Go

História

• Foi criada em 2007 como um projeto interno da Google por Rob Pike, Ken Thompson e Robert Griesemer, e lançado como um projeto de código aberto em novembro de 2009.

• Foi criada com o objetivo de combinar a facilidade de uma linguagem interpretada e dinamicamente tipada com a eficiência e segurança de uma linguagem compilada e estaticamente tipada,tornando o desenvolvimento de servidores na Google uma tarefa mais produtiva e eficiente.

• Artigo que descreve a dificuldade e a necessidade de criar uma nova linguagem, segundo Rob Pike. ➢ http://talks.golang.org/2012/splash.article

Instalação

• Os pacotes de distribuição estão disponíveis no site: ➢ http://golang.org/dl/

Por que Go?

• Implementa um controle rigoroso e inteligente de dependência, baseado na definição e uso de packages (pacotes).
• concorrente
• Possui uma sintaxe bastante limpa.
• Simula orientação a objeto
• sensação de uma linguagem dinâmica
• open-source
• Permite a escrita de programas concisos e legíveis, além de facilitar a escrita de ferramentas que interagem com o código-fonte.
• go fmt (formata o código de acordo com o guia de estilo da linguagem)
• go fix (rescreve partes do código que usa APIs depreciadas para que usem as novas APIs introduzidas em versões mais recentes)

Possui tipagem forte e estática.

• Introduz uma forma curta de declaração de variáveis baseadas em inferência de tipos.
• Traz uma implementação de duck typing baseada em interfaces.

Alguns tipos de coleção de dados que são nativos a linguagem:

• slices (lista de tamanho dinâmico).
• maps (dicionários de dados associativos).
• arrays (lista de tamanho fixo).

Suporta o uso de ponteiros porém aritmética sobre ponteiros não é permitido.

• Possui coletor de lixo (garbage collector).

• Permite a escrita de programas totalmente procedurais, orientados a objetos ou funcionais.

• A abordagem de Go para concorrência e um dos maiores diferenciais da linguagem (implementa goroutines)

• Dispensa o uso de travas, semáforos e outras técnicas de sincronização de processos.

Valores e Tipos

• Valores:

  • Boolean
  • Numérico
  • String
  • Array
  • Structs
  • Ponteiros
  • Mapa
  • Channel

• Tipos:

  • Primitivos
  • Compostos

Tipos de dados primitivos

var x int = 0
var y float64 = 5.8
var str string = “Olá”
var par bool = true

• Boolean - true ou false
• Numéricos - valores do tipo inteiro, ponto flutuante e complexos
• Strings - arrays imutáveis

Tipos de dados compostos ➢ Produtos cartesianos: structs ➢ Mapeamentos: Arrays, slices, mapas ou funções

type Aluno struct {
 nome string
 matricula int
}
pares := [3]int{2,6,8}

Tipos de dados compostos

• Recursivos: structs
• A linguagem não dá suporte à união disjunta, e conjuntos potência.

Checagem de tipos

• Go é estaticamente e fortemente tipada.

func main(){
var x int
x = “nome”
}

Equivalências de tipos

• A linguagem dá suporte à equivalência nominal, mas não à equivalência estrutural.

type Numero1 struct { x int; par bool }
type Numero2 struct { y int; impar bool }
func (n *Numero1) ehPar() ( bool) {
  return n.par
}
func main(){
  var num *Numero2 = new(Numero2)
  num.ehPar()
}

Palavras reservadas

break default func interface select
case defer go map struct
chan else goto package switch
const fallthrough if range type
continue for import return var

Expressões e comandos

• Comando sequencial:
• Comando colateral: não existem comandos colaterais.

n := 0
n = 3; n += 1;

• Comandos condicionais: ➢ if / else

func verifica (x int) {
if x<0 {
fmt.Println(“O valor é negativo!” )
}else{
fmt.Println(“O valor é positivo!” )
}
}

Expressões e comandos

• switch

switch x {
case 1:
fmt.Println(“X é 1”)
break
case 5:
fmt.Println(“X é 5”)
break
default:
fmt.Println(“X não é 1 nem 5” )
break
}

• Comandos de repetição:
  • definido:
  • indefinido:

for i := 0; i < 10; i++ {
fmt.Println(i)
}
i := 0
for i < 10 {
fmt.Println(i)
i++
}

Variáveis

• Os valores armazenáveis são os valores dos tipos primitivos e ponteiros.
  • Variáveis temporárias: todas, exceto as do tipo File (que são ponteiros)
  • Variáveis persistentes: em Go, são do tipo File

Declaração:

• A atualização pode ser seletiva ou total:

var p1 Ponto
p1.x = 3
p1.y = 5
var p2 Ponto
p2 = p1
var x int = 5
x := 5
var x, y, z int = 1, 2, 3
x, y, z := 1, 2, 3



**Bloco e escopo**
- Blocos aninhados.
- Variáveis declaradas em blocos de escopo internos não são
visíveis em blocos de escopo externos.
- Em Go, o corpo de um bloco é avaliado no ambiente em que
foi definido (associação estática).

```GO
var s int = 2;
func incremento (d int) int {
 return d*s;
}
func executaIncremento (valor int) int {
 var s int = 3;
 fmt.Println(s);
 return incremento(valor);
}
func main(){
 fmt.Println(executaIncremento( 5));
}

Arrays, slices e maps

• Os arrays possuem tamanho fixo (estático) e não armazenam valores de tipos diferentes:

nomes := [2]string{“Joao”, “Maruan”}

• Slice é uma abstração criada em cima de arrays. No entanto, os slices possuem tamanho variável (dinâmico), e podem crescer indefinidamente.
• Quando criados com a função make e usados como argumentos, ou retorno de funções, são passados por referência, e não por cópia.

primos := []int{2, 3, 5, 7, 11, 13}
nomes := []string{}
primos := make([]int, 6, 7)

Fatiando slices:

x := []int{0,1,2,3}
y := x[1:]
for i := range y {
fmt.Println(y[i])
}
> 1 2 3
x := []int{0,1,2,3}
y := x[1:]
y[0] = 5
for i := range x {
fmt.Println(x[i])
}
> 0 5 2 3

• Map é uma coleção de pares chave-valor, sem nenhuma ordem definida.
  • As chaves devem ser de mesmo tipo, e são únicas.
  • Se armazenarmos dois valores distintos sob uma mesma chave, o primeiro valor será sobrescrito pelo segundo.

vazio1 := map[int]string{}
vazio2 := make(map[int]string)
capitais := map[string]string{
  “GO” : “Goiânia”,
  “PB” : “João Pessoa”,
  “ES” : “Vitória”
}

Abstrações

• Abstração de funções: -Go dá suporte a abstrações de funções através da palavra reservada func.
  • A presença do retorno (return) caracteriza a abstração de função.

Abstrações de procedimentos:

• Go usa a mesma palavra reservada para caracterizar uma abstração de procedimentos, como em abstração de funções (func).
• A diferença é que o que caracteriza a abstração de procedimentos é a falta do retorno (return).

Passagem de parâmetros

• Em Go, a passagem de parâmetros é por cópia/valor.
• Não dá suporte à passagem por referência, mas a simula com o uso de ponteiros.

Pacotes

• As funções e variáveis globais que começam com a letra maiúscula serão visíveis para quem importar esse pacote. Caso contrário, a função ficará com visibilidade privada.

package funcoes
import “fmt”
func Imprime (x int) {
fmt.Println(x)
}
func dobro ( y int) (int) {
return y*2
}

Objetos e classes

• Go não tem objetos e classes, porém os simula através de structs e funções ligadas a esse tipo.

Sistema de tipos

• Monomorfismo
• Sobrecarga
• Polimorfismo paramétrico
• Polimorfismo por inclusão
• Interfaces
• Coerção

Monomorfismo

• As abstrações definidas pelo programador são monomórficas. Toda entidade tem um tipo específico associado.

Sobrecarga

• Go dá suporte a sobrecarga de operadores, mas não dá suporte à sobrecarga de operações (funções).
• Para tipos da própria linguagem, um único operador ou identificador pode denotar diferentes abstrações.

Polimorfismo por inclusão

• Go não tem tipos que contenham subtipos que herdam operações aplicáveis a valores desses tipos.

func main(){
type Natural int
type Inteiro int
var x Natural = 1
var y Inteiro = -1
fmt.Println(x+y)
}

Polimorfismo paramétrico

• Go não dá suporte a polimorfismo paramétrico.

func maior (x,y int64) (int64) {....}
func main() {
var x int8 = 1
var y int8 = 2
fmt.Println(maior(x,y))
}

Coerção

• Não há mapeamento implícito de valores de um tipo para valores de outro tipo.
• Para substituir as coerções, são adotados casts.

func main() {
x, y := 1.4, 4
z := x+y
fmt.Println(z)
}
func main() {
x, y := 1.4, 4
z := x + float64(y)
fmt.Println(z)
}

Interface e Exceções

• Interface:
  • Go simula o uso de

interface.
type Shaper interface {
Area() int
}
type Rectangle struct {
length, width int
}
func (r Rectangle) Area() int {
return r.length*r.width
}

• Exceções:
  • A linguagem não dá suporte a tratamento de exceções.

Desvios incondicionais

• Para fazer desvios incondicionais usamos a palavra reservada “goto”
• Só podemos fazer desvios incondicionais dentro do escopo da abstração de função.

L : raizQuadrada(num)
.
.
.
var num int = LeInt()
if num >= 0 {
goto L
}

Escapes

• Escape:
  • Possui suporte a escape através da palavra reservada “break” e “continue”.
• Escape rotulado: -Possui suporte a escape rotulado através da palavra reservada break mais o rotulo.

func main () {
for i:=0; i<7; i++ {
if i==5 {
break
}
fmt.Println(i)
}
}
> 0 1 2 3 4
func main () {
externo:
for i:=0; i<3; i++ {
for j:=0; j<3; j++ {
fmt.Printf(“%v %v\n”, i, j)
if j==2 {
break externo
}
}
}
}
> 0 0
> 0 1
> 0 2

Concorrência

• A linguagem dá suporte a concorrência através de goroutines.
• A comunicação entre os processos concorrentes é através de channel.

Avaliação da linguagem

• Legibilidade : Sim
• Reusabilidade : Sim
• Redigibilidade : Sim
• Modificabilidade : Sim
• Confiabilidade : Parcial
• Portabilidade : Não
• Eficiência : Parcial
• Implementação : Compilada
• Facilidade de aprendizado : Sim
• Paradigma : Concorrente