T.I.H.C., a revista do Ocidente, que a editora dele mesmo lançou em seis volumes, esses seis volumes se espalharam pelo mundo e fizeram uma certa imagem. Até agora, a coleção já foi ampliada em mais seis volumes e não sei o que mais vem por aí, porque eles estão integrando a obra completa ainda. Eu mesmo, eu tenho a coleção do Ocidente mais completo em dez volumes. Quando eu entrei naquele concurso de ensaio sobre o Ocidente, ganhei o concurso e ganhei de imprimimento entre outras coisas. A nova edição, que já vinha em 12 volumes, incluía então os escritos políticos. Então, foi ali nos escritos políticos que eu descobri pela primeira vez que o Ocidente era esquerdista, meu Deus do céu. Porque a fome inteira não era... Se você pega o livro do Arnold Hauser, história social literatura da arte, está lá. A maioria dos intelectórios estava marchando para o fascismo, atitudes mais reacionárias, sobre o guiamento de Henri Bergdson, Ortega C e outros. É imagem, porque eu quero que o Dawley já guarda a rebelião de las massas e os caras entendiam as massas no sentido puramente socioeconômico da coisa. Quando ele está falando que o homem massa era o hombre massa, não é definido por trás do socioeconômico, mas por trás do polúmeno de intelectuais. Então, você pode ter um homem de elite no proletariado e você pode ter homem massa na presidência da República. Aliás, não ficamos com Lula aí. Você encontra Zandi depois de toda. A Dilma já é de uma classe social um pouco mais só que o Lula, mas ela é mais mulher e massa do que ele. Tem muito homem massa por aí, exercendo funções importantíssimas, até posando de intelectuais. Se você quer o Renatrani Rimbier, para mim é o típico homem massa. Ele só pensa o que a patota dele pensa, não é capaz de pensar uma coisa por si mesmo. Então, o homem massa no sentido do Ortega C. Mas como o livro, o que aconteceu? Alguns indivíduos que leram o Revereiro de las Massas, ou que ouviram falar, se sentiram ofendidos, porque eles dizem não, eu sou um proletar, estou sendo excluído, etc. E tiveram essas reações. Quando eu mesmo acreditava com o Ortega C, era um homem da direita, meu Deus do céu. Depois, quando fui ler os dois, o volume de inscritos político, eu falei, o que é que é? Ele foi ele deputado por uma coligação de esquerda, ele é deputado por uma coligação de esquerda. E tem lá um discurso dele, para um sindicado de trabalhadores, explicando exatamente isso, falando, não, o homem massa não tem nada a ver com a sua classe social, meu filho. Daqui dentro de vocês, pode sair um monte de homem de elite, e da elite é connoça, pode sair um monte de homem massa. Então, é em mar, toda, tem que ser refeita várias vezes, e é muito lindo. Porque, aconteceu que na Espanha, você não tinha uma atividade universitária de filosofia organizada, como se tinha em outros países. Então, Ortega C, quando volta da Alemanha, de ter estudado em Marburgo, ele exerce várias atividades da mesma tempo, entre as coisas de jornalista, radialista, conferenciista, político, tudo, e faz um pouco de tudo. Então, evidentemente, a sua obra é muito desorganizada. Na verdade, ele confessa que ele jamais terminou um livro, e é verdade. Todos os livros dele são pedaços. Então, é natural que uma vida, assim, ela espalhe equivocos muito contelados. E leva décadas, depois da morte do negro, para traçar o perfil. Então, pensei aqui, mas como que o Josias, se a verdade faltou este aspecto polêmico, que é a imagem colada de Carvalho, tem lá em Vila Nhamquinhá. Vila Nhamquinhá, em Amazonas, da Polo Norte. Como é que o Josias pode consertar isso aí? Não pode. Porque esta opinião está espalhada entre milhares de pessoas completamente heterogêneas em lugares mais imprevistos. Então, não vejo como o Josias poderá acrescentar esse outro lado. Então, o que ele tentou pegar foi, vamos dizer, o centro da vida do Lávio Carvalho. Porque o Lávio Carvalho faz todos os dias o tempo todo na casa dele mesmo. E é isso, é a imagem que ele transmitiu. Eu não vi o filme ainda, mas eu sei que essa era a proposta. Mas daí, aconteceu que eu assisti de novo, depois de muitos anos, que eu já tinha esquecido, o debate do Christopher Hitchens com o Willem Lane Craig a respeito de se Deus existe ou não existe. E daí eu pensei assim, oh meu Deus do céu, mas se ele faz tanto confuso a respeito da existência de um Zebra Neck como o Lávio Carvalho, quanto mais não farão colelação a Deus. Então, eu ouvindo aquela coisa, eu vi os argumentos que apareciam pro e contra, evidentemente o argumento ontológico, o argumento cosmológico, aqueles de sempre e começaram a discutir tudo o Christopher. E eu já tinha observado há muito tempo a seguinte coisa. Vocês acham que a ideia, vamos dizer, de um Deus único, onipotente, invisível, infinito e eterno é uma coisa muito natural no ser humano. Tem gente que diz que é. Eles que é uma unidade primitiva, tinha essa ideia, depois ela se perverteu e virou politeista. Mas isso é uma suposição, uma invenção de uma época para dizer que nós não conhecemos. A verdade histórica é que você vê milhares de politeísmos aparecendo antes do monoteísmo. Não estou certo? No lugar que você procura, você tem lá uma pluralidade de deuses. É na ingress, em Roma, na China, na Pérsida, um monte de lugares. E quando São Paulo o apóstolo chega lá, em Roma, eles dizem que vocês têm aqui esse panteão de deuses, mas eu vim eles falar do Deus desconhecido. Presta bem atenção, quer dizer, eles estavam falando sobre o que era novo para eles. Que para o judeus podia ser muito velho. Porque eles já estavam conversando com o tal... Para eles não era desconhecido. Deus tinha um diálogo permanente com a comunidade judaica de geração e geração. Mais pelos outros aqui, não era novidade. Então, eu pensei assim, o que que são os deuses do politeísmo? Eles são criadores do cosmos? Não. O grande Deus dos gregos romanos, Zeus, o júpiter, ele não criou um universo algum. Ele tinha um pai e um avô. Ele é filho de Saturn e neto de Urã. Então, quando aparece júpiter, que é o deus máximo, o deus criador já tinha morrido? Então, isso quer dizer que a noção de Deus é a noção de Deus criador para eles não são completamente diferentes. Então, o que que é a divindade máxima? Aquela que criou o cosmos, não é aquela que eu rege. E mesmo assim, não rege totalmente, porque tem outros deuses que eu contrari. Então, é a noção que você vê no universo inteiro, em todas as sociedades. O que que define esta noção mais primitiva de Deus ou deuses? Um Deus é uma força sobre o humano de dimensão cósmica ou até a sua pras cósmicas que determina amplas parcelas da nossa existência para muito além do nosso controle. Tenha ou não criado o mundo? É isso? Então, se o sujeito não conseguiu aprender nem mesmo esta noção, como é que ele vai pegar a noção do deus único, eterno, unipotente, invisível? Não tem jeito. Isto é a melhor coisa que dizer você vai se converter o cristiano e falar se você se converter o cristiano, você tem que se converter o politiaísmo, se não você não vai entender o que o cristiano está falando. O deus cristão é o que? Ele não é um zemanel, ele é o deus dos deuses. É isso? Rei dos reis e deuses dos deuses. Então, o que você precisa para resolver a questão de se deus existe ou não? Então, eu via ali, por exemplo, o Craig e o Hitchens discutindo se deus criou o mundo ou se o mundo se criou sozinho. Olha, criar um universo que foi a coisa mais espetacular que deus já fez segundo o nosso conhecimento. E eu conheço o universo inteiro em todos os ataques? Não. Então, a pergunta é o seguinte, como é que alguém que eu desconheço completamente criou outra coisa que eu também não conheço? Essa pergunta não tem resposta, obviamente, é? Era tão mal formulada que não tem jeito de você dizer isso. Então, se eu misturar a questão da existência e inexistência de deus com a questão de se ele criou o universo ou não, é uma coisa de um primitivismo lógico absolutamente indesculpável. Por exemplo, você sabe se um sujeito existe ou não? Você precisa saber tudo o que ele fez na vida? Ou as coisas principais que ele fez? Claro que não. Deus é a mesma coisa. Você precisa saber se deus existe ou não. É só você ter um conceito de deus que permite identificá-lo se você vai encontrar. E depois você veriguar se o ente assim considerado se manifeste e é visível e cognosivo na realidade de alguma maneira. Não é isso? Mas eu acho que o debate foi de alto nível, pra mim foi de baixíssimo. Departe a parte, da parte dos dois. Porque são argumentos lógicos muito elaborados. Mas que falham a realidade concreta. Eu acho que pra você apelar um argumento cosmológico o cosmos teve que ter uma origem, alguém ter criado, tá certo? Ou o cosmos se criou sozinho, tá certo? Tudo isso é muito complicado e você está tentando resolver uma incógnita por outra incógnita. O que nós conhecemos do universo ainda é muito pouco. E este objeto em grande parte desconhecido pode ter sido criado por outra incógnita ainda mais desconhecida e eu quero resolver este problema. Não dá pra fazer isso. Dá pra fazer na esfera puramente lógica. Mas a esfera puramente lógica a pessoa não tem nada a ver com realidade. Ela tem só a ver com possibilidade e impossibilidade. Então você pode demonstrar que a existência de Deus é necessária logicamente. Ou que ela é contingente logicamente. Dá pra colocar a posição que você tomar. Tá certo? Mas, esse Deus do qual você está falando em termos de possibilidade ou impossibilidade, necessidade e continência e um objeto que existe ele é apenas a possibilidade teórica de Deus. Tá entendendo? Isso é fundamental. Você pode demonstrar a existência de tal sujeito necessária. Por exemplo, eu estou aqui, alguém me gerou, meu pai, a existência do Deus é necessária pra estar aqui a prova. Tá aí o filho dele. É uma coisa cara. Então, você não conhece essa pessoa realmente, você apenas sabe que a existência dela é necessária. Então você está enfocando o Deus como um conceito abstrato. É? Ora, o conceito abstrato é aquilo mesmo que os santos e miscos falam depreciativamente, pejorativamente, como Deus dos filósofos. Esse não é o Deus, é o conceito de Deus. Esse Deus está falando, pode ser necessário, não pode curar uma gripe, não pode curar uma hemorroida, não pode fazer nada. Só quem pode é o ser real concreto que esse conceito designa. Mas o que está agindo é a pessoa e não o conceito. Então o que nós queremos saber é se esta pessoa concreta chamada Deus existe e não se existência dela necessária ou contingente. Então entao, são duas questões completamente diferentes. A questão da necessidade ou desnecessidade da existência de Deus não responde a existência concreta deste Deus em particular. Então entao, esse é uma coisa tão elementar que os vereitos não percebem isso. É zero de lógica. Vem no pacote para o chamado argumento cosmológico. Vem no pacote para o chamado argumento cosmológico. Hum? Eu acho que quando eu escuto falar argumento, eu já começo a ficar bravo. Porque eu li no o Inandamat e a filosofia é uma coisa para quem gosta de argumentos abstratos. Eu falei esse homem, ele pode ser um grande lor mas ele não sabe que é a filosofia. Porque a própria distinção entre o abstrato e o concreto é um problema filosófico. Como é que eu vou poder fazer essa distinção mediante argumentos abstratos? É? Então quer dizer, eu vou ter que observar e analisar a passagem real do abstrato, o concreto no pensamento humano. E isso não posso fazer mediante argumentos abstratos. Aliás, não é argumento, porque isso não é uma coisa de argumentar, é uma coisa de observar e descrever e analisar. Então a filosofia eminentemente analise. Não argumentação. Argumentação é a lógica, é a dialética, é retórica. São disciplinas auxiliares da filosofia e não a própria filosofia. Se você ler a obra inteira do Lilavel é muito difícil de encontrar algum argumento lá. Ele tinha o horror de argumentar. O que ele fazia era descrever e analisar. Então você vê que todos os argumentos do mundo não vai resolver o seu problema. O que você tem que fazer é você formular um método que permita matar essa questão de uma vez por todas. E o que você quer saber não é a possibilidade ou necessidade ou contingência de um conceito de Deus. Você quer saber se este Deus aqui para o que você está realizando existe mesmo ou não. Então, eu me lembrei daquele versículo de Mateus 11.2.6. Nenquias que eu pergunto para o nosso senhor em nome de João Batista é você o Messias onde deve esperar um outro. E ele diz volte em conte para o João Batista o que vocês viram e ouviram. Tem aí o paralite andando, tem aí o cego enxergando, tem aí o leposo limpinho, é isso que é o que vocês viram e ouviram. Então, o que que Jesus Cristo fez? Ele nos forneceu o método para tirar a questão. Não é saber se esse texto de Deus é necessário. Não é saber se este cara aqui é Deus. E isso não é uma questão filosófica, isso não é questão científica. Não pode ser resolvido por meio filosófico. É preciso o método científico. Portanto, é observação e experiência, análise dos fatos observados. Então, daí nós entramos na questão dos milagres. E a questão dos milagres é sempre discutida do mesmo jeito que os caras discutem esse texto de Deus como possibilidade teórica. Então, às vezes caindo num ridículo monstruoso como Caio Hitches que diz não, desde o século 18 David Hume demonstrou a impossibilidade dos milagres porque eles violam as leis científicas de causa e efeito. Só que depois, como vacina com a trinta, aquele negócio estava muito abstrato, daí eu fui ouvir o John Lennox, que é um homem que tem o pé no chão, etc. E o Lennox disse, David Hume não acreditava em causa e efeito. Ele não acreditava em lei científica nenhuma. Ele dizia que nós só acreditamos na política de força do hábito. Então, nós não temos validade cognitiva nenhuma. Então, o que adianta você alegar contra uma coisa que não tem validade cognitiva, outra coisa que também não tem validade cognitiva? Né? Então, quer dizer, eu acho que esse tipo de infócule ainda é muito primitivo. Ele se deixa levar muito pelas palavras e não coloca a questão seriamente. Porque é o seguinte, ser só existe um Deus em três pessoas. E se Jesus Cristo um desses três que é em essência ou menos os outros dois, então o problema não é saber se a existência de Deus é necessária, não é saber se este em dividir particular, ele é o Deus ou não. Então, todos os argumentos abstrácios do mundo jamais vão resolver essa questão. Então, só tem um jeito de saber. É você partir, vamos dizer, de um conceito identificável do que que é vamos dizer, a ação divina, não o conceito de Deus, em geral, mas a ação divina. E ver se ela se verifica no caso de Nossa Senhora Cristo ou não. Né? O que é um problema de ciência, não de filosofia. Né? Hoje em dia existe a chamada filosofia experimental da religião. Já existe isso. É, eu acho que não chega até a vanda de essa clareza e contundência do que eu estou falando, mas as pessoas estão na pista e um dia vão chegar lá. Tem uma senhora chamada Ellen de Cruz, ela diz umas coisas muito interessantes a respeito. E escreveu os livros também muito interessantes. Então, eles estão na pista, eles falam, eles têm um problema experimental, meu Deus do céu. Ahn? Então, você tem que ver que existem certos tipos de ação que são inacessíveis ao ser humano. Hum? E que se alguém pratica essas ações, ele é um Deus. Se ele não é o Deus definitivo no sentido cristão, ele é pelo menos um Deus no sentido greco-romano. Se você provou a existência de Júpiter, de Marte, ou de Palas Athena, ou do material livre, de uma vez por todas. Tá livre disso? Tá certo? Então, você tem que pegar alguma ação que seja materialmente impossível, não apenas improvável, materialmente impossível, e ver se alguém consegue fazer essa ação. E eu dou como exemplo o padre Pio, quando ele chegou a menina sem pupilas e ele pede a Deus que faça a menina enxergar e Deus faz. Hum? Mas se não provou a existência de Deus, pode ter sido o próprio padre Pio. Hum? Então, o padre Pio é Deus. Hum? Quem foi que disse que o padre Pio é Deus? Jesus Cristo disse que o padre Pio é Deus. É? Ele disse você é eu. Então, tá aí resolvido o problema, meu filho. É? Agora, essas pessoas vão discutir o milagre em termos de possibilidade ou impossibilidade teórica e não vão chegar a nada nunca. Porque o que que o milagre é uma teoria? O milagre é idêntico à teoria de que existe o milagre. Só na cabeça de um jumento. É isso. Então, eu sou idêntico a uma teoria de que existe o lado de Carvalho? Não, eu sou uma coisa, a teoria é outra. Vocês também. É isso. A teoria de que existe o arruinal da Zvê é outra teoria. É isso. Então, milagre é a mesma coisa. Milagre é uma coisa. E a teoria de que existe milagres é outra. Então, só existe um jeito de você estudar. Você pegar o fato e analisá-lo até o fim. Hum? E ver ali as devidas conexões de causa e efeito. Você não pode dizer que a cura da mina saiu do nada. Porque houve algum antecedente. É isso. Houve o Padpio e para provar que o Padpio era Deus estava ali as marcas dos pregos na mão. Aliás, antes do Padpio fazer qualquer coisa ele já tinha demonstrado que ele era uma presença divina. Por que? Porque saiu mais sangue da mão dele. É. Durante a vida dele. Do que poderia ter saído de 100 corpos humano. Por que? Porque como é que tem tanto sangue nesse homem? É. Então, já tinha, já estava, vamos dizer, esta propriedade divina o ámbito dele. Ele pode perder todo o sangue do corpo dele 100 vezes e continuou andando e falando como se nada tivesse acontecido. Então, aí você quer dizer que o Padpio criou o mundo? Não. De jeito nenhum. É a mesma coisa. Vamos falar no línguas do Politeísmo. Padpio não é Deus, ele é um Deus. E existem outros. Tá entendendo? Se você aprendeu esta noção então você já alcançou o nível de consciência do Politeísmo greco-romano. O que é infinitamente superior ao Cristo Ferritiãs. Ou a Richard Dawkins e outros. Por que? Para você aprender a noção de uma ação divina você precisa ter sido capaz de aprender unidade e continuidade em processos históricos cósmicos muito longos. Então, vamos supor. O indivíduo é um materialista e aí ele decide entrar para a nova era e estudar Astrologia. Ele é muito bem. Você é capaz de acompanhar um ciclo de Saturno por exemplo, 27, 28 anos e pegar uma continuidade biográfica e histórica por trás disso? Outro gente que conseguisse isso, ele já estaria maduro para escrever o Necrológio. Então, por exemplo, Horta e Garcei estudam as vidas de muitos filósofos e ele disse o seguinte na qual a totalidade de as ideias fundamentais dele se formam mais ou menos a partir dos 26 anos. E isso é o tempo de duração do ciclo de Saturno. Se é o planeta Saturno que está fazendo isso ou se é alguma outra força, não interessa, mas existe uma ciclicidade de 26, 27, 28 anos e ela tem sobre os seres humanos um poder que eles não controlam. Então, por que você não pode ter suas ideias fundamentais aos 12 anos ou aos 93? Por que que tem que ser nessa idade? É porque fechou um ciclo, portanto, existe um fator que atua com essa duração. E o ser humano não tem nenhum poder sobre isso. Este fator, por outro lado, não corresponde a atuação de nenhuma força material identificável. Então, vamos dizer os ciclos planetários no sentido, vamos dizer da astrologia que a nova era, pois aí a disposição já são mais ou menos deuses no sentido greco-romano. Então, se você conseguir identificar ciclos mais longos e você ver que eles coincidem com os ciclos planetários e você ver que os grecos-romano estavam tão loucos ao considerar que esses planetas são deuses. Um pouco importante no caso, porque você dizia, ah, como eu sabia se é um deus ou demônio, eu digo, tanto ofas. Muitos dos deuses grecos-romano nós consideramos demônios. Mas o demônio não é um zemané. O demônio não é, vamos dizer, uma entidade física identificável. Ele tem uma identidade. Ele é alguém. E ele tem uma ação cuja duração ultrapassa a duração da vida humana. E uma abrangência que ultrapassa a capacidade de ação dos seres humanos. Se ele é bonzinho, malvado, bom, veremos depois. Isso quer dizer que no sentido greco-romano o demônio seria um deus entre outros. Tem um monte de deuses que tem nos ajudando e tem um aí que está aqui de ferar conosco. Mas é um deus no sentido greco-romano. Mas eu insisto, se você não é capaz de aprender a noção do deus no sentido greco-romano politista, como é que você vai aprender o grande supremo deus invisível, o deus desconhecido. Se você não pega nem os deuses desconhecidos, meu deus do céu, não dá. Então, quando o deus se rebelua na ação judaica e não as outras, ele sabe o que estava fazendo. Por que ele fez isso? Porque o judeus tem uma continuidade histórica tradicional, uma passagem, uma transmissão de consciência de uma geração a outra através da sucessão dos profetas. E eles, portanto, podiam identificar a ação divina que se prosseguia ao longo dos séculos e milênios com uma coerência. Quando Israel comenteia determinados erros, era punida. Isso. Daí, elas se corrigiam, tudo voltava com o monte. Como é que você vai pegar a continuidade uma coisa dessa? Quer dizer que deus disse, se você faz o bem, a misericórdia se estende a 40 gerações dos seus sucessores e você coberta o pecado um crime, o castigo se estende a 4 gerações. O resto, como é que eu vou saber o que é que é fazer a 4 gerações? Eu lembro nem do que aconteceu semana passada. Então, se não houver uma tradição de família que vai passando e contando a história, não é possível. O único povo que tinha isso era o Judeu. Por quê? O Judeu, durante a grande parte da sua vida, não tinha continuidade espacial, geográfica. Então, ele se apega a o quê? A continuidade temporal. A narrativa. Então, era lógico que esta noção, vamos dizer, de um deus único e potente, infinito, de presente, etc. Só podia ser apreendido para um povo que tivesse isso. Porque se Deus falou uma coisa para você, como é que o seu neto vai... e o seu neto... você cometer um crime, é que o seu neto paga por ele, mas você nem sabe o que seu avô fez. Como é que você vai pegar a continuidade? Você não pega. Então, a continuidade histórica do povo Judeu foi a condição necessária para que essa consciência do deus desconhecido se impregnasse naquele povo e a partir dele, cê transmitiu seus jeus. Mas por que que o judeu do trame que fizeram eles, vendo que, bom, isso ultrapassava a capacidade deles? Ela precisou de algo mais e esse algo mais é exatamente Deus Cristo. A encarnação. É isso. Então, isso quer dizer que todo problema de existência e inexistência de Deus tem de ser separado do problema da origem do universo. Nós podemos chegar no problema da origem do universo e até chega através da noção do Logos o conjunto da relação ilógico matemáticas que antecede a existência do universo. Não quer dizer que se quando aparece o universo e hoje é um nâneo ao dizer que o universo teve um começo ou seja, a noção do universo eterno já foi para as concuições, faz tempo. Então, naquele momento que se forma o universo, em que ele aparece, ele aparece graças a certas proporções matemáticas que ali são obedecidas. Mas, se elas conseguem moldar aquele momento, é porque ela já era um vale de um presente. Na verdade a relação matemática são independentes da existência de qualquer universo. Mas, se aquele grupo de relações de proporções matemáticas era vale de naquele instante e era vale do antes, isso quer dizer que o conjunto inteiro das proporções matemáticas e relação matemáticas é independente de tempo anterior ao universo. Mas, só as relações matemáticas, não, porque você dizer que as relações matemáticas, as relações lógicas é a mesma coisa. Ou seja, a estrutura inteira da razão era válida antes. Agora, perguntou, podemos encarar essa estrutura inteira da razão? Como uma mera coisa, como se fosse um programa de computador? Não, o computador subentende alguém que o conheça e que o entenda. Portanto, o programa de computador não tem uma racionalidade própria. A racionalidade dele depende de que alguém o aprienda como conjunto. Só que o conjunto inteiro das relações lógicas matemáticas, se ela não tiver nem em si o princípio da sua própria inteligibilidade, ela não pode funcionar. Então, isso quer dizer que esse conjunto inteiro, para ser válido, ele precisaria ser alto inteligível. Ele tem que ser inteligível em si mesmo e não em função do outro. Então, o que é isso aí? É o Logo Divino. É o próprio Nosso Fujo do Cristo, meu Deus do céu. É muito difícil entender. Então, chegamos isso aí, em termos de argumento cosmológico. É um passo além do argumento cosmológico. Existem alguns cientistas que argumentam mais ou menos o mesmo sentido. Até o dia eu coloquei um link lá, ah, tem um físico e ele está dizendo exatamente como eu estou ensinando, e foi em 30 anos. Então, qualquer pessoa que analise isso com sinceridade vai acabar chegando a essa conclusão. Agora, existem pessoas que não concebem, vamos dizer, a própria noção de surgimento do universo. Eles pensam em ter origem da vida. O doco é assim. Então, então, de onde surgiu o universo? Ah, os foros extraterrestres. De onde vieram os extraterrestres se não do próprio universo. Então, ele não chega a ter o nível de abstração para entender isso, meu Deus do céu. E está discutindo aí, as pessoas levam a sério essa argumentação, falando que é isso. Então, podemos chegar na questão cosmológica, dá certo? Mas, não diretamente. Você não... até esta explicação que eu dei, para muitas pessoas, ela ainda pode parecer apenas lógica. Sem substância ontológica, por isso que eu digo. E tem razão de aparecer assim, porque é muito abstrata demais. Então, para chegar a uma explicação cosmológica que seja plena, cheia de conteúdo ontolórico, é preciso partir de investigações particularizadas. Em vez de saltar sobre todos os problemas mais fáceis para ir de logo ao mais difícil e explicar como diziam os latinos, obscuro um pelo obscurio. Explicar uma coisa obscura por outra mais obscura ainda. Então, talvez você não pode esquecer que todos os argumentos entre aspas de argumento ontológico, cosmológico, etc. teleológico, etc. não foram concebidos como argumentos. Nenhum deles. Por que? Porque toda pessoa que estava fazendo isso era um crente, era um religioso, meu Deus do céu. Eu vou provar que existe aquele Deus para o qual eu estou orando neste mesmo momento. Você é um favor. Você está tentando dar mais inteligibilidade à sua experiência. Nada disso foi concebido como prova. Eu até tenho um... Outro dia eu procurei, não achei. Eu coloquei no Youtube uma explicação de sete minutos que eu deixo um argumento ontológico de Sant'Anselmo. Isso não é um argumento de maneira alguma. Por que? Sant'Anselmo está escrevendo para o próprio Deus. Ele se dirige ao próprio Deus. E fala, tu... Como é que eu vou ter que provar a existência do sujeito para o qual eu estou falando? Não faz o menor sentido. Então foram os lógicos das gerações seguintes, que, indevidamente, transformaram em argumento aquilo que para Sant'Anselmo não era um argumento. Era uma simples explicação de uma experiência que ele estava até. Não foi ele. Não foi ele. Porque antes já tinha isso. Sinto mais que ele examinou. Ele disse que como argumento não era válido. Ah, então... Isso aí é prova, às vezes não prova nada. Não era conhecido no que diz que eu acho que orações anselmo. Orações? Sim, sim, sim. É o discurso de anselmo. Então, santo Madaquino percebeu claramente que aquela prova não era uma prova de jeito nenhum. Eu sempre perguntava para o Sant'Anselmo, ele disse, não, eu não estou tentando provar nada. Eu estou fazendo outra coisa completamente diferente. É uma oração que eu estou fazendo para Deus. É isso. Orações anselmo. Como ele lembrou aqui do Alessandro. Auração ou discurso de anselmo. Então, toda esta questão da existência de Deus tem sido misturada com a questão da origem do cosmos. Com a questão da teodiceia, que é a justificação de Deus. Então, por exemplo, se a gente não se alega com isto, existe a teodiceia negativa e positiva. Negativa e diz, bom, Deus é o culpado de todos os males do mundo etc. Isso é usado por incrível que pareça como uma prova que Deus não existe. Eu digo, mas aquilo que não existe não pode fazer mal algum. Então, argumenta, se existisse, ele seria mal. Quer dizer, você já está pondo em julgamento um cidadão que você não sabe se existe ou não. Não isso não faz menor sentido. Sobretudo, do julgamento moral dele, você não pode deduzir a existência dele, meu Deus do céu. Nem a existência, nem a inexistência. Então, tudo isso aí, se era estótis, saís do túmulo, ele fica escandalizado. Olha, o ordem que vocês estão fazendo com este negócio. Não é assim que se faz, gente. Vamos botar, né? Vamos botar o ordem. E a ordem é o seguinte, ele diz, nós temos que ir mais fácil para o mais difícil, não ao contrário. Então, primeiro nós temos que discutir a existência de algum Deus. Ou seja, de alguma força sobrehumana, autoconciente, capaz de moldar etapas inteiras da nossa vida para além do nosso controle. Como os gregos vinham, Minerva, que o que a gente ouve nos fazendo. Neste. Então, Júnior César se considerava descendente carnal de venos. Então, quer dizer que venos até teve filhos, segundo ele. Então, algo ela fez. Se for provado que ela fez realmente esse algo, e que este algo determinou o curso das coisas até o surgimento de Júnior César, então, sem dúvida, é uma deusa. Uma deusa ou uma demônia. Pouco nós não enxergamos lá ainda. Não vamos meter a questão do julgamento de Deus, a questão da teoria séia. Neste momento, não é possível. Então, eu vendo o debate inteiro do Hitchins e do Craig, eu vi isto é uma confusão de questões absolutamente independentes, que só tem sentido se você discute em sério. A inabilidade, no caso do Hitchins, chega ao ponto de dizer o seguinte, se fosse provado o nascimento virginal, Jesus Cristo, isso não provaria que ele é Deus, nem que Deus é o pai dele. Não tem toda a razão. Está certíssimo. Só que, no curso deste argumento, ele mudou duas vezes o sentido da palavra nascimento virginal. Ele começa a falar do nascimento virginal desta pessoa em particular, Jesus Cristo. Depois passa para o nascimento virginal genérico qualquer e das conclusões que ele tira do exame do conceito de nascimento virgenal, ele aplica a pessoa concreta da Nossa Senhora de Cristo. Então, isso já é um erro monstruoso. Porque o que nós estamos discutindo não é se um nascimento virginal genérico produz um Deus. Nós não sabemos se houve outros nascimentos virginais, mas admitidos se a possibilidade teórica, se houve as 15, 20, 100, seriam todos eles deuses, ou filhos de Deus. Nós estamos discutindo o nascimento virginal desta pessoa concreta. O que é que essa pessoa concreta? É a sua vida. Não é o seu conceito abstrato, é a sua vida concreta. É a vida o que é a sema e o que não passa. O que Jesus Cristo fez e o que ele aconteceu. Então, esta pessoa real e concreta que aos 7 anos estava dando lição para o rabino, depois desaparece por um tempo e volta fazendo milagre, cura do leproso, e ela não pode ser compreendida fora da sua vida. Então, o nascimento virginal em si, não prova que ele seja feliz, mas não existe nascimento virginal em si. Só existe nascimento virginal, sim existe, de uma pessoa concreta, como qualquer nascimento, existe nascimento em geral? Não, só tem o meu, seu, o meu, o meu, o meu, então o nascimento virginal desta pessoa concreta mais do que prova que você está tudo devido. Porque é o nascimento virginal de quem fez mais isto e mais aquele, mais aquele, mais aquele, mais aquele, mais aquele, mais aquele. Então, do mesmo modo que o caso da menina que enxerga 100 pupilas, ela está viva, ela está enxergando 100 pupilas até agora, esse é o escândalo. Não dá para acontecer e aconteceu. Isso também não aconteceu sozinho. Não tinha pupila e de repente começou a enxergar, foi assim? Não. Viajaram, foram lá até o Padpio, o Padpio rezou e daí aconteceu. Então você tem um encadimento, eu expliquei, olha o que é um milagre. O milagre não é um fato isolado que acontece. Puf, ele tem uma história, meu Deus do céu. Ele é um fato concreto que se deserrola no tempo e no espaço. Então ele tem que ser contado assim. Assim, compre um milagre de fato, uma dança do sol, que é o que aconteceu do sol, como se o pular de repente. Não, foi uma data marcada e foi um monte de gente lá. Então, tem que ser visto nesse conjunto concreto. Você vira a incapacidade de conceber o fato concreto, ou seja, um espécie de abstratismo que foge da complexidade da realidade para se apegar à aparente simplicidade de esquemas lógicos. É uma das reações mais antigas do ser humano e ela denota que é uma fuga da realidade. É o negócio do Wilhelm Wohringer de um... Ele pergunta por que as tribos indígenas, quanto mais primitivas mais elas têm arte geométrica e só começa a fazer o figurativo mais tarde. Porque para fazer o figurativo você precisa ter uma certa tranquilidade perante a natureza física e começar a encarar ela como objeto estético. Já não apenas como ameaça o objeto de exergo. Então, quanto mais primitiva a tribo, portanto, mais desamparada, mais desarmada perante o universo físico, mais ela tende a se fechar na racionalidade aparente das formas geométricas. Do mesmo modo, a ânsia de fugir do fato concreto para algum esquema lógico que chega uma conclusão rápida, é o que é uma autodefesa do ser humano contra uma realidade que o assusta por ser grande demais. Mas quando eu vejo essas coisas eu sempre me lembro do amigo meu que gostava de nadar em praias onde as outras tinham 40 mil de altura. E como é que ele fazia pra nadar? Ele simplesmente ficava lá e deixava que as outras o jogasse pra onde elas quisessem. Então, ele não está tentando dominar as trações, simplesmente está se adaptando a ela. E, afuncendo a nossa inteligência não vai dominar a realidade, essa é adaptar a ela. E dizer a realidade. Então, aquelas famosas três palavrinhas do grego teorem, logos e um. Quer dizer, você olhar o ser e dizê-lo. Você dizer o que você viu na realidade. É este o negócio inteiro. Portanto, não é uma coisa pra quem gosta de argumentos abstratos. Mas, para quem tem a paixão de conhecer a realidade. Essa paixão, ela é rara. E este é o problema do ser humano. Uma coisa que as pessoas não querem a realidade. Por exemplo, eu tenho meio século de experiência no jornalismo. Pergunta pra mim quanto jornalista eu conheci com a preocupação de aprender o que estava acontecendo e narrar com o mínimo de objetividade. Eu conheci um. Um no meio de milhares que eu conheci. O Zoto está todo preocupado com outra coisa. Está preocupado se o modo ele escreveia a favorecer as pessoas que ele gostava e sacanear as que ele não gostava. Se ele aparecer bonito, olha como ele escreveu bem. Ou se o chefe vai gostar. Essas eram as preocupações. Esse é o único que eu conheci. Vou mais agravinovite. É um cara que nunca precisou de ninguém. É sempre por cima. Ele não precisava agradar ninguém. Porque tudo que ele fazia, todo mundo acabou gostando. Gostando, não. Era que nem dizia o livro, que te gusta e o que não te gusta. Acabar o gostar de qualquer jeito. Então, foi o único que eu conheci que tivesse essa preocupação. O Zoto não. Agora, se você procurar nas outras profissões, você pega aí no setor historiográfico brasileiro. Quantas pessoas têm esta preocupação? De maneira obsessiva, constante, profunda. Não tem. Você tem a preocupação do pro e do contra. Você pode até chegar um pro e contra. A parção do pro e do contra é lista. Só que depois de você saber o que aconteceu, se não você é pro, contra ou o que. Então, esta coisa de você saltar a etapa, de você chegar a julgamento sobre coisas que você ainda nem sabe o que são e não disse o que são. Isto é uma deficiencia permanente da inteligência humana. A gente volta a cair nela de novo, de novo, de novo. É a grande imperfeição do ser humano. Isto é o pecado original. Quer dizer, o pecado original o que é? É o egoísmo orgulho. O que é orgulho? Você fechar na sua mente e você se abrir para a realidade que Deus criou. Então, no fundo, é tudo simples. Vamos dizer, Bergson falava isso. É um conceito fundamental que o Eric Vegery usou como um dos instrumentos historiográficos básicos dele. As épocas em que predominem nas almas fechadas e aquelas em que tem a alma aberta portanto o que ele chama de realistas espirituais. Então, bom, é isso aí. Que horas são agora? 9, 10 no Brasil. Bom, andá para a gente ver se você dá para responder as perguntinhas. A realidade sem a necessidade da fé. Olha, a doutrina da Egregatória que ensina claramente que a existência de Deus não é matéria de fé. É matéria de conhecimento. Então, isso quer dizer, se você observar as discussões a esse respeito ao longo dos tempos, você vai ver que elas atendiam a necessidade de explicações correspondentes à cultura local. Por que que os escolásicos se apegavam a esses argumentos genéricos, como argumento ontológico, cosmológico, etc. Por que? A estrutura do ensinamento do universidade naquela época era eminentemente constituída desse tipo de coisa. Isso era baseado em textos e na análise dos textos e na argumentação lógica, porém, a gente tinha uma argumentação lógica que fechou para eles aquilo que era suficiente. Hoje, depois de todo esse século, já apareceu sem experimentar, sem essa história, etc. É claro que esses argumentos não bastam. Você precisa desenvolver muito mais. Então, eu mesmo sou por isso um crítico do uso atual desses argumentos. Eles podiam convencer o estudante, vou dizer, da Universidade Paris, da Universidade de Bologna, e a argumentação lógica para eles era tudo. Você vê, a história da lógica, como assim, Platão lança ali os fundamentos, Aristóteles envolve, criou edifício inteiro da ciência, de poupasse, ou seja, 16 séculos antes de dar o próximo passo, o próximo passo é dado pelos escológicos, a perfeiçoada técnica lógica de maneira monstruosa, está certo? Então, evidentemente, eles estavam imbevecidos sem descoberto, e acreditavam que lógica podia resolver tudo. Então, para eles, aqueles argumentos eram mais do que suficientes, para matar a questão. Então, como se tratava de provas lógicas, então, basta para exemplificar o que eu estou dizendo, que segundo a igreja, a existência de Deus não é matéria de fé. O que é matéria de fé? Por exemplo, a trindade. Trindade é matéria de fé. A redenção, o juízo final, isso é matéria de fé. Isso é uma coisa que você não está vendo, você não pode provar, como é que o vosso provar que vai acontecer o juízo final? Não posso, eu tenho que acreditar. Eu acredito porque foi Jesus Cristo que disse. O que é que é Jesus Cristo? Jesus Cristo é Deus, isso também é matéria de fé. Porém, por ser matéria de fé, quer dizer que não pode ser provado? Claro que pode. Tem muita coisa que é matéria de fé e pode ser provada. Então, ou seja, ela pode ser provada, mas você não tem, vamos dizer, a espécie de obrigatoriedade universal. Por que? Porque a prova é difícil, é condicional, está certo? E, sobretudo, os métodos para obtenção dessa prova, eu posso dizer que não existiam até agora. Eu acho que tudo isso tem que ser transferido para a esfera científica sair da pura discussão filosófica, da pura discussão lógica e entrar na espécie científica. Como faz, por exemplo, o Dr. Ricardo Castanhon? Por exemplo, se você pega uma óstia e examina e vê que a óstia tem sangue. Aquele sangue não coagula jamais, ele continua, e não morre, ele continua vivo, cheio de células vivas. E ele tem ali todas as marcas, vamos dizer, de um sofrimento cardíaco enorme de uma pessoa torturada. Onde aconteceu isso? Foi num pão qualquer que você pegou na padaria do português? Não, foi numa óstia consagrada. Então, este encadeamento, consagração da óstia, vamos dizer, o exame laboratorial, as pessoas concordam, tudo isso está encadeado, é uma sucessão de acontecimento, um não acontece em outro. Então, este conjunto é mais do que o suficiente para provar, existe uma força divina atuando nesta óstia. Porque atua exatamente da maneira como Jesus Cristo disse que ia atuar. Como é que Jesus Cristo sabia disso? Não é um manamento possível saber disso. Outra coisa, se você para uma pessoa, a óstia se está provado que uma óstia, ou duas ou três, uma frase são milhares, é um realmente o sangue de Cristo. Então, é pergunta, quanto sangue tem nesse corpo de Cristo? Quanto sangue de Cristo a humanidade já bebeu? Não acaba mais o sangue de Cristo, já esvaziou? Não, não esvaziou nunca. Então, sangue infinito. Tem que ser sangue, é a própria vida. Você está vendo isso acontecer assim como você está vendo sangue sair da mão do Padre Pio anos e anos e anos a fio. Sei que ele mora. O sangue do corpo dele já acabou dez, cem vezes. Então, é por aí que nós temos que descobrir. Só que vamos dizer, se você pensar no tempo de São Tomás de Aquino, você tinha esses instrumentos laboratoriais para fazer uma nariz desta. Hoje, pelo exame do sangue, você vê até o estado do órgão do qual foi retirado. Assista os vídeos do D. Castanho. É por aí que nós temos que estudar. Então, agora isso aí prova que Jesus Cristo criou o mundo? Não. Prova apenas que ele é Deus. Não, no sentido total da região, no sentido greco-romano. Ele é sobre o humano. E se você reconhece que ter um sobre o humano, acabou sendo uma tela. Hum? Diz-se uma força não-material sobre o humano, que interfere no universo de materiales, acabou. Agora, se você não entender nem os deuses greco-romano, você vai querer entender os deuses cristãos, que é o deus desconhecido. Lá que você é pretensioso. Lá que se fazer de superior aos grecos-romano. Ah, desacreditava em vários deuses. Nós sabemos que você é besteira, que só tem um. Para com isso, porra. Isso é o que quer dizer você é o que eu chamo cronocentrismo. Você achar que a sua época é o topo da evolução humana. Não é, meu filho. Como dizia Leopold von Rahn que todas as épocas são iguais pelos deuses. Então você encontra conhecimentos profundos e valiosas em todas as épocas. E a sanidade humana, a inteligência humana é a mesma. Então, isso quer dizer que a concepção politeísta greco-romano era perfeitamente adequada aos dados disponíveis. Hum? Aos dados disponíveis para os grecos-romanos, não para os judeus. Os judeus tinham todo uma experiência histórica ancestral, transmitida geração em geração de modo que eles pudiam acompanhar vamos dizer, as sinuosidades da sua relação com Deus, conforme eles cumprissem a missão como no caso do profeta Jonas, você dava missão, você cumpre tudo bem, você não cumpre, você está lascado. Então, isso quer dizer que a história dos judeus tinha essa lógica interna que é do grego-romano não tinha. Você vê, se você excluir os judeus você vai fazer um povo no mundo que tem um registro escrito de geração por geração, que foi o chineses. Mas o que que o chineses registraram? Só os dados oficiais, as coisas da corte etc etc. Então, que tinha uma história vivente de pessoas comuns daquela comunidade de geração só os judeus tinham. Portanto, só os judeus estavam em condição de aprender uma conexão um, dizer, ontológica mais duradoura, tá certo? E mais unitada do que do politismo grego. Então, acho que eu respondei essa primeira pergunta. Érico, pergunto, eu entendo que a leitura de bons decólogos e biografias ajuda, escrito do seu próprio Bom, ela ajuda você a desenvolver a noção de uma figura da vida humana figura da biografia, da continuidade sem muita cultura literária você não pega isso, eu não sei o que você tem a fazer um do-inato, pode ter pessoa que nasceu com isso. Eu mesmo acho que, eu tenho a pretensão de que eu nasci com isso, porque o desde pequenininho tinha essa coisa de ver na vida das pessoas o que elas fazem hoje, o que acontece amanhã. E eu ficava muito impressionado de ver como as pessoas repetiam os erros. Se eu tinha uma vizinha que tinha dois filhos, não era louco, eu estava bíbado. E eles viviam brigando. E aqui a coisa acontecia de novo todo mês, todo mês, todo mês. E ela chegava em casa, só tinha um telefone na rua que era o nosso. E ela chegava todo desbaforido e falou, dona Anís, você tem que telefonar para o psicopata. E eu e meu irmão eu rí no fundo do quintal. Eu não sabia se ria, se chorava. Então, eu vi aquela história repetindo aquela desgraça eu falei, quando que eles vão pegar tem uma conexão aí, que você dá um jeito nisso aí, tem que separar os dois, fazer alguma coisa. Quer dizer, eu tinha oito, nove anos eu já ficava pensando, como é que poder resolver essa situação? Eu falei, bom, mas se eu souber como resolver não adianta nada, porque ela não vai fazer. Esta é uma experiência que se repete até hoje. Eu vejo uma conexão clara de causa e efeito que está se desenvolvendo na minha frente, e de óleo. Se continuar assim, vai dar aquilo da início. Eu aviso as pessoas e eu não faço nada, a coisa acontece. Então, e eu sempre me interessei muito a coisa que mais me interessava era a vida das pessoas. Por que elas sofrem? Por que as coisas dão errado? Eu vi muito sofrimento quando era criança. Meu sofrimento eu vi o sofrimento físico, mas moralmente eu não tinha sofrimento algum, eu era até uma pessoa feliz, todo mundo me tratava bem. Você achava que todo natal era o último, então eles me ensinam de presente, todo mundo gostava de mim, ninguém me dava bronca, foi a infância lesada mais feliz, no fim das contas. Mas o sofrimento humano a partir dos sete, oito anos, quando eu comecei a andar a olhar o mundo, essa era uma coisa que me impressionava demais, demais, demais. Então, na nossa rua, o homem mais colda era um professor já velho, preto. Era o único homem de cultura real que tinha ali. E as molecadas, ou por ele ser preto, ou por ser velho, vivem gostando da cara dele. Eu falei às vezes, não entende, não, esse cara vale muito mais que ele, o que eles estão fazendo isso? Mas eu vi isso que eu não podia intervir, eles levam o cacete, e tinha uma outra senhora que era uma cumbira, que morava em quatro casas adentres, e ela devia ter sido muito bonita na juventude. Mas já estava em bagulhada, era uma ocreia, ela ficava ali na janela, tentando encantar os homens, olhando, falando, é inútil, não vai dar nada, isso aí. E eu ficava com dor das pessoas, então, eles tinham voltado a chorar, eles estavam com dor, e eu tinha uma professora de música, que era uma louquinha coitada, era louca mesmo, e todo mundo gostava da cara dela, todo mundo aproveitava a aula dela para fazer lição de matemática, eu ficava morrendo de dor da professora, eu falei, coitadinhas, então todo mundo fazendo de troxa, e ela nem sabe. Tem outro professor, que era uma professora de matemática, ele era bom professor de matemática, assistente do Benedito Castro, qualquer, mas ele não tinha didática, não era bom para ter mais pesado um peço de professor, então na aula dele, ficava todo mundo jogando papelzinho, jogando giz, fazendo piado do cara, e eu falei, quando ele vai aprender, quando ele vai botar ordem nessa poqueira dessa classe, tudo isso eu olhava, e ficava, às vezes, tinha um jornalzinho mural, eu fazia análise sociológica do que estava acontecendo, com 14 anos, e às vezes as explicações eram verdadeiras, então tentar entender a lógica da vida humana, isso foi o grande paixão da minha vida, eu acho que eu nasci com isso, porque foi antes de eu estudar qualquer coisa, mas, em geral, as pessoas não nascem com isso, elas nascem com outras vocações, com outras capacidades, e essa você vai ter que desenvolver artificialmente através do que? Da exposição a modelos, a pessoas que se aprofundaram nisso, que também observaram a vida humana durante o longo tempo, você lê para os budas, o Bruno Thomas Mann, que atravessa várias gerações, e você vai ver a lógica interna da vida de uma família, que escapa a percepção delas mesmas, a famosa trilogia do Jacob Vássaro, o processo Mauritius, etzel undergaste, que é uma existência de Joseph Kerkhoven, você também vai vendo o Jacob Vássaro, mas você parece que está vendo, vamos dizer, a história se movendo e arrastando as pessoas, é um negócio muito impressionante. Então, o que é essa história? Já é, no sentido greco-romano, é uma deusa, é uma força sobre humana que tem uma lógica interna, que está te impurando para cá, para lá, não é um conjunto de não é o que é isso? Max Verbrés e a história o conjunto de resultados de imprimeditas das nossas ações, mas, em outros casos, tem pessoas que percebem que tem algo mais atrás disso. Werner Zomberto, grande economista, ele no livro dele sobre o socialismo alemão, era o começo do governazista e ele estava um pouco entusiasmado com a economia que ia resolver, depois ele ficou, evidentemente, naquela vida, tinha umas ilusões, um pouco de ilusões do socialismo, não muito, mas tinha. Ele diz que a história modernas não dá para você explicar, se você não acredita no diabo, não dá para explicar. Eu lembro Norman Mayer, ele propõe o que se aceita, a existência do diabo como uma hipótese científica. E eu acho que isso tem futuro. Vamos lá. Israel Kral Komachado, Iniciou o curso de psicologia duas semanas, tira suas aulas, me coloca a pergunta, o que é a psicologia? Poder o senhor dizendo o que é a filosofia e demonstrando como há tanta gente achando que faz filosofia quando, na verdade, faz outra coisa completamente diferente, é verdade. Nesse curso de período, o curso de psicologia, ver o que me para que ninguém sabe, ao certo, dizer o que ela é. Este é o grande problema, você não tem como dizer o que é psicologia se você não sabe o que é psique. E os psicólogos, eles tanto ignoram o que é psique, que tem desde o psicólogo, que diz que tudo é psique, como o Jung, por exemplo, todos os fenômenos são psicos, até o Skinner, que diz que não existe psique nenhuma, e que é tudo outra coisa. Eu tenho uma equirradi, ciência é essa, que o objeto dela ou é tudo ou é nada. Então, se você puder encontrar uma apostila minha, que se chama o que é psique, eu fiz isto no intuito de resolver esta pergunta. Eu infelizmente nunca desenvolvi isso, nunca desenvolvi por escrito, nas aulas desenvolvi bastante. Então, esse é o maior problema da minha vida, falar mais rápido do que escrever. Então, quando não dá tempo escrever, eu pelo menos digo aqui, fica registrado algum moto, se dá tempo de transformar em escrito mais tarde, ótimo, se não der, fica para depois eu bater as botas, alguém que cuida disso. Como muitas vezes cuidar, por exemplo, no mundo rússer, tem muitos, o livro dele, que são aulas transcritas e corrigidas por alunos. Rígio, a famosa lição, substituída por os universais. É tudo, escrito por aluno, depois partir na época de gravação, a nota que eles tomaram na hora. Então, eu já estou na pista desta coisa há muito tempo. Se você entendeu aquela definição da psique, você está na postila, o que é psique, eu acho que se está em algum lugar, deve estar no próprio site do seminário, deve estar. Ou então no meu site, ou ao de carvalho.org. Se não estiver depois você me avisa, nós vamos ver o que podemos fazer. Uma vez você tem o que é psique, a definição da psicologia fica fácil. Anthony Excel Catoni Fazendo o necrológio, percebo que quero incorporar em certas qualidades, mas não consigo encontrar as pirações, coisas concretas para fazer, que unifiquem essas qualidades e eles dêem mais vida. Eu até encontro umas coisas, mas são antagônicas e antecientes, não sei qual escolher. Eu li uma aula sua sobre o filme Aurora, achei a aula e o filme incríveis, e vi que você falou sobre os romãs de formação, Bildungs Romano. Você acha que a leitura deste tipo de romance pode me ajudar? Sim, sim, sim, pode, pode, pode. Então, sobre tudo, vamos dizer, os do próprio Gretchen, os anos de formação de Bildungs Hermáster e os livros absolutamente romãs, absolutamente encantadores do Hermann Hesse, como Demian, Cedar, o Jogo das Contas de Bild, todos esses são Bildungs Romano, quer dizer, a história da formação, de uma alma, a história de uma educação. Os do Jacó Vácema também são. É um gênero tipicamente alemão, que não quer dizer que nunca ninguém tenha praticado fora. Agora, essa dificuldade que você está tendo é sinal de que você está entendendo o exercício. Ou seja, eu quero ter certas qualidades, mas que atividades concretas traduziriam essas qualidades na vida real? Então, esse é o grande problema. O que quer isso é a reabsorção da circunstância, como de Hesse. Felipe Rizzo, ótima aula, obrigado. Depois que eu comecei a ler mais literatura, enquanto leio como o escritor descreve um personagem, eu comecei a imaginar como eu teria descrito, como eu seria descrito por um escritor e começo a tentar me descrever. É isso, é isso. Você tem ali um baita do escritor, com muito conhecimento, muita imaginação, muita capacidade narrativa, contando a sua vida para que você morreu. É isso o negócio. E este romance da sua vida é o que você tentará realizar ao longo da sua existência, porque se você não realizar isso, você não vai realizar mais nada. Aquilo que você não consegue nem imaginar, consegue muito menos fazer. Então, a maior parte das pessoas não tem a noção de uma unidade biográfica da existência, porque não tem a noção de um objetivo de vida e de um plano de vida. Os objetivos que eu quero começar são apenas materiais e desligados, de valores que têm o verdadeira força motivante. Pô, Sr. Eri, eu quero ganhar dinheiro. Bom, quem não quer mais isto, é muito abstrato, meu Deus do céu. Você quer ganhar dinheiro fazendo o quê? Como é que você vai ganhar o rádio do dinheiro? Então, se você for ganhar dinheiro, vender dinheiro, então você é um financista. E esta vocação é bastante rara. Tem muito mais gente fazendo a curta de MBA do que pessoa vocação nada para isso. Quando o Sr. Eri tem vocação mesmo, você vai começar a ver ele produzir dentro do primeiro dia. Essa vocação é muito rara, mas existe. Tadeu Batista. Sou aluno novo e estou gostando de muitas aulas. Obrigado. Estou estudando Filosofia agora e tenho pouco experiência nesses assuntos. Tenho uma dúvida. Eu gostaria que vocês comentassem de diferença entre o espirismo e o conhecimento por intuição. Então, conhecimento por intuição é uma coisa que todo mundo reconhece que existe. A intuição no sentido filosófico, que é diferente do sentido vulgar usual, é o conhecimento imediato de algo que está presente. Por exemplo, você tem a intuição do seu próprio corpo, onde você está. Você está em a intuição do lugar onde você está. Os objetos aqui, por exemplo, eu não preciso para eu perceber a existência desse copo ou deste esquerdo. Porque eles próprios estão se apresentando a mim de maneira imediata. Eu não estou conhecendo através de um signo, ou do indicador, qualquer, ou de uma referência. Não, eles estão presentes. Então, isso é o intuitivo. Diferentemente do conhecimento racional, que é o conhecimento por meio de um raciocínio. Uma conclusão que você chega, por exemplo. Então, por exemplo, você vai ver que no debate do Hitchens, como o Craig, é nada o que eles estão falando ali, intuitivo. É tudo através de uma esquematização racional que vai chegar a certas conclusões ou não vai chegar. Agora, empirismo é a ideia de que todo e qualquer conhecimento se baseia na experiência e, portanto, fazer todo o conhecimento tem que ter uma base intuitiva. O que, na verdade, não é possível. Porque, sem a estrutura racional, não dá para você usar nem o empirismo. Nem a experiência. Quer dizer, existe um aspecto racional-construtivo que é a lógica, a matemática, etc. que você não tem como escapar disso. Então, todo e qualquer conhecimento ele articula, intuição e razão. É sempre assim. O empirista tanto quanto o racionalista. O racionalista não deixa de usar a experiência e o empirista não deixa de usar razão. Eduardo Lates. Então, qual é a dúvida dos papas desde a aparição de Nossa Senhora Infátima para fazer consagração da Rússia? Mas, é, essa é a grande pergunta. O que as pessoas estão fazendo? Como disse? Eu sei o serviço deles, meu Deus do céu. Nossa Senhora mandou fazer já de um defeito. Eu não sei responder isso aí. A senhora não fez a consagração. Eles tinham uma data terminal para revelar o terceiro segredo, 1960. E o Jômitre escondeu. E os outros escondendo também. Então, até hoje não sabemos o que é o terceiro segredo. Quer dizer, eu acho que eles não estão fazendo o serviço. E por causa disso, não é o concilio baticando seguro. Não é, não é só o concilio. Então, não deu a ser culpar o concilio. Quer dizer, de ações que já haviam sido empreendedas antes e continuaram depois. O concilio é um símbolo. O unificador disse, mas ele não é, quer dizer, o fator concreto causante. O que causa as coisas? Não é um documento oficial. É a ação humana para trás dele. Então, a situação da igreja se deteriorou muito até chegar a esse papai que é um vexame vivo. Comer que chegamos aí e falamos, eu não sei, mas eu acho que você não ter obedecido atendido ao pedido da senhora. Eu acho que é uma das causas, porque se a senhora retira um pouquinho, um tiquinho do suporte dela, porque agora não está te ajudando porque ela foi lá no fundo chorar. Você está lascado, meu filho. É isso mesmo. Então, por exemplo, você acompanhar a evolução da história da igreja e a evolução da história da igreja desde o mistério de Fátima até agora é você ver em ação uma unidade divina por trás do acontecimento. Tem uma pessoa que não capta isso, para fazer tudo com conjuntos de felizes ou infelizes coincidências. Mas se as pessoas são assim, até com a sua própria vida, se elas não captam a unidade de sua própria vida, como é que vai captar a unidade de uma intencionalidade divina na portada do que acontece? Eles mais do que nós são obrigados a oferecer a Santa Vigil, não? Ela também não é uma deusa, no sentido que é com o romano, sim. Não é isso? Eu até o meu professor de Ardis Marisazio, o Michel Viver, que era muito chegado a um negócio budista, ele dizia que nossa senhora era a mesma deusa budista com a ninca, deus da misericória. Eu digo, sob certo aspecto, sim. Está inserindo nossa ordem de um panteão monoteísta, e eu digo, bom, vai haver pontos e concordância e discordância, como a teoria do conjunto, você tem uma interseção ali, uma interseção, não uma identidade completa, mas tem uma interseção. Eu acho que essas comparações na analogia são inteiramente válidas se você entender que nenhuma analogia é uma identidade. Qual a sua opinião sobre o livro The Anthropic Cosmological Principle, The Tipler Barrel? Eu não li esse livro, mas eu li o outro livro do Frank Tipler, que é The Physics of Christianity. Eu acho que o livro da mais alta importância. Eu não tenho a condição de eu mesmo verificar todos os detalhes da demonstração que ele dá, porque a matemática dele transcende os meus recursos matemáticos. Mas, se você pular esses pedaços, ou você pedir para um matemático e ajudar, você vai ver que o Frank Tipler está falando ali é muito sério. Celso Nicoli, a passagem do concreto para o obstrato e a operação mental chamada de abstração, que daí é a posse fazer a operação em vez de não é a concreção, que é a passagem do obstrato para o concreto. Como ensina bem o Mário Ferreiro do Santo, ele é muito claro a esse respeito. Nesse retorno para o concreto, nunca voltamos ao ponto de partida, porque é sempre perda de informações durante a abstração. Como resolver os forneiros da letra fã, eu também não sei, porque aí de cada caso um caso. Mas, uma das maneiras mais fáceis de você realizar a concreção, é você buscar exemplos concretos. De preferência, esse exemplo concreto irá ter a realidade no nome da sua por imaginação. Mas, quando você consegue o exemplo concreto, você vê que não existe um exemplo perfeito. Está certo? Nenhum conceito obstrato, há uma regra obstrata. Isso mostra que em um concreto obstrato existe sempre uma tensão. Por quê? Porque o concreto é o que existe na realidade, é o universo real. Com toda a sua densidade, sua continuidade, etc. O obstrato é uma coisa que nós criamos de nosso pensamento. De acordo com regras universalmente, vale-lhe, sem dúvida. Mas, o obstrato é o apenas pensamento. O obstrato só existe obstrativamente. Quer dizer, porque você abstraiu. Agora, aquilo que você abstraiu está na realidade. Mas, não está exatamente como você o abstraiu. Nunca está exatamente. Quando a Aristóteles diz que você aprende a forma inteligível, quando você vê um gato, um gato concreto se mexendo, meando, estamos do leito, etc. Dali você aprende a forma inteligível do gato que não corresponde à sua figura física. E você é expressa através do conceito de gato. Eu digo muito bem, a forma inteligível está no gato e está no seu conceito, mas não está da mesma maneira. E você, ele está apenas como um pensamento. E no gato está como a estrutura interna dele. Então, a diferente modalidade a essa tensão que você está falando é a diferente modalidade existência daquilo que é aprendido na realidade da concreta no obstrato. Então, não é para resolver este problema. É para conviver com essa tensão e deixar que ela corriga os passos do Senhor Rasulina. Diego Regencio, acredito que você possivelve uma sensação dos milagres, uma milagrologia, por exemplo. O Isto teria de ser importante. Acredito com todas minhas forças. E acredito que este é o futuro. Isso é o caminho do futuro. É o doutor Ricardo Castanhon. Eu, perimptualmente, a questão religiosa não é a questão filosófica, a questão científica. Claro que você tem que fazer um trabalho filosófico de modelagem dos conceitos, exame crítico das teorias, etc. Mas também, o resultado tem que se integrar numa pesquisa que cúre o resultado final é de ordem científica. Então, por exemplo, a existência de Deus pode ser objeto de demonstração científica. Mas você não pode provar que Deus criou o mundo. Aí, vira uma dedução científica. Mas você não pode tirar uma dedução científica se Deus criou o mundo ou não. Se você ainda sabe se Deus existe ou não, meu Deus do céu. E você não pode saber se Deus existe algum Deus existe ou não. Então, entendo como tudo isso é um imenso salto que é tentando resolver o mais fácil pelo mais difícil. Então, primeiro, tem que saber, existe algum Deus. Segundo, esse aqui que diz que é filho de Deus, ele é mesmo. Ele é o Deus mesmo. Terceiro, qual é a diferença entre eles e os outros? Tudo isso pode ser averiguado científicamente. Em parte, mediante processos experimentais, laboratorais, em parte, um processo histórico. Testemunhão, etc. Portanto, essa ciência não apenas pode existir, mas ela tem de existir e ela já está começando a existir. Com o prova, os vídeos do Ricardo Castanhon, as aulas da doutora L.D. Cruz e tantos outros. Bom, eu acho que por hoje vamos... Aqui tem a pergunta mais fácil, que não se pensa muito. Quando só começou a dar nossa filosofia, eu acho que foi a partir de, na verdade, foi os anos 80. É isso. Eu só acredito que o Paolo Estrano lá, o Paolo Estrano lá há dois anos, e foi muito... Ele me deu um exemplo do que é uma provisão de filosofia. Porque ele pegar um problema filosófico formulado em termos suficientemente universais e depois ele ia vendo como todas as escolas filosóficas em sucessão foram analisadas esse problema modificando a profissão, etc. Até chegar no final, eles dizem que agora eu vou dar o meu exame que eu faço baseado no que ele tinha aprendido com os mestres dele, sobretudo Edmondo Rousseau. Minimo isso, quer dizer, ele tem que absorver esses vários enfocos, não apenas como dados históricos, mas como técnicas viventes atuais que ele pode aplicar, nem todas podem, algumas com as que você tenta aplicar, não dão nada. Mais outras não. Bom, então é isso aí. Tá? Então, até semana que vem. Ah, não esqueçam, vai haver, em breve o curso Guerra Cultural História e Estratégia. Eu devo colocar o programa desse curso em circulação nos próximos dias. E os alunos que fizeram o primeiro curso, o curso de política e cultura no Brasil, terão um desconto de 25% do programa que eu acelero esse curso. Então, até lá, muito obrigado.