Bom, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Nós tivemos uma dificuldade aqui em segundo lugar, acho que eu devo aos presentes de explicações sobre a aparência física do professor que está aí barbudo há três dias sem tomar banho nem trocar de roupa, graças a nossa mudança. Então, como eu não quis pagar 140 mil dólares de salto de boteca da outra casa, pagar 140 mil dólares só para não acontecer nada, então eu comprei uma casinha menor, estou construindo lá uma garagem para instalar a minha biblioteca, enquanto ela não fica pronta, estamos morando aqui na casa do Pedro, mas acontece que essa casa também está em reformas, então está tudo um caos. Então há dias nós estamos dormindo duas horas por noite, carregando caixa, netoriando o cachorro que está aqui, estão nervosinhos porque a mudança de o cachorro deixou meio desnorteado, se vocês ouvirem o cachorro chorando latino aqui no meio, é por causa disso ele está traumatizado. E em terceiro lugar, devido a essa mesma confusão da semana, eu nem sequer tive tempo de pensar o que que eu ia dar nesta aula, porque ao mesmo tempo eu tinha que reedigir uma resposta do ZVEDO para ser publicada como direito de resposta na Veja, eventualmente lida na jovem panha e na TV, isso realmente não pode deixar assim, porque na esfera jurídica vale o que encala consente, pelo lado psicológico, não era responder nada, mas juridicamente seria um suicídio fazer isso, além do mais a Veja tem um milhão de exemplares por dia, o que significa três milhões de leitores e mais a TV e mais a rádio, somamos aí no mínimo cinco, seis milhões de pessoas ouviram essas coisas, então sem dúvida é um dano imenso, não pode ficar assim. Só que esse episódio ele não é totalmente inútil, porque ele nos dá chance de explicar algumas coisas que são bastante significativas da situação brasileira, então eu já escrevi aqui um rascunho do que eu vou mandar para ver, eu vou ler uns pedacinhos aqui para vocês e comentar, mas antes eu queria lembrar algo a respeito dos antecedentes dessa coisa toda, vocês não podem esquecer que vinte ou tinta anos atrás nós tínhamos uma situação de monopólio absoluto, dos meios de comunicação, do meio ditorial do ensino desde o primário até a universidade, e isso eu tinha hegemonia cultural, esquerdista, total, total, total, hegemonia não significa apenas domínio material dos meios de ação, não é isso, é uma coisa muito mais, muito mais profunda, eu me referia um pouco a isso nesse artigo chamado militância e realidade de 2004, do qual eu vou ler dois parágrafos aqui para deixar a coisa mais clara, sem uma rede de militantes simpatizantes e companheiros de viagem, não existe ação política, com ela a ação política se não limitada por fatores externos consolidados historicamente, a religião e a cultura em primeiro lugar, pode estender-se a todos os domínios da vida social, mesmo os mais distantes da política em sentido estrito, como por exemplo a pré escola, os consultores de aconselhamento psicológico e sexual, as artes espetáculos, os cultos religiosos, as campanhas de caridade até a convivência familiar, a diferença entre os partidos constitucionais normais e os partidos revolucionais, é que aqui os limita a sua esferda de ação, a área permitida pela cultura e pela religião, ao passo que os partidos revolucionais destroem a cultura e a religião para remoldá-los à imagem e semelhança dos seus ideais políticos, abolindo os freios tradicionais, o que é facilimo num país de cultura superficial com o Brasil, a organização da militância revolucionária transforma todos os ramos da atividade social, todas as conversações, todos os contatos humanos, mesmo os mais aparentemente apolíticos e ingênuos em instrumentos não declarados de expansão do poder do partido, sei que essa concepção é monstruosa, mas não é minha, é de Antônio Grampje, uma vez que ela seja poste em execução numa data sociedade e aí ao câncer resolve o sucesso, toda a existência humana da sociedade será afetada de hipocrisia e duplicidade, pois aí praticamente não haverá ato ou palavra, por mais inocente ou espontâneo, que não sirva consciente ou inconscientemente, é uma dupla finalidade, aquela que seu agente individual tem em vista no seu horizonte de consciência pessoal e aquela que serve, volens nolares quer dizer querendo ou não, no conjunto da estratégia transformação política, que canaliza invisivelmente os efeitos de suas ações para a confluência num resultado geral que ele seria incapaz de calcular e até de concebir. Isso era exatamente a situação que estava montada no Brasil, em nenhum lugar do mundo o esquema da revolução cultural do Rio de Janeiro foi adotado com tal amplitude como no Brasil, nem obteve sucessos similar, de modo que tal como as coisas estavam, vamos dizer, no segundo a metade dos anos 80 ou começo dos anos 90, não havia sequer uma linguagem para você expressar opiniões ou sentimentos que fossem contra a doutrina hegemônica. Mesmo as pessoas que queriam protestar contra ela tinham de usar os mesmos termos, os mesmos jogos de palavras, os mesmos cacoetes, de modo que se no conteúdo você estava se opondo na forma você estava reforçando. E isso aí eu estava observando isso fazia muito tempo, vocês veem pelos aqueles capítulos do imbecil coletivo, são notas que eu fui tomando ao longo de toda década de 80, isso aqui depois foi reunido em livro, mas eu toda semana eu tomava, pegava uma notinha daquele lia para os meus alunos. Então observando isso eu vi que a situação de domínio hegemônico era muito mais profunda do que as pessoas poderiam imaginar. Uma das características da hegemonia é que ela parece que não existe, é tão natural você fazer as coisas daquela maneira, não existe outra maneira de falar, é como dizer o Richard Roth, né, ele dizia como nas questões filosóficas não existe uma instância superior que possa julgá-las, então não adianta você provar que tenha razão, que você tem que fazer é inculcar nas pessoas o seu modo de falar e isso era tudo. Então isso invadiu a literatura, o teatro, o cinema, a educação primária, as conversações domésticas, as orientações dos psicólogos em consultório, invadiu tudo do negócio, você não tem oceânico. Então é evidente que o que você pode fazer para remédiar uma situação dessa, você tem que agir na esfera cultural portanto na esfera psicológica profunda, em primeiro lugar você criando uma outra linguagem que lhe permita opor-se a hegemonia, não nos termos dela, que é uma coisa que só reforça no fim das contas, mas quebrando realmente a linguagem hegemônica. E foi isso exatamente o que eu comecei a fazer. Então a minha ideia era, vamos dizer, quebrando aquela camisa, rompendo aquela camisa de força linguística, está certo, linguística, simbólica, etc. você possibilitar que as pessoas percebessem outras coisas. Isso é antes de você falar em política, presta atenção, ninguém aqui está falando em política, antes de você falar em política você deve criar uma nova linguagem, isso aqui permita que as pessoas percebam aquilo que elas não estão percebendo antes. Por exemplo, quando você se opõe a alguma coisa que o Partido Dominante fez, você apela os termos democracia, direitos humanos, você está caindo na mesma linguagem. Por isso você fala direitos humanos, já tem toda a connotação que eles desejam. Isso só para dar um exemplo, você fala a desigualdade social, diversidade, discriminação, etc. Bom, é claro que você pode tentar se opor a eles dizendo assim, não, vocês é que são os discriminadores, vocês é que são os racistas, vocês é que são, quer dizer, jogar a mesma linguagem contra eles. Isso é um recurso poeril, porque você está reforçando hegemonia neste mesmo momento, até para atacar você, eu tenho que me submeter aos termos que você criou e que você em força. E todo mundo caia nisso. Então, nesta altura, na situação psicológica, cultural, linguística e essa, a discussão política é inútil. Principalmente, se essa discussão política se centrar em determinados temas de ordem pático e econômica, sem tocar na questão da hegemonia. Por exemplo, eu participei muitas vezes do Fórmio da Liberdade. O Fórmio da Liberdade era uma reunião que se fazia anualmente em Porto Alegre e onde eles não estavam liberais e conservadores. Todo ano era um negócio monumental, assim, reunião tinha duas, três mil pessoas. Mas no restante do país não saia uma linha a respeito. Então, era o único centro de debates que realmente existia, onde você podia confrontar ideias. No resto do país não confrontava, você só tinha debate interno da esquerda. Então, o Fórmio da Liberdade era realmente uma ilha de liberdade, só que era um fenômeno estritamente local do Rio Grande do Sul. E, além, 90% do que a Lice fazia era propaganda das ideias liberais, propaganda de economia liberal. Olha aqui, a economia socialista não funciona, a economia capitalista é muito superior, é verdade, sem dúvida. Basta você examinar, normalmente, o famoso Índice de Liberdade Econômica, da Heritage Foundation, e você vê que, de fato, onde você tem mais liberdade econômica, você tem o patrão de vida melhor, você tem a sociedade funcionando, tem mais bem-estar, isso é coisa que não precisa nem discutir. É 100% certo, só que de como é que você pode, mediante uma argumentação de ordem econômica, você se opor a uma hegemonia total que penetra dentro do subconsciente das pessoas que orienta a sua vida familiar, sua vida sexual, suas relações de amizade, etc. E isso é a mesma coisa que você querê ferir um elefante com uma agulha de costura, uma agulha de corche. Então, eu notando por lá da boa intenção daquele pessoal, do Fora da Liberdade, e por outro lado, sua total impotência no conjunto, você vê que mesmo os livros do Instituto Liberal, tem livros magníficos, tem uma ação humana do Big Fam, foi traduzido pelo meu falecido amigo, Donald Stewart, foi a melhor tradução brasileira que eu li na minha vida, o homem era o engenheiro, não era um tradutor profissional, a tradução é magnífica, e o livro é importantíssimo. Aqui eles viram, não é aparecido nas livrarias, você tinha aqui no Instituto Liberal para comprá-los, então esse pessoal, o Liberal está completamente isolado e impotente. E eu acho que isso deplorável e fala, bom, então eles estão seguindo evidentemente uma estratégia errada, eles estão com a dor firme na certa, o que eles estão falando é verdade, só que é estratégia errada, porque eles estão não confronto em um debate de economistas no fim das contas, sem contar que esse material liberal vinha às vezes infectado de certas doutrinas que ajudavam a hegemonia. Se você for pegar, por exemplo, a doutrina da N-Rent, a virtude do egoísmo, quer dizer, você tendo um lado, uma facção imensa que domina todos os canais de comunicação, falando do altruísmo, da igualdade, da qualidade, etc. Não esqueçam que as campanhas de qualidade foram já assambarcadas e usurpadas por essa gente já na década de 80, através do Betinho, que chegaram a... a revista Veja chegou a propor a beatificação do Betinho, Veja o ponto que nós chegamos. E parecia normal, quer dizer, o Betinho parecia realmente a materência de calcutar. Na verdade, ele era apenas um estratégista comunista, que dizia, então, tudo isso que eu estou fazendo é para chegar à estatização do meio de produção, socialização do meio de produção, ele dizia isso, só que isso não saía na agrenimia, aparecia só o lado, como é que se diz? Bondoso e romântico da coisa, do lado que chotesca da coisa. Então, quer dizer, um lado, monopoliza os bons sentimentos e o outro vem com a teoria do egoísmo. Quer dizer, você está comprovando o que eles estão falando? Vocês estão vestindo a camiseta, né? Vocês aí estão querendo fazer o bem ao próximo, mas eu só quero ganhar dinheiro, porque eu vou fazer. Ganhar dinheiro, eu já estou fazendo um bem sem nem pensar nisso, eu cuido o meu interesse automaticamente, crio riqueza e vocês ganham. Mas havia também, vamos dizer, da parte do Roberto Campos, né? Aquela, o famoso argumento de quem não é comunista aos vinte anos, não tem coração e quem continua sendo comunista aos cinquenta não tem cérebro. Você está dando, vamos dizer, aos comunistas o monopólogo dos bons sentimentos. Quer dizer, se você, se você tem bons sentimentos, você tem que ser comunista. Depois, você amadurece, você vê que esses bons sentimentos são a besteira com o negócio de ser realista, é fazer as contas, etc, etc. De novo, você está reforçando a hegemonia. Você está dizendo, vocês têm um monopó, têm o direito de ter um monopó no dos bons sentimentos e nós aqui somos apenas velhos de coração endurecido que sabemos fazer as contas e sabemos resolver os problemas na prática. E assim, tudo o que se falava, tudo o que se abria a boca contra a hegemonia terminar por reforçada. Porque era, vamos dizer, a linguagem, ela tinha a sua própria força. Vocês imagino a profundidade dos estudos linguísticos que António Gramsci fez e que a Tuma Gramsciana empreende até hoje. Isso dá, só esse tópico, o domínio da linguagem dá para lotar a biblioteca. Eu pergunto, quem no lado liberal conservador de tudo isso? Ninguém, exceto um cara, esse que você fala. Então, você vê, um lado já tramou todo o domínio da linguagem para forçar as pessoas a ser socialista sem saber. Quer dizer, elas apoiam tudo, tudo o que veio do socialismo, não dão o nome socialista. E do outro lado, tem um neguinho que levanta lá com uma teoria econômica, dizendo que a dele é mais eficiente. Dendo uma impotência, absolutamente cruel, né? Então, eu percebi, falo uma primeira coisa, nós temos que quebrar o esquema linguístico. Então, não é questão de você argumentar contra os caras. E se você argumenta e você usa a mesma linguagem deles, você não reforçou de qualquer modo. Então, tem que mudar um informe. Foi para isso que escreviu em Bessi o Coletivo. Então, em Bessi o Coletivo, ele, em primeiro lugar, mostrava, eu não estou a fim de discutir com ninguém, eu estou só descrevendo a loucura dos caras. E em segundo lugar, não é um debate respeitoso, é totalmente desrespeitoso. Eu não respeito essas pessoas de maneira alguma. Também não estou bravo com elas. Eu estou aqui, é mostrando que são palhaços no fim das contas. Quer dizer, mostrar esses personagens sob um outro aspecto, tá certo? Mas também em uma outra linguagem. Essa linguagem, ela não surgiu do dia para noite. Isso aí foi um estilo, porque eu trabalhei muito tempo para chegar lá, tá certo? E fazer de tal modo que as minhas frases não pudessem ser usadas em sentido contrário nunca e não pudessem ser discutidas, tá certo? Sem que o individual se mascarasse na mesma hora, porque já tava, quer dizer, a construção da frase já previa a sua, a reação. Tudo isso foi muito pensado e funcionou. Por que? Se você tem o movimento editorial da época, simplesmente não tinha livros contra o que emergei, não havia nada, 0, 0, 0, 0. Se tinha, no máximo, duas ou três pessoas que estavam um pouco desiludidas, das petistas desiludidas, quisiam não eles não realizaram os ideais do socialismo, o estilingúco, isso, isso não maste barato aí, que essa era a discussão interna da esquerda. Então, o negócio não era se vocês voltar contra o esquerdo, mas contra o sistema hegemônico, o que implicava também pisar no calo dos seus opositores, que eram mentalmente escravos. E a linguagem para isso, ela tinha que por um lado, ela tem que ser muito precisa, tem que dar conta de complexidades, sutilezas da doutrina, da estratégia marxista, e por outro lado, tinha que fugir do debate acadêmico. Se fosse fazer mais um debate acadêmico com eles, eu ia dizer, eu apenas gostava honrando, falando, mas não estou discutindo com acadêmicos que pensam diferente de mim, eu estou discutindo com vigoristas, eles são todos vigoristas intelectuais, emissadas, mas era xaoyi, todas as pessoas, era tudo aquilo, era fingimento. Por que era fingimento? Por isso aqui, vou dizer. Bom, e o seguinte, que no sistema hegemônico, todas as ações humanas passam a ter dois significados, uma a subjetiva, que o individual acha que está fazendo, e outra, a objetiva, que é como aquilo se encaixa no sistema hegemônico, que ele até desconhece, tá certo? Então, qualquer coisa podia ser vista nos dois planos, né? Então, por exemplo, você poderia colaborar com a campanha do Betinho, porque você é um cara cristão, você está com donos pequenininhos, etc. Isso é a sua significação subjetiva. Objetivamente aquilo se encaixava numa estratégia abruzionária, você não sabia, mas o manipulador, o engenheiro social da coisa sabe, e ele está jogando com o duplo sentido o tempo todo. Este duplo sentido, ele acaba entrando também no subconsciente da sociedade, e daqui a pouco, a linguagem de todas as conversações se tornou ambígua, e Deus honesta, automaticamente você tem uma queda do nível de moralidade, queda monstruosa do nível de moralidade, porque o discurso, a língua dupla se torna uma coisa disseminada, e pior, existe os camaraclos, a língua dupla, controlando para efeito manipulatório, e existe o que tem a língua dupla sem saber que é língua dupla. Então as pessoas não são mais capazes de se observar e julgar as suas ações, eles fazem uma coisa e dizem que estão fazendo outra. Está entendendo? E essa duplicidade vai se tornando generalizada na sociedade, então você tem uma sociedade de pessoas que são semi loucas e desonestas, todas elas. Até que chegar o ponto do que aconteceu esta semana com o Renal Zevedo. Eu coloquei até o primeiro parágrafo do que eu estou escrevendo, eu coloquei hoje até no Facebook. Ver o seguinte, diz ele, quem me atacou primeiro foi o Olavo, e eu continuo me comportando de modo civilizado, eu não xingo o Olavo. Ele disse isso 24 horas depois de ter me chamado de bobalhão decadente, sujo, múmia, vampiro, paranoico, militarista, desonesto, lixo e Jim Jones mal sucedido. O que ele se chamou de xinga, ele disse que nunca xinga. Ele faz isso por esperteza porque ele é desonesto, ele quer manipular. Será que ele acha que alguém não vai perceber isso? É impossível que não perceba, só que este tipo de atitude dupla se tornou normal na sociedade brasileira. O indivíduo diz uma coisa e diz que faz uma coisa e diz que está fazendo outra, às vezes na mesma hora. Isso se tornou padrão. Você vê quando aparece depois um tipo como Lula, está certo que é sem dúvida uma oladrão da história brasileira, e que se compara a Jesus Cristo, eu apanhei mais do que Jesus Cristo, sofri mais do que Jesus Cristo, eu sou Marte, etc. E essa conduta se tornou normal no Brasil. Então nós temos que bolar uma língua que traga as pessoas de volta à consciência de si. Ainda não se trata de fazer política, de falar mal de um partido, de apoiar candidato, nada disso, é num esfera muito mais profunda. E foi exatamente isso que eu comecei a fazer, a partir do imbecil coletivo, e uma série imensa de artigos que hoje só soa aqui do Diário do Comércio. Já só do Diário do Comércio dão 8 volumes, aquela série Cartas do Terrague do planeta Brasil, sem encontrar, contar a série anterior que saiu no globo, na Zero Hora, no Jornal da Targue, compõe a série de imbecil coletivo, que são outros 8 volumes. Então você tem 16 volumes de observações sobre a vida nacional, de todos os dias, descifrando os jogos psicológicos, descifrando os truques de linguagem, e criando no mesmo ato uma outra linguagem que permita de escrever isso sem cair no mecanismo. Bom, foi isso aí que possibilitou que surgisse, então, depois, uma oposição propamente política que não existia. Claro que a coisa começa na esfera cultural, psicológica, e só se traduz politicamente, muito tempo depois. Então vocês veram que eu publiquei a nova era de Revolução Cultural em 1993. A primeira edição vendeu todinha no dia do lançamento. Logo que você viu a edição que também vendeu, então fica alguns anos sem ser reditado, só recentemente saiu. Ali, em um época em que eu nem sabia da existência do furo de São Paulo, que estava sendo investigado pelo Zechara Graça Vain, já estava dado todo o diagnóstico da questão, da hegemonia, como isso funcionava, dominar primeiro a esfera cultural, o que eu quero dizer psicológica, no fim das contas, para depois você obteu um efeito político. A impletação da hegemonia esquerda e extranomessão no Brasil começou nos anos 60. E, para chegar a ter efeito político, se devia esperar meio século. Você ver que o Lula foi candidato cinco vezes, perdendo. O PT não passava de 15% do eleitorado, mas eles continuaram, continuaram, continuam. Chegam dias em que, a hegemonia cultural acaba tendo seus frutos políticos, sem que você precise pregar muito a política, tanto que, veja, as pessoas que votaram no Lula, quanto sabeu que o Lula era, não digo comunista, esquerdista. Ninguém sabia, e não precisava saber, porque nunca se tratou de fazer propaganda direta. Mas de você ir mudando as reações, os reflexos, os símbolos, os sentimentos, etc. Até que o efeito se obtém quase que automaticamente como um fruto maduro que cai da árvore. É essa a técnica grampigiana. É uma suta imensa. Quando se fala de domínio da linguagem, não é simples que os caras adotam certas maneiras de dizer. Eles fazem questão de dominar os dicionários, e não dá colocar todas essas sessões, quer dizer, no dicionário. Você tem que, isso é praticamente um mundo inteiro, você pega o dicionário Longmans, é um tratado de gramaxismo. Então, o Oxford eu não sei até que ponto. O Oxford é muito grande, eu não exeminei o suficiente para dizer isso. Mas tem muitos dicionários importantes, como o Robert, na França, que é o dicionário mais usado. Robert e os dois são desse tipo. Então, se você domina a linguagem das artes, os espetáculos, da educação, e o dicionário pronto, você dominou tudo. Todo mundo é falado do jeito que você quiser, então você vai realizar o ideal do Richard Rort. Não podemos convencer ninguém de nada, mas podemos inculcar neles a nossa maneira de falar. Então era para criar outra maneira de falar. Ao mesmo tempo, mostrar esse funcionamento disso, e na hora que mostrar, já fazê-lo com outra linguagem, que transcendesse esta grade de mandamentos, e permitisse as pessoas perceber certas coisas, e dizer o que percebiam. Então, mas essa é a primeira função do escritor, dizer o que as pessoas não conseguem dizer. Preste atenção, não conseguem dizer, não é porque foram proibidas, não é porque tem uma censura, tem uma polícia que vai... Não, não é assim, a dominação é feita através da própria linguagem. Uma censura direta e imposta pelo governo, jamais teria esse nível de eficiência nunca. Mas quantos funcionários você não precisaria para sair prendendo as pessoas, porque disseram isso aquilo. Nem na União Soviética, jamais conseguiu, na Alemanha de Hintre, jamais conseguiram impedir todo mundo de falar, sempre alguém acabava falando. Como diz o Rolhão Marias, a rede tem os buraquinhos, os perigos sempre acabam passando. Então, tratava-se de quebrar, vamos dizer, a polícia sutil da linguagem, e foi exatamente os tipos que eu fiz. Então, inicialmente, apenas para a parte mais intelectualmente ativa da população. E fui... vamos dizer, coletando pessoas, ouvintes, alunos, leitores, na área intelectualmente mais ativa. Aos poucos, eles começaram a falar em uma nova linguagem. Em primeiro lugar, a linguagem tinha que ser personalizada. Então, você não pode usar uma língua de pau, como todo mundo usava. Você tem que aprender a expressar as suas impressões, tal como elas aparecem. Você começa a ver o que está acontecendo, você começa a ver e dizer. Isso começou a acontecer. Aí começou a espalhar blog para tudo quanto é lado, começaram a aparecer cursos inspirados no meu curso, etc., etc., e isso foi criando uma atmosfera difusa. Uma das pessoas percebiam que estavam vivendo uma situação miserável. É isso. Isso não se transformou em ação política imediatamente, é o contrário. Para aparecer, começar a aparecer uma oposição política ao partido dominante levou muito tempo. Porque, mesmo as pessoas que eram contra eram dominadas mentalmente pelo esquema hegemonia. Por exemplo, o Reinaldo de Zeveta. Em 1995, dois anos depois de eu ter publicado a nova era revolução cultural, e eu estava dando um livro do Emersada. Por que fez isso? Porque ele é comunista? Não. Mas é que você tem que mostrar gentileza. Você tem que cultivar boas relações na esquerda. Isso é um dos mandamentos. À esquerda, a facção dominante tem o monopólio da polidez, o monopólio das boas maneiras. Ela dita o que é boas maneiras. Ela dita quando você cruzou a linha. Quando você foi longe de mais. Aqui vai o permitido. Lá vai o proibido. Então, todo mundo que rompia com a esquerda, nunca tinha simpaticidade com a necessidade absoluta de ter boas relações com pessoas esquerdistas. Porque elas eram os donos dos bons sentimentos. Os donos da qualidade humana. Os donos das virtudes. Você ficar frontalmente contra elas ou seja, você ter uma divergência existencial e não somente intelectual. Ah, isso não podia, que era proibido. Eu me lembro, por exemplo, Aristóteles Drummond, que era o superasumo do sujeito reacionar. Sempre foi o apologista do governo militar. Ele tinha uma festa anual que ele dava no seu aniversário, que metade do convidado era um comunista. Todo mundo, o amigo dele, disse ao seu amigo todo mundo. Isso é característico. Você é a Guillermo, que fazia a mesma coisa. Paulo Franz, a mesma coisa. Quer dizer, o Paulo Franz cultivava a amizade. Ele precisava do apoio da pessoa que ele considerava seus amigos. Então tudo isso que quer, é escravidão mental. Então, também o Renan Zervito, que fazia um agradinho na esquerda, pelo menos, para mostrar que eu não sou tão direitista assim. Mas quando que algum esquerdista teve a preocupação de mostrar que não era teu esquerdista assim. E bajular alguém da direita só para dizer que olha como eu sou democrático, olha como eu sou superior, olha como eu sou generoso. Nenhum teve a serar jamais essa preocupação. Ao contrário, eles quando abriam a boca para falar de alguém da direita, eles não poupavam, palavrons, achim cales, escolhendo a ambação, escravidão. Não tinha limites, então você vê que um lado estava investido na autoridade moral e o outro tinha de ceder, fazer concessões, para não parecer um brucutu direitista. Também aí apareceu, e o medo de você ser chamado de fascista, medo de ser chamado de racista, medo de ser chamado disso, daqui, daqui, daqui, daqui. Tudo isso que é domínio da linguagem, pala. Isso foi uma obra de engenharia desenvolvida ao longo de 50 anos. Não tem nada a ver com propaganda partidária. Não é assim que se faz, entende? Olha, os cadernos do Cárcio do D. Grântio, foi um livro de cinco volumes, é pesado, difícil de ler, tá certo? Só que o pessoal comunista começou a ler isso em 65, foi imediatamente, começou a ler em 65, quando foi publicado pelo Enno Silveiro. E o que eles tiveram de debates internos, de congresso, de discussões, de congresso científico, pra isso, chegou ao ponto que, no livro de Inconseco, o que chama Grâmpio Brasil, ele mostra lá que Grâmpio era autor mais citado em trabalhos universitários no Brasil, e isso na década de, começo da década 90. Então, a coisa tinha se alastrado pra tudo quanto é lado. Agora, se você falasse pro público, já no entônio Grâmpio, ninguém sabia quem era. Tanto que eu comecei o livro na Nova Era, dizendo, olha, a política brasileira tá decidida por um surrejo que aqui ninguém sabe quem é, que já morreu na Itália. Então, gradativamente, a formulação desta nova língua que tinha incluído características peculiares, por exemplo, você baixar desde a linguagem filosófica mais abstráterodita até um bom palavrão, isso foi calculado, meu Deus do céu. Para que, para impedir que a coisa virasse o debate acadêmico, formal. Aqui nós não falamos, aqui não são pessoas vestidas de guarda pó que estão falando em nome dos seus cargos. Isso aqui é uma alma humana, um coração humano que tá presente aqui. Quem tá dizendo isso, sou eu. Se você quer perguntar, quem é você pra dizer isso, eu respondi, eu sou o sujeito que disse isso. Eu tenho autoridade pra dizer autoridade total pra dizer o que eu digo. Não fui eu mesmo que disse, então pronto. Agora, você, diz aí o que você tem a dizer. Não interessa você ser professor, doutor, senador, bispo, papa, não é disso que eu tô falando. Eu tô falando do seu cargo, eu sou a pessoa real de carneoso. Então, traseiro debate, de volta para presença, para indivíduos presentes de carneoso. Só aí você já quebrou a hegemonia. Porque a hegemonia implica e exige a língua de pau. Exige os cacuetes de linguagem que tem aquele efeito automático, aquilo que eu chamo a palavra gatilho. A palavra gatilho é uma palavra que aperte imediatamente uma reação emocional sem passar pela representação mental do seu objeto. Por exemplo, se você falar é sei lá, a palavra discriminação. O que é que a discriminação? Você dá um tiro no sujeito porque ele é de uma raça diferente de discriminação. Agora você vai fazer uma piadinha também da discriminação. Então, é pra dizer, esse objeto não é representável, porque ele é tão elástico, tão enorme que você pode pensar ele é impensável. Então, a palavra por si mesma despeca uma reação emocional imediata. Se você pegar o estilo do reinal da Zvd nesse artigo, você é todinho assim. Nada do que ele diz pode ser representado mentalmente e no entanto, funciona para as séries pessoas porque elas estão acostumadas àquela linguagem. Então, se nós veiamos, quando começou a aparecer uma oposição política e ficar ao grupo dominante, para vocês verem, por exemplo, quando foi a primeira vez que o reinal da Zvd usou a expressão Furo de São Paulo de 2008. Eu já tinha falado disso pra ele em no minu, no minu, em 99. Leva mais 9 anos para eu começar a abrir a boca. Porque teve que adaptar a mente aos poucos né? Teve que se preparar psicologicamente pra isso. Os outros ainda continuaram com a inibição. O Furo de São Paulo é só um detalhe no meio da hegemonia, é uma coisa significando, no meio de todo o oceano de manipulações hegemonicas. Mas mesmo isso não podia falar. Só começaram a falar quando o próprio PT os autores vão falar. Quando o Lula fez aqueles dois discursos em 2005, confessando tudo, que está no meu artigo Lula Real Confesso, e quando no terceiro Congresso do PT fizeram o vídeo reconhecendo o Furo de São Paulo comando estratégico do movimento esquerdo da América Latina. Bom, aí não precisava mais esconder se o próprio bandido confessou o crime e você não tem mais, mesmo assim a inibição continuou. E quando começou a campanha mais grossa contra o PT a campanha se centrou no fenômeno da corrupção. Não da hegemonia, não do controle hegemônico, não no aparelhamento de Estado, em toda a insuma, não no alado da estratégia comunista concebida para dominar tudo. Ora, corrupção é um instrumento mais velho de ação do comunista, meu Deus do céu. Então, não há novidade nenhuma. Agora, se você fala apenas da corrupção como se fosse apenas um crime comum você está isentando o acusado de qualquer comprometimento político. E você está fazendo com que a facção criminosa ela só apareça como criminosa na medida em que ela astras traiu os seus próprios ideais. Quando na realidade o mensalão, o petrolão etc. nada disso é traição ideal comunista. São meios normais de ação do comunista no mundo inteiro a história do comunista prova isso aí. Então, mesmo aqueles que eram antipetistas não eram anti-comunistas. E se fosse anti-comunista tem que ser só um pouquinho. Você é anti-comunista porque você é a favor das liberdades democráticas, dos direitos humanos etc. Usava mesmo a terminologia tudo igualzinho. Você ver, em todo lugar tomaram o poder, mas todo, todo, todo, todo, todo, todo. Eles lutavam pelo comunismo nunca. Sempre foi pela democracia. Porque, de fato, eles precisam de uma democracia. Precisa ter uma ditadura, feroz, botando todos eles na cadeia. Eles estão lascados, então precisa conquistar a democracia. Primeiro, para depois a gente poder fazer o serviço. Então, de fato, eles lutam pela democracia para eles, evidentemente. Então, aí aparece um monte de gente com aquele típico linguar social-democrático falando mal dos comunistas em nome dos direitos humanos, da ordem constitucional etc. Isso não é uma oposição de verdade. Você ainda está dentro do sistema hegemônico. Então, esse longo trabalho que eu fui fazendo ele foi se espalhando de uma maneira que saiu do meu controle completamente. Foi para muito além do que eu imaginava. E quando foi em 2013 quando começou aquele negócio do Passe Livre que foi um movimento criado pelo governo para desestabilizar o governo Alcimí em São Paulo não qual que o Alcimí vale a ganha de coisa, mas aí daí era esta. E o povo saiu às ruas virando o movimento de cabeça para baixo. Tornando aquilo um movimento antipetista. Antipetista, anticomunista, antipolítica de gênero, antipolítica de gênero. Antipolítica de gênero. Antitudo o que a cultura esquerdista tinha imposto ao país nos últimos 40 anos antes. E rompendo de uma só vez no único dia 40 anos de monopólio dos protestos de rua. Todo protestos de rua havido desde os anos 60 do século passado até 2013. 50 anos. Todos eram organizados e manobrados pela esquerda para beneficiar a esquerda. Todos 50 anos de monopólio dos movimentos de rua. Sem contar o monopólio do movimento editorial da mídia etc etc. Quando eu falo de monopólio da mídia, vocês veram que durante todo o tempo do governo militar a esquerda dominava os grandes jornais Estadão, Folha, sempre você não tinha um diretor redação direitista nenhum nunca e ao mesmo tempo dominava a imprensa naníaca que fazia de conta fazer a oposição essa aqui. Se você pegar a carreira do Sr. Nasciso Calili em São Paulo que era o mais comunista de Maldossetunga o Nasciso Calili dirigia as grandes revistas da Abril e dirigia a imprensa naníaca ao mesmo tempo. Assim como ele eram muitos. Então, aí era um monopólio total porque você tem a voz contra e a favor são as duas, são a sua e isso durou décadas, gente. Então, eu vi no cachorro coitado não para chorar, aí pá É? Só tem para cá, veja, melhora um pouquinho Fica aqui dentro e ele chora, fica lá fora e lá não tem o que fazer, o coitado está neurótico completamente não está entendendo nada que está acontecendo mais ou menos que nem o povo brasileiro, né? Então aos poucos, antes, a mudança da atmosfera cultural e linguística se manifestou, por exemplo no momento em que a dona Dilma entrou no estádio de futebol e o povo em Máxate Dilma vai tomar no cu isso é um fenômeno inédito na história universal Quer dizer, você vai, aí é uma coisa você xingar e um xingamento de tipo humorístico não é um xingamento agressivo é um xingamento que a gente está gozando a cara dela isso Sabe que os palavrões brasileiros têm essa característica se comparar, por exemplo, para o brasileiro com o palavrão espanhol ou até com o palavrão americano eles são feitos para ferir O brasileiro não, é para escolher um mapa, tornar um objeto de riso Então mostra-o de um desrespeito bem humorado, na verdade nós não estamos com raiva de você, não ligamos para você para mim não vale nada Então, você veja que o famoso vai tomar no cu quem começou, foi eu, meu filho de propósito não é que eu sou um cara que gosta de xingar os outros não, não, eu pensei, não, nós temos que fazer uma coisa na qual estou aqui explicando a Aristóteles daqui a pouco mando o homem tomar no cu para quê para você quebrar aquele tipo de solenidade que separa os setores da sociedade aqui estão as pessoas bem educadas polígidas, esterlautam, os bregas os bebas, etc aqui é tudo a minha uma coisa, meu filho então, esta criação desta nova linguagem que dizia o Bruno você mistura a linguagem erodita com o sermo vulgares então, é o sermo vulgares de fato, isso aí e tem um americano que também falou uma coisa, ele falou, isso aí que eles têm um estilo barroco porque ele mistura o imesturável eu falei, mas foi o fim de propósito para dissolver as barreiras que mantém as pessoas amarradinhas nos seus lugares e permitir que elas digam o que estão percebendo então, a primeira manifestação antigoverente foi fruto exclusivamente disso não havia nenhum movimento organizado não tinha BBL, não tinha Vem pra Rua não tinha coisa nenhuma, e aconteceu foi a partir daí que pessoas da direita, entre aspas, o que se considerava de direita, viram a possibilidade de criar movimentos e criaram e em seguida, foram as manifestações de março, e a partir da manifestação de março, houve um elemento novo na história que era o seguinte, você pegar toda aquela massa de sentimentos hostis voltadas contra o governo, que já se manifestavam em xingamentos públicos, não podia aparecer em lugar nenhum que eram xingados então você já tinha quase uma desobediência civil porque a manifestação de desrespeito à autoridade, já é desobediência civil em massa então você já tinha montado desobediência civil agora precisamos canalizar isso aqui para obter algum resultado politicamente proveitoso então no fim entre a MBL, PSDB e os políticos que eram rejeitados pela massa, eles não deixavam os políticos falar nos palanques meu deus do céu esses mesmos políticos tramaram o negócio, chamaram esses meninos, tipo oquinho, e os outros, e falaram vocês vão fazer uma marxa para a Brasilia para pedir para o congresso que não se empitima então houve um esforço de 30 anos para romper a hegemonia cultural e inaugurar o manual de linguagem, despertar por toda parte o senso da intuição direta da situação desamarrar as pessoas daquela rede aquela malha linguística que admitavam presas e soltar os cachorros os cachorros foram soltos em 2013 não em 2015, nem 2014 foram soltos no negócio do passe livre no fim então na ponta todo esse esforço foi feito por uma pessoa é claro, eu virei de mente usando, fazer os canais de círculos de reprodução que eles tinham que são os meus próprios alunos, leitores etc que essa altura eu estava fazendo blogs escrevendo livros, fazendo programas de rádio etc para tudo o que eu tenho de lado todos eles usando uma nova linguagem que não era a linguagem da oposição padronizada, aqui a esquerda aqui a direita não era essa linguagem a linguagem da direita se você for ver, é uma linguagem caquética você pegar a linguagem dos milicos durante o governo militar era uma linguagem toda amarradinha também é uma linguagem caquética e sobretudo onde eles faziam sempre o papel das pessoas limpas, puras etc e o outro lado, são os bandidos com aquela falsa solenidade brasileira que não tem a linguagem é totalmente formal se você comparar, por exemplo, os discursos de presidentes brasileiros, dos presidentes americanos você fica chocado porque os presidentes americanos metade deles a piada a bromelina que o fazia sucesso por cada piada o ronald rega por cada piada né isso o único sujeito que se elegeu com um linguagem formal se ele nunca fazer piada, fazer gracelha foi o eisenhower, mas o eisenhower foi eleito porque ele era o comandante das tropas da segunda guerra o ronald que tinha o maior prestígio então mesmo que ele não falasse nada, ele seria eleito mas, em geral as comunicações verbares de presidentes americanos são de uma informalidade é assim, é como um pai falando com sua família com os filhos, com os primos etc sempre foi assim, agora no brasil não é aquela linguagem de oratório a forense são todos assim, o michaútemer ainda fala assim claro, comparo do quadrilbino é muito melhor sem dúvida, mas ainda é aquele negócio amarrado, preso onde a verdade não pode penetrar, meu deus do céu se você formalizou a linguagem já criou um sistema de convenções linguística, você só pode dizer o que é sistema de convenções, você não pode dizer mais nada então isso aí, primeiro lugar, acaba a literatura a literatura, como já dizia o martin aimes e filho do king's lambs escritor comunista, em inglês ele virou só presidente comunista ele defina a linguagem como uma luta contra o clichê clichê, chavão, língua de pau então só pode existir literatura onde as pessoas conseguem usar uma linguagem personalizada, que não admite o clichê e a literatura no brasil acabou na década de 60 o brasil tinha escritores de primeiríssima ordem você tinha caro do mondial andrade o mandeiro, roja amada, erberto sales josué montelo é um negócio que não acabava mais marque rebelo, se você quer aprender a escrever, leu marque rebelo marque rebelo, ele pegava a linguagem das ruas carioca, basicamente carioca e transfigurava literariamente assim como o herberto sales pegou o herberto sales, cada livro que ele escreveu era uma linguagem diferente ele pegava um estilo de um grupo e o trabalhava e ele tinha uma zona de mineração na bahia ele foi lá, ficou meses lá notando todas as palavras e o escreveu, eu lhe digo, cascalha na língua daquela região depois de mais tarde ele escreveu um outro livro que chama Einstein, o minigênio que era todo na linguagem oficial do ministério da educação depois escreveu outros chamos parecêres do tempo, que era a linguagem do século 18 então bem disse o outro com o herberto sales foi uma maior consciência artística da língua no brasil então ele pegava a língua da realidade e trabalhava então como se implantou a língua de pau tem certo a falar, que você não pode falar porque elas são politicamente incorretas tem outro que você tem que falar pra você parecer bonito tem que falar em direitos humanos tem que falar em democracia toda essa patacuada, esse estilo renaldo de veto, é claro que a literatura acaba então a não ser que alguém use o próprio instrumento literário como um meio de dissolução desse conjunto de convenções e proibições e cacoetes, e foi exatamente isso que eu fiz então o que acontece os meus alunos estão me ouvindo nesse momento eles são testemunhas de que eles ficaram mais inteligentes não é que eles aprenderam isso do aquilo se você perguntar quanto de filosofia você aprendeu com o lavo talvez só um pouquinho, só que é o seguinte, você ficou mais inteligente porque você aprendeu a dizer as coisas como você as vê é isso que eu estou puxando de vocês então tudo que eu escrevo não é pra dizer só o que eu estou vendo mas é o que você está vendo e não consegue dizer que essa é a função do escritor, é dar voz a quem não tem então se fosse as pessoas tivessem quietas por influência da polícia, o escritor não poderia fazer nada contra elas por exemplo na Unão Soviética era assim então o seu genitiz ia publicar seus livros na Europa na Europa ocidental não chegavam na Unão Soviética, chegavam dois ou três exemplais escondidos então isso quer dizer que o meio literário não era o modo mais apropriado de lidar com a situação mas se se trata de um controle hegemônico e não do controle policial então aí só a literatura pode corrigir isso e foi isso exatamente o que eu fiz e isso foi então criando uma sóção na qual as pessoas começaram a perceber coisas que eles não percebiam e quando percebiam conseguiam dizer de algum modo podia ser de maneira tosca, foi rio mas começavam a dizer eu perdi o medo de dizer então no fim deste longo trabalho de 30 anos daí venham alguns políticos e pegam a massa da hostilidade popular e a canalizam para um objetivo diminuto e parcial que chama impeachment se você pegar ainda em março de 2015 e contra que o povo estava protestando contra a Dilma não era Dilma e não era o fôlego de São Paulo era política de gênero, 70 mil homicídios por ano era isso e mais aquele mais aquele mais aquele mais aquele mais aquele outro e sobretudo o que? a eleição falsificada falsificada não por causa de ser voto eletrônico isso é importante o voto eletrônico pode ser mais vulnerável do que o voto impresso mas ele não implica necessariamente em fraude o problema não é o voto eletrônico o problema é que a apuração foi feita por apenas 23 pessoas fiscalização e as máquinas foram programadas para não poder ser auditadas ou seja, é uma sentença divina 23 pessoas chefeadas por um apadrinhado do partido governante fazer a contagem e você é obrigado a aceitar todo mundo sabia que isso era em si uma fraude mesmo que nenhum voto tivesse sido roubado o processo em si era fraudulento então é claro que os opadouros nunca foram presidenos da república e quanto a pessoa surgiu a ideia do impismo, eu digo pode fazer o impismo, mas o impismo tem que ser plano B se falhar a caçação do mandato por isso que eu apostava muito mais na ação judicial você sabe que se não fosse Sergio Mourna não teria acontecido o Sergio Mourna é senador ele é do PSDB? não, ele é simplesmente um juízo que desiste de eu cumprir a lei se não fosse ele a Polícia Federal seria acontecido. Agora, pelo lado político, o pessoal decidiu concentrar no impeachment para não falar de eleição fraudulenta, porque isso aí prejudicaria a todos. Então, a classe política, esse Unil, falaram, então nós vamos sacrificar a cabeça da dona Dilma, para que o resto possa ficar mais ou menos como está, como disse o Michel Thierme, no meu governo não haverá caças bruxas. Ó, o povo inteiro está querendo a caças bruxas, está querendo ver todo mundo na cadeia. Então, se o Michel Thierme não faz caças bruxas, é simples, porque o mandato dele é seu elegito, um rôduo da Dilma, e ele está consciente disso, e ele está consciente dele que pode ter esse mandato caçado, se alguém entrar com ação judicial da maneira correta. Então, ele também não pode desagradar muito a turma do lado de lá. O Rivera não é impossível que agora, já que eles se perderem realmente, o governo brasileiro, que eles não perderam, porque a Dilma não sofreu o impeachment, apenas tem um processo de impeachment, e o pessoal já começa a cantar vitória. Se a cantar vitória você está vendo, o Lama estava errado, errado no que? Eu nunca disse que não haveria impeachment, nunca me avisei, eu disse, eu disse, o seguinte, se houver impeachment, você está legitimando a eleição fraudulenta, porque você não pode fazer impeachment de um cara que você mesmo disse que não é um presidente legítimo. O impeachment só existe impeachment de presidente legítimo, então o impeachment é um objetivo diminutivo. Você pegou a massa de reivindicação populares, diminuiu, vamos dizer, para o mais inofensivo deles, que é sacrificar apenas uma pessoa, que é uma boboca, que nem o Lula, mas aguentava a mulher. Então, vamos ver. Então, o avus de 30 anos foi mudando a atmosfera psicológica, até criar uma situação, vamos dizer, de rebeldia geral. E no fim aparece dois ou três que mudam a direção do movimento e o canalizam para o impeachment. Quem foi que fez as coisas? Foi eu ou foi eles? Foi o trabalho de 30 anos ou foi essa manobrinha final? Foi a marcha para a Brasília. Então, é muito simples, é claro que se não houvesse também a divulgação dos atos de corrupção, nada teria acontecido. Porém, primeiro lugar, por que demoraram tanto para começar a denunciar isso? É que o todo mundo sabia que isso estava acontecendo desde o começo. Segundo, por que falava só da corrupção isoladamente sem articulá-la com o plano estratégico global da esquerda latino-americana e da esquerda mundial, na verdade. Então, todas as pessoas que faziam oposição, entre aspas, eles queriam apenas livrar-se da Dilma e no máximo do PT. E o resto nem existe. O resto transcende a sua imaginação. Por exemplo, o esquema internacional. Desde o início, eu falei para os caras, a briga é muito feia, porque essa turma da esquerda Brasília estava articulada mundialmente, até apoito do cantelado. Quando o pessoal supois golpe militar, eu fiz uma série de observações, porque era impossível um golpe militar? Impossível e incominente um golpe militar. Então, um dos tópicos era este. Como é que você vai defender o golpe militar no cenário internacional? Você tem um golpe militar. No dia seguinte, o Banco Mundial cancela empréstimo, a ONU faz um pronunciamento contra você, todo mundo começa de boicotar, etc. E você acha que a milicada está preparada para enfrentar esta briga no cenário internacional? Não está. A milicada não está, os políticos não estão, a direita Brasília inteira não está. Tanto que foi pega de calças na mão quando Lula e Dilma saíram por ali, ateando fogo no cenário internacional e começa a rede da CNN, New York Times, etc. Todo mundo desceu o cacete e fala em golpe. Tem uma paima escrevendo por lugar, olha aqui na televisão, na empresa, é tudo inteiro falando o golpe brasileiro. Quer dizer, o pessoal da direita oposição não estava preparado para isto, porque nunca quiserem pensar em termos de estratégia comunista mundial, nunca. Ao contrário, estavam todos naquela conversa de não, isso é teoria da conspiração, isso me existe, o comodil acabou, aquela bobagem da toda. E a minha participação neste negócio, eu sempre disse o seguinte, que eu não apenas não liderava nenhum dos movimentos, não era sequer membro de nenhum deles, eu estava apenas analisando e dando sugestões, que ninguém é obrigado a seguir. Se a minha influência na esfera cultural e psicológica foi monstruosa e devastadora, a minha influência na esfera política é quase nula. Por que? Porque na esfera política você tem que estar lá presente o dia todo falando com as pessoas, fazendo contato, etc. Eu não posso fazer, nem quero fazer, porque tenho o horror de fazer isto. Então, é claro que na esfera política acabaram predominando outras ações e intenções que se condensaram, então, no impeachment. E a primeira coisa que eu disse, olha, impeachment é demorado, porque impeachment é feito pelo Congresso, meu Deus do céu. Você veja, uma ação popular mais decisiva, mais forte, tipo o crâniano, tá? Se a jupe pobrata estava até xingando todos os governantes na rua, o que custava eles cercarem o Palácio não deixar ninguém entrar nem sair durante uma semana, paralisar toda a máquina de governo. Não custava fazer isso, ninguém ia atirar neles. Você acha que isso é... Você veja, as Forças Armadas não quiseram colaborar nessa coisa porque elas fizeram o cálculo que eu fiz. Se nós fizemos uma intervenção e tomamos o governo, nós estamos ferrados no cenário internacional e não teremos como governar esse país. Então, não fizeram intervenção, porque não dá para fazer. O que não quer dizer que intervenção seria a única maneira de agir. Eu, por exemplo, durante 20 anos falei para os militares, o seguinte, eu fazia com a Frenéia Escola e Comandos de Estado Maior, no Clube de Estado Rio, no Clube de Estado Mineralhara, tudo quanto é lugar. Dizemos o seguinte, vocês não podem permitir que essa campanha de achincalhamento das Forças Armadas continue impune. Os caras fazem um programa no Jornal Nacional, no Fantástico, durante uma semana, escolhendo com vocês, você reage com uma notinha oficial que sua mãe lê. Não é possível uma coisa, eles têm que processar os caras e botar-os na cadeia. Então, muitas vezes eu não me limitei a dar sugestão. Eu dei a fórmula, o caminho das pedras. Dendo-me, agora tem aqui essa denúncia que fizeram para vocês, ela é falsa por causa disso, disso, disso, disso, disso, disso. É engraçado, nunca para precisar de ninguém. Então, isso é total omissão, agora, durante 20 anos, você nem sequer abre a boca e depois você diz, agora vamos botar o tanque na rua e tomar o poder. Quer isso? Então, existem muitos meios que as Forças Armadas poderiam ter utilizado para impedir que as coisas chegassem a esse ponto. O simples fato, por exemplo, antes de não me enlouque um ministro da Defesa Comunista, eles não se reunirem e chegarem para a presidência, prestando, não vão obedecer esse cara. Não vão fazer nada com ele, mas não vão obedecer. É simples, é? Isto aí não é uma intervenção militar. E isto foi possível fazer, mas nem isso fizeram. Chegou ao ponto do comandando o exército. O Vila Boas, que eu chamo de vidas boas, chegar e dizer, nossa concepção de defesa é a mesma do Ministro Aldo Ribeiro. Ora, a concepção de defesa do Ministro Aldo Ribeiro é a do Forno São Paulo. Então, a nossa concepção é igual do Forno São Paulo. Você acha que a tropa inteira subscreve isso? É claro que não. Certo que os oficiais brasileiros, se eles suberem, ó, nós estamos seguindo aqui o Forno São Paulo, eles não vão querer obedecer. Acontece o seguinte, os milíquios não têm, como diz um oficial conhecido, eles não têm consciência situacional, eles não sabem direito o que está acontecendo. Por quê? Se o pessoal da esquerda não conseguiu tomar completamente o aparelho de ensino militar, conseguiu influenciá-lo em muito. Por exemplo, quando o governo Sarnay, instigado por gente da esquerda, tirou das academias militares a disciplina de guerra revolucionária. Então, eles já não sabem mais o que é guerra revolucionária. Claro, pode ter dois ou três e continua. Mas a maioria dos oficiais não tem informação disso aí. Segundo, muitos dos nossos oficiais das Forças Armadas, em matéria de estratégia política, são amadores, eles não acompanham as coisas, eles se deixam guiar pelos jornais, pela mídia. É a fonte de informação básica deles, que é uma coisa absurda. Quando eu comecei a trabalhar no jornalismo, a gente sabia o seguinte, quem se guia pela mídia popular é o sol o pão vão. O especialista profissional, ele vai nas fontes diretas, ele lê publicações científicas, etc., etc., nunca vai citar o estadão a folha como autoridade, falando que não acontecia isso, mas hoje é um normal. Não via ter no clube o ministério do jr. quase saia o estápua com o coronel aqui. Era um dos caras que inventaram o projeto do ministério da defesa. Eu disse, você é louco, porque se você faz o ministério da defesa que vai ficar na mão do civil, amanhã depois vai estar batendo contínuas para gente do forno de São Paulo como de fato aconteceu. O Jacques Wagner depois o Aldo Rebeiro, que é pior ainda, porque ele é comunista mesmo. O Jacques Wagner não, é apenas um picaretão. Comunista é picaretão, mas o Aldo Rebeiro não é picaretão, ele é um comunista às antigas. Comunista é um crente, ele é um crente, verdade? É um crente. É um homem que nem ri. Você não está para brincadeira mesmo. Então, deu cor na começada dos palpitos, ele fala as coisas, se o leu está ao livro a respeito, não. Se o leu está ao outro, não. Se o leu está ao outro, não. Então, se eu adquirir formação, eu falo ali o jornal, então eu sou calabuca, pô. Você é brincadeira, está brincando comigo? Eu me baseio por livros de especialistas e por publicações científicas e fontes primárias, isso é o que... Eu aprendi que o profissional tem que haver assim, né? Você acha que algum... sei lá, um engenheiro pode aprender engenharia além da Fora de São Paulo? Não, ele vale a publicação técnica, né? Eu digo, advogado tem que ser a mesma coisa, o militar tem que ser a mesma coisa, o centro social é a mesma coisa. Mas, acontecer isso foi o fenômeno brasileiro. Durante o regime militar, algumas publicações, como a própria Veja, a realidade, etc., assumiram funções que seria o da universidade. Elas viraram o centro de debate universitário. Então, com isso, a Mídea adquiriu uma autoridade monstruosa no Brasil. E ela foi dominada pela esquerda, então assim que a esquerda adquiriu. Mas a sua autoridade moral, intelectual, etc., etc., ficou incontestada durante muito tempo. Incontestada, não é porque as pessoas tinham medo, é porque elas nem sabiam como se explicar. Né? Isso. Quer dizer, se está na uma esquerdista falando, chegou uma Mídaa Direita, querendo mostrar, não, eu é que sou verdadeira, esquerdista, você é um reacionário. Era sim, o negócio. Eu digo, ai, qual é o problema de ser reacionário? Todo lugar do mundo tem reacionários. Então, você tem aqui a revolução e você tem a reação. É o normal. Agora, no Brasil, ninguém podia ser reacionário e o reacionário tinha que passar para o revolução. Em 1964, o que eles fizeram, os milicos nomearam o suboficiamento de revolução. Né? Então, já é uma concessão, evidentemente. Então, esse longo trabalho de dissolução da hegemonia desencadeu efeito psicológico. Mas, veja, esse tipo de influência, você para fazer isso, você não vai estudar propaganda, mercadologia, não, você vai estudar duas disciplinas que são, antes de dizer, a literatura comparada e a história das ideias. E daí você aprende como as ideias se disseminam. Por meios extraoficiais e sem investimento de dinheiro. Então, eu me baseia em isso, ao outro lado, conhece mercadologia, propaganda, etc., etc., etc. Então, a influência cultural, ela é por natureza difusa. As pessoas não sabem de onde as ideias vieram. Não sabe de onde as palavras vieram. Começa a repetir outras palavras que não estavam no cardápio anterior. E, com isso, você já mudou o atmosfera psicológica em 100%. Agora, quando se tradiação política, propriamente, e dito, não, aí você precisa de um controle direto e diário da situação. E isso aí eu não posso fazer nada. Não só porque isso é uma distância, como mesmo se tivesse do Brasil, eu não me meteria nisso, porque eu odeio fazer isso. Você ficava fazendo conchado o tempo todo, e eu falo, não dá, isso não gosta, não sei, não quero saber. Então, a partir da marcha para a Brasília, o que era um movimento popular espontâneo de revolta contra o governo se torna, vamos dizer, uma obra de engenharia para produzir um determinado efeito. Agora, no início a ideia de impeachment estava inserida dentro da revolta geral. Depois ela se destaca, se torna o objetivo único para eliminar as outras possibilidades. Então, por exemplo, legítima raon no governo Temer. Agora, eu vou ler um pedacinho aqui do que eu escrevi a respeito do reino Aldo de Vêdo. Para vocês entenderem, o importante, evidentemente, não é o reino Aldo de Vêdo, é o quadro político, no qual a coisa está. Vamos aqui. Entrando agora no exame dos rios depreciativos que ele profere contra mim, e noto desde logo que não é preciso contestá-los, basta examinar as alegações factoais com que ele o sustenta, pois são todas invariavelmente falsas. Ou se ele coloca uma série de fatos falsos, baseados no qual a gente tira conclusões. O pessoal presta atenção nas conclusões e não vai verificar os fatos. Consigente da sua inferioridade intelectual, que ele torna inviável um confronto com o Olavo de Carvalho de Carneoso, o senhor Asavedo inventou um, na medida exata da sua própria pequena, para poder mais facilmente esmagá-lo e cantar vitória dentro de um público que desconhece ou só conhece de orelhada o personagem real. Em retorque, esse pedente chama-se Espanthálio, o homem de palha, o adversário indefeso que o debatedor inept constrói para arguer em cima do seu corpo dilacerado um simuláculo de glória. O Espanthálio, no caso, tinha de apresentar os traços visíveis e inconfundíveis do extremista de direita, um saudosista da ditadura, fascista, golpista, militarista, truculente e autoritário. Você ver que com isso você já devolve a situação presente, a situação que você tinha no fim da ditadura. Você tem os caras que querem a continuação da ditadura e tem os caras que querem a democracia, mas isso foi o quê? Décado de 80. As coisas se formularam assim naquele momento. Então, pessoas como o seu reino alzevedo, SR, FHC, eles falam de questão de que a divisão continue sendo esta. Que dentro dessas eles dominam a linguagem. Então, um saudosista, ditadura, fascista, golpista, militarista, truculente, autoritar para enfatizar o contraste entre esse orangotango e a figura modelar do seu reino alzevedo, personificação do herói cívico ponderado, racional, democrático, amante do livro de debate, respeitador da ordem pública e dos direitos humanos. Para isso era necessário pintar-me como um adepto entusiástico da intervenção militar em oposição ao processo legal e constitucional do impeachment. Muito bem, na minha cabeça o que estava em discussão era o seguinte, o impeachment como alternativa tática dentro de um processo que deveria começar pela denúncia da eleição fraudulenta, ou o impeachment isolado, como queriam os políticos. Essa era alternativa, ele já muda alternativa. É assim, impeachment ou intervenção militar. E naturalmente, o Lavo torna seu defensor da intervenção militar. Dio o senhor acervê-lo de texto-almente, Aspas, o Lavo de Carvalho, o Bobalhão e os Bolsonarets queriam intervenção militar. Eram entusiastas dos coturnos saneadores passando sobre Brasília. Lichou. E tanto se insistiu nesse tópico que ali pela terceira repetição, ele já podia ser usado como premissa autofundante e servir de base a toda sorte de conclusões pejorativas que ele deseja se impor aos seus leitores como verdades arquiprovadas. Assim, procedendo o senhor Azvedo, para não, pera aí, se eu dar um pedaço de interesse. Há aquela altura a divisão dos líderes mais falantes do movimento entre intervencionistas e impeachmentistas, porque se eu não cair nas classificações, muita gente caiu, na rua você tinha confronto entre a déptito de impeachment e intervenção militar. Já me parecia o sucra sumo do artificialismo que posei. Movimentos de massas, dizia eu, tende-se a ter a exigência de sumar os fins a atingir, sem se meter na questão dos meios tácticos, que obviamente não podem ser decididos na balburda de manifestação de rua. Em 8 de abril, eu escrevi, falar contra o favor de uma intervenção militar em nútil e prejudicial. O certo exigirá apenas a derrubada do esquema comum do petista. Exigirá de novo e de novo e de novo, cada vez mais, até que o estado de coisa atinge o ponto de maturação, em que, sem a possibilidade de uma terceira alternativa, ou o esquema cai por meio civis, ou os militares intervenem. Ou seja, você não tem que decidir, se vai dizer por meio civil e militar, você coloca seu objetivo e vai tentando que está o seu alcance, que são os meios civis. Seria possível a formação mais clara de que no meu entender uma intervenção militar, só seria aceitável, como recurso extremo, a ser usada somente na hipótesia de fracasso de todas as ações civis? Mas, enfaticamente, ainda escrevi em 13 de abril. Tudo no mundo tem um preço, e é coisa de maluco fazer exigência sem calcular o preço. Se houver uma intervenção militar, a ordem será restaurada, mas os que clamaram pela intervenção terão de parar de falar e começar a obedecer. Se não houver intervenção, tudo pode demorar mais, mas a gente pode curtir o que está falando. Diz hora que vai fazer esse cura, é Deus, não é eu? O que significa ainda este vídeo? Eu dou aqui o link do vídeo. Onde? Ao apresentar-me como apologista da intervenção militar, aspas ajoelhados diante de botinas, a expressão dele, o senhor Renato Gervais estava desmentido com dois anos de antecedência por declarações mias de março de 2014 ostensivamente contrárias à propósito de intervenção militar e favoráveis à ação puramente civil. Eu dizia assim, porque se estão falando de intervenção militar, vocês são loucos, vocês esgotaram os beios civis, quantos processos vocês fizeram? Por exemplo, nada, não fizer nada. Então você não faz nada e você quer passar o bacafim para a mão dos soldados. O ponto central da armadilha de famatória montada pelos RZV demonstraram como um inimigo do impeachment e adepto da intervenção militar. Ele jamais respondeu nem poderá responder ao desafio que ele lançou a minha leitura Priscila Garcia, aspas. Mostre uma afirmação do Olavo dizendo não querer o impeachment e sim uma intervenção militar. O paladino da democracia evidentemente não mostrou nenhum, porque nenhuma existiu, exceto da sua cabeça. Certo a sua imaginação. As duas líderes mais populares do movimento pro impeachment, Beatriz Kieses e Joyce Háxima, encarregaram pessoalmente de desmascarar a história inventada pela RZV. Então eu dou aqui o link do que a Beatriz Kieses está falando e o recado que a Joyce me mandou. Vi o texto ridículo que o reinaldo fez e já puxei as orias dele. As duas líderes do impeachment. Quer dizer que se eu estou contra o impeachment, como é que as líderes do impeachment estão dizendo isso? Se desde o primeiro momento, eu adverti que o mero pedido de impeachment isolado de outras providências preliminares ou concomitantes arriscaria legítima a fraude da apuração secreta, já que o impeachment subentenda a legitimidade do mandato acusado. Os entusiastas sinceros do movimento, como Beatriz Joyce e o compositor Lobão, entender imediatamente que isso eu estava querendo ajudar e não boicotar. Meu objetivo era articulares, isso aqui é mais importante, articulares em movimento com as iniciativas concomitantes do senhor Dalma Corsini e do provotor Matheus Faria para denunciar a farsa da apuração secreta, uma maior crime eleitoral de todos os tempos, que transformou eleição presidencial 2014 numa artimanha montada para manter a senhora Dilma Rousseff no poder por meios ilícitos. De fato, algum eleitor brasileiro a comparecer às urnas, foi avisado que seu voto seria computado em segredo, sem possibilidade de fiscalização popular por 23 pessoas apenas, chefeada por um notório parceiro e apadrinhado do governo poetista. Não, nenhum foi avisado, foram todos enganados, imaginando que seria uma eleição transparente e honesta e não um ardil montado com uma lícia doloza por meio de máquinas previamente programadas para não poder ser auditadas jamais. Daí eu disse assim, olha o que é você roubar de meros público perto de uma coisa dessas? Se você tomou do povo o meio decidir seu destino, se você tomar o dinheiro dele também é só uma coisinha mais que você roubou, já tirou tudo. Infelizmente não conseguia articular os dois movimentos, não só não conseguia articular como começou a campeira de inflamação do Dalmakorci, ele foi uma coisa horrível, ele que estava gastando os tubos de seu próprio dinheiro para fazer aqueles conclaves, o pessoal começou a inventar que ele estava desviando dinheiro e estava aí assassinado a reputação mesmo. A mídia dos políticos, que tanto haviam ajudado o comum do petismo a chegar ao governo e instalar no país o controle hegemônico sobre toda a sociedade, vendo pelas dimensões da fúria popular que já não podiam salvar a imagem de falsa normalidade que haviam tão laboraisamente construído, consentiram então tardiamente de má vontade entrar na luta anti-petista com três condições. Primeira, concentrar os ataques no puro fato da corrupção, como se fosse um delito comum igual qualquer outro, abstraído de toda a ligação com o Fora de São Paulo, com hegemonia cultural e com o movimento comunista internacional. Dois, legitimar a fraude da apuração secreta, repetindo isso em sentimento que a história de Omar Rousseff era governante legítima, eleita democraticamente. Três, desviar todo o movimento popular para um alvo único e seletivo, tomado fetigisticamente como solução mágica de todos os problemas nacionais, o impeachment. Só ele e nada mais. Nenhuma concessão a tudo que a massa nas ruas exigia. Fechamento do Fora de São Paulo, investigação da ligação e do PT com narcotráfico, fim da política de gênero, fim da propaganda comunista nas escolas, etc. Nada disso. Já não se trata tão, portanto, do impeachment, tal como concebiam Beatriz Kiesse, Joyce Haasam e outros líderes populares, mas de uma versão amputada e higienizada. Concebida para poupar de incomodidade à esquerda universal, é ser possível fazer dela, da grande compadre e tudo, a protagonista heroína da grande epopeia do saneamento nacional. A advogada Janina Pascual, pessoa honesta e combativa, mas politicamente despreparada, tornou-se um instrumento dócil dessa operação ao fazê-lo de dois esquerdistas históricos, Helio Bicud e Miguel Reial e Júnior, as estrelas maiores do movimento, ao lado de tradicionais padrinhos do esquerdo nacional, como José Serre, Fernanda e Ricardo. O Dr. Miguel Reial e Júnior mostrou estar muito consciente da torção ideológica que assim impunha o movimento popular, revelando toda sua malícia no momento em que sinicamente apresentou como continuidade natural da aspas, nossa tradição de lutas democráticas, diretas já fora cólera, etc. Isso é da sucessão de movimentos, que havia uma consolidada hegemonia cultural da esquerda e elevado o pete ao poder. Já não se tratava com isso, nem mesmo de sacrificar os anéis para salvar os dedos, mas apenas de jogar fora a casca e comer a banana. A senhora de um morosef, uma tola indispensável, nunca foi nenhum anel, não era sequer uma banana, era a casca. É absolutamente impossível que o senhor Aservedo não tenha percebido que as coisas passaram exatamente assim, só que ele não pode dar o nome aos bols porque ele é próprio a um deles. Ora, em nenhum momento combatiu o impeachment enquanto tal, apenas a sua transfiguração calhorda numa glorificação de velhos políticos que o povo nas luas desprezava, aos quais o senhor Aservedo rende culto há décadas. Por ironia, quem sim boicotou o impeachment desde o início e só parou de boicotá-lo muito mais tarde quando descobriu um jeito de manobrar a linfantagem própria, foram os dois santos da devoção do senhor Fernando, do seu Aservedo. Ponder e Cardoso e José Serra. No dia 25 de abril de 2015, com o entusão guerreiro das maçãe da Ferver nas ruas, a mídia anunciava aspas, manjedronal de serra e FHC unificam um discurso contrapedido de impeachment. Os dois não vêem motivo para o processo. Está aqui a notícia. Rio, senador José Serra, PSDBSP, engrossou o Curo do Grupo de Tucanos contra a Abertura do Próximo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Em palestra na Universidade Harvard, Serra afirmou que Impichma não é programa de governo de ninguém e defendeu que a oposição precisa de responsabilidade. Já no dia seguinte, o ex-presidente Fernando Ricardoz, discursando no fono de comandar a tuba do Sul da Bahia, defendeu a tese semelhante. Tá aqui o link, papá. Para fazer desses dois traidores, os heróis retorativos de uma causa que eles boicotaram desde o início, os suores eventilhamentos inventaram o falso boicotador do Impichma e jogaram sobre ele as culpas dos dois políticos que a década ele idolatra e serve com docilidade canina. E é assim por dentro. Você vê um nível de parcheira que nós estamos chegando, gente. Quer dizer, não é de espantar com os furetichingue de tudo e no dia seguinte diz não, eu me compro de uma maneira civilizada, eu já mais o chingue. No dia seguinte. Então, o que é isso? Ainda, isso é resultado da decomposição da linguagem nacional. Você vai linguar na qual você não pode dizer os fatos como você os vê, mas você é obrigado a apresentar tudo com um chavão. Então, temos aqui o democrata e o militarista, exatamente como em 1988. Então, esse pessoal vive do mito da nova república. A nova república foi o que consolidou a divisão do espaço político, a gente PT, PSDB. Como depois, mais tarde, foi combinado na famosa reunião de Miami, março 5 de março 93. Do FHC, com os líderes do FI, São Paulo e os líderes do Diálogo Interamericano, que é o Think Tank do Partido Democrata e o grande financiador da esquerda no Latino-americano. Está aí explicado. Então, é claro que um tipo como o RROSV, do Vila, as pessoas dessa ordem, elas só podem perceber, vão dizer, a política do dia tal como aparece na mídia, essa é a esfera de ação delas. As correntes profundas de ordem cultural e psicológica nunca vão perceber. Então, para eles, eles fizeram o grande serviço, porque na hora H subiu lá, o Quim catacolquinho gritou três palavras de ordem e foi para Brasília. Então, isso para eles é a ação definitiva e eficiente. Trinta anos de trabalho para mudar a atmosfera cultural, para criar outras possibilidades, isso aí não existe. Então, daí aparece o RROSV dizendo, olá, tentou conduzir as massas em março de 2005, eu conduzi as massas? Não, eu sempre disse, eu não estou lidoendo nada, não sou de sequer membro, não sou de apenas... O meu trabalho eu já fiz, foi eliminar a gemundia cultural e possibilitar que isso acontecesse, daí para dentro os outros, eu sou do meu comando e faço o que quiserem e de fato assumir-o e fizerem, a porcaria que fizerem. Aí tentou conduzir as massas, o que é falso, mas ninguém eu conhecia, eu falava assim, sim, sim, aqueles milhares de cartazes, olá, tem razão que apareceu na rua, aquilo tudo era encódigo, gente, era uma referência secreta ao reino do desvedo. Então, olá, o que quer dizer, leia o reino do desvedo. Pronto, está aí, chegamos a esse ponto de loucura. Bom, eu só falei desse assunto, porque foi o único assunto que deu tempo de pensar durante a semana, ainda vou ter mais os dias de trabalho para isso, porque o texto está muito maior do que isso aqui que eu li para vocês e eu vou ter que explicar tudo, tintim por tintim, porque essa conversa toda está se baseando no confusão, nem no proposital. Por exemplo, lá para dentro ele diz assim, uma das coisas que, das mitologias colávios que eu queria a respeito dele, é que ele é o perseguido, que ele saiu daqui, foi para a virgina, fugido, porque ele matava, eu nunca falei isso na minha vida. Eu disse exatamente o que eu estava perguntando, porque isso foi a virgina, porque o perigo estava falando, não, eu vi porque me ofereceu um emprego no diário do comércio, meu Deus do céu, o emprego era bom e eu ia largar, aliás, isso foi a melhor coisa da minha vida mudar para cá. E para compensar agora, lê as colônias do... para errar os eventos todos os dias, se a gente está sendo atacado pelos burcutus todo dia. Eu falei, olha, pelo meus cálculos, indo desde o tempo do orcuta até hoje, eu quis escrever o de historinha da caroachinha, meu respeito, da anumina, 20 mil páginas. Então eu pode dizer, eu sou o brasileiro mais achim calhado da história. Tá certo? E, bem, eu estou preocupado, estou me sentindo perseguido, aliás, daí eu citei um poste de 2014, onde eu disse literalmente o seguinte, eu só me sentirei perseguido quando houver dez petistas na minha porta armado esperando para me matar. Então como é que eu estou falando de perseguido? Eu estou dizendo que eu não estou sendo perseguido, os caras falam mal de mim, mas a palavra que eu não morde, falar mal é uma coisa, perseguição é outra coisa. Na verdade, assim, eu não acredito que eles me perseguem, eles têm medo de mim, esse cara tem medo físico de mim, eu que sou um velho 70 anos, estou caindo pelas tabelas, entendeu? Eu vi isso na Bienal do Livro do Porto Porto Alegre, eu tinha 200 caras do MST, lá tudo gritando, eu mordo na mesa, caramba, o cabelo, todo mundo. É com essa gente que está me dando, são os facotes, tem medo de tudo, porque vive de mentirinha, né? Assim como o senhor Ronaldo Zepete, você vai ver a cara dele, se acha que isso aí tem coragem para alguma coisa, é claro que não, meu Deus do céu. Por isso que fica repetindo todo lado, eu tenho medo, tenho medo, tenho medo. Quem lhe perguntou se o senhor tem medo, quem está interessado no seu estado psicologico? Cara, fica repetindo, não tem medo que é zé. É auto-impinosa, estou me convencendo, é aquele negócio do chifre noe todo dia, sobre todos os aspectos que você está indo cada vez melhor. Isso aí me lembro Pedro, uma historinha moral, eu tenho 12 anos, chegou para a mãe e falou que estou progredindo, agora eu só toco punha da 3 vezes por dia, sobre todos os aspectos que está indo cada vez melhor. Então é isso gente, eu acho que eu nem vou fazer sessão de perguntas, porque nós fomos longe demais, que horas senhor Aguinho? 20 para as 10, às vezes são 20 para as 11 lá. Então hoje não tem pergunta, tá? Também é bom para mim que eu estou cansado para carregando caixa a semana inteira, espero que a semana que vem a gente esteja um pouquinho melhor instalado aqui e veremos o que podem fazer. Muito obrigado.