Então vamos lá, boa noite, sejam bem-vindos. Por que eu queria continuar com o assunto aqui do canto? Até essa semana eu publiquei um artigo no Diário do Comercio, que eu vou ler e comentar aqui para vocês. Nesses artigos, a gente coloca muitas sugestões compactadas, que o leitor do Ronaldo só vai perceber em parte, mas quando os alunos meus naturalmente notarão muitas alusões à coisa que foram ditas na aula, ou que podem vir a ser ditas na aula. O material sobre este assunto é muito rico, e eu queria explicar então que a minha ideia era refazer brevemente uma exposição da Filiografia do Canto, tomando como ponto de partida algo que foi, muitas vezes, esquecido, ou negligenciado até pelos melhores expositores do Canto, que é que tudo o que ele fez obedecia a um plano, quer dizer, tem um objetivo, e esse objetivo não é puramente acadêmico, nem puramente científico, é exatamente o que eu estou falando nesse artigo. E a minha atenção foi chamada para isso, quando muitos anos atrás eu li um livro com o autor marxista Lucian Goldman, que ele dizia o seguinte... A maior parte dos especialistas até hoje não viram em Canto, um puro teórico do conhecimento, no máximo um filósofo sistemático dos valores que bem exprimiu, na ocasião, que de fato exprimiu em ocasiões, em alguns breves trabalhos, opinião sobre a Revolução Francesa, Paz Eterna, Sociedade Cosmopolita, etc. Mas para o qual essas questões representavam problemas subordinados à margem da sua atividade filosófica. Então, o Lucian Goldman imprimei nesse livro, em que eu considero brilhante, apesar das limitações de intrínsecas da análise marxista, a ideia de que toda a filosofia do CUT gira em torno da ideia de comunidade humana. E eu acho que até é inteiramente correta, embora não tenha sido explorada em todas as suas implicações. Eu vou ler aqui o artigo em que eu publiquei essa semana. E acrescentar alguma coisinha e depois eu gostaria de que vocês lesem comigo esses excerptes, esses trechos que eu tirei de um dos escritos do CANT, que são significativos para o assunto, que é a ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita. Mas vamos lá. O artigo geral para compreender CANT. CANT escreveu 1762, Aspas. Eu me veria a mim mesmo, como mais inútil do que um simples trabalhador manual, se não acreditasse que esta ocupação, a filosofia, pode acrescentar valor a todas as outras e ajudá-las a estabelecer os direitos da humanidade. A nossa expressão direitos da humanidade é uma coisa que até o século XVIII é totalmente desconhecida e que entra em circulação exatamente com os filósofos e iluministas, dos quais o CANT será no fim das pontas o principal. Homem de maturação lenta. Aos 38 anos, ele descobria o que viria a ser a meta constante do resto da sua vida. Aspas, estabelecer os direitos da humanidade, fechar aspas, demolir a autoridade da tradição e do hábito, criar a sociedade racional governada por um estado racional educador de seres humanos racionais, prontos a agir sob o ditão e de regras universais, em vez de seguir os seus instintos como os animais, ou seguir os padres como um camponês medieval. Tudo o que ele fez desde o momento daquela declaração de princípios foi para servir a esse objetivo, ao qual mesmo os feitos filósofos mais notáveis que ele realizou ao longo do caminho se subordinam como meios para um fim. Ele acreditava que esse fim não somente era desejável, mas que a gente estava inscrito na própria evolução histórica da humanidade com meta final a que tudo tendia de maneira tortuosa e problemática, mas constante e irreversível. É esse o assunto descrito que nós vamos ler daqui a pouco. Quando ele reconhece que os seres humanos podem falhar em atingir essa meta, ou seja, que ele não via nenhuma coisa fatal, ele deixa claro que nenhuma outra existe. Entre a sociedade racional cantiana e a barbarie tercio non dator. Não há uma terceira alternativa. A obra filosófica de Kant no seu conjunto em suas partes se dirige invariablemente à consecução de metas que afetaram toda a sociedade, toda a cultura, toda a política moral, a religião, o direito à educação, as relações familiares, a vida humana e a sua totalidade. Kant não foi de maneira alguma o pensador isolado, extra mundano, desinteressado, envolvido em abstrações que só atraiam num insignificante de estudiosos especializados. Tanto quanto Platão, Lutero ou Karl Marx, foi um reformador da humanidade, um reformador do mundo. Foi isso o que ele quis ser e foi isso o que ele se tornou. Nada do que ele escreveu e ensinou pode ser compreendido fora desse projeto grandioso ou, se quiserem, megalombo. O que pode encobrir essa realidade ao ponto de tornar lei na prensível são três fatores. Um, na maior parte das suas obras, Kant faz uso de um vocabulário especial tão inusitado e de uma linguagem tão abstrusa que parece empenhado antes de limitar o círculo de seus leitores às dimensões de uma seita esotérica do que em influenciar o público maior. Dois, algumas partes especiais da sua filosofia são tão complexas tão dificultadas e tão brilhante e materializadas que tendem a aparecer como monumentos isolados remetendo a um discreto segundo plano com os objetivos mais amplos a que o serviço foram construídos. Por isso mesmo, muitos estudiosos do cantismo, e entre eles alguns dos mais competentes, tenderam a descrever a estrutura do pensamento indicante tomando esses monumentos como centros articuladores do conjunto. Reduzindo tudo mais a condição de opiniões periféricas ou mesmo a episódios de valor puramente histórico biográfico. Isso aqui é uma coisa notável. Quer dizer, eu tenho um bocado de livros sobre o canto, eu vi um bocado deles. Em geral, é o seguinte, o pessoal fica tão impressionado com a crítica e a razão pura que toma esse livro como o centro de tudo. Para eu ter uma crítica e a razão pura é o centro e o topo. Em volta tem as outras duas críticas, a crítica e a razão prática, crítica e o do riso. E em volta você vai tendo como círculos com o centro. E você vai se afastando cada vez mais do centro até chegar lá nas opiniões políticas. Eu verifiquei o seguinte, com relação a esses tópicos da Vanda da Exactiência, o canto mudou de opinião muitas vezes. Porém, com relação aos seus objetivos políticos fundamentais, ele nunca mudou. O que ele afirmava no começo, foi que o canto era o que ele ia afirmar no fim. Algumas das suas últimas obras ele vai voltar ao mesmo ponto. Então você tem um elemento constante e outro ele mesmo mutável. Como é que você vai tomar os mutáveis como os possam? O centro da coisa. Você vê que até muitas das tésias que ele apresenta na crítica e a razão pura, ele no fim da vida, no chamado Opus Postum, uma obra próstima que só foi publicada mais recentemente, relativismo atenua muitas das tésias da crítica e a razão pura. Mas, com relação aos seus ideais políticos, ele não muda uma vírgula. É o que ele decidiu ali, não. A 38 unidade é o que ele vai continuar para sempre. Contra esses três fatores, o resto, o fato incontestável de que o próprio canto proclamou repetidas vezes até a extrema velhice os mesmos objetivos gerais constantes e finais que o inspiravam. Nem uma interpretação engenhosa de uma filosofia deve obscurecer o modo como o próprio filósofo compreendia. É verdade que esses objetivos aparecem somente em escritos menores, e não nas obras primas, como a crítica e a razão pura, a crítica e a razão prática e a crítica do ruído. Mas o fato em que canto continuasse a reiterá-los ao longo do tempo voltou ao aqui e ao outro, droga. Não, reiterar o longo tempo, perdão, voltou nada. O longo tempo depois da publicação dessas obras mostra que ele jamais perdeu de vista as metas que desejava alcançar. Nem muito menos se deslombrou com o seu sucesso parciais ao ponto de permitir que eles por si tomassem o lugar da ambição maior. Isso é um ponto absoluto e fundamental. Existe um elemento constante que são os objetivos maiores que ele pretende alcançar na reforma da humanidade. Existe uma série de pontos de detalhe que ele aprofunda, às vezes aprofunda de uma maneira tão dedicada e tão engenhosa como por exemplo, no caso da crítica e a razão pura, ele parou 10 anos tudo para examinar aquele ponto. Ele ficou 10 anos sem publicar nada e daí publicou a crítica e a razão pura, que é isso, deu o trabalho miserável. Mas isso não quer dizer que a crítica e a razão pura seja o objetivo e tudo mais seja um efeito. Ao contrário, eu acho que eu posso demonstrar que todo o problema está atrás na crítica e a razão pura, são dificuldades que ele viu no curso de realização do seu projeto de humanidade. Quer dizer, se é para fazer isso, precisamos resolver este, mais este, mais este, mais este problema. E ele é um homem dedicado, então o mais complicado que fosse o problema, ele não fugia dos problemas, não fugia das dificuldades. Então, ele dedicou 10 anos a esses problemas de controle e conhecimento. Bem ao contrário, se ele concedeu longa e concentrada a atenção, a determinados problemas específicos, não foi porque tivesse desviado essa ambição, mas porque entendeu que esta não poderia ser realizada no mundo histórico social, sem que esses problemas fossem resolvidos antes. Quando, no empenho de submeter o destino humano, o império da razão, ele se dedica ao exame crítico desta última e de suas limitações. Em vez de exaltar a crítica, a críticamente, as virtudes da potência racional, ele mostra apenas que é um guerreiro sério, que não entra em combate sem ter avaliado meticulosamente as possibilidades e limites do equipamento bélico que carrega. Ou seja, o objetivo dele, como ele proclamou no inscrito, que se chama Resposta à Ferva do Minido, é a humanidade racional. Quer dizer, o ser humano se desligar da superteção, das tradições, das crenças, etc. e desenvolver a sua razão. Depois vamos examinar isso com mais cuidado. Porém, como poderia ele propor o império da razão sem estudar primeiro os limites do conhecimento racional? Quer dizer, evidente, que qualquer comandante militar, ao iniciar uma batalha, ele tem que saber fazer o repertório do que dá para fazer e do que não dá para fazer. E limitar o seu objetivo justamente para que ele se torne realizável. E este foi o empenho do canto na Cri Péra do Fubura, quer dizer, limitar as ambições do conhecimento racional a um domínio onde elas pudessem se realizar em vez de ficar como mero sonhos. Então, mostra apenas que era uma realista que não ia propor as coisas sem matar a cobra sem mostrar o pau, propor uma coisa que parecesse irrealizável. No entanto, nós veremos mais tarde, não nesta aula, que ao propor o objetivo da humanidade racional, ele se preocupou muito em examinar as possibilidades de limites da própria razão, em si mesmo, mas ele jamais sondou as consequências previsíveis da realização do seu ideal. Ele parece absolutamente cego para as consequências que o ideal, tal como ele desenhou, desencadearia fatalmente caso fosse realizado, como de fato veio a realizar. É nesse título que nós vivemos no mundo canteano. O ideal canteano foi e está sendo realizado quase que integralmente. Então, isso quer dizer que a influência de canto foi muito além do domínio filosófico, propamente linda, preneitrofundo, na política, na moral, no direito, sobretudo. Hoje, naturalmente, vivemos dentro do mundo canteano, por as manifestações. As mais distanças, as mais remotas mostram quando bem examinadas a sua raiz canteana encontrou vertível. E é isso justamente o nosso assunto, que eu espero que detempe da gente fazer tudo isso. Idealmente que de tempo de escrever tudo isso, além de explicar nada. Se não der tempo de viver, pelo menos está dito aqui. A mensagem não vai ser esquecida. E quando ele restringe o alcance da razão, em vez de estendê-lo até o infinito, não faz se não concentrar as forças do seu exército em vez de dispersá-las. É precisamente o que o seu contê por Napoléon Bonaparte aprenderá a fazer no tempo de batalha. Era característico da estratégia da gente de Napoléon concentrar todas as forças num ponto único, em vez de dispersá-las. De todos os reformadores do mundo, cante foi talvez o mais sutil e engenhoso. Evitando dirigir-se à massa popular, restringindo o seu público aos intelectuais, Huygbrough, são voces de ataques grosseiros que nunca faltaram a Lutério e Marx. E se imporzou o mundo com uma aura de respeitabilidade inataquável, com uma divindade misteriosa e distante. Você vê que a Marx tem um trabalho que ele considera científico, mas ao mesmo tempo, não pode ser assim que ele era o fundador, o líder da Primeira Internacional Comunista, quer dizer, ele era um militante, uma ativista no fim da vida com ele. Ele organizou todo o movimento. E nesse sentido, ele tinha que ter contato com a massa popular direta, que não era uma população de acadêmicos. O presidente fez o contrário. Só falou com acadêmicos, só com intelectuais ao nível. E embora tenha alguns escritos que pelo seu conteúdo são mais populares, ele não se diria ao público maior. Um detalhe importante, que mostra até que, ponta, esse homem era esperto, ele elecionou na Faculdade de Cânido de Berco, muitos anos, ele nunca elecionou a sua própria filosofia, nunca. Quer dizer, nem para os alunos, ele dizia. Ele só publicava nos livros e conversava com o círculo de intelectuais. Para os alunos, ele elecionava astronomia, matemática, física, qualquer outra coisa. E evitava usar a faculdade como um instrumento de divulgação da suas ideias. Parece assim que ele não queria realmente uma divulgação muito grande. Ele queria uma influência em profundidade exercida sobre a elite intelectual e só. E isso acabou se revelando muito mais eficiente do que qualquer movimento popular. E sobretudo, o poupou de ataques mais popularescos. O que também aconteceu, por exemplo, no nosso século, acontece com Renegue Nó. Renegue Nó só fala com a elite, então ele fica a salvo dos leitores imbecis, evidentemente. Coisa que o Karl Marx nunca ficou. Ele recebeu ataques despropositados desde o início também. É um ataque muito sério da parte de homem de ciência como o Ogren, como o Boen Bavé, que é outro, mas também ao mesmo tempo, houve muita polêmica rasteira em torno dele. E isso em torno de cante nunca aconteceu. Como não aconteceu também em torno de Renegue Nó. Só no Brasil aconteceu. No Brasil aparecem uns pulaninhos falando de Renegue Nó. Não tem de absolutamente nada. Mas parece que é o Karl Roche. Então, de repente, no Brasil, como eu comecei a falar do assunto, e eu, lamentavelmente, preciso escrever para jornal, porque eu vivo disso, não me conto. Então, evidentemente, a gente desperta milhões de musquitos de baratas, que começam a atrapalhar, embolar o meio de campo. E o cante se livrou disso perfeitamente, eximindo-se de expor a sua filosofia, até mesmo na faculdade, e limitando ao que ele parecia o público demais, ao nível. Por isso mesmo, que essa influência cantena, ela virá sempre por cima. E quando ela chega na esfera popular, quando ela chegar a afetar a vida das pessoas, a origem remota já desapareceu. Ninguém sabe que o cante começou aquilo. Então, ele fez aquele negócio do Donald Reagan, você pode conseguir tudo que você quiser, quando você não faz questão de levar o mérito. Se a gente diz para as pessoas, sabe quem está aportado do movimento gay? Foi o cante. As pessoas não vão desconfiar disso, e vão achar que ele está louco, que isso é a teoria da confiração. Mas não só o movimento gay, mas muita coisa que está entrando na legislação hoje em dia começa com o cante. Às vezes não direto, mas não que ele tenha proposto isso. Mas ele cria um método, um tipo de enfoque que vai gerando essas coisas ao longo do tempo, sem que as pessoas atinem com a origem. No mínimo, no mínimo, você pode dizer que tem certas ideias, que se o cante não teria sido possível. O proprietor dessa teoria de gênero, isso aí é puro cante. Mas, sobretudo, tratando os seus ideais, não como verdades dogmáticas, assim como fontes de problemas. Quer dizer, ele jamais se esquivou de enfrentar as dificuldades que os seus ideais poderiam suscitar. Só que eu acho que ele se limitou às dificuldades intrínsecas, dificuldades lógicas. E nunca examinou a questão histórica das consequências. Isso eu procurei, pode ser que esteja. Eu não li o cante inteiro, eu lembro o Cádio Cântem, mas não inteiro. Pode ser que algum lugar tenha discutido isso, se alguém achar, por favor, me avise, mas eu nunca vi. Assim como fontes de problemas com tradição à dificuldade sem fim, permitiu que sua influência se alastrasse para muito além do grupo de aderentes explícitos e se espalhasse anônimamente por toda parte, até adquirir aquilo que António Gramsci sonhava ter para o Partido Comunista. O poder onipresente invisível do Imperativo Categórico. Hoje eu me pergunto por que António Gramsci, quando escreveu isso, usou essa expressão tão característicamente canteana que Imperativo Categórico. Será que ele percebeu que o cante estava exercendo aquele tipo de influência que ele desejaria que o Partido Comunista exercisse? Parece que sim. Alguma coisa disso ele deve ter percebido. Precisaria rastrear. Quer dizer, foi muito tempo que ele António Gramsci já pariu de ler. Não me lembro se precisaria rastrear a livre as referências dele, então, que teve. Se ele percebeu alguma coisa desse tipo, é possível que sim. Veremos isso mais tarde. Agora eu queria ler aqui com vocês alguns acertos desse tipo escritoricante, onde ele expõe alguns aspectos do seu ideal o seu plano de punção. Quer dizer, num artigo anterior onde eu chamar a missão filosófica, eu disse exatamente que não existe filosofia modesta. Quer dizer, nenhum filósofo filósofa só para resolver algum problema técnico de filosofia, algum problema da área profissional. Tá certo? Todo, pelo menos todos os grandes filósofos, eles têm planos de enorme envergador. Tá certo? E eles, onde a ação dos filósofos, assim como a do Santos, dos profetas, etc. Operam num nível que às vezes escapa a horizonte de consciência da população. Quer dizer, aquele negócio que dizia Augusto Compte, que a vida dos vivos é determinada por filósofos mortos. É verdade, mas às vezes o filósofo está tão distante no tempo que você não sabe o que pareceu aquilo. E somente, vamos dizer, uma elite de estudios muito interessados na coisa que vão rastrear isso. Frequentemente existem a expressão do James Billington, as linhas de significado que atravessam esse século. Ele cria um determinado conceito que tem certas palavras ali que são imantadas de determinado significado e aquilo se repete, amplia ao longo dos séculos. Esse é um estudo extremamente difícil de fazer. Em geral, no Brasil, o pessoal não é capaz de distinguir isso do analogismo. Quer dizer, ele vê um sujeito de dizer uma coisa no século 20, ou de dizer uma coisa parecida no século 13, e já acha que é a mesma coisa e começa a adivinhar, às vezes até, intenções ocultas e aí verdadeiras conspirações por trás da coisa. Isso aí é a inabilidade. Quer dizer, quando para você estudar uma linha de significado ao longo do século, você precisa saber quem leu o que. Qual informação chegou até a orelha de quem? Não é só por um jeito que pensou uma coisa parecida. Tem gente que pode ter ideia parecida, você nunca teve ouvido falar um outro. Esse intertido, sequer o acesso a um meio social comum no qual aquelas ideias se ocularam. Por exemplo, você pode ter uma ideia parecida, alguém soltou um ideão no determinado meio, você não ouviu falar do sujeito, você não sabia ele, mas você teve o contato com aquele meio social, então através da língua você absorveu indiretamente. Então, tem essas duas hipóteses, ou a informação chegou diretamente ao indivíduo, ou chegou indiretamente através do determinado meio social. Se não ouvi isto, então você está no campo da mera coincidência. E no Brasil, até hoje, todo mundo tem uma ideia parecida, porque eu publiquei alguns artigos, dei umas aulas de nossa preferência, mostrando a unidade de certos processos politicoculturais. Imediatamente inspirei um montão de idiota a fazer a mesma coisa. A gente não tem um... Dei um mau exemplo, e daí qualquer um acha que pode fazer isso. Então, começa a ver elas e semelhanças, etc. E isso vira realmente a teoria da confiração. A distinção entre uma coisa e outra é exatamente essa, quer dizer, você não é doutor você tentar descobrir adivinhar elas ou intenções ocultas por trás das coisas. Se você não pensa assim, intenção oculta é de muito bem. Não existe intenção oculta cujo autor não a tenha revelado para ninguém. Não sei o que é tão oculta que nem ele percebeu. Mas daí você entro já no perigoso campo da galhosa, quando dizia estes alfons de preto. Uma intenção pode ser oculta para determinada parte do público, mas não para todo público. Se estiver oculta para todo mundo, então, ainda devido estar esperando a agir por telepatia. Mas quando eu digo que por trás de toda obra do canto, existe uma intenção em um plano, é porque? Porque ele expôs um plano. Se as pessoas não viam, foi porque não quiseram. Porque tiveram a sua atenção atraída para certos aspectos, aspectos mais elegantes e majestosos da filosofia do canto e negligenciar esta parte. Mas não quer dizer que a intenção fosse tão oculta que nunca tivesse falado para ninguém. Então, investigar essas linhas de significado é uma coisa e tentar adivinhar intenções ocultas e planos secretos é outra completamente diferente. Embora o público brasileiro que não tem prática dessas coisas confunda uma coisa com outra. Então, foi por esses métodos que chegaram a conclusão de que eu sou uma agente islamocionista. Bom, eu aproveitei aqui a tradução portuguesa do Arthur Morão que saiu no site lusosofia.net e marquei lá uns pedaços e pedi que a Juzlainas transcrivesse. Na tradução dele, ela em geral é boa, mas as vezes tem alguns erros e as vezes tem algumas coisas que são esquisito porque é muito português demais para o ouvido brasileiro. Mas isso aqui é só um rascunho, nós vamos inclusive corrigindo, na medida que a gente for lendo. Então, não é aqui um texto definitivo. Então, começa o canto assim. O historiador, se ele considerar no seu conjunto o jogo da liberdade da contada humana, poderá descobrir um curso regular na história, né? Então, existe um curso regular na história. Assim, por exemplo, os casamentos, já que a livre vontade dos homens sobre eles tem tão grande influência, não parece estar submetido à regra alguma. E no entanto, os quadros estatísticos anuais dos grandes países mostram que eles ocorrem segundo leis naturais constantes. É curioso ele falar sobre os outros naturais, né? Então, nós diríamos uma constante social, mas ele ainda não faz essa distinção muito claro. Tal como as alterações atmosféricas cuja previsão não é possível determinar a antecedência em cada caso singular, mas que no seu conjunto não deixa de manter um curso homogêneo e me interrupto, manter num curso homogêneo e interrupto crescimento das plantas e outros arranjos naturais. Ou seja, você pode falar sobre uma determinada previsão de acontecimentos específicos, mas no conjunto você observa uma linha regular e constante. Então, ele diz que a mesma coisa pode se observar na história. Os homens singulares até os povos inteiros só em escassa medida se dão conta de que ao perseguir em cada qual o seu propósito de harmonia com a sua disposição, com a disposição particular seguem imperceptivelmente como fio condutor a intenção da natureza. Ele diz que o intenção secreta da natureza e você acreditando agir em função apenas dos seus fins individuais você vai cumprindo lá as suas ações sem ter em vista, sem perceber que elas obedecem, ou seja, a uma lei maior, a uma constante que transcende infinitamente a sua pessoa. Então, isso aqui é o tema das tuças da razão que será depois mais elaborado por reggae. Quer dizer, a razão se serve para os positos individuais para realizar uma finalidade coletiva que escapa a horizonte de consciência para os personagens envolvidos. Tudo no conjunto da história se encontra finalmente tecido de loucura, de vaidade infantil e com muita frequência também de infantil maldade e ansadestruidor. Quer dizer, em geral, os propósitos humanos são muito malignos, né? O filósofo não pode pressupor o rácional peculiar exceto em que isso não conseguirá descobrir uma intenção da natureza no absurdo trajeto das coisas humanas. Os homens são insensados, agem por razões insensadas, mas por trás de toda insensateza humana existe uma sensateza, existe uma razão. A partir da cóstia possivel uma história de criaturas que procedem a ser um plano próprio, no entanto, em consonância com um determinado plano da natureza. Se os homens não combinaram nada entre si, eles estão agindo de maneira anarquica, frequentemente infantil e brutal, mas por trás de tudo a natureza diz ele, às vezes usa a natureza, às vezes a história, a natureza tem um plano. Então, ele vai dividir, tentar provar isso, tem 8 proposições, primeira proposição. Todas as disposições naturais de uma criatura destinadas a desenvolver-se alguma vez em um modo completo e apropriado. Se, de fato, renunciar uma das principais, para não ter uma natureza regular antes de uma natureza que atua sem finalidade. É evidente que se você observar qualquer organismo, ele tende a se desenvolver, todo o organismo tende a se desenvolver para se tornar-se aquilo que a sua espécie é, na verdade, quer dizer, quando você vê um gatinho finenininho, ele virar um gato grande, se não morrer pelo caminho, se não ficar doente, é de circunstância normais, cada entidade ou cada organismo se desenvolve até o máximo das suas possibilidades segundo uma regra que está inscrito na sua espécie. Então, ele diz, se nós renunciarmos as principais, já não temos uma natureza regular. É claro que se um gato, ou dois meses de idade, pode se transformar em uma tartar do Osirgo, ou seja, segundo a proposição, no homem, as disposições naturais que visam ao uso da razão, ele diz, visam ou usam, visam ao uso, da sua razão devem desenvolver integralmente só na espécie e não no indivíduo. Ou seja, isso aqui é fundamental, porque a razão tomada no máximo da sua potencialidade só se desenvolve totalmente na espécie humana e não no indivíduo. Então, essa tese a mim me parece absurdamente falsa, porque se você tomar, pegar o século XIII, de um monte, uma razão humana se desenvolver, esse, principalmente na cabeça de Santomai daquilo e Dono da Nascote. Eu digo, a espécie humana, a espécie humana continua imbecil quanto antes. Quer dizer, ao contrário, me parece que alguns indivíduos, esse aqui é o é a tese oposta do Reinhold Niebuhr, o homem moral na sociedade imoral. Reinhold Niebuhr não tem óculos protestantes, esquerdistas, mas ele tem uma tese muito certa. Ele diz que nenhuma sociedade alcança um nível de alta moralidade que alguns indivíduos alcançam. Me diz que me parece coisa óbvia. Se você pegar no tempo São Francisco e Assis, o que era o Europa? Era um mundo acelerado, estarado, louco, tá certo? E no meio apareceu esse santo, tá certo? Do mesmo modo, tanto na esfera moral quanto na esfera intelectual, você vê que o indivíduo alcança, certos indivíduos alcançam um nível de racionalidade e desengoulemento infinitamente superior ao da média, pra não falar da espécie humana inteira. Quer dizer, na onde cante tiro isso aqui? Tá absolutamente injustificado. No entanto, ele insistirá nisso até o fim da sua vida. Quer dizer, o desejo que ele tinha de ver uma racionalidade e um propósito da natureza por trás de ações desencontradas dos indivíduos humanos o leva a exaltar a racionalidade desse fator impessoal contra toda evidência dos fatos. Se você pegar, vou dizer, a sociedade mais envolvida e mais racional que você pode imaginar, você perca aqui as sociedades americanas. O coeficiente de irracionalidade, de desorde, de caos, de criminalidade é tão grande. Agora, você pega um indivíduo mais envolvido, tá certo? Um santo, um filósofo, etc. Você não vai ver na vida dele o coeficiente de irracionalidade e de crime. Se você colocar assim, o próprio cante, quantos crimes o cante cometeu? Parece que nenhum. Não entrou ninguém, não roubou ninguém. E no entanto, a Europa estava lá matando e roubando ao mesmo tempo. Então, é isso aqui, eu considero os sinais de paralaxe cognitivo. A sua experiência pessoal diz mentira e verdadejante. Se fosse assim, como é verdadejante, quer dizer que se a razão só se desenvolve plenamente na natureza como um todo, ou na espécie como um todo e não no indivíduo, então por que que todo mundo não descobriu a crítica da razão durante o cante? Por que que foi só ele? Quer dizer, você está vendo que você, Sr. Emmanuel Cante que é um cara que nunca saiu da sua cidade, você descobriu o coisa e entendeu o coisa que o resto da Europa não estava entendendo. Você sozinho, ninguém te ajudou. Então, a sua experiência mostra que o indivíduo vai muito além da espécie e da sociedade no domínio da razão. É até a sua experiência, então você escreve o contrário. Então, isso aqui é para a axiognitiva, quer dizer, você não pode dizer que ele está mentindo. Ele não está falsificando, ele está sendo perfeitamente sincero nisso. Quer dizer, é como se diz uma rateada, o negro não percebeu a relação entre o que ele está dizendo e o que ele está fazendo. Dito de outro modo, ele não está analisando as coisas a partir da experiência real. Mas a partir de conceitos. Por que que ele faz isso? Mas tarde ele mesmo vai justificar o que ele faz. A razão, diz-lhe, não atua de modo instintivo, mais precisa de tentativas, de exercícios e de aprendizagem. Pelo que, cada homem teria de viver um tempo incommensurávelmente longo para aprender como deveria usar com perfeição todas suas disposições naturais. Ou, se a natureza estabelecer apenas um breve prazo à sua vida, como realmente acontece, ele necessita uma série, talvez incontestável de gerações, as quais uma transmite a outro seus conhecimentos. Transmite o seu conhecimento? Como? Quer dizer, quanto do conhecimento anterior é transmitido a geração e é transmitido a quantos indivíduos? Se você pensar, por exemplo, a filosofia de Immanuel Kant, quer dizer, quanto a humanidade cresceu nesses anos, desde o tempo de Immanuel Kant até agora, e quantos indivíduos chegaram a apropriar-se da filosofia de Immanuel Kant, o número absolutamente irresorto. Ademais, quer dizer, ele está contando com a transmissão de conhecimentos como se fosse quase um processo biológico. A geração seguinte incorpora o anterior, isso não é verdade, que essa transmissão é enormemente problemática. Existe um coeficiente imenso de conhecimentos que se perdem pelo simples fato de que a linguagem múdia se torna incompensível para gerações subsequentes, e você tem que ter... Esse é um fator entrópico. Você acha que existe não só na natureza, mas existe na história e que tem que ser continuamente compensado por esforços. Por exemplo, se ver os textos de filosofia antiga, continuamente você tem que fazer novas e novas edições. Adaptando as traduções a linguagem atual. Se não as traduções também se tornam mais antigos. Então é por isso que nunca se pode dizer aqui está a edição definitiva de Platão, por exemplo. Bom, é definitiva para esta geração. Daqui 4 ou 5 pode ser que você precise explicar tudo de novo, porque a linguagem da sua tradução, tal como a do próprio Platão, se tornou antiga e as pessoas não estão entendendo mais. Sobretudo, numa época em que tem um sistema de comunicação tão amplo como nós temos hoje, a linguagem muda muito rapidamente. Então ele disse que um homem precisaria viver um tempo incomensurávelmente longo para aprender os conhecimentos das gerações anteriores. Tá certo? Mas um homem e o mesmo não se aplica a gerações. Uma geração inteira para aprender tudo que as anteriores. E certo, também teria que ter uma vida incomensurávelmente longa. O mesmo problema vale para uma pessoa como vale para 10 mil. Aqui você tem um neguinho estudando a herança cultural da humanidade. Ali você tem 10 mil neguinhos estudando a herança cultural da humanidade. Vamos ter um prestario para absorver a herança cultural da humanidade. Uma vida ilimitada quer dizer que aí está confundindo o problema, vamos dizer, do tempo com o problema da quantidade. Agora, se você comentava como é que um filósofo hábio como canto comete uma coisa dessa. Eu digo isso porque eu chamo de um pouco bonito. Você tem uma ruptura entre a experiência real com o neguinho que está vivendo e o que ele está pensando. Então, a experiência dele mesmo mostra o seguinte. Ele havia absorvido mais da tradição cultural anterior do que praticamente todas as pessoas que ele conhecia. Quanto elecionava tudo quanto a matéria que existe? Elecionava matemática, direito, astronomia, física, geografia, geologia, tudo, tudo. Ele sabia tudo. Parqueamento tudo. Era um dos mais cultos da época. E nós dissemos que essa época é culta por causa de pessoas como canto e não porque todo mundo sabia tudo. Então, ele tem a experiência de que ele está ensinando isso para uma multidão e não a multidão para ele. E, no entanto, ele veio ao contrário. Então, de certo modo, o indivíduo se deixa enganar pelo próprio ideal que ele está formulando. E este ideal adquire para ele a função de uma realidade que se sobrepõe à realidade da própria experiência. Neste sentido, que o autor dos famosos comentários aos arcâneos maiores do caru, que se chama Valentino Sandas Mantas, é um que eu pensei que ele tinha sido o padre de um inferno, ele é um místico russo, um exotérico russo que depois se converteu ao catolicismo do livro dele que já é publicado com a prefaça do Franz Van Balthas e que, aliás, é um admirador do canto. Ele diz que as filosofias, às vezes, são realmente como operações de bruxaria. Ele não havia lido o Vögelink que deu um estudo de bruxaria. Quer dizer que tem um efeito hipnotico sobre gerações de pessoas. O indivíduo não vai poder hipnotizar os outros, porque sua filosofia se primeiro não se hipnotizou a si mesmo. Quer dizer, ele não se acredita no que está fazendo. E uma coisa que me parece constante na filosofia moderna, pelo menos, desde Carter Bacon, é esta absoluta incapacidade de raciocinar a partir da sua experiência pessoal e a necessidade incoercível de raciocinar a partir de conceito recebido, de alguma maneira. Eu acho que isso havia de ser corrigido no século XX, quando a existência ali chama a atenção para o fato de a existência concreta e reintroduz esse tema na filosofia. Mas aí já é o fim da modernidade, a existência ali, que vem logo antes do pós-modernismo. Então, vamos lá. Terceira proposição. A natureza quis que o homem tire totalmente de si tudo o que ultrapaço o arranjo mecânico da sua existência animal e que não compartilhe nenhuma outra felicidade ou perfeição, exceto a que ele, liberto do instinto, conseguiu para si mesmo, mediante a própria razão. Ou seja, a natureza só nos proveu com determinados mecânicos elementares e tudo o que os benefícios em seguida foi obra do ser humano. Isso é uma verdade. Aqui falando da natureza. Que a natureza tenha adotado o homem de razão e da liberdade da vontade. Peraí, que história é que a natureza dotou o homem da razão e da liberdade da vontade. Se por um lado você está definindo a natureza com aquilo que só nos fornece os elementos mecânicos elementares. A natureza só nos dá o elementar e o resto do homem faz por sua liberdade sua razão, mas a natureza que tem a liberdade sua razão. Peraí, aí tem alguma confusão. Quer dizer, a ideia de que a liberdade interior do homem possa ser uma doação da natureza contra diz a própria nação da natureza. Que a natureza tenha adotado o homem da razão e da liberdade da vontade era já um indício claro da sua intenção. Ou seja, existe uma intenção na natureza. Que só as últimas gerações terão a sorte de habitar na mansão em que a longa série dos seus antepassados trabalhou como classe de serias nacionais sujeitos a morte no seu conjunto. Ou seja, a intenção da natureza só se realizar a intenção que a natureza tem através da liberdade da razão humana só beneficiará as últimas gerações. Agora, o que que pode haver de racional num plano de você sacrificar inumeráveis gerações por algumas gerações que viram no fim e que você não sabe quantas serão? Quem sabe quanto vai durar a história? Ninguém sabe, canto também não sabe. Então, quando vier este mundo perfeito da razão e da liberdade quanto tempo ele vai durar? Ele vai durar mais do que toda a história anterior? Qual é a relação de causa e efeito que você pode observar entre uma coisa e outra? Não perração nenhuma. Pode durar uma geração, como pode durar mil, até mais do que toda a história anterior. Mas pode durar menos também. E se durar mais, isso não beneficiará em nada as gerações anteriores. Quer dizer que o reino da justiça, da liberdade da razão se baseará numa distinção absolutamente irracional entre quem nasceu antes e quem nasceu depois. Quer dizer, os que nasceram antes, vira canto, colocará como uma das suas seus princípios morais, a ideia de que nenhum ser humano pode ser usado como um ser humano um fim. Mas como pode ser um fim se todos da geração anterior só serviam de meios para a felicidade final do reino? Quer dizer, às vezes são contradições até brutais que mostram que esse homem tão criterioso no exame da estrutura do conhecimento humano, como ele fará naquela razão pura, pode cometer cochinos horríveis ao longo da sua obra. Só que é o seguinte, a crise da razão pura é apenas o exame de um problema técnico do filosofio, um problema específico. E isso aqui é a proclamação do objetivo geral da vida de Emanuel Kant. A natureza é espécie humana, ela sabe mais do que o indivíduo e através dela se realiza essa razão oculta da natureza e esse plano oculto da natureza. A proposta o meio de que a natureza serve para obter o desenvolvimento de todas as suas disposições é o antagonismo destas na sociedade, na medida em que ele se torna a causa de uma ordem legal das mesmas disposições. Entenda que por antagonismo a sociabilidade insociável dos homens diz que o ser humano tem ao mesmo tempo a tendência de se associar aos outros e de se isolar deles. E isso é verdade, nós chegamos a isso que existe uma tensão entre os instintos sociais e antisociais ou as sociais. E ele diz que a necessidade de uma ordem legal surge exatamente disso aqui. Quer dizer que se todo mundo tivesse uma tendência social como por exemplo, as formigas não seria preciso uma ordem legal porque todas vão obedecer aquela tendência social. É pronto que acabou o problema, mas o ser humano tem as duas coisas ao mesmo tempo. Então isso está muito bem observado, a ordem legal surge de um antagonismo inerente à natureza humana, por acender. O homem tem uma inclinação para entrar em sociedade, mas também tem uma grande preocupação para se isolar. Esta resistência que desperta todas as forças do homem movido pela ança das honras, do poder e da posse ao ter uma posição entre os seus congêneros que não podem suportar, mas dos quais também não podem prescindir. Isso aqui você toda a ambiguidade dos termos egoísmo e altruísmo já está colocada aqui. Quer dizer que a Anne Rand, por exemplo, que tivesse lido canto com mais atenção e ele teria ensinado a resolver este problema. O egoísmo e altruísmo não são conceitos filosóficos, são disposições naturais humanas. Não são princípios filosóficos, não são princípios que posso orientar a ação. Então se você disser que seria a ação absolutamente egoísta, aquela que visa beneficiar apenas o indivíduo e a mais ninguém. Então isto tornaria, evidentemente, por exemplo, a amasturbação, o prazer ser infinitamente superior a relações seccionais, porque eu vou dividir o meu prazer com essa dona e eu não, eu vou fozinho no banheiro. Quer dizer, é a interamita absurda. O egoísmo com uma orientação que existe, que não existe, separada do altruísmo, nem o altruísmo existe separada do egoísmo, por exemplo, se você decide ajudar uma pessoa, desvombra, você tem alguma satisfação, você fica feliz com o resultado. Ah não, mas eu quero ser tão altruísta que eu faço tudo bem pra ele e eu só quero ficar infeliz com o resultado. Isso existe, não existe. Então você vê que egoísmo e altruísmo não são nomes, nem de sequer de tendências que existam por si mesmas que possam ser totalmente distintas. A distinção de egoísmo é uma distinção, é um elemento conceptual e funcional, por assim dizer, mas não expressa uma realidade, né? E sem, sempre, dos anos antes da N-Wrndt o Kant já tinha visto que egoísmo que é, que o que cria a ordem legal é a tensão entre egoísmo e altruísmo que está presente praticamente toda ação humano. Você vê que tem muita coisa a aprender com o campo, né? Às vezes é muito engenhoso, às vezes é burro e às vezes engenhoso, é uma coisa incrível porque, como eu já aguardo, é um único gene idiota, não, Kant também é um gene idiota. Desenvolve-se pouco a pouco todos os talentos através de uma incessante ilustração, ele quer dizer ilustração, ele quer dizer esclarecimento, hein? O começo transforma-se na fundação do modo de pensar que com o tempo pode transmutar ainda deste modo, pode ser transmutar ainda deste modo num todo moral em consonância para formar a sociedade patologicamente provocada, quer dizer é este conflito, é esta doença humano permanente que gera a ordem legal. Quer dizer, sem as propriedades em si não de certo dignas de apreço, da insociabilidade todos os talentos ficariam para ser procultos numa arcádica da vida de pastores. Quer dizer, a insociabilidade é tão necessária para a ordem legal quanto à associabilidade. Quinta proposição, o maior problema do gênero humano é a consecução de uma sociedade civil que administra o direito em geral. Eu estar aqui dado o objetivo criar a sociedade regulada pelo direito. A sociedade idealmente será universal. Só na sociedade que tem o máximo de liberdade quanto a agonismo universal dos seus membros possuem a mais exata determinação e segurança dos limites de tal liberdade. A ordem social é feita por sua vez de uma tensão assim como a conduta humano. É uma tensão de insociabilidade e insociabilidade. A ordem moral e jurídica será uma tensão entre a liberdade e os seus limites. Só nela que pode obter a mais elevada intenção da natureza. Toda esta intenção secreta que vem se revelando na história por trás de toda a confusão ilimitada das iniciativas individuais caóticas se realizará enfim, nesta ordem jurídica final que conciliará a liberdade e a necessidade dos seus limites. Por isso uma sociedade que a liberdade se encontra unida na maior grau possível com o poder irresistível isso é uma constituição civil perfeitamente justa que deve constituir para o gênero uma mais elevada tarefa da natureza para o taquete de todo. Qual é o objetivo do que o canto está fazendo nós queremos fazer o possível para que a humanidade chegue a esta sociedade perfeitamente justa em que a liberdade e os limites necessários da liberdade estão perfeitamente harmonizados realizando, portanto, o objetivo secreto de tudo o que vem acontecendo desde o tempo do homem de Leonardo da Índia para a sexta proposição a dificuldade é a seguinte o homem é um animal que precisa de um senhor que ele quebrante a vontade própria e o força a obedecer é uma vontade universalmente válida então temos aí o que é a vontade universalmente válida é os ditâmes da razão universal só que isso tem que ser imposto que a liberdade da liberdade só que isso tem que ser imposto alguém tem que impor ao indivíduo de tal modo que obedecendo a verdade universalmente válida o indivíduo continue livre então já é o tema que virá depois como a necessidade o reconhecimento do imperativo categórico o que é imperativo categórico e aceita aquilo que tem que ser feito de qualquer maneira então a liberdade consiste no reconhecimento do imperativo categórico e ele não se opõe a liberdade porque é porque ele é o meio para a sua realização a liberdade dentro da ordem legal que é também o vídeo americano mas tal senhor é também um animal quer dizer aquele que vai impor o outro ao trabalho legal ele também é um animal e ele também precisa de um senhor não é de prever portanto como é que um chefe da justiça pública venha a conseguir tornar-se justo de uma madeira um lenho tão retorcido nada de inteiramente direito se pode fazer apenas a aproximação a essa ideia nos é imposta pela natureza o imperador conhece que é um ideal inatingível do qual deve nos aproximar como numa assíntota curva que vai chegando perto de uma linha vai chegando, chegando, chegando, mas não chega não então quer dizer, este é o sentido geral da vida humana aproximar-se, aproximar-se e aproximar-se indefinidamente da ordem social perfeitamente justa sem poder atingi-la nunca mas ser a obrigação de todos e aproximar-se desta sociedade perfeitamente justa então já está dado a regra universal que todos tem de cumprir todos temos que lutar pelo reino da justiça de algum modo sétima proposição o problema da instituição de uma constituição civil perfeita depende por sua vez do problema de uma relação externa legal entre os estados e não poder resolver sem esta última época não adianta você fazer uma olhinha legal perfeitamente justa aqui se você está impostado num estado onde tem uma ordem legal injusta e vai entrar em concorrência com você portanto é necessário também uma ordem legal perfeitamente justa entre todos os estados e aí já está o projeto da ONU a mesma insociabilidade é de novo a causa pela qual cada comunidade se encontra numa relação exterior numa liberdade de liberdade restrita e por conseguida cada uma deve esperar do outro os males que pressionaram e constrangeram os homens singulares entrando no estado civil legal do mesmo modo os seres humanos a atenção entre a sociabilidade e a insociabilidade vai gerando a necessidade da ordem legal do mesmo modo entre os estados eles tendem por um lado a colaborar e por outro lado a se destruir uns aos outros não dá para fazer nem totalmente uma coisa e isso vai gerar a ordem internacional por meio das guerras a natureza compela os primeiros atentativas imperfeitas e finalmente após muitas devastações ao intento que a razão poderia ter inspirado mesmo sem tantas experiências a saber sair do estado sem lei do seu várzeo e ingressar numa liga de povos ele disse o termo que ele usa liga das nações é o primeiro nome da ONU foi a liga das nações ele disse que foi uma coincidência ninguém lê o canto claro que lê o canto quando você vai ver lá o projeto é cantando não porque é parecido mas porque o pessoal realmente lê no canto e o canto é cantando embora essa ideia pareça ser fantasiosa nem por isso deixa de ser inevitável saída da necessidade renunciar a sua liberdade brutal e buscar a tranquilidade e a segurança numa constituição legal tanto entre os indivíduos e a indivíduos quanto entre as várias várias nações ele reconhece que essa tensão pode continuar indefinidamente mas que a tendência geral será para buscar a ordem mundial é uma justiça perfeita todas as guerras são outras tentativas de suscitar novas relações entre os estados até que por fim se erija um estado que é semelhante a uma comunidade civil se possa manter a si mesma como um automoto ou seja, resolvem todos os problemas que fazem todo o funcionamento ser automático mas ele reconhece que isso é uma meta ideal e que ele não sabe se vai poder ser atingido ou não mas de qualquer modo, diz ele que todo o curso da história é regido por esse intuito secreto da natureza que se realiza através das decisões arbitrárias e diferentes dos outros homens deverá esperar se isso aconteça por uma convergência epicurista das causas ele está falando do jogo dos átomos do epicuro os átomos que vão em todas as direções é o que se chama Kliname cada átomo terá sua inclinação pessoal e dos entrechoques randômicos dos átomos surgem os seres segundo o epicuro então essa hora de final pode esperar aquela naça de uma convergência epicuriana de átomos ou supor-se a pelo contrário que a natureza persegue um curso regular ou seja, nós temos o Kliname que é os efeitos imprevisíveis do caos ou existe uma razão por trás que está levando tudo nesta direção mas ele não nega que existe também o encontro casual dos átomos ou seja, existe uma anarquia mas existe uma ordem por trás e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e