Olá por favor novamente, vocês estão ouvindo a Beesem pelo chat? Sim, sim, sim, sim, todo mundo ouvindo. Vamos lá, boa noite a todos, sendo bem-vindos. Eu, ao longo dessas aulas, tenho insistido que a raiz de todos os problemas do Brasil atual são resultado da destruição da alta cultura no país. Nunca será demais insistir nesse assunto, porque a esfera da alta cultura é aquele conjunto de pessoas que leram os mesmos livros, compreendem as mesmas palavras, tem um domínio vocabulário mais ou menos similar, tem acesso ao mesmo corpo de fatos e conhecem as mesmas correntes de ideias, mesmos valores civilizacionais, os mesmos critérios do certo errado, do verdadeiro e falso, etc. E por isso mesmo podem levar uma discussão frutífera sobre qualquer assunto. Quando os debates se transferem para a esfera propriamente política ou mais especificamente parlamentar, isso é um resumo, é um recorte da discussão mais geral que se desenrolou na esfera da alta cultura. A partir do momento em que a alta cultura desaparece, então nós podemos fazer a seguinte comparação. O Miguel Reali, quando era reitor da USP, mandou criar um obelisco lá e em volta, pois, uma inscrição onde dizia que a cultura era como uma esfera com os raios e em todas as direções. Você imagina quando não há essa referência a um centro da cultura, centro que é composto de valores civilizacionais conhecidos por todos, ainda que isso varia de civilização para civilizações, isso não faz diferença. Porque acontece que as pessoas pegam ideias soltas, opiniões soltas, frases soltas e isso é como se abrissem um livro de Platão, um qualquer parna, ler uma frase e depois ler uma frase de Nietzsche no meio de um outro livro e começa a querer tirar alguma conclusão. É exatamente assim que as pessoas raciocinam hoje em dia no Brasil. Elas não têm centro, não têm referência, não têm mapa do território. É tudo tirnoar, é tudo chute, na verdade. Então nós podemos comparar assim, em vez de você ter aqui um centro, que tem raios que vão em todas as direções, e que um raios se comunica com o outro através do centro, não, você pega pontos com a esquerda, um dos raios e um outro ponto de um outro raios, um terceiro ponto de um outro raios, cria uma figura. E você acha que isso é realidade porque isso lhe dá a impressão de realidade. Sobretudo, essa impressão de realidade, na maior parte dos casos, adivendo o simples sentimento de concordância, quer dizer, gostaram ou não gostaram ou aprovaram ou não aprovaram alguma coisa, se torna automaticamente critério de realidade, quer dizer, se aquilo ressoa em você como uma coisa que lhe é agradável, você acha que é realidade e se não ressoa, você acha que é falso. Quer dizer, uma reação simplesmente, vamos dizer, emocional, gustativo, e no fim das contas, lúdica, a pessoa está brincando. Daí, a tendência de, é o seguinte, quando se diz qualquer... lembra qualquer fato negativo a respeito de um partido político, de uma religião, de um país, de uma nacionalidade, de uma cultura, automaticamente, a pessoa entende que você está contra aquela entidade, aquela religião, aquela cultura, aquele país, etc. Se você diz uma coisa agradável, eles acham que você está a favor. Quer dizer, no fim das contas, você só tem essas duas categorias, o contra e a favor, isso é, o gostei e não gostei. Isso ainda é norma geral em toda a discussão brasileira. Inclusive, você dá parte de pessoas que exercem uma responsabilidade pública e teriam que ser um pouco mais sérias nas suas discussões. Então, vocês imaginam o que pode acontecer quando alguém... eu pranpo-lhe essas minhas notias do Facebook. Eu já expliquei o que eu uso no Facebook como espécie de um diário, onde vou colocando ali apontamentos que são impressões do momento. Essas impressões, elas naturalmente podem ser contraditorias, porque as coisas têm vários aspectos e esses aspectos não combinam entre si. À medida que você vai acumulando notas, você está seguindo mais ou menos o método estotélico das definições. Quer dizer, você tem as várias notas, quer dizer, que você notou. E você as articula de algum modo, de tal maneira que reflita a estrutura do objeto. Na verdade, a estrutura de qualquer objeto se compõe de feixes de contradições. É só quando você tem, um sistema de contradições montado em torno de um objeto, uma questão do fato, é que você sabe o que se trata. As contradições, por essa vez, podem surgir de pelo menos dois lados. Um é a divergência entre os pontos de vista dos vários observadores, quer dizer, você olhando a coisa de vários lados, você tem impressões distintas. E outra coisa, em segundo lugar, podem aparecer de espécies contraditorias do próprio fato ou situação. Se você não tem o feixo de contradições, você não tem nada. É preciso que as contradições se acumulem e se articulem. Até você chegar a uma espécie de contradição intolerável, quer dizer, é tanta contradição que você não aguenta mais. É só aí que o perfil do objeto começa a aparecer, quando você nota que as contradições que você repara, começam a ser repetitivas. Ou seja, de certo modo, o conjunto de contradições que forma aquele objeto e que o localiza no corpo geral do ser, chegou ao seu esgotamento. Não há mais perguntas, não há mais dificuldades que possam ser colocadas com relação a aquele objeto, então aí tem uma certeza razoável de que você o conhece. Quando se trata de uma situação complexa, por exemplo, uma situação política, histórica, cultural, etc., o número de notas pode se avolomar indefinidamente. E eu sempre uso este método, eu vou colocando ali as notas, os aspectos que eu reparei, esperando que mais de a menos de eles comecem a se articular num todo coerente. Quando eu articulo no todo coerente, eu fecho isso no artigo. É muito simples. Isso quer dizer que o que você leu no Facebook sobre isso, sobre aquilo, nunca é a expressão da minha opinião terminal sobre algo. Se há uma coisa que nós temos que abdicar, é justamente de ter opiniões pontuais sobre pontos soltos. Esses pontos soltos são sempre ilusórios, são sempre só aparenças. Isso quando não são meras palavras. Por exemplo, quando surgia a discussão pro e contra intervenção militar, eu ficava espantado com o número de pessoas que ignorava totalmente o que pudesse ser uma intervenção militar, e no entanto, tinham uma posição contra e a favor. E eu digo, bom, tentemos imaginar o que é uma intervenção militar. Por exemplo, se tem intervenção militar constitucional, não é um golpe. Eu digo, bom, você está falando na esfera agetiva, você está qualificando a coisa. Mas qualificando, a categoria da qualidade não é a mesma da substância. Se você diz que uma coisa é boa, ou ruim, que ela é legal, o ilegal, você ainda não disse o que é substantivamente, realmente, como se dá, e o que é uma intervenção militar na realidade. Então, por exemplo, será parável pensar o número de discussões que é preciso haver no Estado maior antes de que seja tomada uma decisão desse tipo? E você já tenta imaginar que tipos de questões se levantam nessas discussões do Estado maior? Então, eu vi que ninguém tinha nem pensado nisso. Eles só pensavam se uma intervenção militar qualquer que fosse, se ela era legal ou ilegal, se era conveniente ou inconvinhente. Eu digo, mas como é que eu vou saber se é conveniente ou inconvinhente se eu nem sei o que é? Então, nós temos alguns exemplos de intervenções militares acontecidas neste e em outros países, está certo? E nós temos alguma ideia da complexidade da coisa. Então, em primeiro lugar, uma intervenção militar vai desalojar os governantes e colocar outros. Agora, muito bem. O governo não se constitui de uma pessoa nem de duas, ela é uma série de círculos concêntricos que começa, vou dizer na presidência da República, e vai terminar no último vereador do interior. Quantos desses você precisa remover para você criar uma mudança efetiva na situação? Ou seja, é o problema que aparecer. Seis e sete, é a lista dos caçados. Como é a sua lista que tinha dez, terminou no três mil, quatro mil, cinco mil, dez mil. Então, tem este problema. Quem que nós vamos remover? Estão certos? Desses que nós vamos remover, nós vamos simplesmente remover do cargo ou nós vamos caçar os seus direitos políticos, ou seja, impedir o seu retorno na vida política. E por quanto tempo? Vocês veem que aqueles que foram caçar, tiveram seus mandatos em direitos políticos caçados em 1904, todos retornaram, mais dia menos dia. Todos retornaram e estão todos aí, são os donos, são os reis da coca da preta. Então, isso quer dizer que a suspensão dos seus direitos políticos teve um efeito temporário, em grande parte um efeito negativo, porque se espalharam pelo mundo e começaram a fazer uma tremenda propaganda contra o governo local, o Milão Arquitérno, no começo das primeiras semanas, o governo mandou o Carlos Lacerda para Paris para eles dar umas entrevistas explicando o que tinha acontecido, ele se saiu muito bem naquele momento. Mas, se você pensar assim, quanto tempo durou depois o esforço do governo militar para se explicar para o mundo? Ele acabou ali mesmo. E a campanha contra ele continua aumentando, aumentando, aumentando. Em parte, uma divulgação de fatos reais e 90% com lendas urbanas, evidentemente. Então, você imagina só este aspecto, como que, o que nós vamos fazer na escala internacional, se tomamos o poder, mesmo que seja por uma semana? Vocês viram o que aconteceu em Honduras, que tiraram o presidente e no dia seguinte, havia uma pressão internacional monstruosa, ele tiveram que fazer novas eleições e nas eleições se elegeu um adepto do presidente anterior. Então, é como se diz o golpe que não houve, o golpe foi neutralizado de alguma maneira. Então, eu penso assim, algum desses entusiastas ou inimigos da intervenção militar chegou a pensar no que ela é concretamente não, bastou a palavra. Então, é esse famoso mecanismo brasileiro, no qual você tem uma palavra, e a palavra corresponde a uma emoção. O objeto, aqui a palavra deveria ser referida, não comparece de maneira alguma. É o efeito imediato, o efeito emotivo imediato da palavra. Então, eles estão tomando posição a partir de melas símbolos verbais, aos quais não corresponde absolutamente nada. E pior, as pessoas tomam posição contra a favor dessas melas palavras, e eles também tomem. E digo, oh, meu filho, você é um gênio, você consegue tomar posição a favor ou conta de coisas que você não sabe o que é. Eu não consigo, eu preciso saber o que é. Então, o que eu faço? Eu vou ali meditando e anotando os vários aspectos que a coisa aparece. Esses que eu estou mencionando, as discussões no estado maior, eu fiz ali uma lista de 12 itens que eu coloquei no Facebook faz tempo. Doze questões que sugeriu naturalmente num estado maior. Olha, as pessoas sabem o que é estado maior? Não, ninguém sabe o que é estado maior. O estado maior é o corpo de oficiais que analisa os cenários possíveis e entrega para o comandante para com base em ele tomar uma decisão. O seu estado maior não decide nada, ele apenas especula possibilidades. Com base, evidentemente, em dados, estatísticas, etc. Então, o estado maior é o suporte intelectual do comando. E ali que se dão as discussões. Eu já dei aula na Escola de Comandante do Estado do Móor do Exército, de várias, e eu via que eram um pessoal muito bem informado, muito mais do que qualquer jornalista que eu conhecesse. E via também que ali dentro havia alguns antagonismos. Por exemplo, um dia tive lá uma discussão, quase saindo no tapo, com um coronel, que era irmão do Aluís Mercadênico. Ele estava lá na Escola de Comandante do Estado do Móor. Ele naturalmente não era simpático a mim, nem a nada que eu pudesse representar. Ele tinha boas informações sobre o estado de coisas, mas ele tinha lá as suas posições. Havia outras pessoas também com essas posições ali. Se você perguntar, dos oficiais que eu vi você, quando você era um conto, eu não tinha uma menor ideia, porque eles não se pronunciaram, evidentemente. Podiam fazer uma pergunta ou outra, não iriam levantar ali para fazer um discurso. Então, a maior parte das pessoas que estão falando de golpe militar nem sabem o que é o estado maior. Quanto mais tem uma ideia do que se discute ali. E não entanto essa discussão, a respeito do nada, a respeito de uma bolha de sabão, criou assim, despertou as maiores emoções positivas, neg<|pt|><|transcribe|> que choraram. e que, de fato, uma intervenção militar era a maneira mais rápida e fácil de resolver as coisas. Ou seja, o procedimento científico normal, que é de você levantar as hipóteses contraditórias e ir descrevendo uma por outra, uma atrás da outra, Humildeonürlich, etc... Então, se você pegar a minha postura, Problemas de Meto na Ciência Humana, você vai ficar tudo lá. Então você tem, em primeiro lugar, vamos dizer, as pessoas dos agentes, agentes individuais e grupais, quem são eles, quem são os personagens que estão em jogo. Segundo, você delinear o horizonte consciência de cada um. O horizonte consciência, é o conjunto de articulado e compreensível de informações que o sujeito tem acesso. O horizonte de consciência se delineia pelo seu limite. Ele não é positivo, você não precisa fazer a lista do construíto, sabe? Você pega os pontos que obviamente ele não sabe. Ele diz, bom, isso está fora do horizonte de consciência dele, isso também está fora, isso também está fora, isso também está fora. E partimos do princípio de que, onde o sujeito não enxerga, ele não age. Então, se ele não age aquelas ações possíveis que seriam determinadas por aquelas informações, estão excluídas do cenário e simplificam o caso da coisa. Então, em seguida você precisa avaliar o peso relativo desses elementos que estão fora do horizonte de consciência. Ou seja, o que que é ignorância realmente? Existe a desciência que é você não saber alguma coisa, e existe a ignorância que você precisaria saber. Então, o que é ignorância mesmo? Então, os vários fatores de ignorância são certamente matrizes de ações que não incidirão sobre a realidade, serão ações de ilusórias. Então, você tem, em cada momento, você tem para cada personagem, em individual ou agrupal, um conjunto de ações que são viáveis e um conjunto de ações que vão escapar da realidade, não vão produzir nada ou vão produzir resultados desastrós para o próprio agente. Se você não fez este diagnóstico com relação a uma ação política que você propõe ou que você deseja, então você não sabe nada a respeito. Zero. Se você está lutando por palavras, se você falar por exemplo, sei lá, ah, nós queremos o impeachment. Eu disse, bom, a palavra impeachment significa muitas coisas diferentes e no contexto atual concreto, ele pode resultar absolutamente desencontrados. Então, a primeira noção do impeachment, a primeira é mais popular e mais imediata, é de que o impeachment é o primeiro passo para estourar o balão do poder petista e do poder do Fundo de São Paulo. Essa é a primeira noção. Se você pegar as massas que saíram às ruas em março e setembro, essa é a ideia que eles queriam porque todos estavam agregando fora PT, fora Fundo de São Paulo e não apenas fora Dilma. E desses haviam uns 20 ou 30% que clamavam por intervenção militar. Então, nós podemos dar por pressuposto que a opinião das massas nessas duas manifestações era contra todo o esquema comum no petista que tomou o acordo com o país, contra todo ele. E o impeachment seria um aspecto disso. Logo em seguida, aparece uma segunda versão do impeachment, é o impeachment como substituto do conjunto de medidas. Ou seja, não falamos em fechar fora de São Paulo, não falamos em fechar o PT, não falamos em botar o lula a cadeia, nos concentramos no impeachment, vamos nos livrar da Dilma. Bom, já é uma versão diminuída, evidentemente. Tendo-se em conta que a eleição na qual a dona Dilma se elegeu foi feita pela Smartmatic, só 23 pessoas tendo acesso a contar de voto, então, obviamente, uma eleição sem transparência, uma eleição 100% inválida sobre qualquer aspecto que você examine. Então, aí você já tem um segundo divisor no sentido do impeachment. Para algumas pessoas, o impeachment é um primeiro passo para você invalidar tudo e eleger um novo governo. Para outras pessoas, o impeachment é exatamente o contrário, é uma maneira de se livrar de uma governante incômoda e népta, tá certo? E não fazer nada mais. Então, o impeachment é para derrubar o sistema ou para consolidá-lo, eu digo, bom, depende de que são os agentes que estão em jogo. Né, isso? Você vê aqui. Quando surge a ideia de pedir impeachment, veio logo em seguida a ideia da toda marcha para a Brasília. Eu achei que era uma coisa... Bom, primeiro lugar, quando a história... Fazer um parêntese aqui. Quando eu estou na manifestação de rua, eu já achei que aquilo era uma espécie de ejaculação precoce. De cara, tá bom. Nós vamos ter que de algum modo ajudar. Eu não posso recusar a minha ajuda, isso aí. Mas que é uma ejaculação precoce é porque não completamos a restauração da alta cultura. Portanto, não temos uma liderança cultural. Portanto, não temos uma liderança política. Portanto, é muito simples, né? Primeiro você cria, quer dizer, uma elite cultural. Essa elite cultural trabalha durante muito tempo e daí aos poucos, com sorte, vão surgindo verdadeiros líderes políticos. Capaz, informados, capacitados por uma ação efetiva. Então, eu falo, não tem liderança, não tem nada, nem mesmo liderança cultural ainda. Nós temos um projeto de liderança cultural que são vocês. Então, que não há ninguém mais está tentando restaurar alta cultura no Brasil. A não ser que seja o Renato Genénia Ribeiro e talvez aérea realizasse. São os grandes renovadores da cultura brasileira. Na verdade, só tem vocês, não tem mais ninguém. E, evidentemente, tem uma série de cursos e blogs, e isso aqui apareceu em torno deste curso. E que tem um efeito multiplicador. Mas é só você fazer a seguinte pergunta. Quanto gêneos existe circulação no Brasil atualmente e comparar com o que tinha nos anos 50? É uma coisa horrível, é horrível você vê isso aí, horrível. Assumiu tudo, realmente. Então, não tendo a liderança? Pode ser um movimento caótico, mas não se pode prejudicar que um movimento caótico seja inificável. Mesmo porque ele estava crescendo muito. E eu mesmo recomendei aos candidatos a líderes que não liderassem nada, mas que simplesmente seguissem a massa. Por quê? Se você não tinha líderes conscientes e preparados, você tinha a massa consciente e preparada. Uma massa que estava entendendo tudo o que estava acontecendo. E isso que eu achei o fenômeno mais extraordinário de todos os tempos. Você via qualquer Zemané da rua, entendia qual era a ligação, por exemplo, entre a Robaliere e o Furo de São Paulo, a Robaliere, o processo revolucionário, a Robaliere, o Bolivariadinho, todo mundo entendia isso. Estava claro para todo mundo. Embora a mídia jamais falasse dessas coisas, nem na mídia, nem no parlamento, se falasse pior, ninguém nas Forças Armadas falava. Um general saí para falar do Furo de São Paulo. No máximo, falar de corrupção sem nem entrar em muitos detalhes. É corrupção genérica, como se fosse uma condenação geral à sociedade brasileira. É uma sociedade corrupta. Isso foi o máximo que os generals falaram, o máximo que os parlamentares falaram. Depois, se está certo de levar muito chacoalhão, alguns senadores, os deputados começaram até a falar um pouquinho do Furo de São Paulo. Mas é claro que se você tira o Furo de São Paulo a jogada, você não entende o que está acontecendo. Porque uma Robaliere de tão larga escala não pode ser para enriquecer dois ou três semanas. Realmente não é possível. Tem uma coisa muito maior por trás disso. Pior ainda, existe um terceiro fator do qual ninguém fala que é o suporte internacional mundial dado ao Furo de São Paulo e a esses governos corruptos. É o ONU, é o Jor-sur, é o Rockefeller, é o Obama. Esse é um aspecto que nem eu mesmo analisei isso direito. Mas que evidentemente está presente e tem de ser levado em conta. Eu achei que aquilo era uma ejaculação precoce, mas não podia apostar que ia dar errado. Nem que ia dar certo. Então, o que é que a gente faz? A gente ajuda. Sem ter ilusão de onde a coisa vai, sem emitir diagnósticos deprimentos para não tirar a entusiasma dos caras. Mas também sem se entusiasmar muito. Quando a gente viu aquela massa de gente na rua e viu as pesquisas que dava 93% da população contra o governo. E do sete restantes, seis acham que o governo é apenas regular, então reduzindo a 1%. Bom, o que nós temos na mão é uma revolução. Quer dizer, a massa não aceita mais as autoridades. O nível de desrespeito às autoridades chegou ao sul para sul naquela nova dos estádios, o pessoal chingou, e aí dava, é um fenômeno inédito na história do mundo, isso nunca aconteceu, o governo não pode ser variado. Xingado dessa maneira, nunca aconteceu. E xingado por massa popular mesmo. Então, nós estamos com a revolução brasileira na mão, quer dizer, o povo contra o estamento burocrático, como diz o Raimundo Fauron. E daí aparecem as mentes iluminadas e nós vamos fazer uma marcha para Brasília para o Fidio Impeachment. Você faz o quê? Você transfere o protagonismo da situação da massa para a classe política. Classe política, a massa rejeitava e a xingalhava. Não deixava o político nem subir no palanque. Você não ia dizer, até o Bolsonaro foi rejeitado, até o Bolsonaro. Não, você é deputado, não. Não queremos. Esse não que eu não era o pessoalmente quando eu não era deputado, mas satisfeito de ser deputado. Não queremos deputado, não queremos senador, não queremos governador, não queremos PSDB, não queremos político nenhum. Então, você está passando o protagonismo do movimento? Justamente é aqueles que o movimento rejeitou. Evidentemente já era um tiro no pé. Segundo, você não reúne 2 milhões de pessoas na rua para dizer, espera aí que eu vou até Brasília e já volto. Você não faz isso. Isso aí também é um fato inédito na história do mundo. Os autonomeados líderes da manifestação, que não eram líderes de coisa nenhuma, ninguém jamais tinha ouvido falar deles, aparecendo no palanque pela primeira vez ali. Se você perguntar como se disseminou a palavra de hora da manifestação, se disseminou por internet, por mil e um canais que ninguém podia controlar. É isso. E? Então, a partir deste momento que houve a marcha para Brasília, o que quer dizer? O que despertou as ambições da classe política. Bom, nós vamos pegar o protagonismo da situação, nós vamos resolvê-la e nós sairemos todos bem. A classe política em geral. Mas dentro da classe política, havíamos um sub-setor que são os tucanos e, vou dizer, boa parcela da esquerda, psal, etc. Bom, é a nossa chance. Então, nós podemos criar uma nova versão do impeachment, onde nós reescrevemos a história do movimento e, em vez de vinculá-lo a uma revolta geral do povo contra PT e Furo de São Paulo, nós a reinserimos historicamente na tradição esquerdista das diretas já, do Fora Color e assim por diante. Vejam os discursos do seu amiguel, o real e o Júnior, que do FHC, nos últimos dias, que é exatamente isso. Estão criando uma modificação total do panorama histórico e inserindo esse movimento, justamente na tradição que ele abominou. Então, se nós pegarmos os agentes que criaram essa situação, como por exemplo, o Fabio Osterman e outros, não vou nem ele falar de quim, né? Esqueça isso, é mosquito. Eu no começo pedi para que não falassem mal do quim, o bolho estivesse errado, defendia o rapaz, mas assim, é caridade, eu estou a fazer apenas isso, né? No Brasil, você dá uma esmola para o seu jeito e ele já acha que é o seu doutor. Então, dei lá uma esmola um pouquinho e ele começou a achar que era importante. Vamos esquecer o quim, vamos concentrar em pessoas que têm um pouco mais de autoridade, de poder, como chefe do MBL, o Fabio Osterman. Este homem está capacitado para fazer uma análise política? Obviamente não, porque é só você ouvir os discursos do Miguel Reale, do Hélio Bicudo e do FHC e você vê, quer dizer, que é você colocar o movimento no outro retaguarda histórico, que é contrária a dele, é evidentemente você, o Zulu Paulo, e colocar na serviço dos inimigos, não tem a menor dúvida disso aí. Quer dizer, como é que o Alfred não percebe isso? Como é que ele acha que, ah, nós nos alinhando ao Hélio Bicudo, nós vamos ganhar publicidade? Sim, se vai ganhar publicidade, por Hélio Bicudo. Ou você acha que amanhã ou depois, graças ao Hélio Bicudo, vai aparecer todo mundo na rua com cartaz fabio, óster e manter razão? Ninguém vai nem saber que é Fabio Osterman, meu Deus do céu. Então, a incapacidade de fazer uma análise simples da situação e de você perceber que por cima e por trás do movimento popular, houve uma manobra para inverter o seu sentido histórico, você vê se você não é capaz de perceber, se você não é capaz de perceber nada. Mas, da onde vem essas coisas? São as pessoas que saem para estudar no exterior e volta com os titulinhos e todo mundo acha que a gente sabe alguma coisa. Você acha que, ah, eu estudei na George Washington University, bom, eu lhe sonei na George Washington University, eu só entro na universidade com um professor, nunca fui aluno de sas porgaria, ah, eu estudei na Atlas Foundation, bom, eu dei a Atlas Foundation, né? Então, as pessoas vêm com essa coisa e acreditam que sabe alguma coisa, meu Deus do céu. E as pessoas tomam decisões que são absolutamente desastrosas, desastrosas para o povo, não necessariamente desastrosas para elas e para os grupos beneficiados. Porque amanhã ou depois, provavelmente, você vai ver, né, a Dilmar, ela não vai chegar ao V.I.P.H.M.A. É claro, nenhum governante suporta o V.I.P.H.M.A. Um minuto antes de sofrer o V.I.P.H.M.A., mulher renuncia, como fez o Collor, como fez o Nix, como faz todos os gente que sofre a mesa no V.I.P.H.M.A., renuncia, vai para casa e daí vai aparecer F.H.C., Miguel Riali Juno, Héroe Vicudos, Zé Serra, Aécio Neves, todo mundo batendo o peito e dizendo, o povo se reuniu em torno da oposição e nós libertamos o Brasil deste pesadelo, petista, etc. É isso que vai acontecer, né? Só que todos os petistas vão continuar nos seus postos, porque o F.H.C. tem compromisso sério com o Foro de São Paulo desde 1993. Isso não é brincadeira, gente. Até hoje, ninguém, nem o jornalista perguntou para ele, o que você estava fazendo naquela reunião de 5 de maio de 1993, reunião secreta com o pessoal do F.H.C., que saiu no Jornal Grama Cubano, ninguém consegue nem perguntar isso para ele. E acha que pode raciocinar e entender as coisas sem essa informação. Então, o que você vê? É um horizonte de consciência que é autocastrado. Então, que nem o Garcia Lorca, quando o torreiro amigo dele foi chifrado lá, morreu na arena. Não, eu não quero ver lá. Eu não quero ver porque se eu ver, eu vou ter uma crise pretensiva, vou ter um infarto, vou passar mal, então eu não quero. E o pessoal faz assim. Não quer saber porque tem medo de saber. Tem muitos que escondem porque tem interesse de esconder, são espertalões. E tem os 99% que são aqueles carinhas que tem medo de ficar com medo. Ah, o meu marcapaço vai parar de funcionar, tudo assim. Vocês já são os velhos caquetes com as 20 anos. Aliás, eu fui espantado. Assim, às vezes os caras me chamam de velho gagágio e falam, mas eu dei algum sininho a ligar gás e isso até agora não sei nenhum. É que eles espaçam que 68 anos é uma idade de estar gagá. Eles acham mesmo porque eles estão, são de uma geração muito fraca, que aos 50 anos tem infarto, aos 55 está usando marcapaço e aos 60 morrem. Então, eles esperam que o negócio às 68 anos termos a acabar. É normal essa expectativa nele porque a expectativa que eles medem é assim mesmo. Eles acham que quando tiver 50 anos minha vida acabou. Então, é uma medida de tempo humano que reflete o quê? Uma decadência física extraordinária baseada na falta de testosterona. A dose testosterona na juventude hoje é 50% do que era no tempo que eu nasci. É só você ouvir as pessoas falarem para você encontrar um homem com um voz de homem no Brasil é uma raridade, está cada vez mais raro. Isso não tem nada a ver com o sujeito de ser gay ou não. Pode ser que eles pensem em mulher 24 horas por dia, mas ele fala que nem mulher porque o corpo dele não tem força para produzir uma voz de homem, meu Deus do céu. Então, são pessoas assim que têm, eles têm uma expectativa de vida curta, coloação é deles mesmo, e a possibilidade de eles estarem ainda em ação aos 68 anos, nem ele passa pela cabeça. Então, naturalmente, ver um cara com uma expectativa tem que estar gaga, mesmo que ele me tira, a gente tem que estar oficialmente a ser gaga. É uma coisa assim, é deplorável, a gente fica até deprimida e vê essa juventude medindo as coisas com esta escala diminutiva, deprimente, autocastradura no fim das contas. Então, eu digo, olha, 60 e 70 anos é a idade com que os filósofos produzem o que tem de melhor. Todos foram assim. Mesmo em época, assim que a duração média da vida era menor. Então, daí eu pergunto assim, pessoas que têm até mesmo, com relação à vida biológica, têm uma expectativa diminuída e falsa no fim das contas, e que não percebe que essa expectativa é diminuída e falsa, é porque eles tomam assim mesmo como réguas e eles são diminuídos e falsos. Então, isso, a gente não tem a menor ideia da sua situação na vida. Está completamente alienado, fechado dentro de uma ilusãozinha e o que é que ele pense sobre a política será igual. Então, agora você imagina um jovem desse aproximando-se de um cara de uma outra geração política, que fala grosso, é homem e é um safado, barra fosa velha. O político come, se é rapaz, do café da manhã e paíto dentro com os alcinhos. É óbvio isso aí. Então, você imagina a cabeça de um FHC, a complexidade da cabeça, o FHC, alguma coisa, a consciência política que ele entende. Ele é capaz de pegar uma situação e ver as contradições e é capaz de jogar com as contradições. Pior ainda, até o Lula é capaz de fazer isso. Mas essa molecada que está aí bancando líder, eles não são capazes de fazer de jeito nenhum. Eu fiquei muito impressionado com esse negócio desse hostel, mas dizer, ou o Lava de Opinões contra-editorias sobre o Gol<|tr|><|transcribe|> Militar, eu falei, escute também essas duas opiniões contra-editorias, na verdade, desde 50. Todas elas são contradições porque são problemas, evidentemente. Eu estou tentando montar o quadro. Eu até agora não tenho nenhuma conclusão sobre esse negócio de Gol Militar. Se eu tivesse, eu teria escrito um artigo fechando o diagnóstico. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre isso. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre esse negócio de Gol Militar. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre isso. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre esse negócio de Gol Militar. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre isso. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre isso. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre esse negócio de Gol Militar. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre isso. Se eu tivesse, eu tenho alguma conclusão sobre isso. Obviamente, não tem líderes preparados. Não tem ninguém. Se aparecia com um líder verdadeiro ali no meio, a mídia não ia falar dele de jeito nenhum. Você vê, você lê, você mira os jornais da mídia dos anos 1915, 1916, 1917, você não vai ver o nome de Lenin. Nunca aparecia. Pareceu depois do fato consumado. Ele não entanta era ele que estava por trás de tudo. Tanto, sabia. O governo alemão sabia que era ele que estava por trás. Por que o governo alemão não foi contratar trótico ou qualquer? Foi contratar o cara certo, porque sabia quem é que estava mandando. Agora, você acha que o governo alemão, alguém era ele idiota de se guiar por informações da mídia? Não, o governo tem seu próprio serviço secreto, tem suas próprias informações. E ele sabe quem está mandando. Então, se houvesse um líder verdadeiro ali, ele teria desaparecido da mídia. Como esses meninos tudo apareceu na mídia? Não, a mídia os fez, ex post facto, para poder ter os instrumentos de manipulação necessário, já que não pode manipular a massa. Você não tem acesso à massa. Você acha que se você acerra convocar uma paciata também, quantos pessoas vai ter? Vai ter menos do que na paciata do MST. E todo mundo que vai lá vai jogar tomate nele. O S. Neves, ele quase chegou a ser um herói nacional, mas ele preferiu ser mais um puxa-saca oficial. Está certo? Então, ele está queimado completamente. Todos esses estão queimados. Então, não temos acesso à massa, mas podemos pegar esse líder, chamar para uma conversação, oferecer algumas vantagens. E dar para eles a ilusão de que, com uma certa facilidade, nós tiramos a Dilma daí e daí está tudo resolvido. E foi exatamente isso que aconteceu. Qual é o problema? O problema é a falta da elite cultural. Não surgirá uma elite política capaz sem uma elite cultural antes. Isso é impossível. Ainda que a situação se precipite, como de fato se precipitou, por efeito do cansaço popular. O povo cansou disso aí. Então você tem de fato uma explosão espontânea. Que se tivesse um líder para aproveitá-la, viraria uma revolução. Como os líderes são esses que tem aí, o que era uma revolução, o que parecia, o que tinha todos os meios para ser uma revolução, virou um constravo de gabinete com o seu Miguel Reales, seu bicudo, etc., para salvar o quê? Salvar a tradição histórica dos novinhos de esquerda. Nós que lutamos pelas diretas já. Nós que lutamos... Como diz o Miguel Reales, nós lutamos contra os fuzis da ditadura. Depois nós lutamos contra o colo, lutamos pelas diretas já. E agora estamos aqui novamente fazendo a mesma coisa. Você acha possível que aquele povo se reuniu na rua? Então vocês estão aqui de fato na tradição das diretas já, na tradição da luta. Na tradição de todos os seus inimigos, na tradição dos ladrões, na tradição do Fora de São Paulo. É isso que você está aqui para aplaudir? Claro que não. No entanto, veja a facilidade com que foi virada. Porque tudo isso não é testado pelo Interpundimento Público. É tudo uma conversa de gabinete. E essas pessoas que fizeram isso, eu já disse, eu espero, eu rezo para que elas tenham feito isso por malícia. Porque se fizeram com boa intenção, então são mais idiotas do que eu mesmo poderia imaginar. Então, o Fabio Osterman, espero que ele seja um cara maquiabélico, maligno, que esfea com tudo e vender tudo postucando. Se ele fez isso, então fez bem feito. Agora, se ele acredita que fez de boa intenção, acha que isso vai libertar o Brasil do PT do Fora de São Paulo. Então, sinto muito. Então acabou a conversa, porque não dá para conversar com um frango assado. Realmente não é possível. Então, gente, eu digo isso para ressalvar para a milésima vez a responsabilidade que vocês têm. Este país só começará a tomar jeito, só haverá uma liderança política. Sério. Se amanhã ou depois vocês superlotarem as livrarias do Brasil com livros bons da sua autoria. Você dá um curso, fazer um blog, não adianta. Você tem que começar a produzir. E produzir coisa muito séria e coisa muito boa. Isso é urgente, urgente. Agora, quando eu digo que a coisa urgente é um negócio de longo prazo, então significa que a situação está muito ruim. Não é só armar um tratamento já, mas o tratamento vai levar três anos para chegar. Então, é essa a situação. Então, enquanto isso, você vai ter que fazer uma coisa importantíssima que se chama sobreviver. Você tem que ser como... O dramaturgo Gerhard Hauptmann, que dura até a guerra todo mundo fugir da Alemanha, ele ficou lá dentro. Ninguém sabia o que eu vi falar dele. Ele sumiu. Daí quando terminou a guerra, o cara perguntou, o que você fez durante todo esse tempo? Isso é sobreviver. Então, isso já é fazer alguma coisa. Que é onde você não pode agir, mas você pode sobreviver. E durante a sobrevida, você se fortalece, fortalece, fortalece, fortalece. Sobretudo se fortalece, preparando-se para enfrentar o pior com os sorrisos no lábios. Eu digo, vamos supor que vier amanhã um banho de petista, eu não vou levar você para o pelotão de fusilamento. Eu diria, é um prazer, meu filho. Quer dizer, eu aceito isso aí. Eu não tenho nenhum medo da morte, zero de medo da morte, zero, zero, zero, zero, zero. Se eu ainda tivesse medo da morte com os 68 anos, seriam idiota. Você pode ter medo da morte aos 12 anos, 13 anos. Quando você acha que tem uma vida inteira para viver, eu tenho uma vida inteira para morrer. Então, você tem que estar preparado para isso. É um negócio dos fóruns e fadas. Você tem que sacrificar sua vida, seus bens, sua liberdade e sua unra. Ah, unra não. Os caras vão me xingar, pô. Vão rir da minha cara. Mas eles não riram da minha. E qual é o problema? Eu também riro a deles. Isso não dói. Às vezes eu fico consternado por vir assim. A burrice abaixia essa pessoa. Mas que isso realmente me ofende, me magoa e fala, não. Me magoa se arrotando e falar essas coisas de mim, e se o Pedro falar essas coisas de mim, daí sim. Mas esses caras, pelo amor de Deus, pô. O que que eu vou esperar deles? Isso não tem nada a ver com a ideologia política. A burrice ignorância não é monopólica da esquerda. É monopólica de qualquer pessoa que presume além das suas forças. Então, se você ver, eu durante 20 anos fiz análise da situação política brasileira e invariavelmente fizam previsões acertadas. Invariavelmente. Às vezes não dá certo, na exata menoprazo. Por exemplo, em algumas eleições, eu disse que o PT criaria um sistema de controle total da opinião pública. Daí passou duas semanas ele não criou, alguém falou, tá vendo? Tá verrado. Eu falei, pera um pouquinho, você vai ver. Saber o prazo exato, falou, bom, aí só Deus sabe. Aliás, eu queria fazer um parêntese sobre isso aí. Aqui nos Estados Unidos a gente lê muitos análises apocalípticas. E eu falei, pega os negócios da Bíblia e vê o que está acontecendo agora. Então, olha, regra geral, infalível. Príncipe de interpretação bíblia. Qualquer semelhança que você veja entre fatos da Bíblia e fatos do mundo corrente, é somente analógica. Sempre. Analogia é uma mistura de semelhança diferente. Então, isso quer dizer, sim, a analogia existe para despertar a nossa inteligência, para fazer a gente ter mais imaginação e para despertar novas intuições. É por isso que ela existe. Ela nunca é prova de nada. Isso não é uma analogia, não pode ser prova, meu Deus do céu. Analogia é prova de uma coisa e prova contrária. E aqui, a mania de previsões apocalípticas, chega a tal ponto que o céu já sabe em que capítulo do apocalíptico nós estamos. Mas para você saber em que capítulo, você precisa saber onde a história vai terminar. E onde a história vai terminar? Jesus Cristo disse que não sabia, meu Deus do céu. Ele disse isso aí, isso fala a Deus-Pai. Eu sempre interpretei assim, como Jesus Cristo, eu logo divino a inteligência, eu divino. E Deus-Pai, o poder divino, a unipotência divina, o fim do mundo não será uma decisão lógica baseada no Logos. Será um ato livre de Deus-Pai todo o mundo. Então é por excelência, imprevisível. Você vai acabar quando ele quiser. Ele não tem satisfação, apressa nem a ele mesmo. Então, se é um ato livre e imprevisível, então nós temos o primeiro ponto. Essa é a regra do Eric Vogel, não pode haver uma teoria geral da história, porque nós não sabemos quando a história vai terminar. Então não existem leis gerais. Se nós não sabemos, vai terminar, então tudo está em aberto. Então você pode raciocinar dentro de escalas temporais limitadas, sabendo que depois dessa escala, vê-lo, vê-lo, vê-lo. Então, isso é a premissa para que qualquer estudo sobre o movimento histórico, seja do mundo geral, seja de um país em particular, seja um estudo de tipo científico, portanto, experimental, portanto, sempre tentativo. Eu sei que no Brasil a pessoa não entende ciência assim, ela entende que ciência é um corpo de dogmas, estabelecido de uma maneira, de uma vez por todas. Se você botou em dúvida uma coisa, aqui você o erege. É assim que se faz ciência no Brasil. Então, por exemplo, do dia eu falei, olha, pode ser que o petróleo não seja um combustível fóssil, isso é apenas uma teoria, existem outras teorias. Como o pessoal no Brasil não acompanha a discussão científica e tradicional, não fica sabendo disso. Então aparece um idiota ou ele está dizendo que o petróleo não é combustível fóssil, que é, que é, que é, que é. O Caipira quer rir daquilo que ele não sabe, meu Deus do céu. Teoria de evolução. Você já pararam para pensar. O volume de livros que se publicam a favor e contam a teoria de evolução, isso é inabarcavel. Isso quer dizer que não está no poder humano, chegaram a uma conclusão sobre isso. Agora não está mesmo. Porque se você leu, ah, eu li 400 livros, o cara publicou o quadriscentésio primeiro e tem uma prova que você não conhecia, mudou tudo. Então, o ciência é isso, meu Deus do céu, ou não é? O ciência agora é um corpo de dogmas que está fixado uma vez para sempre. Você é claro que não, tudo que é científico pode continuar sendo discutido eternamente. Você pode, no máximo, dizer que existe mais probabilidade de que esta teoria terá certo do que a outra, mas olha, eu confesso que eu nem isso sei. Tudo que eu li a favor da teoria de evolução, ele diz assim, é, para estar certo. Daí eu li a contra, é, para estar certo. E olha, eu não sou nenhuma besta quadrada, hein? Então, se eu estou no estado de inconclusividade, não há vergonha nenhum para você também estar no inconclusivo. O petróleo é um combustível fóssil, eu falo, olha, até onde eu li, pode ser que seja, pode ser que não seja. Portanto, nenhuma dessas duas teorias é resível em si mesmo. Que é, o risado não é argumento científico. E assim por diante. À medida que você estuda a história, e olha, eu acho que eu estudo muito mais história do que filosofia. Os livros de filosofia que vale a pena ler são poucos. Mas, os de histórias são muitos, tudo lá aparece coisa nova. Dostaria de não ser um grande historiador para descobrir alguma coisa que os outros não sabiam. Então, se você pega esse Henry Cayman, que escreveu o Spanish Inquisition, bom, ele não é nenhum Leopoldo von Rack, ele não é nenhum Jacó Búrca, ele é apenas um cara que descobriu algo importante sobre a Inquisição Espanhola. Livros desse tipo existem de monte e de monte e de monte e de monte. Não só na esfera histórica, na esfera científica também. Olha, o dia me caiu na mão este livro aqui. A Teoria Lunar Esquecida de Newton. Então, o cara descobriu todo um aspecto das investigações de Newton que ninguém conhecia, nunca ninguém tem ouvido falar. Ele não entanto, está lá nos Crescentes de Newton. Ele fez tudo sobre o ano lunar. Coisas como essa aparecem a toda hora. Sem contar aquelas que não apareceram agora, mas que você só ficou sabendo agora. Eu sempre soube, por exemplo, que tinha havido uma vasta campanha de difamação anticatólica, sobretudo, anti-Inquisição, desde o tempo da reforma. Eu sempre soube disso. Mas esses últimos dias, por causa de uma discussão que eu já no Facebook, eu falei, vou-lhe dar mais coisas sobre isso, vamos nos informar. Daí eu caí de costas, descobri a campanha de isso imensivamente maior do que eu imaginava. Maior e mais contínua. E toda ela é feita de lendas urbanas. Eu acho que não tem uma pessoa no universo, pelo menos no mundo ocidental, que não tenha visto no cinema, máquinas de tortura usadas pela Inquisição. Todos os historiadores que entraram no assunto dizem que essa máquina nunca existia. Mas só os historiadores dizem que o cinema continua mostrando as máquinas. O pastor protestando da esquina continua falando das máquinas. E eu digo, bom, isso aí é um fator histórico tão relevante, mas tão relevante, que praticamente esse anti-catolicismo foi a espinha dorsal da cultura americana no século XIX. Era o único ponto que havia em comum entre todas as igrejas protestando. Elas não concordavam em nada, só tinha esse ponto. Então, este era o centro unificador. E era uma força política tão extraordinária que chegou a haver processo, já no começo do século XX, para fechar a igreja católica nos Estados Unidos, porque ela apresentava um risco iminente para o regime democrático. Que risco inexistente, mas tal como aparecia na lenda urbana. O Papa não fazia outra coisa, se não conspirar com a democracia americana, ele não fez nada. 0, 0, 0, 0, 0. Pior. Olha, eu tenho este livro aqui. O Kimar me espantou. Anticatolicismo na ficção americana do século XIX. A literatura de ficção americana foi inundada por esses mitos da inquisição, do mito de que a igreja católica foi fundada por Constantino, e assim por isso, coisas desse tipo. Isso penetrou tão fundo, mas tão fundo, que chegou a afetar grandes escritores em inglês e americano, grandes. Henry James Caio Nessa, Anthony Trollop Caio Nessa, William Dean Howells, que é dos maiores escritores americanos de todo o tempo, Caio Nessa. E na Inglaterra Benjamin de Israel. Benjamin de Israel era um judeu simpático à igreja católica, escreveu muita coisa a favor da igreja católica. Ele teve uma discussão com o cardeal Ménninga, respeito da Irlanda, que o cardeal era a favor da independência da Irlanda, e virou 180 graus e escreveu um dos romances mais anticatólicos de todos os tempos, que fez um sucesso mundial. Assim, mas no cara que foi o primeiro, ele disse, tem Inglaterra, escreveu um romance, todo mundo vai ler, mesmo com o romance, não será bom. Era bom, na verdade, de Israel esse ele é inscrito. Então, você imagina o prestígio que essa coisa adquiriu, olha, está aí o de Israel, Henry James, Anthony Trollop, os maiores, quando você vai ver, toda essa coisa era baseada num único livro, de um historiador, que desconhecia a língua latina, nunca leu nada dos primeiros Padres da Igreja, nada, nada, que por sua vez só se baseava em literatura protestante. Você já vira força da lenda urbana, que comece em 1500 e pouco, e prossegue até agora. Eu digo, nunca houve mais campanha de informação deste tamanho. A contribuição dos iluministas aí foi pouca, porque, na verdade, por exemplo, os mitos que os iluministas criaram, não chegaram aos Estados Unidos, porque só na França. Os mitos criados, adotados pelo Anticatolicio Americano, são todos de raio protestante. Os comunistas depois não inventaram uma campanha deste tamanho quanto a Igreja Católica. Nunca. Então, esta foi a maior campanha de informação de todos os tempos, modelo de todos que se seguiram. Isso quer dizer que o protesto da Tiva é falso ou claro que não? Só quer dizer que os líderes do protesto ainda não prestam, ou que não impede que eles tenham razão neste ponto naquele, naquele, naquele, naquele. Então, isso não é uma discussão teológica, evidentemente. Eu não estou discutindo as suas teorias, eu estou discutindo a sua conduta política. Então, coisa deste tipo, evidentemente, não precisa nem dizer que isso é interpretado automaticamente como uma guerra anti-protestante. Quer dizer, os caras movem uma guerra publicitária de quatro séculos, e daí, pelo fato que eu digo que isso aconteceu, eu sou eu que estou movendo a guerra. Bom, aí a inversão já vira delírio completo. Então, que conclusão eu tiro disso aí? Não tiro, eu conclusão alguma ainda. Por um enquanto, eu estou na fase de medir o tamanho do problema. Mas, você ver, para muitas pessoas, por exemplo, você é católico. Você acredita na senhora margrega, na doutrina, etc., etc., etc. Você já parou para pensar e se tudo isso for falso. Nisso é que a gregatória estivesse 100% enganada. Se você nunca pensou nesta hipótese, você não pode ter certeza de que a grega está certa. Se não há confrontação com a dúvida, a sua fé não vale absolutamente nada. De fato, se você é apenas uma criancinha e a sua alma é para você ser cuidada, para você não ter atentação, então nós vamos preservar você de todas as objeções. Assim como você mantém o garoto na ilusão que existe Papai Noel, então os ensinamentos da Igreja vem junto com isso. Eu lembro na minha cabeça tudo isso, que eu já tinha 6, 7 anos tudo isso na minha cabeça, estava sintetizado, era uma coisa só, Papai Noel, Jesus Cristo, a Igreja Católica. Mas se você já é uma pessoa adulta, então quanto vale a sua fé? Quando você vai ver a história do Santos, a história do Igreja, veja, toda a doutrina católica, durante 10 séculos, foi feita no confronto com objeções. Ninguém chegou aqui, vamos formular a doutrina católica? Não, essa ideia apareceu só no termos escolácticos, na verdade, século XII apareceu antes, era só respostas, objeções, respostas dúvidas. Então isso quer dizer que toda a literatura patrística e boa parte da escoláctica é discussão com a Deus, com inimigos da fé, com o jeito ligado à religião antiga, eles não tinham medo de nada disso. Agora, imagina se vocês não estão fazendo as suas santas ombrozes, não vão meter com esses elétricos, senão eles vão botar dúvida na minha cabeça, eu vou ficar trapalhado. Que nada ali, ali, tudo isso, não, vamos examinar seriamente qual é o problema. Pode ser que o nego elétrico ou a teu, que ele seja um suerte sincero, e pode ser até que ele me revele algum lado da coisa que eu nunca tive a ver, eu sei, eu vou ter esforça no Facebook, quer dizer, depois de você adquirir os rudimentos do método filosófico, essa coisa toda, e ter alguma cultura filosófica, aí você vai se abrir a tudo, sem medo de coisa nenhuma. Você vai ficar numa confusão? Sim, você vai ficar numa confusão de ronco de algum tempo, mas é desta confusão que vão aos poucos aparecendo os delineamentos de algumas certezas fundamentais, que não vão cair mais, essas não vão cair mais. Algumas dessas certezas é o que eu chamo o patamares da filosofia, como por exemplo o negócio do Aperon, o Ando Anaximandris, nós vivemos num mundo conhecido, que boia dentro do desconhecido, acabou. Alguém acabou de refutar isso? Alguém viveu em algum outro mundo que não é esse? Nunca ninguém, então isso é a certeza final, acabou. E às vezes algumas conclusões filosóficas, aqui você chega individualmente, também se assentam como pontos falando que não são mais derrubáveis, são chamados apodícticos, há pouco a dizer não e daí que se quer dizer destruir. Então é o indestrutivo. Eu acho pessoalmente que um desses pontos é o que eu chamo o intuicionismo radical. Que que é intuição? É percepção de uma presença, percepção imediata, que é imediata, que não tem intermediário. Você dizer que as suas percepções sensíveis, percepções visuais têm o intermediário, que é o seu olho, como eu diria Cante, é não dizer nada. Eu vejo através do meu olho. Não, eu não vejo através do meu olho, é ele mesmo que está vendo. Então, o olho é parte de mim, assim como a mão é parte de mim. Então, a intuição é a percepção imediata de algo que está presente. Pode estar presente fisicamente, como essa mesa está presente, como essas pessoas aqui estão presentes. Pode ser algo que está presente na sua mente, sob a forma de um estado de ânimo. Por exemplo, você percebe que você está triste. Tem que ter algo intermediário, alguém tem que vir te informar que você está triste. Você precisa fazer um raciocínio para perceber que está triste? Não. Então, a percepção do sentimento da emoção é imediata também. E pode ser a percepção do seu próprio pensamento. O famoso, penso logo existo, é o de Carte, é isso. É uma intuição imediata que você tem do seu próprio pensamento. Não precisa um terceiro pensamento para mediá-lo. Claro, quando você expressa em palavras, aí você criou uma mediação. Mas essa certeza que você tem, que você existe enquanto você está pensando, não é uma certeza imediata, é sem sobre dúvida. Conclusões que ele teve aí podem ser duvidosas, mas que isso é uma intuição certíssima. E pode ser a intuição de uma relação entre pensamentos que você pensou. Quando você faz um silogismo e você percebe a identidade entre a premissa e a consequência, como é que você percebe isso? E através de um outro pensamento, você fala, não, essa é uma percepção imediata. Então, resultado. Todo e qualquer conhecimento é intuitivo, ou não é conhecimento de maneira alguma, é apenas a criação do esquema de pensamento. O esquema de pensamento, que ele, em primeiro lugar, precisa ser intuito dele mesmo. Em segundo lugar, precisa ver se ele serve como grádio, como lente, para através dele você percebeu alguma coisa. Porque também tem isso, o nosso pensamento é necessariamente dialético. Não sei se você já percebeu, será que consegue crer em uma coisa sem você imaginar coisa contrária? Ninguém consegue. Se você nem imagina coisa contrária, em que sentido faz crer? Você diz Deus é bom. Não lhe passa pela cabeça a hipótese de que Deus é mal? Então você não sabe o que é ser bom, meu Deus do céu. Então você, num momento, você faz, antes a hipótese de móstica, o Deus maligno, o gênio mal que falava de Carto, isso tem que passar pela sua cabeça para você poder dizer Deus é bom. Então a mente humana, quando pensa, me dá a sempre pensar a contrária. A contrária pode anular a primeira ideia ou pode ser anulada por ela. Mas tem que passar por esse negócio dialético. Ora, a intuição não é jamais dialética. Para ela só existe o sim, não existe a intuição do ausente. Você pode ter a intuição da sua percepção de uma ausência, mas não é da própria ausência. Por exemplo, a roxinha está acertada aqui, interamente, o ala cadeira não está ali. Eu intuo o quê? A minha percepção de ausência? Eu não estou intuindo a ausência dela. Então a percepção de ausência é um pensamento, na verdade, não a intuição. Então a intuição é sempre a intuição de presença. Portanto, todo o conhecimento positivo é sempre intuitivo. Eu acho que, dito isso, posso dizer ponto final. Não tem como voltar atrás. Isso é a conclusão que eu cheguei, no li ninguém. Isso quer dizer que até uma besta quadrada como eu, pode chegar a alguma conclusão final. Eu digo, bom, muito bem, cheguei a essa conclusão final. Que conclusões eu tiro daí para o restante do Universo do Conhecimento? Por enquanto, nenhuma. Quer dizer, nós podemos ter certeza, mas são sobre pontos definidos, em geral, pontos demais abgenéricos e abstrato. E a realidade concreta, no seu fluxo e variedade constantes, continua sendo incerta. E o conhecimento dela vai requer sempre a mesma paciência, as mesmas contradições, a mesma confusão interior, etc. Acontece que, na cultura brasileira, como a sociedade brasileira é feita de pessoas frágeis, não é de hoje que é assim. Você, no Brasil, não tem a tradição do self-made man, que nos Estados Unidos está acabando também. Leu o livro do David Riesman, na multidão solitária, vai dizer que você vai ver que o self-made man é coisa de uma outra época, durou até os anos 50, daí acabou, virou o organization man. O homem que precisa estar dentro do emprego, com regulamentos, etc. Se apoiado em todo um aparato. Então é o contrário do self-made man, é o homem feito pelos outros, o homem feito pelo cargo. Mas no Brasil, o self-made man nunca existiu. Quando existia um, era assim um tipo como os bandeirantes, por exemplo, os coronéis do sertão. Era um cara fortão e mal pra caramba, que dominava todo mundo, todo mundo se encolher perto dele. Então, o povo não era constituído de self-made man. A população brasileira, no século XIX, era metade constituída de escravos. E esses escravos, quando veio a libertação, eles ainda levaram 30, 40 anos pra começar a ter um empreguinho. Então vivemos sempre esmagados, sempre no fundo da sociedade, e evidentemente com medo e com incerteza. Então, este medo e com incerteza ainda estão no coração do Brasil. Não vou culpa dele, é só circunstâncias históricas fizeram dele assim. Fizeram dele isso aí, tá certo? Então, as pessoas inseguras, só tem dois reis das vencerem seguras. É começar a fazer aquelas coisas mesmo das quais elas têm medo. Vai vencer o medo, uma por uma. Eu fiz isso desde moleque. Se eu tenho medo de um treco, é lá mesmo que eu vou me meter por que? Porque eu não quero mais continuar com medo, quero vencer o medo. Pra vencer o medo, você tem que reconhecer que o tem em primeiro lugar. E, da outra maneira, é você se apegar a alguma garantia externa. Dessa garantia externa, pode ser uma religião, pode ser um cargo, um partido político, uma ideologia, pode ser um grupo de amigos, um título universitário, pode ser qualquer precaria, mas não é você. E justamente por causa disso, as crenças que eu sujeito a Dere no começo da vida são muletas psicológicas. Não são coisas que ele realmente crê, mas são coisas que ele precisa para sentir que está de pé. Então, se você tira a muleta dele, você tem que cair. Na verdade, não vai cair coisa nenhuma. Vai ficar de pé com muito, mas ele não vai perceber. É o medo de cair. Então, isso quer dizer que as pessoas se apegam desesperadamente. As coisas que elas querem no fundo, elas não acreditam de nenhum. Das quais apenas elas precisam para manter a sua segurança psicológica. Por isso que toda a discussão fica muito difícil. E isso vai continuar assim. Enquanto você não tiver uma verdadeira discussão de elite intelectual, para dar exemplo para as outras pessoas. Exemplo de uma multidão de pessoas que não tem medo dos fatos contraditorios. Não tem medo da dificuldade. Não tem medo de ter as suas queridas ideias desmentidas. E que já as teve desmentidas muitas vezes e vai ainda ter a outras. E não tem importância. Vamos continuar. Então, é este exemplo que vocês vão ter que dar. Agora, outra característica do brasileiro é assim. Ele se entrou em um fraco, ele se considera um zen gay. E, por isso mesmo, ele tem um terror pânico de desempenhar um papel público maior. E, quando tenta desempenhar um, é através, vamos dizer, de um cargo, de uma posição oficial nas sociedades. Aqui, ele dá sustentação. Ora, a intelectualidade é feita de indivíduos isolados, que sem nenhuma base em partido, em igreja, em panelinha. Eu vou mostrar as caras e diz o que está vendo. As famosas impressões autênticas de quem falava o Sao Bela. O primeiro intelectual na cidade do Moderna foi Dante Aleguiere. Quem era Dante Aleguiere? Era um Zé Mané qualquer, só que era um gênio da língua italiano. E escreveu um longo poema no qual ele botava no inferno meia-duze de papas, uns incênticos príncipes, esculhambava com todo mundo, ele sozinho. E exerceu mais influência do que todos esses. Então, esta força, isso que se chama Majestas Veritatis, é a majestade da verdade. Ele está falando de simplesmente verdade, não interessa quem é ele. E ele se impõe pela Majestas Veritatis. É isso que você vê quando você lê os grandes clássicos da literatura. O pessoal que lê Tolstoy, eu não sei quem foi que falou, mas lê Tolstoy e dizia, é como se a própria vida falasse. Então, não é a autoridade do Tolstoy, é a autoridade da vida, da verdade mesmo que transparece. Mesmo que Tolstoy tivesse mil ideias erradas, mas o importante quando ele contava as coisas, era como se a própria vida falasse. E o que nós fazemos tem que ser assim, tem que ter a autoridade da verdade que passa através de nós. Ela pode passar de uma maneira imperfeita, não tem importância. Mas enquanto não for restaurada esta Majestade da verdade no Brasil, também não haverá Majestade da moralidade, honestidade, santidade, nem coisa nenhuma. A falta de grandeza moral no Brasil de hoje é uma coisa assustadora. Assustadora. Você só vê mesquinha, só vê baixaria, só vê picoinha. De um país de 200 milhões de habitantes, meu Deus do céu. O que é isso, pô? E quando aparecem, vamos dizer, o próprio povo, porque você vê a imagem da nação através das classes falantes. Então, eu não estou querendo dizer que na massa popular não existem santos e heróis. Claro que existem, só que você não os conhece. Você só vê, o que é as classes falantes. E nessa aí você só vê mesquinha, mentira, fingimento, teatrinho. Há um ponto que às vezes eu conheci desistir da nacionalidade do Brasil, eu falo, não quero ser isso. Então, não desisti ainda, mas que dá vontade de dar. E acho que muita gente sente isso. Você não quer aparecer perante o mundo com este carimbo em você. Você é daquela nação de ladrões, mentiros, fingidos. O que é isso? Cadê os seus heróis? Cadê os seus santos? Cadê os seus gênios? Não tem. Então, isso tudo acabou porque só a alta cultura que gera isso. Então, entender a sua missão. Faz a intervalo daqui porque nós voltemos. Testa de novo? Não precisa. Então, vamos lá. Como sempre, tenho aqui mais perguntas do que eu poderia responder. Tem 12 parnas de pergunta aqui em letra pequena. 13 parnas. Bom, Matheus Anette, o seguinte, aula de hoje está incrível. Obrigado. Você deve saber, além de influência do Marx e Multocultural, quais outros fatores seu jogo tem colaborado pela decadência intelectual brasileira? Bom, um fator fundamental foi o Concilio Vai ficando segundo, com a confusão criou na igreja, consequente desorientação, e o ingresso de dezenas de igrejas evangélicas, das quais 80% são de pessoas despreparadas, improvisadas aqui em seminários evangélicos do Estados Unidos, do dia para a noite, da la meia dúzia e liçãozinha para o cara, o cara chega no Brasil dizendo besteiras evangélicas e pronto acabou. Esse pessoal não tem condição de ser pastor de coisa nenhuma, mas chega no Brasil e, dado o vácuo religioso, se ocupa um espaço e foi muito bem de ocupar, na verdade. Eu confesso que, durante uma época da minha vida, eu tinha mais saco para escutar a pregação da igreja evangélica do que para escutar o padre dizendo besteira e teologia de libertação na igreja católica. No batismo da lei, eu tive que sair no meio do batismo para não bater no padre, ou tanta besteira, daí eu ia lá no Air Air Air Suárez e ele falou menos besteira. Air Air Suárez já tem algum preparo, mas tem muita gente que não tem mesmo, mas a maioria não tem mesmo. Então tudo fabricado aqui no Estados Unidos. Em segundo lugar, você vai ver o seguinte, a história do Brasil foi feita por três entidades, a igreja católica, a maçonaria e as forças armadas. De marquinhos, basta você destruir uma delas e tudo cai. A igreja católica caiu com o Conselho Paticando de Segundo, isso é absolutamente inegável. Não é questão de você ser contra o favor do Conselho, eu não considero que tenho capacidade para ser contra o favor do Conselho, mas observar as consequências históricas não é tão difícil assim, pelos frutos conhecereis. Quando você vê o Papa Bergollo, ele é a consequência última do Conselho Paticando de Segundo. Com relação às forças armadas, houve um imenso trabalho de penetração de especial comunista nas academias militares desde os anos 70, foi nisso que se especializou o famoso quartinho de morais, que era a área dele, infiltração comunista nas forças armadas. A gente vê pelo estado que ficou, por exemplo, a Escola Superior de Guerra, o Escola Superior de Guerra virou um ântulo de pregação comunista mesmo, por isso que a Escola Superior de Guerra fechou, só que eu ia fechar mesmo, porque aqui estava um iturônio. E a maçonaria, eu não sei o que se passa bem dentro da maçonaria, mas eu sei o seguinte, essa coisa de maçonaria é um perigo por quê? O mação, o que é que ele pensa? Ele sempre vai ser mais fiel aos irmãozinhos do que aquilo que ele pensa. Isso é batata, então ele pode odiar o outro politicamente, e fala, não, mas esse aí é irmão, não pode mexer, e assim tudo termina em pizza. Esse aqui é o grande problema com a maçonaria, quer dizer, eu não vou entrar nas discussões tradicionais de maçonaria e criatória, mesmo porque no Brasil elas se colocam de uma maneira diferente, e o tempo que teve, desde o tempo da independência, tem uma imensa interpenetração das duas coisas, e eu não vejo a maçonaria empreendendo grandes campanhas anticatólicas, ou a de cristã, no Brasil, porque de fato eu não vejo. Em outros países como a França, o Brasil aconteceu. No Brasil está cheio de católicos, mação, bispo, mação, então isso virou uma geleia geral, como dizia o Bruno Chamaveli de Desce o Puietari, de Desce o Puietari, é a geleia geral. Mas esse problema, vamos dizer, da lealdade maçonica, os irmãozinhos dizem, isto é um problema, isto é um pepino. Pois sabe, FHC, mação, Lula, mação, acho que o Estédulo também é, o outro também é mação, então não pode tocar. Fuiu mesmo problema com Fidel Castro, Fidel Castro tinha um acordo com a maçonaria, resultado, ninguém nunca mexeu nele, falam mal, mais de longe e realmente não fazia nada. E agora, esta coisa da abertura do comércio bericano, isso é só para favorecer o regime existente, isso aí não tem mais nada a dúvida. O próprio Papa, diz que agora vai com a Cuba, não vai querer receber os dissidentes. Então já sabemos de que lado ele está. Se o Papa é mação, também não sei, mas hoje em dia eu não duvido mais de nada, tudo pode acontecer. Então eu não venho dizer que não, o carinha de mação, não, se eu sou de mação de Merogó, ele sempre disse, sem a maçonaria nada se fará de bom na política brasileira. Mas tem que sanear a agricatórica, as forças armadas e a maçonaria. Tem que chegar para o centro, olha, se a maçonaria, tem que parar com essa história de proteger os irmãozinhos, mesmo quando o cara está destruindo o país, você não pode fazer isso. Tem que parar com esse acordo com essa pizza eterna. E olha, essa lealdade também não é tão simples, você viu que aconteceu na Romênia, que o grão mestre da maçonaria dedou metade da maçonaria, foi todo mundo pra cadeia. Isso eu vi, eu estava lá, conheci o cara. Bom, Francinei pergunta, na aula 52, o senhor nos ensina que o componente linguiu que é absolutamente inseparável do conhecimento. Em outra equação eu falei sobre o conhecimento, por exemplo, o senhor nos ensina que é muito possível conhecer os álgãos sem que tenham a capacidade de expressar verbalmente o objeto percebido. Bom, essas duas coisas são inteiramente verdade. Quer dizer que se você não consegue materializar verbalmente aquilo que você intuiu, aquilo vai embora, aquilo some, é como se não, fica no reino subjetivo. Quer dizer que você pode ter até a certeza absoluta, mas a certeza individual. Eu acho que a certeza individual é o começo de tudo. É a teoria da testemunha solitária. Tudo começa com uma testemunha solitária que percebeu algo que ninguém mais percebe, que não pode provar e que às vezes não consegue expressar. Mas por outro lado, se você vai falar do plano cultural e não apenas do ato cognitivo e o indivíduo, então sem linguagem como é que você vai fazer? Não tem, quer dizer, sem o registro de conhecimento, então todo mundo tem que começar com as mesmas experiências de novo. Você não tem a experiência herdada, que não substitua a experiência pessoal, mas abre via, a pressa de alguma maneira. Tem muita coisa que você não vai precisar experimentar pessoalmente, você pode experimentar imaginariamente através do que você leu. E isso, evidentemente, aumenta a sua esfera de experiência vivida. Daí ele pergunta o seguinte, a consciência da incapacidade de expressar verbalmente o objeto percebido é onde mora justamente a expressão da essencialidade do elemento linguístico, sem sobreduo, quer dizer, a própria dificuldade de expressão é o que dá para você a medida do que a coisa realmente é e da distância que existe entre conhecer e pensar. Eu disse, tem muita coisa que você conhece, mas você não consegue pensar. Não é nada difícil assim, você conhece a sua mãe, conhece agora, pense a sua mãe. Não dá para pensar, né? Você pode pensar um aspecto dela, uma qualidade dela, pensar ela, não dá. Então tudo o que é concreto, real, é cognoscível, mas não é pensável. Isso também é importante para as pessoas entender que não é função da linguagem, é ele expressar toda a realidade ou mesmo expressar perfeitamente. Por que? Porque você sempre está falando com pessoas que têm a mesma capacidade intuitiva que você tem, em princípio. Então você conta com a memória dela, com a imaginação dela, etc. E ela vai ter que complementar tudo isso. Então, a expressão é limitada, mas ela não tem porquê ser ilimitada. Quer dizer, se você exige da linguagem o impossível, ela não vai fazer o impossível e não é necessário que ela faça, porque é o que eu digo. Essa é a outra tese minha, o mundo é mediador de toda a linguagem. Tudo o que você fala, você fala num mundo, se a gente tivesse fora do mundo você não teria o que falar, você fala dentro de um mundo, tá certo? Graças à presença desse mundo que as pessoas entendem o que você fala. Se a comunicação fosse apenas no nível linguístico, ninguém entenderia com a existência nenhuma. Quer dizer, o suporte extra linguístico é fenomenal, é ilimitado até não só com os nomes das coisas, mas com as relações. Agora vamos ver a palavra extra. O que quer dizer extra? Quer dizer fora. A linguagem tem fora e dentro, não tem, só o que tem fora e dentro é o mundo físico. Então você, sem essa analogia do mundo físico, você não entende o que eu vou querer dizer. E assim por diante. Então, o mundo, como é? As connotações todas, que você, as coisas que você está se referindo, vamos dizer que o próprio peso que as várias palavras têm para você, tudo isso depende de estarmos num mundo onde se dá nossa comunicação. Então, se você começa a estudar a linguagem em si mesmo, fazendo abstração do mundo, você chega com conclusões inteiramente absurdas, como o de Jacques Deledat. As palavras não têm uma referência fora delas mesmas. É isso. E de bom, então essa frase também não tem, então você não está falando de respeito e de absolutamente nada. É essas coisas de teorias absurdas, tipo pragmatista, de construcionista, que consistem num discurso circular que se come assim mesmo pela calda. Bom, Leandro Livre, another sort of learning do padre James Shaw, uma indicação no senhor, dada no Saldo dos Trotspik, acabei por comprar alguns livros do Jacques Maritain. O padre Shaw tem alta conta filósofra 6, avançando mais na sua asalva, e diz que o senhor não dá o mesmo valor ao Maritain. Leandro Livre, de Educational Man e Prayer, é interessante alguma... O que o senhor aqui deve ser lido? Bom, eu não posso fazer uma seleção geral, mas o melhor livro dele é Le Desgredis S'Avoir, Os Graus do Saber, e esse é um livro realmente muito bom. Agora, quando ele entra na filosofia política, essas coisas, ele começa a... Bom, o Saco Maritain foi um dos grandes responsáveis pela guinada que o Duconcilio vai ficando segundo. Ele é responsável pela modernização da igreja, é claro que aquilo no mínimo, nós temos que acusá-lo de imprevidência, no mínimo. Vamos dizer, o que para um filósofo dessa envergadura e dessa fama é absolutamente imperdoável. Como é imperdoável o nazismo do Caide? Como é possível não acreditar numa coisa dessa? Apostar, não é só acreditar, apostar. Vamos lá. Aqui é a mesma pergunta de novo. José Marjou no pergunta, eu estou com um livro de 128 poemas próprios, eu não sei muito bem como agir, você é aquele editor procurar quanto custa, etc. Eu estava querendo deixar para eu mandar para o senhor mais para frente. Eu digo, realmente mais para frente, daí eu vou ver o que eu posso fazer, mas não manda agora, não, porque eu estou com muita coisa para ler, muita coisa para fazer. E quando o pessoal manda, as coisas eu gosto de ler, mas eu não posso fazer na hora, às vezes não dá, às vezes eu prometo o negócio, eu leio seis meses depois. Às vezes já fiz grandes descobertas aqui, né? O pessoal que manda o negócio, eu vou ler, e lá veio o cara com esses poemas daqui, em tercaptegole, quando eu ler, é muito bom. Não é que nem daquela menina que a Roxane contou, que os poemas eram unitemáticos, que era o Darny Gamecom, não é assim, tem coisas muito boas que eles pensaram, estão muito orgulosas dos nossos poetas. Paulo Ramiro Bader, o pessoal lá já é domínio científico na neurociência, importante da testosterona, e o transtorno antissocial da personalidade, uma vez mais o lado terrasão, eu não estou chutando essas coisas, quer dizer, eu estudei isso aí, eu veio o efeito que a coisa tem. Quando o Bárcio testosterona, a primeira coisa, não é que o sujeito fica feminino, ele fica burro, fica fraco e burro. Testosterona, inteligência é uma questão de concentração, e concentração é força da personalidade, eu dou de certo. Marcel Rondau, qual a causa daquia do nível da testosterona no amor moderno? Bom, em primeiro lugar, a dieta, você para de comer carne vermelha, começa a comer só frango, frango, e daí dá problema. Quem não sabe que os frangos vêm carregadinho de hormônio feminino. Então, não pode comer isso, não pode comer aquilo, tudo faz mal, o feijão faz mal, o açúcar faz mal, o que não faz mal? Bom, sei lá, gelé de chuchu, então eu termino a mão. Então, quer saber, bifes desse tamanho, seis ovos, seis ovos, eu como no mínimo quatro por dia, há muitos anos, e como gemacrua, e direto. E não é para efeito médico, eu gosto mesmo, eu acho bom. Pô, lá um pouquinho de salzinho, limão, o pessoal do meu atento é chamado de ostra terrestre. O conselho do meu médico, o doutor Carlos Amande Morrebreiro, frita e tudo na gordura de porco ou gordura de carneiro, nada dessa hora de girassol, isso aí mata, gente. Os caras vêm me dar conselho de saúde, eu fico louco, quando você tiver 68 anos, você faz tudo que eu faço, daí você vem me dar conselho de saúde. Lamei essa dona pô. Tiago Vergilo Salenaro disse, eu vou conversar pessoalmente comigo, falou, você pode me pegar no Skype, mas aí é uma questão de sorte, às vezes eu estou no ar, às vezes não estou. E aí porque eu sou o padre Paulo Ricardo, eu tenho o meu discípulo que mais deu certo. Eu falei, eu não sei, eu sei que eu sei qual é a medida do que ele aprendeu comigo, e do que ele aprendeu sozinho, tem menor ideia. Eu acho que ele aprendeu tudo sozinho, já sabia quando chegou aqui. Aqui, Bruno Queiroz de Suas é literatura cadista do século XVIII, uma forma de propaganda anti-cristã para que o movimento iluminista alcançasse os resultados da revolução de burgueses que ocorreram após o período. Até certo ponto foi. Eu não posso dizer toda, eu não tenho um conhecimento tão grande desse período literário, não porque a maior parte ele é muito chato. A pedra cadista, aquela poesia do século XVIII, a poesia teve grandes momentos na história, século XVI e XVII, foi um grande momento, depois o século XIX foi um grande momento, o século XX foi uma coisa esplendorosa, mas o século XVIII, o século XII era muito arrumadinho, muito racionalista, tem textos ali que de hipóéticos não tem nada, são meras argumentações versificadas. Não tem muita paciência para olhar essas coisas, não? Camila Manoela diz, eu não tenho não-são-duvida da minha fé católica, eu confio na igreja, e deu muito bem, mas se você não pensa hipótese contrária, você não sabe contra que você está, e se você não sabe contra que você está, aquilo que você está a favor, perde sentido. Isso quer dizer, é o tal negócio, por que que Deus permite que o diabo nos tente e depois nos acuse? Se não, a gente nem acharia graça em Deus, para que que o Deus se mantenia no diabo e me atormentando? estaria tudo em ordem, tudo na mais perfeita ordem, você estaria com uma adão no paraíso. Não consta que adão rezasse, se Deus não mandou a adão rezar, não rezava, não fazia penitência, não confessava, não fazia nada. Daí foi muita moleza, a serpeita aproveitou. Eu vou fazer uma pergunta, eu gostaria de saber o que o senhor da coleção do estudo de filósofes de Campes de Compenas. Eu gosto muito, é um negócio muito bom, mas é sempre do ponto de vista de filósofes analíticos, quer dizer, eles ficam partindo cabelo em 4, e com frequência o negócio é meio inconclusivo, mas que são tecnicamente perfeitos. Tem algo a verger em Sarinago, porque se eu não falar da Edith Stein, porque eu só li um livrinho dela, meu Deus do céu, foi isso muito pouco. Eu acho o livro de Ciência da Cruz, a coisa mais importante, certamente, um dos livros mais importantes que você já leu, mas eu acho, assim, eu tenho a ideia de que para você conhecer um filósofo você precisa ler a obra inteira dele, foram os menos mais importantes. Eu, por uma coincidência, acabo de juntar aqui a coleção inteira da Edith Stein pretendo ler. Mas para você ter ideia de conjunto mesmo, não tem escamatórias, tem que ler tudo. Eu gostaria muito de que você comentasse, ele perguntou sobre o Nicolas Luman. Olha, sinceramente, eu não lembro o que eu li, eu li no Nicolas Luman. Eu não me chamou a atenção, eu também não dediquei muita atenção para o Peter. Agora ele pergunta o negócio do Habermas. Deu muito bem. A ideia básica do Habermas é privilegiar o diálogo o consenso social sob a noção de realidade. No fundo, é um giro canteano. É isso que você coloca comunidade humana no cedo e tudo. E, a verdade, passa a interessar menos do que o consenso. Eu diga um truque político, mas não passa disso. Não ver o que importa, importância esse cara tem. Gosto a ter. É, esse é o autor domina... As ideias desse autor domina a formação de alguns indígenas do STF e a formação acadêmica dos professores brasileiros. De terras não, Habermas é muito ruim dominante aqui no Brasil. Dos pessoal da escola de Frankfurt, o Habermas é o mais fraquinho. É o último e o mais fraquinho. Nem o Marcus é tão bobo quanto ele. Eu, desses todos filósofos da escola de Frankfurt, os dois primeiros forkheimer adoram ainda ter algo a dizer. Sobretudo o Mark Forkheimer. Na verdade, todos os outros só copiaram o que o Forkheimer falou, copiar, adaptar, etc. Mas mesmo assim, toda a escola de Frankfurt é baseada num fundo que não passa de rei etíce. Tudo no mundo está errado, ninguém presta só nós. É uma ilusão de alto engrenacimento. O bolão é um negócio chamado Theoria crítica que consiste em falar no all de tudo. Eu acho que o ponto de partida já está errado. Não há valores positivos, mas se a gente criticar, criticar, criticar, criticar, talvez apareça algum positivo no futuro. Então, é um ponto de partida que é uma afirmação dogmática sem o menor sentido. Como é que você sabe que não há nada positivo no mundo se você está apenas começando a criticar agora? Não dá para partida. Agora, se você parte dessa premissa, você pode desenvolver um monte de teorias baseadas nisso, mas sempre vai ter, como diz o pecado original, uma ligada originária. Luiz Guilherme, o papo Apiú 9, não condenou o americano, liberdade religiosa, democracia liberosa, separação da igreja e do estado, etc. Não pode ser isso considerando um ato da igreja contra a democracia americana. Não, ele está discutindo, no plano geral, a ideia do estado lá e com o moderno. O que não quer dizer que a igreja católica nos Estados Unidos fará nada para derrubar o governo americano e mudar o regime. Ela nunca fez absolutamente nada para isso. Quer dizer, um papo para fazer uma crítica na esfera pura, mas não é suficiente para você achar que aquela instituição é um perigo para a sua democracia. Mesmo porque os fundadores da América jamais sofreram nada da igreja católica e saímos da glatéria fugindo da igreja reformada, não da igreja católica. Os católicos também eram perseguidos na igreja católica. É dos católicos puritando as vítimas da igreja glicã, que era uma igreja reformada. É uma herança que eles pegaram desde logo no início da reforma, até o Henry Cameron menciona isso naquele vídeo que eu recomendei a vocês. Foi um livro de enorme sucesso, criado de um protestante, seu do protestante, um personagem imaginário, se dizia uma vítima de inquisição e narrava as torturas indescritíveis, que ele tinha sofrido tudo absolutamente e tudo inventado. Só que isso pegou. Você vê que os protestantes foram os primeiros a perceber o potencial bélico da imprensa. E usaram esse instrumento de guerra cultural, porque essa história de que... Quando a pessoa diz a história, a história dos vencedores, eu falo, as vezes é, mas em geral não é. Em geral, quem faz a história são os perdedores, porque a usam como instrumento de guerra cultural onde perdendo a guerra no campo militar, que é exatamente o que os protestantes dizerem. E o emperador Carlos Quinto foi lá, acabou com a brincadeira e eles falam, então, já que nós não podemos com o cara na porrada, vamos fazer uma guerra cultural. Essa ideia me apareceu na cabeça muito tempo quando eu estava lendo a vida do santo tibetano Milarepa. Tem uma família lá que expulsa a família do Milarepa das suas terras e diz assim, se você tem dinheiro, mova-nos uma guerra. Se você não tem, faça-nos uma feitiçaria. Quer dizer que feitiçaria, guerra cultural, fofoca, arma de pobre. Então, é ele que está por baixo. Adios, São Marcos, fala que um monte de coisa contra o AB. Eu digo qualquer coisa que se fale contra o AB para mim, está bom. Depois que eu vi esta entidade e a AB e a sua samba de imprensa promovendo o William Lima da Silva, chefe do Comando Vermelho promovendo o livro dele para o Paricando, o cara falou para mim essa entidade acabou, não tem confiabilidade nenhuma, zero. O que não quer dizer que todas as sessões da AB seja assim. Eu mesmo já fiz conferência na AB em São Paulo, foi muito bem tratado, foi bem recebido. Ninguém me jogou o tomate, ninguém me bateu. Bom, eu acho que já foi bastante aqui, né? Tiago Vergilo Salenávio diz aqui, sobra a hora de hoje, nós aqui em baixo temos que estudar muito, estudar até infinito para merecer a garra de dedo porque a classe política do Brasil é astuta, astuta e diabólica. É verdade, gente. E nós devemos ser querendo enfrentar diretamente nisso. Então, uma sólida formação cultural e filosófica é prévia, é uma sólida formação cultural e filosófica. É prévia, é o seu estudo da prática política. Eu, olha, cinco anos atrás, desde as cinco anos eu estou oferido. Eu quero criar líderes, mando a 10 neguinho para cá, com o tempo integral e eu vou formar. Eu os gano e eu sei fazer isso. Assim como eu digo, eu sei, criar, vamos dizer, uma nova geração intelectual, eu sei fazer isso também, criar líderes políticos. Eu poderia ter feito isso, só o que precisava, alguém que pagasse as passagens e estalhasse deles, que eu não posso sustentar 10 neguinho aqui. Eu não vou comprar nada pelo curso. Mas alguém tem que pagar a sustentar os caras enquanto não apareceu ninguém, nem um empresário, nem um banqueiro, nem um potentário, ninguém das elite branco, é de zoa azul. Ninguém vai fazer isso. Enquanto isso estão lá dando dinheiro para o PT, sentando salvar Dilma, é assim por diante. Então, eu me formi em direito, pensei fazer mestras doutoramente, cheguei claramente, fazer o teu curso vale mais que um pós-doutor. Olha, eu também acho, foi feito para isso. Foi feito para isso, quando eu falei eu vou tentar restaurar a intelectualidade brasilia, então é claro que isso aqui não está um nível superior um doutoramento e um pós-doutoramento. Tem que ser, é isso. Levar o curso de Seminagem de Filosofia a Sera, Similã, as 300 aulas, é mais frutiva qualquer ensino, qualquer universidade do planeta. Do planeta, eu não sei, mas do Brasil é sem sombra de dúvida. Olha, esses dias eu estava aqui lendo o livro do Hans von Balthasar A Glória de Deus, A Glória do Senhor E eu lendo isso aqui o Balthasar escreve maravilhosamente, mas é tudo tão cheio de alusões, o vocabulário dele é tão carregado de conotações criadas ao longo do desenvolvimento do pensamento alemão que fica difícil, então eu pensava assim quantos carnes na universidade brasilia e quantos professores têm capacidade para ler isso aqui eu vou dizer para vocês, eu não conheço nenhum nem para ler e assim, outros tantos livros Então a universidade brasiliana é palhaçada palhaçada, se você precisar dela para arrumar o emprego, mesmo isso não vale a pena vai trabalhar num pôs de gasolina vai vender pipoca, vai fazer sei lá, vai rodar bolsinha fazer alguma coisa decente, não vai ser professor universitário, coisa feia O ensino a cada vez que for agressão, eu sou apenas o melhor joio de linguagem, sem aplicabilidade no mundo real mas é claro, vocês também que as pessoas não sabem nem ler, cheguei no seu jeito, eu sou o PHD quando eu estava na lista deste tamanho de os títulos dele daí como pega esse caso do Fabio Ostrom ele simplesmente não sabe distinguir o que é uma nota quer dizer, a expressão de uma impressão momentânea, do que é uma interpretação de conjunto e do que é uma tomada de posição mas nem isto, ele sabe então por exemplo, se você ler as obras de Nietzsche então é aquela parte que é feita de aforismos Nietzsche escrevia também por gotinhas, não porque ele estivesse no facebook mas porque ele tinha uma doença, ele tinha poucas horas de rendimento no trabalho de ar, então escrevia rapidamente tomar uma nota uma nota, não tem que ser nem obrigação de ser coerente com a outra porque aquilo, ele está num pleno gênero poético, que é na definição do Prott, é a expressão de impressões uma impressão não é uma opinião quando é que vou entender isso aí agora, um conjunto de impressões cria uma rede de problemas, de contradições que daí, arma progressivamente a figura do seu objeto é assim como um desenhista ao desenhar um objeto, ele vai medi-lo em várias direções e vai criando esses pontos de referência que são opostos para poder acercar o objeto, é só assim que se pode fazer se a pessoa não sabe nem isto, eu digo, bom, então, e se eu dar um livro do Nietzsche para ler, o cara vai ter corresão cerebral, porque ali é só a contradição de um lugar. Daí ele faz a profissão de fé a Virgem Maria, o maior ser criado, abaixa apenas a Santíssima Trindade, está acima dos anos de toda a Corte Celeste a mulher vestida de som, como desde Celeste, está apenas abaixo de Deus, Pai, Filho e Filho de Santo Amém, você também acha isso Aliás, ela também tem um sozinho de sangue que é um sozinho de sangue da Corte Celeste então acho que por hoje é só ah, alguém pergunta aqui vamos ver, vamos ver William Barbosa professor, mas, tirar a Dilma do Poder não é um passo importante? foi que fez milagro o congresso, empurrando com a barriga. Na vez que vai deixando o impeachment para depois, para depois, para depois, você vai cansando o movimento e fazendo com que, mas o impeachment aqui era apenas um prêmio de consolação, porque o pessoal queria a derrubada de tudo, do PT, do Ford São Paulo, e daí você vai ficando cansado, cansado, cansado, e fica, ah, pelo menos o impeachment. E o impeachment também começa a demorar e custa caro, demora e custa caro, demora, e o fim de ser capaz de desistir até disso. O Michel Temer não foi assegular lá na Rússia que a mulher chega ao fim do mandato? Não é brincadeira porque ele está dizendo, aqui é um acordo internacional. Com quem que vocês estão firmando o acordo, com o governo instável que vai cair, não, não, não, ela vai ficar. Se ele diz isso, é porque alguém deu essa dica para ela, Hoje estava lá o Lula conversando com Eduardo Cunha para ver se impura a cobarriga mal um pouco. Deixa um pouco mais para dentro, deixa um pouco mais para dentro. Quanto tempo você acha que essa é a qual consegue manter a população na rua? Um ano, dois anos, três anos? Então quer dizer que tudo isso foi feito exatamente para amortecer a coisa e reduzir o dano ao impeachment da Dilma. Que impeachment que não existe irá, o impeachment é impossível. Cinco minutos antes de votar o impeachment ela renuncia. A não ser que seja louca, que ela sofreu mesmo o impeachment. Então impeachment é apenas uma maneira de você forçar o governo a renunciar. Então ele nunca poderá dizer como o color. Não pode dizer que o cara sofreu o impeachment. Não, eu lá saí daqui porque quis. Eu estava com o saco cheio, pedi a mãe e passo nos anos e ele está aí bonito de novo. Senador gostoso sendo aparicado por seus supostos inimigos de ontem. E assim por dentro. Ou seja, é a pizza geral. E não só é a pizza geral, mas é como eu disse, é a inversão do sentido do movimento popular. Quer dizer, de um movimento de oposição, PT, Fora do São Paulo, toda essa tradição que dominou a política brasileira por 30 anos, eles tinham o monopóleo de tudo, inclusive o monopóleo dos movimentos de rua. De repente aparece o movimento de rua 100% oposto e em seguida você vai embolsar esse movimento no patrimônio da mesma tradição esquerdista através dos seus Helio Bicudo, Miguel Reali-Juno e FHC. Olha. Bom, se o Helio Bicudo apresenta um pedido de impeachment, ótimo. O que ele tem que fazer? Fazer um agradinho no velho, tudo bem, cara, e passa dentro, continua com o seu próprio pedido de impeachment. Para que tem que passar a ele o protagonismo da coisa? Para que tem que fazer ele e de Miguel Reali-Juno os símbolos aglutinadores? Eles vão aglutinar o quê? Ou que eles sempre aglutinaram essa tradição esquerdista? Bom, eu acho que não dá mais. Ah, queria lembrar vocês. Eu queria ter duas mensagens. A primeira é se encontram escritores que é do dia 25 a 28 de novembro, que nós vamos abrir escritores que todo mundo pode assistir de corpo presente se quiser, via aqui ou pela internet. Em vez do curso que nós estamos aqui, nós vamos abrir o encontro escritório para todo mundo. Evidentemente, o conteúdo será muito maior do que de qualquer curso que eu já dei. E vários personagens interessantes que veem, eu não vou dar a lista por enquanto, mas pelo menos o Rodrigo Gurgel e o Érico Nogueira acho que estão garantidos, né? E o Paulo Brigueiro. Eles estão garantidos que veem, mas nós outros não vou anunciar os nomes ainda. E a segunda coisa que eu queria é pedir um favor para vocês. O favor é o seguinte, quando se expunga para pagar a mensalidade, façam tudo possível para pagar pelo PayPal, em vez de usar esse boleto bancário. Isso facilita para mim as coisas enormemente, porque está cada vez mais difícil tirar dinheiro da minha conta bancária para trazer para os Estados Unidos. E aqui, gente, olha, só a faculdade da Leila vai quase 2 mil dólares por mês, o negócio não é brincadeira. E se ela parar de fazer a faculdade, o governo manda ela ir embora. Então é uma coisa sem questão de vida ou morte, está vendo? As coisas aqui são caras e tirar dinheiro do Brasil está ficando cada vez mais difícil. E o dólar está a 4 reais, é uma coisa absurda. Então bom, não estou reclamando, estou ganhando menos dinheiro, mas o dinheiro ainda está dando para pagar a despesa. Só que o difícil não é ganhar o dinheiro, é trazer do Brasil. Então se vocês puderem pagar pelo PayPal, vocês vão estar me fazendo um imenso favor do qual ficaré grato para sempre. Tá bom? Então até a semana que vem, muito obrigado.