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1 PROBLEMATIZAÇÃO

Seria possível utilizar o algoritmo como uma nova metodologia de ensino do conteúdo de reações químicas inorgânicas, fazendo dele uma nova ferramenta que desenvolva um ensino mais significativo e construtivista para o aluno?

2 HIPÓTESE

Para a compreensão do conteúdo de Reações Químicas Inorgânicas é relevante que se faça a conexão dos conteúdos anteriormente aprendidos, pois não se pode separá-los, estão intrinsecamente unidos. Uma forma mais didática de se conectar esses conteúdos é através do uso de algoritmos que nada mais é que uma sequência de passos para a execução de alguma ação ou resolução de qualquer problema, seja no âmbito social, profissional ou escolar utitlizando-se de conceitos previamente adquiridos, procurando resolver a situação ou problema da maneira mais genérica possível.

3 OBJETIVO GERAL

Promover a melhora do processo de ensino-aprendizagem do conceito de Reações Químicas Inorgânicas para alunos de Ensino Médio por meio de algoritmo.

3.1 Objetivos Específicos

a) Elaborar uma sequência didática que abordará os quatro tipos de reações químicas inorgânicas, sendo elas: síntese, decomposição, simples troca e dupla troca;

b) Formar grupos de trabalho (GT’s) com os estudantes do ensino médio;

c) Desenvolver com os grupos de trabalho (GT’s) um algoritmo genérico para abordagem dos conceitos de reações químicas;

d) Aplicar os algoritmos construídos com os grupos de trabalho (GT’s) na resolução de exercícios envolvendo reações químicas inorgânicas

e) Avaliar a retenção de conhecimento em Termos da Teoria de Aprendizagem de David Ausubel utilizando a Taxonomia de Bloom

4 JUSTIFICATIVA

Atualmente a forma que o sistema educacional estruturou a ementa de Química do Ensino Médio força o professor a cobrar apenas uma reprodução dos conteúdos sem se preocupar com a compreensão dos mesmos, o que é o caso do conceito de reações químicas inorgânicas, onde o estudante apenas decora as moléculas presentes nas reações e não compreende a conexão dos muitos conceitos que compõem esse conteúdo.

A maior preocupação do professor deveria ser a certeza de que seu aluno aprendeu o conteúdo passado por ele e que esse aluno consiga aplicá-lo em seu cotidiano, isso depende da didática e empenho do professor. Cada estudante absorve o conteúdo de uma forma diferente, alguns aprendem ouvindo, outros aprendem escrevendo e são muitas as formas de aprendizado, o professor deve ser atento a isso e deve tentar alcançar todos os alunos. Infelizmente hoje isso é quase impossível nas salas de aula das nossas escolas, pois temos salas com um número expressivo de estudantes, estes apáticos e sem interesse pelo estudo. O professor não deve submeter-se à estrutura de ensino que lhe é imposto, pois este faz com que suas aulas sejam engessadas e improdutivas sendo um exemplo claro de um ensino reprodutivista que não causa um aprendizado significativo para o aluno.

Segundo Pozo (2002, pg 30), “sem um novo paradigma educacional que destaque novas formas de aprendizagem que se conectem com o modelo da sociedade atual, o discente será prejudicado, pois terá uma aprendizagem cada vez mais depreciada”.

Não se deve perder a esperança, o docente precisa aproveitar o momento das aulas para aplicar novas metodologias, utilizar de ferramentas que possibilitem um ensino construtivista que vai fazer com que os estudantes não apenas aprendam mas também compreendam aquilo que lhe está sendo ensinado e o mais importante: saber a aplicação deste conteúdo na sua vida, é o que diz Pozo (2002, pg 40) “o conhecimento inserido na cultura atual deveria ser voltada para sua aplicabilidade e compreensão e não apenas para a sua reprodução”.

A utilização de algoritmos como uma nova ferramenta metodológica irá proporcionar no aluno uma compreensão mais clara sobre o conceito das reações químicas inorgânicas, ele irá entender que os conteúdos previamente vistos em sala estão intrinsecamente ligados com o conteúdo das reações e que estes são de suma importância para o completo entendimento do conceito. Quando se é dado uma aula sem o uso do algoritmo o conceito fica muito vago, pois o professor cobra do aluno a partir de exercícios, que apresente como resposta apenas o produto de variados exemplos de possíveis reações químicas, dessa forma o aluno apenas reproduz o que já foi visto em aulas anteriores.

Com o uso de um algoritmo genérico para a resolução do mesmo exercício o aluno irá explicar passo a passo o que ocorre na reação, ao final do exercício ele não terá somente dado o produto da reação como resposta mas terá abordado e explanado todos os conteúdos envolvidos.

5 EMBASAMENTO TEÓRICO

Para muitos o tempo que nossas crianças passam na escola é o suficiente para que essa criança saia preparada para o mundo, pois lá ela está regada de saber e amparada por professores, pedagogos e diretores, enfim por toda uma equipe preparada para dar esse suporte. O grande impasse é que nem todas as escolas ou equipes têm esse preparo, ou ainda, até possuem o preparo adequado, mas o sistema educacional reprodutivista não lhes permite tal atuação. De acordo com Pozo (2002, pg 165) o professor deve atuar como mediador da construção do aprendizado do aluno servindo de base para a resolução de problemas iniciais, direcionando esse aluno para o caminho a ser seguido, criando uma autonomia no aluno, fazendo com que ele tenha a capacidade de resolver sozinho futuros problemas baseado no aprendizado que esse professor ofereceu.

O sistema educacional da sociedade atual preocupa-se muito mais com o qualidade da reprodução do conhecimento adquirido do que com a compreensão desse conhecimento e sua importância na formação social desse aluno, a escola deveria ser a base formadora da construção do indivíduo, fazendo com que a experiência vivenciada por ele durante os anos letivos lhe proporcione uma facilidade de compreensão de futuras situações que estão por vir.

Para Mizukami (2011, p.09) o contexto escolar deve estar conectado com seu cotidiano, deve fazer parte do contexto social e profissional dele servindo de ferramenta de suporte para a construção dos padrões pessoais e externos, que serão sua base de crescimento e interação com a evolução constante dos paradigmas educacionais, profissionais, tecnológicos e culturais.

Uma aprendizagem mais significativa se faz necessária no contexto atual de sociedade, onde as mudanças sócio-culturais são rápidas e progressivas, o aluno deve sentir-se parte desse processo de evolução e é na escola que ele vai encontrar grande parte desse apoio.

O método convencional de ensino-aprendizado encontrado hoje nas salas de aula faz com que os alunos forneçam basicamente uma reprodução do que foi ensinado e cobrado pelo professor, deixando de ser significativo em seu contexto sócio-cultural, ao trazer um conteúdo para a sala de aula, o professor deve estar atento à aplicação deste conteúdo, segundo Pozo (2002, pg 48) a nova informação adquirida deve estar ligada ao conhecimento prévio que cada um possui, sendo assim permitido construir modelos de interpretação para a compreensão da nova informação recebida.

5.1 Sobre o Reprodutivismo

No ensino reprodutivista a escola acaba por ter uma papel de legitimadora do poder da classe dominante, pois fornece formas diferentes de conhecimento às classes sociais e com isso direciona os alunos às futuras profissões. Com o surgimento do capitalismo esse método empregado pelas escolas fez com que a classe mais pobre não tivesse acesso a uma educação de qualidade assim como os alunos das classes mais abastadas, essa falta de acesso impossibilita o ingresso em instituições de ensino superior e por consequência limita sua atuação no mercado de trabalho. Esse modelo de educação reprodutivista promove as diferenças sociais.

Skinner, propositor do behaviorismo radical, era defensor do condicionamento controlado das massas para se obter uma ordem social, ele também enfatizou que o professor não deve somente se ater em dizer o que está certo ou errado, deve lembrar que a relação entre ele e o aluno é mais relevante que mera repetição mecânica (SKINNER, 1972, p. 25). Consideração essa que vai ao oposto da sua teoria do condicionamento operante, onde ele ignorava o processo cognitivo afirmando que, um comportamento possa ser repetido futuramente ele deve ser reforçado.

No período da ditadura militar no Brasil as teorias behavioristas adotadas foram baseadas no ponto de vista de Skinner e tiveram grande influência na reforma educacional, ocorrida em 1968, transformando a escola em um "quartel" onde o objetivo era condicionar o comportamento afim de modelar a aprendizagem, direcionando o indivíduo ao reprodutivismo.

De acordo com Skinner (2005) a aprendizagem ocorrerá dependendo das condições de estímulos do meio, condições estas que irão influenciar nas respostas desses estímulos.

Segundo Moreira (1999) o condicionamento operante pode ser usado pelo professor como um recurso didático, o professor deve separar os conteúdos em níveis a serem alcançados pelo aluno, sendo que esse aluno não poderá passar para o próximo nível sem ter aprendido o nível anterior.

De acordo com Lima (1980, p. 36) quando um aluno aprende um conceito por meio de memorização, ele apenas agirá de forma mecânica reproduzindo igualmente o que foi memorizado, mas quando esse mesmo conceito é ensinado por meio de descobertas, por partes, ele consegue compreender esse conceito como um todo.

Em relação à retenção do conhecimento, Skinner (1972) enfatiza que por mais que o professor cumpra um papel de transmissor do conhecimento, com o objetivo de mudar as atitudes dos alunos, mesmo assim não terá a certeza de que houve uma mudança no aluno em relação ao seu aprendizado.

Em contrapartida ao reprodutivismo pode-se citar o sociólogo educacional Pierre Bourdieu que em meados de 1960 juntamente com Jean-Claude Passeron apresentaram uma teoria do problema das desigualdades escolares que pode ser encontrada na obra "A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino". A teoria é composta por três linhas de pesquisa, sendo elas:

  1. Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica: um exemplo explicativo é o que ocorre em sala de aula onde se faz presente o abuso do poder do professor, o abuso verbal, a marginalização e a discriminação.
  1. Teoria da escola enquanto aparelho ideológico do Estado (AIE): os aparelhos ideológicos se apresentam em diferentes áreas na sociedade: no âmbito escolar, religioso, jurídico, familiar, político, sindical e da ciência. São ferramentas utilizadas pelo Estado para controlar e manipular as massas baseado nos interesses da burguesia.
  1. Teoria da escola dualista: tese apresentada em meados de 1958 por Baudelot e Establet onde afirmava que a escola capitalista era uma escola dividida entre os ricos e os pobres, para os pobres sobrou uma escola com a missão assistencial e acolhedora.

5.2 Os princípios do Construtivismo

A ocorrência da aprendizagem na visão construtivista sugere que ela acontece a partir do sujeito, porém ele aprenderá conforme a sua capacidade cognitiva. Podemos considerar Jean Piaget (1896−1980) como o precursor da visão construtivista, incentivando a produção de outras obras da teoria do desenvolvimento e aprendizagem como a do psicólogo Vygotsky.

Piaget desenvolveu o "Método Psicogenético" que tem quatro elementos fundamentais: a Situação Problema, Dinâmica de Grupo que constrói a solidariedade no aluno, a Tomada de Consciência que são uma forma de construir a consciência social e a avaliação que diagnostica o desenvolvimento.

Piaget defende as invariantes funcionais: a assimilação e a acomodação, como características de todo e qualquer sistema biológico. Para ele, assimilação é quando se recebe um novo conhecimento e o indivíduo somente o absorve para si, já a acomodação é quando esse indivíduo se modifica ao absorver esse novo conhecimento.

Segundo Pozo (2002, p.48) a nova informação adquirida deve estar ligada ao conhecimento prévio que cada um possui, sendo assim permitido construir modelos de interpretação para a compreensão da nova informação recebida.

Como já citado acima, surgiram novos estudos baseados na visão construtivista, Vygotsky (1896−1934) contribuiu muito para a base dessa nova modalidade de ensino, ele era um crítico da escola, dizendo que no ambiente escolar tradicional não acontece uma interação social, muito importante para a construção do conhecimento, a escola estagna o aluno por não oferecer uma função do conhecimento adquirido.

De acordo com Franco (1993) o Construtivismo pode ser considerado um instrumento auxiliar na pedagogia e não uma metodologia pedagógica. Pode-se encontrar a influência dos princípios Construtivistas nos Parâmetros Curriculares Nacionais onde indicam os objetivo da educação:

como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições estas fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente (BRASIL, 1997, p. 33).

O ambiente familiar e escolar são de suma importância no desenvolvimento da inteligência, atuam como estimuladores do processo (PIAGET, 2003). Partindo da concepção do construtivismo, Coll (2004) propõe que o professor não se atenha somente ao papel de orientador, mas também que tenha uma interação social com seus alunos assumindo um papel de formador de cidadãos com pensamento crítico.

5.2.1 O Construtivismo na sala de aula

Muitos professores, mesmo sem perceber, empregam os princípios do Construtivismo no dia a dia quando consideram as idéias dos alunos durante as aulas, quando dão uma aplicabilidade dos conceitos no cotidiano dos alunos e também quando utilizam o questionamento como metodologia da sua aula. Essas práticas de interação professor-aluno na concepção de Präss (2012 apud VYGOTSKY, 2007), são defendidas por Vygotsky por serem responsáveis pela edificação dos saberes.

Um professor que interage com seus alunos oferecendo respeito e espaço para a manifestação de ideias, cria empatia no estudante e essa empatia causa a motivação necessária para que esse aluno tenha vontade de aprender, pois o ambiente torna-se agradável e estimulante, comprovando o conceito proposto por Vygotsky(2001, p. 139) de que um estudo agradável promove a vontade da repetição futura dessa mesma ação.

Segundo Mizukami(2011, pg,61) o domínio afetivo é de suma importância para o desenvolvimento da inteligência. Um professor preocupado com o aprendizado dos seus alunos deve estar atento nas diferenças individuais de cada um, esse professor deve promover o respeito e confiança para com seus alunos e incentivar o respeito entre eles concretizando a empatia.

São muitas as variáveis que podem influenciar no ensino-aprendizagem de um aluno mas o que com certeza faz a maior diferença é a valorização diária do seu desenvolvimento pessoal como aluno e como cidadão, ideia essa afirmada por Sequeiros(2000, p. 17 e 11) apontando a necessidade da sensibilização do homem:

Sensibilizar é educar no sentido mais profundo da palavra: acompanhar o educando para que encontre seus próprios sistemas de valores. Para que canalize suas energias mais humanas para metas mais solidárias; ajudá-lo a sair do próprio egoísmo(SEQUEIROS, 2000, p. 17 e 11).

5.3 Aprendizagem Significativa

Como autor da Teoria da Aprendizagem Significativa, Ausubel (2003, folha de rosto) juntou a significância da mudança do aprendizado causada no indivíduo ao conceito genérico de conhecimento. Definiu como causa do efeito das modificações nas estruturas cognitivas biológicas do ser, onde o aprendizado é concretizado pela unificação do seu pré-conhecimento com as influências do meio onde vive.

Na concepção de Ausubel (2003, p.10) um aprendizado significativo depende da eficiência da estrutura cognitiva, caso ela não seja eficiente implicará na inibição do da retenção do conteúdo.

O ensino expositivo não gera uma assimilação expressiva, pois seu conteúdo é desprovido de fundamentos pertinentes. (AUSUBEL, 2000, pg.7)

Segundo Chassot (2004, p. 132) um ensino de Química significativo só ocorrerá mediante a interação do conteúdo e o cotidiano do aluno, metodologia essa pouco utilizada nas escolas. De acordo com Ausubel (2003, p.8) a junção de um conceito novo a um conceito que já se detêm, produz a real compreensão do novo conhecimento adquirido.

Ausubel (2000) enfatiza o papel do professor como mediador do aprendizado, adjutorando a retenção e acomodação das novas ideias que seu aluno está recebendo.

Vygotski (1998, p. 115) caracteriza a aprendizagem como inata e necessária na formação das crenças no indivíduo no decorrer da sua vida.

6 ALGORITMO

De acordo com Pozo (1998) ensinar os alunos a utilizar algoritmos como ferramenta de resolução de problemas quantitativos pode gerar nos alunos a possibilidade de sucesso na resolução de problemas mais complicados.

7 REAÇÕES QUÍMICAS

8 ALGORITMO COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE REAÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS

8.1 Algoritmo padrão para reações

8.2 Algoritmo genérico para reação de decomposição

8.3 Algoritmo genérico para reação de síntese

8.4 Algoritmo genérico para reação de simples troca

8.5 Algoritmo genérico para reação de dupla troca

8.5 Algoritmo genérico para reações

8.6 Exemplos de exercícios de aplicação dos algoritmos genéricos construídos

9 AVALIAÇÃO

A avaliação do aluno no cotidiano escolar é de suma importância na visão do ensino reprodutivista empregado pelo sistema de ensino governamental atual, tendo como objetivo apresentar dados estatísticos que comprovem a qualidade do ensino no país, dessa forma conseguem mascarar a situação extremamente precária do ensino e o impacto disso na sociedade, pois uma sociedade ignorante se torna alienada e à mercê de políticas públicas corruptas que causam a desigualdade social.

A situação do sistema escolar atual é degradante, os alunos são avaliados conforme a qualidade de reprodução dos conceitos aprendidos nas diversas matérias do currículo escolar e a ementa proposta pelo MEC dificilmente é cumprida pelos professores devido ao tempo limitado das aulas, a falta de material de apoio, à má gestão da escola, dentre outros ene motivos que impedem um ensino de qualidade.

Os professores são limitados na exerção da sua função, o calendário anual traçado pelo MEC impõe inúmeras avaliações a cada trimestre e isso acarreta uma defasagem do plano de ensino definido pelo professor no início do ano, o professor precisa revisar muitas vezes o mesmo conteúdo com o objetivo de aplicar as avaliações.

O trimestre é dividido em duas parciais contendo duas avaliações somativas e a cada uma deve ser aplicada outra avaliação, para a recuperação, caso o aluno ainda não tenha conseguido atingir a média, ele ainda tem direito a mais uma avaliação de recuperação, portanto em três meses são aplicadas cinco avaliações, o mais complicado que a cada avaliação aplicada o professor deve separar uma aula para retomada de conteúdo que é repetido, repetido e repetido sem efeito algum, pois não causa uma aprendizagem significativa nos alunos. Esse cronograma dificulta o emprego de metodologias mais significativas, um exemplo é o tempo que o professor passa registrando repetidas vezes o mesmo conteúdo das atividades diárias no Livro Registro da escola, isso toma um tempo precioso que o professor poderia utilizar para efetivar de fato a proposta da hora-atividade concentrada que tem como proposta pedagógica de unir professores de disciplinas do mesmo nicho para gerar conteúdos interdisciplinares.

9.1 A origem da avaliação

Desde a antiguidade a sociedade impõe aos indivíduos diversas formas de avaliação, eram empregadas na divisão dos trabalhos e até mesmo na administração das suas comunidades. Platão ( 348/347 a.C. - Atenas) através do personagem Sócrates preconizou a ideia de auto-avaliação como meio para alcançar a máxima sabedoria, ele também instigava seus alunos à prática das técnicas mnemônicas criadas por Simônides de Céos (264 a.C.).

No histórico do aprendizado humano podemos encontrar registros antigos dos egípcios ( 3 100 a.C.)) e sumérios (4.000 a.C) relatando a prática de repetição como método de aprendizagem da época, sendo assim a memorização pode ser considerada uma prática muito antiga. Em meados de 347 a.C. surgiu a escola de Platão a qual tinha como metodologia de ensino-aprendizagem o raciocínio lógico e era restrito a um pequeno grupo.

9.2 Evolução da avaliação

Uma importante ferramenta inata do homem que contribuiu para desenvolvimento cognitivo é a memória, ela está presente desde a Pré-história onde os homens representavam suas ações em mitogramas e pinturas rupestres, essas representações podem ser classificadas como memória coletiva, que tem por definição representar a sociedade por meio de monumentos, pinturas de forma ilustrativa, como se registrasse um episódio ocorrido naquele tempo, um ótimo exemplo é um monumento monolítico talhado em rocha de diorito intitulado como Código de Hammurabi1 é a legislação mais antiga de que se tem conhecimento e também chamada lei de talião2.

Na história da humanidade a memória se manifestou de diversas formas e com a evolução social da vida urbana o homem desenvolveu a memória oral e a memória escrita que gerou inúmeros documentos históricos, um exemplo que pode ser citado é o Livro Deuteronômio do Antigo Testamento que apela para o dever da recordação e memorização dos fatos.

Na Idade Média surgiu também os primeiros estudos sobre a memória, uma época que a escrita foi muito valorizada pela igreja e destinada apenas aos padres dedicados aos estudos eclesiásticos desenvolvendo sua aprendizagem a partir de transcrição de textos religiosos e definiam essa prática como um recurso mnemônico3.

No período do Renascimento Descartes propõe dois "métodos" lógicos para dominar a imaginação, disse ele: "Atua-se através da redução das coisas às causas. E como todas podem ser reduzidas a uma, é evidente que não é preciso memória para se reter toda a ciência”.

Dentre as manifestações mais importantes e significativas da história da memória coletiva podemos apontar a construção de monumentos aos mortos da Primeira Guerra Mundial e a fotografia que significou uma verdadeira revolução do registro da memória. Do século XIX até parte do século XX destacou-se a psicometria, método que aplicava testes padronizados para mensurar a inteligência e o desempenho das pessoas, mas foi em 1950 na Universidade de Chicago que Ralph Tyler desenvolveu um programa elaborado para sua disciplina Educação 360, tendo como título: Basic Principles of Curriculum and Instruction4, método também intitulado de “Princípios de Tyler”5 onde apresenta uma base para a construção de qualquer currículo escolar, esse vem sendo utilizado até hoje.

9.3 Funções do processo avaliativo

Independente da metodologia aplicada, sempre podemos encontrar um método avaliativo proposto para cada uma, cabe ao professor verificar qual método avaliativo servirá como melhor ferramenta em seu cotidiano.

Para Tyler (1979), que tem grande influência até hoje no meio educacional, o processo avaliativo resume-se em diagnosticar se os objetos educacionais estão exercendo impacto na mudança de comportamento dos alunos.

Segundo Haidt (1995, pg.288) o processo avaliativo significa coletar dados que serão analisados segundo os objetivos esperados, se foram alcançados ou não.

9.4 Avaliação na visão do Construtivismo

9.5 Avaliação segundo Ausubel

9.6 Avaliação e a PNL

9.7 Tipos de Avaliação

Diagnóstica: o objetivo dessa avaliação é o nivelamento do nível da aula que o professor pretende dar, geralmente é aplicada no começo do ano letivo.

Formativa: o objetivo dessa avaliação é a verificação do aproveitamento do aluno quanto aos conteúdos repassados pelo professor.

Cumulativa: o objetivo dessa avaliação é a retenção do aprendizado do aluno no decorrer das aulas. Podendo ser utilizada pelo professor ao final do ano letivo.

Somativa: o objetivo dessa avaliação é a atribuição de valores ou especificamente as notas em relação às atividades realizadas pelos alunos durante o ano letivo.

Auto-avaliação: o objetivo dessa avaliação é a conscientização da efetividade do aprendizado, pode ser realizada tanto pelo professor quanto pelo aluno.

9.8 A avaliação na visão da Taxonomia de Bloom

Para Mager (1984) as metodologias educacionais servem de base para os docentes proporcionar aos seus discentes a aquisição de conhecimentos, estando sempre engajados para que possam despertar em seus alunos a mesma aspiração.

A tabela dos processos cognitivos pode ser utilizada para diversos fins além do âmbito educacional, serve como base orientadora de exercícios, dinâmicas, avaliação, dentre outras. KRATHWOHL (2002).